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1 de abril de 2015

Criança fala cada uma! Né Larissa?

Larissa Haidê Schen Lima - abril 2015

Quando 'grávidos', eu e a Elvira líamos muito a Revista Pais e Filhos. Éramos muitos novos -- fomos pais antes dos 20 anos -- e precisávamos aprender tudo sobre a arte de ser pai. Enquanto Elvira lia tudo sobre cuidados com os recém nascidos eu me divertia com uma coluna, se não me engano de autoria do jornalista Pedro Bloch, que se chamava 'Crianças fala cada uma' e, claro, publicava as mais engraçadas e sinceras frases da nossa criançada, a maioria delas enviadas pelos leitores da revista que até hoje é publicada. . 

Pois hoje, um comentário da minha filha Larissa, no 'uatizapi', me fez lembrar dessa época deliciosa. 

Grávida do Luiz Guilherme [quem disse que não tem homem nessa casa?], minha filha do meio ouviu de uma aluna: "Professora, nem parece que você tá grávida, parece que só tá gorda"

Criança fala cada uma!!! 

9 de março de 2015

A crise veio dos EUA, disse a presidente


Acredite quem quiser, mas a presidente Dilma ontem à noite, em pronunciamento em rede de rádio em TV, sem ao menos corar, disse que o Brasil é forte, vai muito bem, só enfrenta os danos de uma crise que vem de fora, dos EUA e dos países desenvolvidos, e que agora exige do Brasil novas medidas amargas para segurar as finanças em crise profunda. 

Pelo menos (polo menos! diria minha sobrinha Iasmin quando criancinha) ela não colocou a culpa, dessa vez, no FHC!

O vídeo abaixo reúne manifestação de paulistanos no exato momento da fala da presidente. No You Tube existe vídeos com manifestações em várias cidades brasileiras.  Assista. 

4 de fevereiro de 2015

Só de Sacanagem, por Elisa Lucinda

Quando li pela primeira vez o texto abaixo era ainda meados dos anos 2000, já com o PT no poder e as coisas estavam muito ruins no que diz respeito aos casos de corrupção no Brasil. Pois não é que piorou passados vinte anos? 

Tenho um amigo que diz sempre: "O que o PSDB não privatizou, o PT quebrou!". 

Mas continuo concordando com a escritora e poetisa capixaba Elisa Lucinda: vou acreditar sempre e cada vez mais honesto serei. 

Leiam o texto para entender e refletir...

Só de Sacanagem

Meu coração está aos pulos! 

Quantas vezes minha esperança será posta à prova? 

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. 

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? 

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. 

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. 

Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar. 

Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau." 

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!


Elisa Lucinda (Vitória, Espírito Santo; 2 de fevereiro de 1958) é uma poeta, escritora, jornalista e atriz brasileira.

Elisa Lucinda

8 de janeiro de 2015

Meu primeiro jogos em Curitiba: Estudantis de 1975

Professor Josué Santos
Depois de terminarmos entre os três primeiros no regional, disputado em Paranavaí, classificamo-nos, representando o Colégio Estadual Professor João D´Oliveira Gomes (naquela época apenas Colégio Estadual) para a fase final, em Curitiba, dos Jogos Estudantis Paranaense em três modalidades (handebol, basquete e xadrez masculino).

Ainda não havia uma Secretaria Especial para o esporte como há hoje (a Paraná Esporte) e chegamos em Curitiba sem saber onde ficaríamos, contra quem jogaríamos e, nem mesmo, como seria a forma de disputa (nem os organizadores sabiam!).

Mal chegamos e alguns colegas já queriam voltar, só porque descobriram que era obrigatório para todos serem vacinados contra meningite.  

Luiz Henrique Garrido
Ficamos alojados numa escola ao lado do Passeio Público, onde não havia chuveiro, nem quente e nem frio, e tomávamos banho numa mangueira adaptada à torneira das pias (1975 foi o ano mais frio dos últimos cincoenta anos no Paraná - uma semana após os jogos, nevou na capital paranaense, só pra dimensionar o frio que passamos por lá).

Os organizadores resolveram fazer jogos eliminatórios por causa do grande número de participantes. No sorteio do handebol, nosso professor Josué pôs a mão na cumbuca e sorteou nosso adversário: Curitiba! Simplesmente a base da seleção brasileira da modalidade e que haviam chegado a poucos dias de uma turnê pela Europa. Os poucos que ainda não estavam bravos com o professor - ele perdera o dinheiro de alguns atletas logo ao chegar-, agora sim, tinham motivo para ficar, mesmo sendo uma questão de sorte e/ou azar. Havíamos nos classificado num regional muito difícil, enfrentando Maringá, Nova Esperança, Paranavaí e Goioerê e isso nos encheu de esperança para uma boa classificação.

Marcos Antonio Pelisser
Apesar de nossa dedicação o jogo foi um “vareio” só, 23 a 7. Para eles, claro. Dedicamo-nos tanto ao jogo, que o Marquinhos Pelizer teve uma câimbra que virou a barriga da perna para frente. Sério! Nunca mais vi uma câimbra daquelas. 

Como naquela época podia jogar duas modalidades, ainda me restava o basquete, onde sempre fui aquele reserva que nunca entra. Perdemos para Guarapuava e até uma cesta contra fizemos (Marcos Pacheco, hoje dentista em Curitiba, subiu na nossa defesa, ganhou o rebote, se viu livre sem marcação e meteu dois pontos, isso mesmo, dois pontos contra). 

Só nos restava voltar para casa e enfrentar a gozação dos que não foram e, ainda, as possíveis penalidades que a diretoria do Colégio nos aplicaria por causa de indisciplina de uns poucos durante nossa estada na Capital e na viagem de volta, em ônibus de linha. Ninguém foi penalizado! 

E, até hoje, resta a saudável lembrança dos jogos e da convivência com ótimos amigos, com os quais disputei muitos outros jogos, sempre representando nossa cidade e até mesmo nosso Estado.

Publicada originalmente no semanário Entre Rios, em setembro de 2005. Fotos mostram como estão alguns dos parceiros naqueles jogos.

12 de dezembro de 2014

Coisas que você não pode morrer sem saber

Essa lista está na internet já há muito tempo, mas continua interessante. Informa com bom humor e é mais uma oportunidade para mostrar os sorrisos lindos das netinhas Ana Letícia e Fernanda. Autor desconhecido.

01 - O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck. 

02 - Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$40.000 eliminando uma azeitona de cada salada.

03 - Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua. 

04 - Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde eles as esconderam.

05 - Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.

06 - As formigas se espreguiçam pela manhã quando acordam.

07 - As escovas de dente azuis são mais usadas que as vermelhas.

08 - O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem.

09 - Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua.

10 - Só um alimento não se deteriora: o mel.

11 - Os golfinhos dormem com um olho aberto.

12 - Um terço de todo o sorvete vendido no mundo é de baunilha.

13 - As unhas da mão crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as unhas do pé.

14 - O olho do avestruz é maior do que seu cérebro.

15 - Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos.

16 - O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe por quê.

17 - O músculo mais potente do corpo humano é a língua.

18 - É impossível espirrar com os olhos abertos.

19 - "J" é a única letra que não aparece na tabela periódica.

20 - Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.

21 - Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho.

Ana Letícia Lima Conrado e Fernanda Lima Chornobai. Tesouros meus!!!
22 - Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.

23 - 40% dos telespectadores do Jornal Nacional dão boa-noite ao William Bonner no final.

24 - Aproximadamente 70 % das pessoas que lêem este texto, tentam lamber o cotovelo. 

8 de dezembro de 2014

Conheça os benefícios do Cloreto de Magnésio


Está comprovado cientificamente que a grande maioria dos seres humanos apresentam carência do elemento Magnésio no organismo, sendo este muito importante para o nosso metabolismo.

O stress, a idade, drogas, bebidas alcoólicas, fumo, alimentação deficiente podem levar a uma carência cada vez maior resultando em complicações como artrose, problemas reumáticos, arritmias, infarto e problemas circulatórios.

O Cloreto de Magnésio é:

• Suplemento mineral, procedente da água do mar.
• Catalisa a atividade de enzimas, hormônios e vitaminas necessárias à vida,
• estimula as sínteses bioquímicas do organismo,
• age sobre o sistema simpático, freando a atividade nervosa,
• acelera a respiração celular,
• influi sobre o equilíbrio neuro-muscular,
• entra na formação dos dentes e ossos,
• regula a absorção do cálcio e potássio.
• Equilibra o ph sanguíneo pela neutralização direta de ácidos no sangue.

Como resultado, ele colabora para a formação e fortalecimento dos tecidos ósseos e cartilaginosos, revigorando o organismo e estimulando sua produção de defesas contra enfermidades.

O cloreto de magnésio não é remédio, mas alimento. Não tem contra-indicação, a não ser para quem sofra de insuficiência renal. É compatível com qualquer medicamento simultâneo. O adulto precisaria obter dos alimentos o equivalente a três doses; se não conseguir, pode aumentar um pouco a dose diária para não adoecer; dificilmente se ultrapassa o limite, pois as doses indicadas para pessoas de 40 a 100 anos são mínimas.

O cloreto de magnésio põe em ordem todo o corpo. É substituível pelo hidróxido de magnésio (leite de magnésia), pois este ao entrar no estômago reage com o ácido clorídrico, transfomando-se em cloreto. Contudo a absorção intestinal do cloreto é superior à do hidróxido.

Então o magnésio pode ajudar em:
1. Problemas circulatórios, como ateroesclerose, edemas, varizes, inchaços.
2. Risco de infarto, síndrome do prolapso da válvula mitral, arritmias, perda do tônus cardiaco.
3. Stress crônico, depressão moderada, síndrome do pânico, desgaste do sistema nervoso.
4. Inflamações como artrites, reumatismo, osteoartrites e dores como a fibromialgia.
5. Diabetes do tipo I e II.
6. Osteoporose e problemas ósseos.
7. Prisão de ventre.
8. Hipertensão.
9. Cãimbras e dores nas pernas e extremidades.
10. Ataques asmáticos
11. Rachaduras de pele, psoríases, eczema, acne, alergias e outros problemas de pele.
12. Síndrome da fadiga crônica.
13. Equilíbrio do ph sanguíneo.
14. Prevenção do câncer.
15. Equilíbrio das funções do sistema imunológico.
16. Gastrite.  
17. Parkinson.
18. Síndrome da fadiga crônica.
19. Gota e ácido úrico.

PREPARO:
OBS.: Doses acima das recomendadas abaixo podem ocasionar diarréia e desidratação.

Dissolver 33 gramas de cloreto de magnésio em 1 litro de água filtrada. Depois de bem misturado, colocar em vasilhames de vidro e guardar na geladeira.

A dose é um cálice de licor (ou copo de cafezinho) segundo a idade:

• dos 20 anos aos 55 anos 1/2 dose, ou seja, meio cálice;
• dos 55 anos, aos 70 anos, uma dose (um cálice),
• dos 70 anos aos 100, uma dose pela manhã e 1 dose à noite.
• Em casos crônicos de doenças 2 X ao dia.

* Ele é encontrado à venda em farmácias e deve ser adquirido na fórmula PURO ANÁLISE (P.A.), ao preço médio de R$ 4,00 cada 33 gramas. 

1 de dezembro de 2014

Historiadores traduzem única autobiografia de ex-escravo que viveu no Brasil

Mahommah Gardo Baquaqua, nascido no Norte da África no início do século XIX, trabalhou no país antes de fugir em Nova York

Do: O Globo


Que aqueles ‘indivíduos humanitários’ que são a favor da escravidão se coloquem no lugar do escravo no porão barulhento de um navio negreiro, apenas por uma viagem da África à América, sem sequer experimentar mais que isso dos horrores da escravidão: se não saírem abolicionistas convictos, então não tenho mais nada a dizer a favor da abolição.”

As palavras são de Mahommah Gardo Baquaqua, ex-escravo nascido no Norte da África no início do século XIX e que trabalhou no Brasil antes de fugir das amarras da servidão em Nova York, em 1847. O trecho consta do livro “An interesting narrative. Biography of Mahommah G. Baquaqua” (“Uma interessante narrativa: biografia de Mahommah G. Baquaqua”, em tradução livre), lançado assim mesmo, em inglês, pelo próprio ex-escravo, em Detroit, no ano de 1854, em plena campanha abolicionista nos EUA. A obra jamais foi traduzida para o português, permanecendo desconhecida do público brasileiro.


No entanto, com apoio do Ministério da Cultura e do Consulado do Canadá, o professor pernambucano Bruno Véras, de 26 anos, resolveu se debruçar sobre o documento, ajudado por outros dois pesquisadores. Ele viajou ao Canadá, onde buscou vestígios de Baquaqua e consultou os originais do livro, cuja primeira edição em português deve ser lançada no Brasil até o fim do ano que vem.

– Baquaqua sempre foi um personagem que me intrigou. Ele escreveu a única autobiografia de um africano escravizado em terras brasileiras. Nos EUA e na Inglaterra existem vários desses relatos, que tinham uma função abolicionista. No Brasil, só um. E, apesar disso, Baquaqua não é conhecido em nossa História nem em nossos livros didáticos – conta Véras.

Os historiadores Paul Lovejoy e Robin Law, por exemplo, republicaram o livro nos anos 2000, ainda no idioma de Shakespeare. Segundo consta dos registros da edição original, parte da obra foi ditada para o escritor Samuel Moore, responsável também por editar a história do escravo.

DUAS VEZES ESCRAVIZADO

A trajetória extraordinária desse personagem começa nos anos 1820, em Dijougou, onde hoje é o Norte do Benim. Filho de um proeminente comerciante, o pequeno Mahommah Baquaqua estudou em uma escola islâmica para ter acesso ao Corão, adquirindo conhecimentos de leitura e de matemática. Suas habilidades logo lhe permitiram atuar em importantes rotas comerciais que ligavam o então califado de Socoto e o extinto Império Ashanti, que rivalizavam no tráfico de escravos e no domínio de regiões da África Ocidental.

Baquaqua foi preso e feito escravo pelos Ashanti enquanto vendia grãos, noz de cola e outras especiarias para o front de guerra. Mesmo sendo recomprado e libertado pelo seu irmão, acabou novamente detido pouco tempo depois por tentar roubar e ingerir bebida alcoólica perto de Dijougou, algo próximo a um pecado capital para uma localidade dominada pelo Islã.

Baquaqua não pôde contar com a sorte daquela vez. Novamente escravizado, foi levado para a cidade litorânea de Uidá, importante porto de onde saía grade parte dos cativos destinados ao Novo Mundo. É a partir desse ponto que a autobiografia ganha seus contornos mais emocionantes:

“Quando estávamos prontos para embarcar (para as Américas), fomos acorrentados uns aos outros e amarrados com cordas pelo pescoço e, assim, arrastados para a beira-mar. Uma espécie de festa foi realizada em terra firme naquele dia. Não estava ciente de que essa seria minha última festa na África. Feliz de mim que não sabia”, escreveu o escravo.

Se, antes, os brasileiros tinham conhecimento do ambiente de um navio negreiro por meio das descrições de historiadores ou de famosos poemas como o de Castro Alves, agora poderão ter um relato vivo de uma testemunha de um dos piores capítulos da História da humanidade:

“Fomos arremessados, nus, porão adentro, os homens apinhados de um lado, e as mulheres de outro. O porão era tão baixo que não podíamos ficar de pé, éramos obrigados a nos agachar ou nos sentar no chão. Noite e dia eram iguais para nós, o sono nos sendo negado devido ao confinamento de nossos corpos.”

Comida e bebida eram escassos na viagem, havendo dias em que os escravos não ingeriam absolutamente nada. “Houve um pobre companheiro que ficou tão desesperado pela sede que tentou apanhar a faca do homem que nos trazia água. Foi levado ao convés, e eu nunca mais soube o que lhe aconteceu. Suponho que tenha sido jogado ao mar”, conta Baquaqua.


Pernambuco foi o destino do navio que levava nosso personagem, que desembarcou em 1845. De início, foi levado para uma lavoura nos arredores de Olinda, onde conheceu a dureza da escravidão brasileira: “o fazendeiro tinha grande quantidade de escravos, e não demorou muito para que eu presenciasse ele empregando livremente seu chicote contra um rapaz. Essa cena causou-me uma impressão profunda, pois, é claro, imaginei que em breve seria o meu destino”.

Baquaqua tratou da violência do senhor, chamando-o de “tirano”. Trabalhando como padeiro, o escravo inicialmente prestava os serviços com dedicação, mas ao ver que seu “patrão” nunca ficava satisfeito, entregou-se às bebidas e evitou o serviço. Acabou revendido para outro comerciante, desta vez no Rio de Janeiro.

“Meus companheiros não eram tão constantes quanto eu, sendo muito dados à bebida e, por isso, eram menos rentáveis para o senhor. Aproveitei disso para procurar elevar-me em sua opinião, sendo muito prestativo e obediente, mas tudo em vão; fizesse o que fizesse, descobri que servia a um tirano e nada parecia satisfazê-lo. Então comecei a beber como os outros e, assim, éramos todos da mesma laia, mau senhor, maus escravos.”

Na capital do Império, devido aos seus conhecimentos de matemática e literatura, o escravo atuou dentro de um navio especializado no comércio de charque entre o Rio Grande do Sul e a Corte.

Mas foi uma encomenda de café para Nova York que mudou sua vida completamente. Naquela época, os estados do Norte dos Estados Unidos já tinham abolido a escravidão, fato que não passou despercebido por Baquaqua. “A primeira palavra que meus dois companheiros e eu aprendemos em inglês foi F-R-E-E (L-I-V-R-E); ela nos foi ensinada por um inglês a bordo e, oh!, quantas e quantas vezes eu a repeti.”

Baquaqua tentou fugir do navio ao desembarcar em Nova York, mas logo acabou preso. Com a ajuda de abolicionistas locais, o escravo conseguiu escapar da prisão e rumou para o Haiti. Ficou por lá durante dois anos, período em que se converteu ao cristianismo, ingressando na Igreja Batista Abolicionista. De volta aos Estados Unidos, em 1850, o já liberto africano frequentou aulas de inglês por três anos no Central College, numa localidade então conhecida como MacGrawville, hoje parte de Nova York.

RELATO SIMILAR AO DE FILME QUE GANHOU OSCAR

Mas foi em Detroit que Baquaqua publicou seu livro, numa tentativa de arrecadar fundos para a campanha abolicionista. A autobiografia – chave do seu engajamento na luta abolicionista (que o levou até mesmo à inglesa Liverpool, em 1857, último lugar onde se teve notícia de Baquaqua) – é contemporânea e guarda similaridade com a de Solomon Northup. Americano nascido livre e escravizado no Sul dos Estados Unidos, ele teve sua obra adaptada para o cinema em 2013, com o título “Doze anos de escravidão”. O filme americano venceu o Oscar em três categorias, inclusive a de melhor longa-metragem.

– O contexto em que o livro de Solomon Northup foi publicado é o mesmo do de Baquaqua. Abolicionistas incentivavam ex-escravos a escrever relatos do cativeiro e mobilizar a opinião pública. Nada melhor do que o próprio escravo para contar como era a escravidão – afirmou Véras, que também trabalha para lançar um site somente sobre o ex-escravo, reunindo vídeos, fotos e arquivos de época.

Essa fascinante história também virou tema de um pequeno documentário em 2012, produzido por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com professores da rede de ensino do estado. Paulo Alexandre, conhecido nacionalmente por reproduzir os principais acontecimentos da Segunda Guerra Mundial no Facebook, foi um dos que participaram da produção.

Segundo ele, o personagem pode ser trabalhado em sala de aula como uma história de superação e de luta contra os estereótipos em torno do escravo:

– Meus alunos ficam impressionados quando lhes conto sobre Baquaqua, pois todos tinham aquela velha ideia de escravo submisso, aquele indivíduo sem nome nem identidade, que só sabia apanhar e trabalhar. Ninguém imagina que ele poderia ser uma pessoa inteligente, empreendedora, que consegue a liberdade a partir do próprio esforço.

Assista abaixo às duas partes do documentário de 2012.



28 de novembro de 2014

As ilhas mais perigosas do mundo

ATOL DE BIKINI, ILHAS MARSHALL
Apesar de alguns turistas se arriscarem, este lugar do Pacífico é extremamente perigoso por conta de sua altíssima radioatividade. Durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 20 bombas nucleares foram lançadas no local para testes. Os moradores foram evacuados, mas alguns ainda permanecem por lá.

MIYAKE-JIMA, JAPÃO
A pequena ilha japonesa tem um dos vulcões mais ativos do mundo. Para se ter uma ideia, a última erupção durou quatro anos (2000-2004). O local foi totalmente evacuado pelas autoridades, mas um ano depois alguns moradores decidiram retornar à ilha. Desde o ocorrido, o vulcão continua expelindo uma grande quantidade de gás sulfúrico e, por conta disso, os habitantes são obrigados a andar com máscaras de gás ocasionalmente.

ILHA RAMREE, MYANMAR
Após um terrível acontecimento, a ilha ganhou fama por conta do "maior desastre sofrido por homens atacados por animais". Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados japoneses foram forçados a andar nos pântanos da ilha. Porém, o que eles não sabiam é que o local era habitado por milhares de crocodilos, que acabaram matando cerca de 400 pessoas.

ILHA REUNION, OCEANO ÍNDICO
Conhecida pelo belíssimo Parque Nacional da Reunion, considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, a ilha ficou famosa também por ser o lugar com mais ataques de tubarão no mundo. O local é um destino muito procurado para quem quer relaxar nas areias das praias e curtir a natureza, apesar dos ataques constantes dos predadores. Para proteger os viajantes e preservar os animais, o governo proibiu a natação, o surfe e outros esportes aquáticos nas praias.

ILHA DA QUEIMADA GRANDE, BRASIL
Também conhecida como a "Ilha das Cobras", este lugar é considerado o maior serpentário natural do mundo, com um surpreendente número de cinco serpentes por metro quadrado. Além disso, possui a cobra com o veneno mais potente do planeta, a Jararaca-ilhoa. Localizada a 35 quilômetros da costa de São Paulo, o acesso à ilha é proibido. Apenas analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade têm autorização para explorar o lugar.

SABA, ANTILHAS HOLANDESAS, CARIBE
Apesar de ser uma ilha charmosa nas Antilhas Holandesas, com montanhas e bucólicos vilarejos, visitar Saba pode ser bem perigoso: o local foi atingido por mais furacões do que qualquer outra região do planeta. Os ventos chegam a até 250 km/h e as tempestades são extremamente violentas. Por conta disso, o local abriga um dos aeroportos mais perigosos do mundo, com uma pista de 400 metros à beira-mar.

ILHA GUINARD, ESCÓCIA
Durante a Segunda Guerra Mundial, a pequena ilha em território escocês foi usada para testes de armas biológicas. Uma das substâncias mais fortes utilizadas no local foi o vírus Antraz, que matou centenas de ovelhas. Essa tragédia fez a ilha ser colocada em estado de quarentena na época. Nos anos 1980, a região foi descontaminada.

ILHA DE FERNANDINA, EQUADOR
Considerada a ilha oceânica mais antiga do mundo, a Ilha de Fernandina, em Galápagos, não sofreu nenhuma modificação ao longo dos seus 750 mil anos, visto que não há sinal algum de interferência humana. Além de ter um dos vulcões mais ativos do mundo, o local é o lar de milhares de animais perigosos.

RANGIROA, POLINÉSIA FRANCESA
Mergulhar nas águas cristalinas da Polinésia Francesa pode não ser tão agradável se você escolher visitar o atol de Rangiroa. A ilha, localizada em uma das regiões mais paradisíacas do mundo, possui uma enorme quantidade de tubarões! [MSN Viagem]

14 de novembro de 2014

As dez bicicletas mais bonitas do mundo


O número de bicicletas produzidas no planeta quadruplicou entre 1950 e 2007, segundo o grupo americano Earth Policy Institute. A tendência continua em alta, em meio ao crescimento da poluição e engarrafamentos.

Nos últimos dez anos, com esses problemas e com o desenvolvimento de novas tecnologias e materiais mais leves, a bicicleta tem passado por um "renascimento".

Elas estão ficando mais bonitas também, já que entusiastas e pequenos fabricantes estão reinventado as duas rodas.

Os editores do site BBC Autos escolheram seus dez modelos prediletos.

1. BSG Wood.b Duomatic, da França
Esse modelo combina pedaços de metal com madeira. O produto final, com seu aspecto de obra de arte, parece muito caro... e é: custa cerca de US$ 4.230.
Mas seus fabricantes prometem que o produto dura bastante e não é pesado, com 15 quilos.

2. Pashley Parabike, do Reino Unido
A Pashley é uma das mais tradicionais fabricantes e existe desde os tempos do rei George 5º, no começo do século passado. Seus modelos são tipicamente ingleses, com sineta antiga e cestinha na frente.
A Parabike é uma homenagem a um capítulo menos bucólico da história britânica: a Segunda Guerra Mundial. Esse modelo lembra as bicicletas usadas por paraquedistas (que saltavam com as bicicletas).
Esse modelo de US$ 900 não foi feito para "voar", mas sim apenas como uma homenagem ao passado.

3. Vanmoof S. Series, da Holanda
A Vanmoof, de Amsterdã, está "colonizando" o planeta desde 2009 com seus modelos que vêm se tornando cada vez mais populares. O design duro e com materiais resistentes é uma marca holandesa.
A série S de bicicletas é uma evolução de outras já criadas pela Vanmoof. Com câmbio Shimano de oito marchas e freios comuns, a manutenção desta bicicleta não é tão cara quanto o seu investimento inicial: US$ 1.048.

4. Donky Bike, do Reino Unido
Com beleza pouco convencional, a Donky Bike é inspirada na BMX, e foi finalista do prêmio Design of the Year do museu londrino do Design.
Essa bicicleta é resistente e feita para transportar cargas na frente e atrás. Ela também é compacta o suficiente para caber em casas e apartamentos pequenos - uma exigência importante entre consumidores londrinos.
Esse modelo custa US$ 830.

5. Viks Steel Urban Cycle, da Estônia
De olho nos ciclistas que apreciam um design mais minimalista, a Velonia - uma "boutique" de bicicletas da Estônia - criou esta bike que parece uma obra de arte abstrata.
A parte principal da bicicleta é feita a partir de apenas dois tubos de metal. A cor do modelo acima é "laranja Lamborghini".
O preço depende das diferentes configurações personalizadas para cada cliente.

6. GreenChamp Original, de Cingapura
A juventude, segundo George Bernard Shaw, é desperdiçada nos jovens. Talvez seja o mesmo caso deste modelo feito pela GreenChamp, financiado com um projeto da Kickstarter.
Ele é feito para ajudar as crianças a aprenderem a andar de bicicleta e é inspirado no triciclo. O material é fibra de bambu com mel (sim, mel!), o que torna todo o produto mais ecológico. A brincadeira toda custa US$ 165.

7. Cherubim HummingBird, do Japão
Fornecedora oficial da equipe japonesa de ciclismo das Olimpíadas de 1968, no México, a Cherubim se orgulha da sua história e tradição. Com gosto para nostalgia, a HummingBird ousa por reinventar o assento, que é colocado acima do guidão.
Esse tipo de inovação garante à Cherubim sua reputação de fabricante de algumas das bicicletas mais bonitas do mundo. O preço deste modelo não é divulgado abertamente.

8. Faraday Porteur, dos Estados Unidos
Bicicletas elétricas precisam dar um jeito de ocultar as feias baterias da visão. A Faraday é uma das que melhor sabe "esconder" a bateria em meio ao seu design.
Quem precisar de uma ajuda, pode andar por 24 quilômetros com um "empurraozinho elétrico". As luzes de LED se iluminam automaticamente quando a luz natural desaparece. A parte da frente da bicicleta é adaptada para receber compras, livros e outros produtos.
O preço é US$ 3.500.

9. Engeenius Cykno, da Itália
O preço de US$ 22 mil é extravagante, para se dizer o mínimo. A bicicleta custa mais que um Alfa Romeo MiTo.
Há pouco que se possa falar em defesa da praticidade da Engeenius, que, além de cara, pesa 25 quilos.
Este modelo tem um motor elétrico embaixo do assento, escondido com uma capa de couro. Isso permite um passeio de 60 quilômetros sem grande esforços de pedalada.

10. World Bicycle Relief Buffalo, da África
Esta bicicleta é uma produzida em cinco países africanos: Angola, Quênia, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue.
Para muitos, essa bicicleta não é muito diferente das demais. Mas para milhões de africanos ela é o principal modo de transporte de pessoas e carga.
A Buffalo é fabricada em diversos lugares do continente usando mão de obra local. O nome é uma sugestão do que essa bicicleta precisa ser: resistente e durável em condições duras de rodagem, em meio à paisagem natural e as difíceis estradas africanas.
A bicicleta tem um pequeno kit próprio de reparos, mas muitas delas nem precisam de grande manutenção. O preço é US$ 150.

10 de novembro de 2014

Como controlar uma TV com Android usando um smartphone

Transformar o seu smartphone ou tablet em um controle remoto para a sua TV com Android. Parece missão impossível, mas não é. O TechTudo separou uma dica especial que vai te ajudar nessa tarefa e fazer atividades diárias se tornarem mais simples e práticas. Confira.

Primeiro passo é baixar o aplicativo em ambos os dispositivos (Foto: Reprodução / Dario Coutinho)

Passo 1. Para o nosso tutorial, iremos utilizar a app gratuito Tablet Remote. Baixe o app pela Google Play Store em ambos os dispositivos.

Passo 2. No dispositivo que será controlado, abra o aplicativo Tablet Remote e toque na opção “Setup” e, logo em seguida, habilite as duas opções que irão surgir na tela. Essas opções permitem ao dispositivo que será o “cliente” tomar posse da interface do dispositivo que será o “servidor”.

Clique em Setup no menu inicial do app para acessar essas duas opções (Foto: Reprodução / Dario Coutinho)
Passo 3. Ainda no dispositivo que será controlado, o usuário deve tocar na opção “Connection” e, em seguida, “Make Device Discoverable”. Isso tornará o Tablet ou Adaptador HDMI com Android facilmente reconhecível para outros dispositivos com o mesmo aplicativo.

Clique na primeira opção para tornar seu dispositivo visível (Foto: Reprodução / Dario Coutinho)
Passo 4. Agora, no dispositivo que será o controle do seu tablet, tv ou adaptador HDMI com Android, toque na opção “Connection” e em seguida, “Scan Device”. O dispositivo a ser controlado deve aparecer na tela com um símbolo com a sigla “Wi-FI”, toque nele para realizar a conexão.

No dispositivo que será o controle (o smartphone) toque na segunda opção (Foto: Reprodução/Dario Coutinho) 
Passo 5. Uma confirmação aparecerá momentaneamente na tela. Neste momento já será possível usar o smartphone para controlar o dispositivo conectado a TV.

Configurações diferentes conforme a inclinação do aparelho (Foto: Reprodução / Dario Coutinho)

Observações

O Tablet Remote apresenta duas configurações. Na vertical, o smartphone terá controles idênticos ao de um controle remoto. Porém, ele inclui botões como “home”, “voltar” e “menu”, os botões padrões do Android. Na horizontal, o aplicativo assumirá botões de um joystick, podendo até ser utilizado em vários jogos. Ele tem configurações para ser reconhecido como o controles do Sony Xperia Play ou do videogame Super Nintendo.

Dez maneiras de diminuir a barriga

Exercícios e alimentação saudável ajudam a eliminar a maior preocupação estética do verão: a gordura acumulada no abdômen

Manter uma rotina de hábitos saudáveis promete reduzir as medidas da barriga (Thinkstock/VEJA)
Uma barriga saliente causa problemas bem maiores do que o desconforto estético: ela está associada a um risco elevado de diabetes, aumento da pressão arterial e altos índices de triglicérides, gorduras que formam placas que obstruem as artérias.

A boa notícia é que é possível incinerar os pneuzinhos com uma fórmula praticamente infalível: dieta e atividade física. "Assim que começamos a praticar exercícios, a gordura visceral é a primeira a diminuir", explica o endocrinologista João Eduardo Salles, vice-presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Isso acontece porque a gordura da barriga tem uma alta taxa de glicólise – isto é, de quebra de gordura, essencial no processo de emagrecimento –, muito maior do que aquela armazenada no braço ou no quadril, por exemplo.

Para fazer com que os benefícios conquistados pela rotina saudável se prolonguem, é preciso manter a regularidade. “O ideal é que esses hábitos não sejam parte apenas de um ‘projeto verão’, mas de um projeto de verão a verão, ou seja, o ano todo”, orienta Salles.

Como perder a barriga

Corra, pedale ou nade
Exercícios aeróbicos como corrida, ciclismo e natação aceleram o metabolismo do corpo, contribuindo para a queima de gordura. Segundo Rodrigo da Silva, educador físico da academia Smart Fit, meia hora por dia de exercícios aeróbicos garante resultados visíveis depois de dois a três meses de prática regular. "Se a pessoa pode passar uma hora em uma esteira ou bicicleta, melhor ainda", explica. A intensidade varia de acordo com o condicionamento físico de cada um: sedentários devem começar com caminhadas leves até adquirir condicionamento suficiente para começar a correr e perder ainda mais calorias. 

Não se restrinja aos abdominais
Fazer meia hora de abdominais por dia na esperança de conquistar uma barriga definida é uma prática comum nas academias. De fato, o exercício fortalece o músculo do abdômen e ajuda a corrigir a postura, mas não é suficiente para queimar a gordura da região. "O ideal é aliar os abdominais a alguma atividade aeróbica, que auxilia na perda de gordura", diz o educador físico Rodrigo da Silva. "Os músculos da barriga são mais resistentes que os outros. Por isso, eles podem ser trabalhados todos os dias, e não apenas em dias alternados."

Consuma açúcares e gorduras com moderação
A regra é clara: só se exercitar, sem revisar a dieta, não adianta. Para os exercícios fazerem efeito, é preciso evitar alimentos altamente calóricos, como gorduras e doces — incluindo bebidas adocicadas, como alguns sucos industrializados e refrigerantes.

Passe longe da cerveja
A expressão popular “barriga de chope” não é todo errada. As calorias da cerveja (cerca de 200 por copo) se transformam em gordura e se acumulam na região abdominal. Os homens, que têm mais propensão do que as mulheres para armazenar gordura no abdômen, são os principais alvos. “É claro que a barriga de chope não é um resultado só da cerveja, mas com certeza seu consumo contribui bastante”, explica o endocrinologista João Eduardo Salles.

Inclua fibras e proteínas no cardápio
Alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes e verduras, e em proteínas, como ovos, peixes e carnes magras, prolongam a sensação de saciedade, diminuindo o apetite por guloseimas que podem se acumular em forma de gordura na região abdominal.

Arrume a postura
Ter uma postura errada pode dar a impressão de que a barriga é maior do que seu tamanho real. Exercícios que ajudam a corrigir a postura, como pilates ou ioga, não influenciam diretamente na perda de gordura, pois queimam poucas calorias, mas endireitam as costas, o que puxa a barriga para dentro.

Evite comidas congeladas
As comidas congeladas, além de cheias de gordura saturada, também costumam ter um alto teor de sódio para prolongar sua durabilidade. O sódio em excesso facilita a retenção de líquidos, um dos fatores responsáveis pela sensação de inchaço na barriga.

Mantenha uma rotina ativa
Para perder barriga, o ideal é se exercitar com regularidade, ao menos meia hora por dia. Para aqueles que não têm esse tempo disponível, manter uma rotina ativa já ajuda — um estudo de 2012 revelou que, no Brasil, o sedentarismo crescente ameaça formar a primeira geração de jovens que viverão menos do que seus pais. Alguns hábitos simples para combater o sedentarismo são trocar o elevador pela escada, estacionar o carro um pouco mais longe do trabalho do que o normal ou levar o cachorro para passear.

Conheça seu metabolismo
Alterações hormonais influenciam a tendência de ganhar ou perder peso. Um exemplo é o hipotireoidismo: caracterizado pela baixa produção do hormônio tiroxina pela glândula tireoide, que regula o metabolismo, a doença facilita o acúmulo de gordura no corpo. Além disso, o simples fato de ser homem ou mulher conta pontos — de modo geral, as mulheres costumam ter maior tendência a engordar, por possuir um metabolismo mais lento que o dos homens. Por isso, é importante conhecer o próprio metabolismo e conversar com um médico para receber orientações específicas.

Combata o stress
Má alimentação e sedentarismo não são os únicos responsáveis pelo ganho de peso e, consequentemente, pelo acúmulo de gordura na região abdominal – o stress também pode surtir esse efeito, e não somente pelo fato de pessoas estressadas serem mais propensas a comer em maior quantidade. O stress induz o corpo a liberar cortisona, um hormônio que está associado à obesidade. Um estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, mostrou que indivíduos mais sensíveis ao stress liberam maiores níveis de cortisona no organismo e são mais propensos a ter excesso de peso, pressão alta e níveis elevados de colesterol e açúcar no sangue. [Veja]