Mostrando postagens com marcador 1986. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1986. Mostrar todas as postagens

16 de setembro de 2016

Sarah, nosso primeiro tesouro (1986)

Eu e Elvira com a Sarah na Usina Mourão, em 1981

Num 17 de setembro, há 36 anos, eu e Elvira fomos pais pela primeira vez. Ainda crianças, com menos de vinte anos, eu me senti o mais abençoado de todos. Ter uma filha era tudo que queria para mim, para meus pais e meus sogros. Sarah foi a primeira neta dos dois casais, Odethe e Alcyr Costa Schen (sempre na memória) e Sallime e Irineu Ferreira Lima.

Elvira, eu e a Daisy Schen, na manhã do dia de nosso casamento
Casamos em abril e fomos morar em uma quitinete no centro de Campo Mourão, bem em frente do Hotel Piacentini, em uma propriedade do seu Pedro Grandis (in memorian). Nossos amigos, Hosana Ávila, Tauillo Tezelli, Daisy Dezan, Marcelo Silveira, Bia (Maria Beatriz Silva Mildemberger), Fernando Dlugosz, Nelson Bizoto viviam por lá, alegrando nosso dia e curtindo a nossa gravidez. Muitos deles casaram logo em seguida. 

Elvira grávida da Sarah

Moramos ali em cima,
naquelas duas janelas à esquerda
A gravidez foi tranquila, com poucos desejos por parte dela (eu tive muitos), um Guaraná Antarctica num dia, uma pipoca japonesa noutro, mas tranquilo, favorável (não ia perder essa chance de usar o refrão da infame música). Um mês antes da data prevista pelos médicos para o nascimento ficamos com o carro de meu pai para o caso de uma necessidade durante a noite. Na madrugada de uma quarta-feira fui acordado pela Elvira, que afirmava que a bolsa tinha estourado. Com a mala pronta já há dias, descemos e encontramos o pneu do Ford/Belina furado. Fui trocar os pneus, mas não encontrei nem estepe e nem as ferramentas necessárias. Tive de acordar os vizinhos, Cidinha e Carlos Sartorato, para que nos emprestassem o carro. Desci e não soube dar a ré no GM/Chevette e precisei da ajuda do Carlos naquela madrugada gelada de setembro. Quando levei o carro para arrumar o pneu, já depois do nascimento da Sarah, encontrei o estepe e tudo que precisava para efetuar a troca no lugar mais visível possível.

Aqui funcionava o Hospital Anchieta
Chegamos no Hospital Anchieta, onde atualmente funciona o curso de Direito do Integrado, ali na Irmãos Pereira, por volta das 4 da manhã, sempre acompanhados de minha sogra, Anna Odethe Iurk Schen.  Apesar de muito bem atendido por todos da maternidade, do alto dos meus dezenove anos, eu não entendia por que demorava tanto para minha filha vir ao mundo. Achei que era só chegar, se apresentar e receber meu bebê de pronto. 

Agoniado com a demora e as dores do parto, fiquei do lado de fora, andando na via pública, até que por volta das 11h30, minha sogra e minha mãe, Sallime João Abraão de Lima, a dona Salma, que tinha se juntado a nós no início da manhã, saem de lá chorando e me assustam. Pensei: 'pronto, lá se foi a Elvira, minha filha...'. Elas, então, me disseram que Sarah tinha nascido, perfeita e linda. Confesso que perdi o chão por alguns minutos, fiquei nas nuvens, me senti um Super Herói. 

Sarah com Elvira - 1982
No quarto, já ao lado da Elvira, a agonia voltou por que não traziam a minha filha para sermos apresentados. Quando a trouxeram, confesso, fiquei meio atrapalhado pois não conseguia entender que aquela criaturinha toda amarrotada era minha filha. Os bebês que eu conhecia eram diferentes! Mas, claro que estou brincando, em seguida ela ficou a criança mais linda de todos naquele hospital, cidade... no mundo.  

Atrapalhado, eu contava os dedos dela e num momento tinha dezenove, noutros vinte e um. Até que minha mãe e a sogra me expulsaram do quarto, cansadas de tanta baboseira.

Elvira Schen, Daisy Schen, Hosana Ávila Tezelli e Sarah Carolina Schen Lima - junho/2016

Sarah cresceu, foi batizada pela Hosana e o Tauillo, teve a companhia das manas Larissa (nasceu uma semana antes do primeiro aniversário da mana mais velha) e Marina, casou e nos deu a neta Fernanda Lima Chornobai. Sou um orgulhoso pai, avô coruja e cada vez mais me sinto um Super Herói abençoado por Deus.

23 de junho de 2015

Getulinho, Ticão e o Caixa Eletrônico

Nelson "Ticão" Bueno do Prado
Os Jogos Abertos de Paranaguá, em 1986, foi aquele em que nosso time de futsal, numa fase muito ruim, conseguiu quebrar o banco de reservas apenas com o peso de nossos atletas. Outros fatos ocorridos na viagem de volta hoje são motivos de diversão para todos nós.

Voltando para casa, em dois carros próprios, combinamos de nos encontrarmos no Shopping Muller, em Curitiba. Lá, precisando de dinheiro para o lanche, o Getulinho Ferrari junto com o Ticão, da Tapeçaria União, foi até um caixa eletrônico para efetuar um saque. Numa cabine enorme (que você entrava dentro, muito diferente dos pequenos caixas de hoje), ele não se lembrava da senha para concluir a transação e após três tentativas erradas o caixa avisou que reteria o seu cartão, para desespero do Ticão que agarrou numa ponta do cartão, mas não impediu que a máquina ficasse com ele. Getulinho jura que o Ticão afirmou que se tivesse umas ferramentas recuperaria o cartão.

Getulinho Ferrari
Como estávamos numa fase muito melhor de garfo e copo do que de bola, combinamos que a próxima parada seria num restaurante à beira da rodovia em Palmeira, distante 70 km da capital.

Há poucos quilômetros do restaurante, quebra a embreagem do carro em que estávamos. Poucos minutos de espera e o segundo carro, dirigido pelo Marcelo Silveira, passa por nós sem parar, mesmo nós acenando de todas as maneiras possíveis. Depois de uma longa espera, eles retornam e saem em busca de socorro, já que o problema era sério.  Retornam com um mecânico que dirigia um carro muito velho e cheio de ferrugem e que dizia que o melhor era nos rebocar até a sua oficina em Palmeira.

Foi a única vez na vida que dirigi um carro sendo rebocado por uma lata velha que insistia em andar a mais de cem por hora, à noite e no meio de caminhões que congestionavam a estrada. Os amigos até hoje dizem que eu pisei no freio durante todo o trajeto.

Marcelo Silveira
Dormimos em Palmeira e pedimos carona para o Antonio “Formigão” Miguel (in memorian) e o Acir Gonçalves da Rádio Colméia AM, que no dia seguinte voltavam para Campo Mourão.

Na velha brasília azul (VW) da Colméia, com malas por todos os lados e com o Formigão dirigindo muito devagar, traumatizado por um recente acidente que quase lhe tirou a vida, fizemos a viagem de pouco mais de 300 km em longuíssimas seis horas.  

Publicado originalmente no semanário mourãoense Entre Rios, em dezembro de 2005

14 de novembro de 2014

Nos Jap´s em Paranaguá, 1986

Dias desses comentei dos Jogos Abertos do Paraná de 1986, realizado em Paranaguá, aquele em que quebramos um banco de reservas tamanha a nossa má fase. Pois encontrei algumas fotos daquela inesquecível competição, que mostra, claro, alguns dos mourãoenses que marcaram presença no evento. Confiram:

Marcelo Silveira, Nelson "Ticão" Bueno do Prado e Luizinho Ferreira Lima


registro de partida da primeira fase disputada na Colônia de Férias do Sesc, em Matinhos

da esquerda para a direita: Xaxo, Fernandão, Ticão, Luizinho F. Lma, Marcelo Silveira, Guga, David e Luiz Carlos, o Batata


29 de outubro de 2014

Os pesadões. Vexame nos Jogos Abertos de 1986, em Paranaguá

Itamar Tagliari, Getulinho Ferrari e
Nelson "Ticão" Bueno do Prado
Defendendo as cores do futsal mourãoense apenas em uma oportunidade sofremos uma derrota por azar. Na decisão dos Jogos Abertos do Paraná (Jap´s), em 1987, aqui mesmo em Campo Mourão, quando perdemos por um a zero para Palotina.

Todas as outras derrotas, por mais que tentássemos achar uma desculpa, aconteceram por mérito dos adversários e algumas vezes por incompetência nossa. 

Nos Jap´s de Paranaguá, em 1986, depois de classificarmos na primeira fase com certa facilidade, começamos a segunda com derrota para Palotina e enfrentaríamos a seguir a equipe de Londrina que já havia vencido os palotinenses. Para classificarmos para as semifinais seria preciso que ganhássemos com dois gols de diferença.  

Flavio "Tostão"
Entre nós, os atletas, como motivação, a conversa era sempre que Londrina era muito forte, mas a diferença de gols não era difícil de conseguir. E não era mesmo! Mas o jogo começou e quem abriu uma diferença de dois gols foram os londrinenses, deixando-nos com uma missão, daí sim, praticamente impossível de alcançar. Perdemos o jogo (exatamente pela diferença que deveríamos fazer) e acabamos proporcionando um momento muito engraçado para o público que lotava o Ginásio: falta contra nós, estou ao lado do árbitro orientando a armação de nossa barreira quando ouço o barulho de algo quebrando, era nosso banco de reservas que, não suportando o peso dos nossos suplentes, quebrou deixando todos de pernas para o ar, com exceção do Itamar Tagliari que foi rápido e se levantou antes que o Ticão (Nelson Bueno do Prado) e companheiros se estatelassem no chão.

Só não fiquei com mais vergonha porque já tinha sido obrigado a acompanhar nosso ótimo goleiro,  Tostão (Flávio, de Araruna), na sua primeira visita ao mar, estreando seu conjunto de bermuda preta com coqueirinhos brancos e camiseta regata branca com coqueiros pretos. É Mole?

Publicada originalmente no Semanário Entre Rios, em outubro de 2005

12 de maio de 2014

Os mourãoenses pesadões nos Jogos Abertos do Paraná, em Paranaguá/1986

Defendendo as cores do futsal mourãoense apenas em uma oportunidade sofremos uma derrota por azar. Na decisão dos Jogos Abertos do Paraná, em 1987, aqui mesmo em Campo Mourão, quando perdemos por um a zero para Palotina.

Todas as outras derrotas, por mais que tentássemos achar uma desculpa, aconteceram por mérito dos adversários e algumas vezes por incompetência nossa. 

Nos Jap´s de Paranaguá, em 1986, depois de classificarmos na primeira fase com certa facilidade, começamos a segunda com derrota para Palotina e enfrentaríamos a seguir a equipe de Londrina que já havia vencido os palotinenses. Para classificarmos para as semifinais seria preciso que ganhássemos com dois gols de diferença.  

Ricardo Grabowski, Itamar Tagliari, Getulinho Ferrari e Nelson "Ticão" Bueno do Prado
Maringá/2011 - Na reinauguração do ginásio Chico Neto

Flávio "Tostão
Entre nós, os atletas, como motivação, a conversa era sempre que Londrina era muito forte, mas a diferença de gols não era difícil de conseguir. E não era mesmo! Mas o jogo começou e quem abriu uma diferença de dois gols foram os londrinenses, deixando-nos com uma missão, daí sim, praticamente impossível de alcançar. Perdemos o jogo (exatamente pela diferença que deveríamos fazer) e acabamos proporcionando um momento muito engraçado para o público que lotava o Ginásio: falta contra nós, estou ao lado do árbitro orientando a armação de nossa barreira quando ouço o barulho de algo quebrando, era nosso banco de reservas que, não suportando o peso dos nossos suplentes, quebrou deixando todos de pernas para o ar, com exceção do Itamar Tagliari que foi rápido e se levantou antes que o Ticão e companheiros se estatelassem no chão.

Só não fiquei com mais vergonha porque já tinha sido obrigado a acompanhar o Tostão (Flávio, de Araruna), na sua primeira visita ao mar, estreando seu conjunto de bermuda preta com coqueirinhos brancos e camiseta regata branca com coqueiros pretos. É Mole?

(Publicado originalmente no extinto semanário Entre Rios, em outubro/2005).

13 de dezembro de 2013

Jauri e Mariana Albuquerque - Campo Mourão - 1986

Jauri e Mariana Hoffman Albuquerque - Campo Mourão/PR - 1986

Esse 'canalha' ai da foto, dia desses, entrou no cabeleireiro onde eu raspava a careca e ameaçou o profissional (Paulinho "Nico") que cuidava do que resta do meu cabelo: - "Se cobrar esse corte você é um aproveitador e vou denuncia-lo no sindicato".

Jauri é amigo de longa data e nunca deixa de gritar "Ô Careca!" onde quer que eu esteja. Faz isso por que sabe que mora no meu coração...

Foto, de 1986, mostra ele ao lado da filhinha Mariana com o troféu que a Arcam conquistou num campeonato de futsal da cidade. Clique nela para ampliar.