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12 de setembro de 2023

Um encontro agradável com Ione Sartor, Carlão e Itamar Tagliari em C. Mourão

Carlão Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Ione Paulo Sartor e Itamar Tagliari
Campo Mourão/PR - 08/09/23

No último final de semana, durante o feriado de 7 de setembro, tive a felicidade encontrar e bater um bom papo com grandes amigos que esporte me proporcionou, Ione Sartor, Carlão e Itamar Tagliari

Na verdade, era para estar presentes também o Luizinho Kloster, Beline e Gilmar Fuzeto, Ivando "Rancho" e o James Klank, mas esses não puderam participar. Na próxima vez vamos tentar reunir todos. 

Temos um grupo no WhatsApp e ali o contato é diário, mesmo que seja um simples bom dia.

Ione atualmente reside em Balneário Camboriu (SC), mas sempre está na cidade, visitando parentes, especialmente sua mãe. Eu, Carlão e Itamar continuamos residindo em Campo Mourão

Ao lado do Carlão, Itamar e Ione participei das conquistas da Taça Paraná (atual Série Ouro) de 1979 e 1980. Sempre me vanglorio que na primeira vez que participei de uma competição oficial adulta fomos campeões. E para encher ainda mais meu ego, foi também a primeira conquista da Associação Tagliari de um campeonato estadual (a Seleção Mourãoense já havia conquistado os Jogos Abertos de 1975, que naquela época tinha o mesmo peso de um Paranaense).

Infelizmente, esse bicampeonato, 1979/80, foram as duas únicas conquistas de Campo Mourão no Estadual. Desde então, seja Taça Paraná ou Série Ouro,  nenhuma outra equipe da cidade conquistou essa competição. Com a Fertimourão e Arcam estivemos entre os quatro primeiros (finalistas) por diversas vezes, mas sem subir ao degrau mais alto do podium. 

16 de maio de 2023

DER Futebol e Regatas - Tetracampeão amador de Campo Mourão (1973)

Foto de 1973 mostra formação do DER Futebol e Regatas com as faixas de tetracampeão da Liga Amadora de Futebol de Campo Mourão.

Tive o prazer de acompanhar alguns jogos da equipe e conviver com a maioria dos craques na foto, mas precisei da ajuda do Pedro Cordeiro para identificar alguns poucos. Minha memória é horrível e a do Pedro é muito boa. 

Meu saudoso pai fazia parte da equipe assim como seu grande amigo, Ernesto Tonete, que era presidente do time e foi seu parceiro de sempre em memoráveis pescarias na Usina Mourão. Que falta eles nos fazem!!!

Todos que acompanhavam o futebol de campo em nossa cidade são unânimes em afirmar que o Aurino foi um dos melhores jogadores da história de nossa cidade. Sei também que Pigoça, Gerson, Neuci e meu pai poderiam muito bem serem profissionais desse esporte. 

Ali estão também meus parceiros de futsal, Beline Fuzeto e a lenda Itamar Tagliari.  

em pé (da esq. para a direita): Ernesto Tonete, Benjamim "Mimo" Costa, Antônio Geremias, De Gala (técnico), Davi, Zé Luiz, Aurino (in memorian), Gomes, Ricardo "Peabiru", Ezir, Neuci, Itamar Tagliari e Ricieri
agachados: Isaac. Beline, Pigoça, Gerson "Coroinha" (in memorian), Luiz Carlos Klank (in memorian), Pedro Cordeiro e Irineu "Caxinha" Ferreira Lima (sempre na memória)


21 de junho de 2022

Campo Mourão Futsal - JAP`s em Arapongas/1977

Do álbum do David Cardoso, foto mostra Seleção de Campo Mourão de futsal que participou dos Jogos Abertos do Paraná, de 1977, em Arapongas. 

Rancho, Carlão, Ione, Itamar e Beline integravam a Seleção Mourãoense que dois anos antes, em Paranavaí, conquistaram pela primeira vez uma edição dos Jogos Abertos. 

Nesta edição, em Arapongas, se não me engano, a equipe mourãoense foi eliminada na semifinal pelo tradicional rival Maringá (o que aconteceu com o futsal maringaense????)

Campo Mourão Futsal - Jogos Abertos do PR - Arapongas/1977
em pé (da esq. para a direita): José Carlos, Ivando "Rancho" Capato, David Miguel Cardoso, Gilberto Palaro, Carlos Álvaro Tagliari, Seu Értile (in memorian) e Zé Rosa (In memorian)
agachados: Ione Paulo Sartor, Itamar Agostinho Tagliari, Henrique "Bode" Galbier (in memorian), Mario Izugue e Antonio Admir "Beline" Fuzeto


23 de julho de 2021

Campo Mourão Futsal nos Jogos Abertos do Paraná de 1973

Do álbum do Itamar Tagliari, foto mostra a Seleção de Campo Mourão de Futsal que disputou os Jogos Abertos do Paraná (JAP´s) de 1973, em Maringá.

A equipe seria a base da seleção que conquistou o título dos JAP's dois anos depois, em Paranavaí. Destaco as presenças dos craques e meus ídolos Itamar, Carlão, Ione, Luizinho Kloster e Louri

Não identifiquei um personagem, o primeiro agachado à esquerda. Lembro dele, mas não do nome. 

Destaco também o saudoso Eudes Sartor, grande amigo de meu pai e ex-vereador mourãoense (1977 - 1982), que por anos representou nossa cidade no bolão e na bocha. 

Elvio Legnani contou que seu irmão Silvinho reside atualmente em Cascavel. 

Os JAP´s de Maringá foi a 17ª edição do então principal evento esportivo paranaense. No Futsal, Apucarana foi a grande campeã, com Ivaiporã como vice e Astorga em terceiro lugar.

em pé (da esq. para a direita): Itachir Tagliari (in memorian), Itamar Tagliari, Eudes Sartor (in memorian), Carlão Tagliari, Ione Paulo Sartor, Luizinho Kloster, Beline Fuzeto e Louri da Silva
agachados: ....., Odair, Gilmar Fuzeto, Silvinho Legnani, Luizinho Tagliari (in memorian) e Wilson Conrado

19 de julho de 2021

Campo Mourão Futsal nos Jogos Abertos de 1970, em Ponta Grossa

Do álbum do Itamar Tagliari, foto mostra a formação da Seleção de futsal de Campo Mourão que participou dos Jogos Abertos do Paraná (JAP's) de 1970.

em pé (da esq. para a direita): Carlos Álvaro "Carlão" Tagliari, Amer Soneh, Adionir Ramos, Edgar e Chilvande "Dinho" Martins
agachados: Itamar Agostinho Tagliari, Clóvis Tagliari (in memorian), Ênio José Bittencourt e Neroir Ramos (in memorian)

Esta formação reúne os dois principais nomes do futsal de todo o Paraná, os irmãos Carlão e Itamar Tagliari. Tenho comigo que poucos, muito poucos, fizeram tanto pelo futsal como eles. Acho até que o Itamar tem todo o reconhecimento por isso e o Carlão não. Estive com eles em muitas competições e sei da dedicação dos filhos da dona Iris e do seu Itachir (in memorian) pelo futsal e por nossa cidade. Joguei ao lado de grandes do futsal, mas vi muito poucos fazerem o que o Carlão fez, sempre sabendo aliar força e habilidade. 

Infelizmente dois dois personagens já não estão entre nós, o Clóvis Tagliari e o Neroir Ramos, este irmão do Adio e que o meu pai sempre elogiava como muito bom companheiro e de bola. 

Adionir Ramos é parceiro e presidente do Clube dos Trinta. Sempre ouvi que ele era ótimo goleiro, mas que teve de parar de jogar cedo por causa de problema nos olhos. 

Chilvande Moreno Martins, o Dinho, é outro grande amigo, parceiro de peladas e que atualmente reside em Balneário Camboriu (SC). 

Também tive o prazer de conhecer o Ênio José Bittencourt quando ele gerenciava a agência do Banco Nacional em nossa cidade. Outro grande amigo do meu saudoso pai.     

Em 1970, em Ponta Grossa, foi realizada a 14ª edição dos Jogos Abertos do Paraná, de 14 a 22 de setembro. Rolândia conquistou o título de campeão no futsal, com Paranaguá na segunda colocação e Londrina na terceira. 

No ano seguinte os Carlão e Itamar montaram a Associação Tagliari, que está em atividade até os dias de hoje, agora com as cores do Campo Mourão Futsal. O primeiro título dos JAP´s para Campo Mourão foi conquistado em Paranavaí, cinco anos depois, em 1975. 

Com a Associação Tagliari, para minha vaidade pessoal, participei das duas únicas vezes que uma equipe de nossa cidade conquistou o título da Taça Paraná (atual Série Ouro), em 1979 e 1980.

Amigos identificaram dois dos personagens: Amer Soneh, o goleiro entre o Carlão e o Adio, que era o então gerente do Banco Nacional, e o Edgar, que está entre o Adio e o Dinho, que era de Terra Boa e sempre jogava em nossa cidade.  

9 de julho de 2015

Itamar, Maria José e Itamarzinho

Gosto demais desta foto, de meados dos anos 1970, que mostra o Itamar Tagliari ao lado da esposa Maria José Fuzeto e do filho Itamarzinho.


Maria José e Itamar formavam um dos casais mais bonitos de nossa cidade. Eu admirava muito a beleza da irmã do Gilmar e do Beline (aliás, todas as manas deles sempre foram muito belas), mas depois que a conheci pessoalmente, quando comecei a jogar pela Associação Tagliari, passei a admirar a meiguice dela e a forma carinhosa como tratava a todos. Se ela nos tratava com toda atenção do mundo, imaginem então como era o tratamento dispensado ao marido e, especialmente aos filhos Lisliane, Itamarzinho e Carlinhos. 

Maria José morreu muito nova, no início dos anos 1990, depois de longa luta contra uma câncer. 

Lembro que eramos bicampeões paranaenses, após conquistarmos os títulos de 1979 e 1980, em Paranavaí e Guarapuava respectivamente, e vínhamos de uma bela campanha na Taça Brasil de Clubes Campeões, realizada em Cuiabá, quando descobriram que a Maria José estava doente. Claro que a equipe de futsal foi deixada de lado e toda atenção era para a recuperação da filha do 'Fuzetão'. Mesmo assim, e sem saber do fato, a Federação Paranaense obrigou a presença da Associação Tagliari nas finais da Taça Paraná, que naquele ano de 1981 seriam disputadas em Ponta Grossa. Sob ameaça de suspensão por dois anos e multa em dinheiro, Itamar e o Carlão Tagliari reuniram meia duzia de atletas, alguns inscritos na última hora, e fomos para os Campos Gerais defender o título. Claro que não ganhamos nenhum jogo e fomos a grande decepção do campeonato. Principalmente para alguns mourãoenses que por lá estudavam e não entendiam como podíamos ter caído tanto em poucos meses. Para minha vaidade, no cartaz oficial da competição tinha uma grande foto minha e companheiros de equipe entre as principais atrações do campeonato. 

Itamarzinho esteve presente em toda a campanha do bicampeonato estadual, em Guarapuava. Ainda muito criança, era ótima companhia e nos deu muita sorte naquela conquista (preciso conversar com o pai dele para recordar como é mesmo a passagem, hoje engraçada, em que acordamos em nosso alojamento, dentro do ginásio de esportes Joaquim Prestes, e encontramos o Itamarzinho dormindo bem embaixo de uma goteira. Quase afogado, mas dormindo como um anjo. O Itamar sabe melhor dessa história -- minha memória é péssima! 'Só pego no tranco', preciso de alguém para provocar as recordações). 

Itamar Adriano Tagliari
Itamarzinho atualmente é professor/doutor da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Na última vez que conversei com o Itamar pai, fiquei sabendo que ele estava atuando na Paraná Esporte.

21 de agosto de 2014

Associação Tagliari Futsal- Campeão Paranaense Fraldinhas

Do álbum do meu primo Aguilar de Lima Fabri, foto de meados dos anos 1980 mostra uma formação da Associação Tagliari que participou duma edição da Taça Paraná de Futsal - Categoria Fraldinhas.

Lembro muito bem do ginasinho JK lotado para torcer para a equipe do técnico Itamar Tagliari e de vê-los serem campeões por anos e anos.

Flavinho, Carlinhos e Ferruginha defenderam a equipe adulta de Campo Mourão com muitas conquistas. Os outros, bobinhos!, seguiram carreira de médicos, advogados...Se bem que o Carlinhos Tagliari estudou bastante e atualmente é juiz de direito no interior paulista. 

Logo atrás da equipe mourãoense, aparece a cabeça do repórter Antonio Miguel, o Formigão, que atuava pela Rádio Colmeia AM e entendia como poucos de jornalismo esportivo e não perdia a chance se sair nas fotos com as equipes. Ele faleceu precocemente quando atuava pela Rádio Paiquerê de Londrina. Clique na imagem para ampliar.

Associação Tagliari - Campo Mourão\PR -
em pé (da esq. para a direita): Erickson Chandoa, Flavinho Tagliari, Roberto Brezezinski, ..., Alcides Daleffe Aires, Carlinhos Tagliari, Fabiano Daleffe e Itamar Tagliari
agachados: Moacirzinho Porciúncula, Márcio Ney Wenceslau, ..., Djefferson "Ferruginha" Rossano, Aguilar de Lima Fabri e Alexsandro Angheben

12 de maio de 2014

Os mourãoenses pesadões nos Jogos Abertos do Paraná, em Paranaguá/1986

Defendendo as cores do futsal mourãoense apenas em uma oportunidade sofremos uma derrota por azar. Na decisão dos Jogos Abertos do Paraná, em 1987, aqui mesmo em Campo Mourão, quando perdemos por um a zero para Palotina.

Todas as outras derrotas, por mais que tentássemos achar uma desculpa, aconteceram por mérito dos adversários e algumas vezes por incompetência nossa. 

Nos Jap´s de Paranaguá, em 1986, depois de classificarmos na primeira fase com certa facilidade, começamos a segunda com derrota para Palotina e enfrentaríamos a seguir a equipe de Londrina que já havia vencido os palotinenses. Para classificarmos para as semifinais seria preciso que ganhássemos com dois gols de diferença.  

Ricardo Grabowski, Itamar Tagliari, Getulinho Ferrari e Nelson "Ticão" Bueno do Prado
Maringá/2011 - Na reinauguração do ginásio Chico Neto

Flávio "Tostão
Entre nós, os atletas, como motivação, a conversa era sempre que Londrina era muito forte, mas a diferença de gols não era difícil de conseguir. E não era mesmo! Mas o jogo começou e quem abriu uma diferença de dois gols foram os londrinenses, deixando-nos com uma missão, daí sim, praticamente impossível de alcançar. Perdemos o jogo (exatamente pela diferença que deveríamos fazer) e acabamos proporcionando um momento muito engraçado para o público que lotava o Ginásio: falta contra nós, estou ao lado do árbitro orientando a armação de nossa barreira quando ouço o barulho de algo quebrando, era nosso banco de reservas que, não suportando o peso dos nossos suplentes, quebrou deixando todos de pernas para o ar, com exceção do Itamar Tagliari que foi rápido e se levantou antes que o Ticão e companheiros se estatelassem no chão.

Só não fiquei com mais vergonha porque já tinha sido obrigado a acompanhar o Tostão (Flávio, de Araruna), na sua primeira visita ao mar, estreando seu conjunto de bermuda preta com coqueirinhos brancos e camiseta regata branca com coqueiros pretos. É Mole?

(Publicado originalmente no extinto semanário Entre Rios, em outubro/2005).

25 de fevereiro de 2014

Itamar Tagliari - Uma vida dedicada ao futsal

Bela reportagem da Federação Paranaense de Futsal rendeu homenagem ao CRAQUE, na bola e na vida, Itamar Tagliari. Vale a pena ler e saber mais sobre o grande desportista 'mourãoense'.

Itamar Tagliari nasceu em Arapongas, em 1948. Mais tarde mudou-se com os pais para Campo Mourão. Ele e os irmãos tinham sede de bola e ainda na adolescentes cada um jogava em um time da cidade.  Na hora do almoço brigas eram inevitáveis com cada qual defendendo sua equipe. A mãe, cansada das discussões, implorou por um único presente: queria que seus filhos jogassem juntos, no mesmo time. E isso aconteceu. Formaram a Associação Tagliari colocando um ponto final nos conflitos e iniciando uma das mais belas histórias do Futsal paranaense.

Com equipe formada, a Associação Tagliari passou a competir em torneios adultos e conquistou tantas vitórias que passou a defender a cidade de Campo Mourão não só na região, mas em todo Estado e no Brasil. O time adulto existiu até1981 e os Tagliari foram responsáveis também pela construção (1973), de uma das mais modernas quadras de esportes.

Em 1980, depois de uma conversa com o pai, Itamar decidiu montar, na Associação, uma escola de futsal, visando a formação de atletas. Começou com apenas 12 meninos e ultrapassou mil ao longo do tempo da escola. Itamar se dedicava de corpo e alma à Associação Tagliari, concentrava a função de treinador, marqueteiro e principalmente, era um orientador que falava aos meninos sobre a importância da disciplina, da educação, da dedicação às atividades a que se propunham assim como a atenção especial para que se mantivessem afastados dos vícios que empobrecem o caráter e prejudicam a vida, esportiva e fora dela também.

Muitos daqueles que um dia foram seus pupilos, são hoje profissionais valorosos da educação e do esporte: técnicos, professores, treinadores respeitados e profissionais da preparação física.

Em mais de cinquenta anos dedicados ao Futsal, foi jogador, técnico, professor, apoiador, dirigente sempre respeitado. Hoje se sente feliz ao ver que sua dedicação deixou um legado para gerações futuras e cita como uma de suas grandes alegrias a oportunidade de colocar o futsal na vida de crianças e adolescentes e disseminar a arte e o conhecimento, deste que considera o mais encantador e atrativo de todos os esportes.

3 de junho de 2013

Itamar Tagliari na Itribuna, por Dilmércio Daleffe

Tomo a liberdade de compartilhar ótima e correta matéria do jornalista mourãoense Dilmércio Daleffe, publicada neste domingo (2) no jornal Tribuna do Interior, que conta a dedicação e o amor que o Itamar Tagliari sempre teve e terá para com o futsal.  

Itamar trocou a vida pelo futsal
Cinquenta anos é muito tempo. É um casamento, pode ser uma idade, uma vida. Mas durante 50 anos um homem viveu um sonho em Campo Mourão. Dedicou cinco décadas ao futsal. Formou atletas, disciplinou meninos e levou o nome da cidade aos mais longínquos cantos do país. Itamar Agustinho Tagliari treinou mais de mil crianças. Ao lado delas, foi campeão por diversas vezes. Com o tempo as viu crescer e, elas, o viram envelhecer. Hoje, aos 65 anos, Itamar olha o passado e reflete toda uma vida. Colaborou com cidade e jamais ganhou dinheiro com o futsal. Pelo contrário. Junto a escolinha criada com o pai e a família, a Associação Tagliari não existiu para florear grana. Era apenas uma ideologia. Um simples sonho entre pai e filho. A ideia deu certo e os resultados logo apareceram.
Itamar Tagliari treinou mais de mil crianças
Mas o homem que viveu para o futsal parece não ter recebido as homenagens devidas. As glórias de Itamar foram esquecidas. Tudo o que fez pelo futebol de Campo Mourão parece estar sendo deixado de lado, assim como os troféus da extinta Escolinha Tagliari. Lá, numa sala empoeirada e com as tábuas do teto despregando, os “canecos” descansam por anos e anos. Foram títulos sonhados e conquistados por Itamar. Todo um trabalho ali guardado refletido pelo suor. E foi ali, naquele local onde a conversa sobre sua vida começou.

Itamar nasceu em Arapongas, ainda em 48. Anos depois veio a Campo Mourão de mudança com os pais. Aqui a família ganhava a vida comprando e vendendo porcos. Mas a herança genética da família falou mais alto. O problema é que Itachir era craque. E, assim como ele, Itamar e os demais irmãos nasceram com fome de bola. Ainda na adolescência cada um jogava num time da cidade. Na hora do almoço a briga era inevitável. Cada um defendia sua equipe. Mas cansada das discussões, a mãe implorou por um único presente: ela queria que seus filhos jogassem juntos, no mesmo time. E assim aconteceu. Os conflitos terminaram e os meninos iniciaram uma história sem precedentes.

Com a equipe formada, a Associação Tagliari iniciou em torneios adultos. Tantas foram as vitórias que passaram a defender Campo Mourão na região, no Paraná e depois no Brasil. Os meninos de pernas tortas ganharam fama, ficando conhecidos no futebol de salão. O desejo pelo futsal era tanto que a família construiu uma das primeiras quadras da cidade, ainda em 73. Numa matéria escrita na época pelo jornalista Antônio de Matos, o local foi definido como o mais moderno da região. “É que tínhamos arquibancada de madeira, lanchonete, alambrado. Isso era moderno para aquele ano”, diz Itamar. O time adulto existiu somente entre os anos de 68 a 81.
Uma das equipes treinadas por Itamar
Em 1980, numa conversa com o pai, Itamar decidiu montar uma escola de futsal. Era um projeto modesto, sem grandes objetivos, mas que buscava a formação de atletas. No início eram apenas 12 meninos. Mas com o tempo, chegaram a 300 de uma só vez. Divididos em categorias, eles somaram mais de mil ao longo da “escolinha”. Itamar acompanhava todos os passos da Associação Tagliari. Era o treinador, o chefe e o marqueteiro. Acima de tudo, era um disciplinador. Almejou a disciplina e todos os dias, antes dos treinos, falava sobre os males do cigarro, da bebida, drogas. Não esquecia de mencionar a educação. Os meninos tinham que estudar e respeitar seus pais.

Respeitado e, com os garotos na mão, os títulos foram aparecendo. Foi campeão paranaense por inúmeras vezes em todas as categorias. Chegou a defender o Paraná em torneios brasileiros. Com o conhecimento adquirido, trouxe a Campo Mourão equipes como São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Vasco da Gama. Itamar deixou um rastro de paixão e história no futebol. Mas ao contrário de ganhar dinheiro, era levado pela emoção. “Eu tinha um açougue na época. Tirava dinheiro de lá para injetar na escola. Nunca quis envolver o futebol com dinheiro”, disse. Além disso, Itamar lembra que tinha uma parceria muito boa com os empresários. Recebia patrocínio para as camisas e ônibus para viajar. Mas ele também revela um sonho jamais realizado. Queria ter um ginásio, com condições ideais aos atletas. Bons vestiários, estrutura adequada e um ônibus para o transporte. “Infelizmente nunca consegui isso. Se fosse para ter hoje, só ganhando na mega-sena mesmo”, brinca.

Em tempo. Itamar ainda foi vereador por duas gestões e secretário de Esportes na gestão Tureck. Pelo reconhecimento foi técnico do time profissional de futsal de Campo Mourão por mais de oito anos.

Um homem em busca do passado

A verdade é que Itamar, ou o Tio Itamar, jamais entrou em quadra para perder. Inteligente, ele sempre dobrou os meninos para aprenderem a jogar. Já está no sangue da família. Certa vez, na Taça Independência em Londrina, início dos anos 80, a equipe “Fraldinha” de Campo Mourão seria campeã do torneio caso ganhasse a última partida contra o Corinthians. No entanto, se a Tagliari perdesse, a equipe campeã seria a dona da casa, Londrina. Antevendo a reação da torcida, Itamar reuniu os meninos no vestiário e usou a psicologia invertida. Disse que os torcedores iriam gritar a favor de Campo Mourão. Que todos queriam ver a Tagliari vencer. Então, que sorrissem e fizessem gestos positivos à arquibancada. Assim que a molecada entrou em quadra a plateia começou a gritar. Mas não eram incentivos. Eram vaias mesmo. Pensando o contrário, os meninos nem sentiram a pressão e venceram a partida. De lambuja ainda ficaram com o título. Coisas de Itamar.

Hoje, olhando seu passado, Itamar fez muito pelo futebol. Deixou um legado monstruoso de títulos e amigos. Aqueles atletas cresceram e se transformaram em homens. São médicos, juízes, promotores, empresários, advogados, dentistas, pessoas comuns e de bem. Todas com a disciplina imposta pela Associação Tagliari. Mas o que adianta tudo o que fez se os poderes Legislativo e Municipal jamais se atreveram a eternizar a memória daquela “escolinha”? Nem título Itamar recebeu. A CBF tem sua sala de troféus, um museu cuja memória está preservada. Os times brasileiros possuem seus museus. Campo Mourão também possui, mas está as migalhas. Alguém se habilita?

Histórias de uma extinta e memorável escolinha
Certa vez, a equipe do Corinthians veio até Campo Mourão para um amistoso contra a Tagliari. Sem muita tradição no campo, os meninos foram escalados para desafiar o “Timão” no Estádio Municipal. Era um domingo de manhã. Durante a semana a rádio anunciava o jogo. Mas naquele dia, o sol não apareceu e uma leve garoa predominou ainda cedo. Pra piorar, um friozinho deu o ar de sua graça. O resultado não podia ser outro: mesmo com os portões abertos, ninguém apareceu para torcer pelos mourãoenses. O jogo então teve início. Numa dureza, o Tagliari fez um a zero. Enquanto isso duas rádios da cidade transmitiam o duelo. O primeiro tempo terminou com vantagem para Campo Mourão. 

Várias conquistas foram colecionadas pela Tagliari
Enquanto os meninos desceram para o vestiário, o público encheu o estádio, mesmo sob a chuva. Os torcedores vieram, finalmente, torcer para os moleques do Itamar. Foi então que, ao subirem de volta ao campo, a equipe não acreditou no que via. Mesmo entusiasmados, o jogo terminou 7 a 1. Mas para o Corinthians. Os caras viraram o jogo.

Palmital
Nos anos 80 Itamar selecionou três categorias e viajou até Palmital – 150 Km de Campo Mourão. Lá, foram três jogos contra atletas locais. As partidas aconteceram em meio a praça. Não era quadra coberta e os torcedores ficavam quase dentro das quatro linhas. A delegação foi recebida com hostilidade. Para a cidade, parecia se tratar de um clássico, como Brasil e Argentina. Já no primeiro amistoso um fato inusitado aconteceu. Ao cobrar o lateral – antes era com as mãos – o menino do Tagliari foi surpreendido por um péssimo torcedor adversário. Enquanto segurava a bola ao alto, o rapaz sem noção desceu seu calção. O atleta mourãoense ficou apenas de cuecas perante todo o público e, ainda com a bola na mão.

Na segunda partida outro fato tirou ainda mais a concentração dos meninos. É que um outro torcedor apanhou um pássaro morto e ficava atirando aquele corpo inerte dentro da quadra. O juiz – que era da cidade – nada fazia. Segundo Itamar, foi de assustar. 

7 de dezembro de 2012

Telê, Nelsinho, Itamar e Ismar no JK

Do álbum do Telê no Facebook, foto mostra grandes desportistas mourãoenses: o próprio Telê, Nelsinho Martins, Itamar Tagliari e Ismar Kath.

Nelsinho, Ismar e Telê são ex-atletas do nosso basquete e atuais dirigentes da vencedora modalidade mourãoense. Itamar Tagliari... é o Itamar Tagliari (todos o conhecemos e se for citar só algumas de suas participações na vida esportiva da cidade, o espaço será pequeno). Clique na imagem para ampliar.

(da esq. para a direita: Agamenon Telêmaco "Telê" Soares, Nelson Pedro Martins, Itamar Tagliari e Ismar Kath

29 de março de 2012

Marcélio "Marreco e Itamar Tagliari

Do álbum do Marreco, foto do começo dos anos oitenta mostra ele recebendo uma premiação das mãos do Itamar Tagliari.

Marcélio Aluísio Szydlowski, o Marreco, é funcionário da Coamo e foi um dos bons goleiros do futsal mourãoense (velho freguês meu, mas era bom! kkk). Ele e a esposa, Clementina, foram meus colegas na faculdade de Comércio Exterior.

Itamar Tagliari é o Itamar Tagliari e dispensa novas apresentações. Clique na imagem para ampliar.

Marcélio "Marreco" e Itamar Tagliari

9 de fevereiro de 2012

Os Fuzeto e o Tagliari

Foto mostra flagrante da premiação final do Jogos Interclubes de Campo Mourão de 2011. Nela estão o atual prefeito de Campo Mourão, Nelson Tureck, os manos Beline e Gilmar Fuzeto e o Itamar Tagliari.

Paulo Gilmar Fuzeto e Antonio Admir Fuzeto, o Beline, funcionários da Coamo Cooperativa Agrindustrial, fizeram parte dos melhores momentos do futsal mourãoense, principalmente defendendo as cores da Associação Tagliari e da cidade.

Itamar Tagliari, grande precursor da história do futsal na cidade, vereador por vários mandatos, ex-diretor da Fundação da Esportes (Fecam), atualmente é presidente da Previscam, a previdência dos funcionários municipais de Campo Mourão. Ele me confidenciou que a partir do ano que vem tocará para frente o antigo projeto de contar a história da Associação Tagliari através de livros e vídeos. 

(da esq. para a direita): Paulo Gilmar Fuzeto, Nelson Tureck, Antonio Admir "Beline" Fuzeto e Itamar Tagliari

10 de novembro de 2011

Associação Tagliari - 1980

Foto de 1980, mostra parte da delegação da Associação Tagliari em Fortaleza (CE).  

Campeões paranaenses do ano anterior, adquirimos o direito de representar o Paraná na Taça Brasil de Clubes Campeões, que foi realizado no Rio Grande do Norte (nossa sede foi em Currais Novos, na divisa com a Paraíba). Foi minha primeira viagem de avião e sofri bastante nas mãos dos amigos, especialmente do Gilmar Fuzeto.

A foto mostra o falecido presidente da Federação Paranaense Jorge Kudri, que nos acompanhou durante toda a competição e sofreu muito com o calor potiguar. Nela estão também o Itamar Tagliari, nosso treinador, o Carlão Tagliari, o Gilmar, o Alvaro "Careca", um dos melhores goleiros de futsal que vi jogando, e Eu. 

Não fomos bem na competição e saimos eliminados ainda na primeira fase. Mas no final do mesmo ano nos sagramos bicampeões estaduais e no ano seguinte, em Cuiabá, fizemos uma ótima Taça Brasil e terminamos entre os seis primeiros do País.

Lembro que descemos do avião sem autorização para tirar essa foto, durante parada no aeroporto cearense, e levamos uma bronca da tripulação quando retornamos para a aeronave. Clique na imagem para ampliar


1- Luizinho Ferreira Lima, 2- Jorge Kudry (in memorian), 3- Itamar Tagliari, 4- Alvaro "Careca", 5- Carlos Alvaro Tagliari e 6- Paulo Gilmar Fuzeto