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12 de março de 2020

Por que os jovens ignoram os dados e a história e insistem em ser de esquerda


Quase trinta anos após a queda da União Soviética, após a abertura da China e, mais recentemente, o agravamento da crise na Venezuela, a esquerda ainda levanta bandeiras como maior controle governamental, prevalência do Estado sobre o mercado e outras medidas que causaram a ruína de países socialistas no último século. E os jovens ainda são atraídos por ideologias de esquerda – não importa o quão falhas elas tenham se mostrado ao longo da história.

Um estudo recente da Pew Research Center indica que a maioria dos adolescentes e jovens da Geração Z têm convicções de esquerda e acreditam em um Estado maior. A Geração Z engloba os jovens nascidos após 1996, que estão se aproximando ou entrando na vida adulta. Em 2020 boa parte deles irá votar, o que significa que suas ideologias políticas poderão contribuir para o cenário político.

Outra pesquisa da Pew Research Center aponta que a parcela de progressistas também está crescendo: em 2016, 21% dos americanos se identificaram como democratas e progressistas, o número mais alto desde 2000. Naquela época, apenas 12% do público se descrevia como democrata e progressista.

Na pesquisa de 2016, pessoas até 34 anos foram as mais propensas a se identificarem como progressistas: 55% deste recorte se identificou como democrata e 27% como democratas progressistas.


Participação política

Ao mesmo tempo em que se tornam mais progressistas, os jovens estão mais entusiasmados com as eleições e deverão aumentar a participação política, o que poderá ser decisivo para o cenário político.
Um levantamento do Instituto de Ciência Política da Kennedy School da Universidade Harvard (IOP) aponta que os jovens eleitores estão mais entusiasmados com a eleições americanas de 2020 do que com as eleições de 2016. A pesquisa mostra que 43% dos jovens de 18 a 29 anos disseram que provavelmente votariam nas primárias de seu estado, em comparação a 36% que afirmaram que votariam em 2015.

A pesquisa foi realizada com mais de 3 mil jovens entre 18 e 29 anos. Neste grupo, a ânsia eleitoral foi maior entre os jovens democratas, cujo entusiasmo aumentou 14%, passando de 44% em 2015 para 58% em 2019. Enquanto isso, o entusiasmo entre os jovens republicanos caiu.

“Quase todo o entusiasmo adicional em relação a quatro anos atrás vem de jovens democratas”, diz John Della Volpe, diretor de pesquisas do IOP. “Os jovens não estão apenas mais engajados, mas estão se tornando mais engajados e mais progressistas ao mesmo tempo.”

A onda progressista entre os jovens está sendo expressada nas urnas: as eleições americanas de 2018 registraram um número recorde de jovens (31%, o maior desde 1992, quando Bill Clinton venceu a disputa com George H. W. Bush) escolhendo candidatos democratas.

“Estamos vendo uma crescente divisão entre os eleitores mais jovens e mais velhos nos Estados Unidos”, pondera Della Volpe. “Pessoas com mais de 50 anos e mais velhos apoiam os republicanos em uma proporção de dois para um, enquanto as pessoas na geração millennial apoiam democratas em uma proporção de dois para um”, analisa.

O crescimento da participação é atribuída a um sentimento de ansiedade entre os jovens: entre aqueles que se definem como progressistas, 66% disseram estar preocupados com a direção moral do país – um aumento considerável quando comparado com dados de 2015 (42%).

Para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a atração desta geração pelo socialismo acontece porque são “jovens” e “idealistas”. “Bem, acho, em primeiro lugar, que eles são jovens, idealistas. Se os chamamos de idealistas, acredito que o capitalismo é mais um ideal”, afirmou Trump respondendo a uma pergunta da apresentadora da Fox News, Laura Ingraham, sobre por que americanos mais jovens parecem estar gravitando em direção a políticas progressistas. Mesmo assim, para Trump, os EUA nunca se tornarão uma nação socialista.


Realidade nacional

No Brasil, os últimos anos mostraram crescimento da parcela que se posiciona com ideologias da esquerda. Pesquisa do Datafolha divulgada em 2017 apontava que 41% da população se identificava com posicionamentos de esquerda. O levantamento avaliou as opiniões dos brasileiros sobre uma série de questões envolvendo valores sociais, políticos, culturais e econômicos e a partir daí os posicionou em escalas de comportamento e pensamento econômico, dentro das quais eles foram segmentados em esquerda, centro-esquerda, centro, direita e centro-direita.

A identificação com a esquerda também pode estar relacionada ao comportamento, e não à economia, indica a mesma pesquisa: entre 2013 e 2017 houve aumento na parcela de pessoas que acreditam que “boa parte da pobreza está ligada à falta de oportunidades iguais para que todos possam subir na vida”, enquanto a avaliação de que a “homossexualidade deve ser aceita por toda a sociedade” passou de 64% para 74% no período, opiniões identificadas com ideologias de esquerda.

Por outro lado, o percentual daqueles que se identificam como “esquerda” é muito maior entre professores de História. Uma dupla de pesquisadores realizou um levantamento com 288 professores de História de países do Mercosul – Brasil, Argentina Uruguai e Paraguai – mais o Chile. Uma das perguntas do questionário foi em qual partido os docentes costumam votar nas eleições. Ao todo, 84,5% dos professores brasileiros disseram preferir siglas de esquerda ou centro-esquerda. Já centro, centro-direita e direita, somados, corresponderam a 15,5% dos entrevistados.

Um relatório mais antigo, elaborado em 2004 pela Unesco, chegou a conclusões semelhantes. Quando perguntados se concordam com a afirmação “A liberdade e a igualdade são importantes, mas se tivesse que escolher uma das duas, consideraria a igualdade como mais importante, isto é, que ninguém se veja desfavorecido”, 75,5% dos entrevistados responderam que “sim”. Embora o relatório da Unesco evite usar os termos esquerda e direita, a opção por “igualdade” em detrimento da “liberdade” costuma ser usada para mapear pensamentos mais à esquerda.


Capacidade crítica

Para Tom Switzer, diretor executivo do Center for Independent Studies em Sidney (Austrália), uma das causas principais para a atração dos jovens pela esquerda é o desconhecimento.

“Parte do problema é simplesmente ignorância. Apenas 26% dos millennials estão familiarizados com Vladimir Lenin e 34% com Joseph Stalin. Apenas 21% dos entrevistados disseram que sabiam quem era Mao. Não importa que esses homens tenham sido responsáveis pela morte de dezenas de milhões e pelo empobrecimento de centenas de milhões”, diz Switzer.

“Eles deveriam pelo menos saber sobre a Venezuela, onde o regime socialista nas últimas duas décadas levou à repressão, uma economia em queda livre, doença generalizada e fome e emigração em massa”, completa.

Ainda de acordo com a pesquisa do CIS, 58% dos jovens australianos têm uma visão favorável do socialismo, com apenas 18% deles tendo uma visão desfavorável. A pesquisa revela que a exposição limitada dos jovens australianos aos horrores do socialismo pode estar levando-os a romantizar a ideologia: quase dois terços dos jovens entrevistados acredita que o capitalismo falhou e que mais intervenção do governo é necessária.

“Os experimentos fracassados do século XX com o socialismo servem como uma grande lição que, apesar de suas promessas idealistas de igualdade, a ideologia levou a nada além de opressão e pobreza. No entanto, os millennials australianos permaneceram relativamente não afetados pelas deficiências do socialismo”, diz Switzer.

A opinião é compartilhada por Jean-Marie Lambert, doutor em Ciências Políticas pela Universidade de Liège e professor emérito da PUC-Goiás. Para Lambert, o sistema universitário está formando gerações incapazes de compreender o que é socialismo e com ausência de capacidade crítica.

“Em uma universidade você precisa repetir comandos para ser aceito: minorias, feminismo, misoginia... Em geral, não há capacidade de recuo crítico, tampouco de análise filosófica. Então fica fácil manobrá-los para votarem em candidatos de esquerda”, diz.

“Estamos vivendo, desde então, uma ‘colonização educacional’. Esses quadros ideológicos, os chamados progressistas, nascem basicamente no sistema universitário americano, para propagação periférica. São gerações que são formadas nessa ideologia progressista e hoje estamos colhendo os frutos dessa política educacional”, crítica o professor.


Contradições

Por outro lado, um levantamento da Gallup, empresa de pesquisa de opinião nos Estados Unidos, mostra que os jovens têm visões que na prática contradizem a crença no socialismo. Segundo a pesquisa, 90% dos jovens entre 18 e 29 anos tem uma visão positiva dos empreendedores, e 98% veem positivamente as pequenas empresas.

“Jovens de vinte e poucos anos não querem que o governo administre pizzarias, mas querem mais controle governamental sobre alguns setores da economia”, escreveu recentemente Edward L. Glaeser, professor de economia na Universidade de Harvard.

Segundo ele, para evitar que os jovens caiam no socialismo de fato, é necessário fortalecer o empreendedorismo e melhorar as oportunidades de ascensão social dos jovens: “Por mais imperfeito que seja o livre mercado, o histórico moral e econômico das economias dominadas pelo Estado é muito pior”.
[ Gazeta do Povo, 22/06/2019 ]

19 de maio de 2015

Amigos constroem vila sustentável para poderem viver juntos


A maioria de nós vive da nostalgia, das lembranças. À medida que crescemos e vamos ficando mais velhos, nos afastamos de bons amigos da infância e da adolescência. Mas quatro casais resolveram provar que é possível, sim, manter a amizade. Para isso, eles, que estão juntos há duas décadas, resolveram construir uma vila sustentável no meio da natureza para poderem ficar juntos até a velhice.

O lugar sustentável recebeu o nome de Llano Exit Strategy e conta com quatro cabanas, que ficam em frente ao rio Llano, no Texas (EUA). Para realizar o sonho de morar juntos em um lugar tranquilo, porém, foi preciso muito esforço – cada casa, todas projetadas pelo arquiteto Matt Garcia, custou cerca de 40 mil dólares.

“É um lugar mágico, mas é árido. Estamos fazendo o que podemos para reservar água para árvores nativas e gramíneas”, afirma Fred Zipp, um dos amigos. “É como se a Disney tivesse mudado para cá. Nós temos veados, coelhos e vários tipos de aves. Quanto mais tempo passamos aqui, mais animais encontramos”, diz outro morador.

As casas são todas feitas de madeira e possuem banheiro, cama, cadeiras, sofá, prateleiras e estantes. Os telhados coletam águas em barris e conseguem encher quase 19 mil litros de água. Já as paredes reflexivas impedem a entrada de calor nos dias quentes de verão, para evitar o uso de aparelhos refrigeradores. Tudo para manter as boas amizades e ainda ajudar a natureza, naquele que pode ser considerado a verdadeira “friend zone”. [ Bem Paraná ]

18 de maio de 2015

Blogueiro britânico diz que brasileiros exageram na rejeição ao Brasil


Pouco depois de chegar a São Paulo, fui a uma loja na Vila Madalena comprar um violão. O atendente, notando meu sotaque, perguntou de onde eu era. Quando respondi "de Londres", veio um grande sorriso de aprovação. Devolvi a pergunta e ele respondeu: ‘sou deste país sofrido aqui’.

Fiquei surpreso. Eu - como vários gringos que conheço que ficaram um tempo no Brasil - adoro o país pela cultura e pelo povo, apesar dos problemas. E que país não tem problemas? O Brasil tem uma reputação invejável no exterior, mas os brasileiros, às vezes, parecem ser cegos para tudo exceto o lado negativo. Frustração e ódio da própria cultura foram coisas que senti bastante e me surpreenderam durante meus 6 meses no Brasil. Sei que há problemas, mas será que não há também exagero (no sentido apartidário da discussão)?

Tem uma expressão brasileira, frequentemente mencionada, que parece resumir essa questão: complexo de vira-lata. A frase tem origem na derrota desastrosa do Brasil nas mãos da seleção uruguaia no Maracanã, na final da Copa de 1950. Foi usada por Nelson Rodrigues para descrever “a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”.

E, por todo lado, percebi o que gradualmente comecei a enxergar como o aspecto mais 'sofrido' deste país: a combinação do abandono de tudo brasileiro, e veneração, principalmente, de tudo americano. É um processo que parece estrangular a identidade brasileira.

Sei que é complicado generalizar e que minha estada no Brasil não me torna um especialista, mas isso pode ser visto nos shoppings, clones dos 'malls' dos Estados Unidos, com aquele microclima de consumismo frígido e lojas com nomes em inglês e onde mesmo liquidação vira 'sale'. Pode ser sentido na comida. Neste "país tropical" tão fértil e com tantos produtos maravilhosos, é mais fácil achar hot dog e hambúrguer do que tapioca nas ruas. Pode ser ouvido na música americana que toca nos carros, lojas e bares no berço do Samba e da Bossa Nova.


Cadê a tapioca?
Pode ser visto também no estilo das pessoas na rua. Para mim, uma das coisas mais lindas do Brasil é a mistura das raças. Mas, em Sampa, vi brasileiras com cabelo loiro descolorido por toda a parte. Para mim (aliás, tenho orgulho de ser mulato e afro-britânico), dá pena ver o esforço das brasileiras em criar uma aparência caucasiana.

Acabei concluindo que, na metrópole financeira que é São Paulo, onde o status depende do tamanho da carteira e da versão de iPhone que se exibe, a importância do dinheiro é simplesmente mais uma, embora a mais perniciosa, importação americana. As duas irmãs chamadas Exclusividade e Desigualdade caminham de mãos dadas pelas ruas paulistanas. E o Brasil tem tantas outras formas de riqueza que parece não exaltar...

Um dos meus alunos de inglês, que trabalha em uma grande empresa brasileira, não parava de falar sobre a América do Norte. Idealizou os Estados Unidos e Canadá de tal forma que os olhos dele brilhavam cada vez que mencionava algo desses países. Sempre que eu falava de algo que curti no Brasil, ele retrucava depreciando o país e dando algum exemplo (subjetivo) de como a América do Norte era muito melhor.

O Brasil está passando por um período difícil e, para muitos brasileiros com quem falei sobre os problemas, a solução ideal seria ir embora, abandonar este país para viver um idealizado sonho americano. Acho esta solução deprimente. Não tenho remédio para os problemas do Brasil, obviamente, mas não consigo me desfazer da impressão de que, talvez, se os brasileiros tivessem um pouco mais orgulho da própria identidade, este país ficaria ainda mais incrível. Se há insatisfação, não faz mais sentido tentar melhorar o sistema?

Destaco aqui o que vejo como um uma segunda colonização do Brasil, a colonização cultural pelos Estados Unidos, ao lado do complexo de vira-latas porque, na minha opinião, além de andarem juntos, ao mesmo tempo em que existe um exagero na idealização dos americanos, existe um exagero na rejeição ao Brasil pelos próprios brasileiros. É preciso lutar contra o complexo de vira-latas. Uma divertida, porém inspiradora, lição veio de um vendedor em Ipanema. Quando pedi para ele botar um pouco mais de 'pinga' na caipirinha, ele respondeu: "Claro, (mermão) meu irmão. A miséria tá aqui não!" Viva a alma brasileira! [ BBC Brasil ]

17 de março de 2015

Menininha de 4 anos responde a um garoto que lhe chamou de feia na escola


Siahj Chase tem apenas quatro anos, mas fala igual gente grande.

Há alguns dias, a garotinha foi chamada de feia por um colega de escola.

Chegando em casa, resolveu contar a história para a mãe, que se surpreendeu com a resposta dada pela filha e resolveu postar o vídeo no Facebook.

A publicação já tem mais de 800 mil visualizações. Ela merece!

12 de março de 2015

Supermercados sem embalagens crescem na Europa

Supermercados em que nenhum dos produtos vem embalados parecem ser uma tendência na Europa. Mais especificamente na França, a onda sustentável conta com a Day by Day, que caba inaugurar novas lojas em Lille, Montaigne, Versailles e Meudon. Ela surgiu como uma opção para a venda de massas, arroz, frutas, doces e especiarias.

Nesse tipo de supermercado, os produtos são disponibilizados em prateleiras e vendidos a granel. O cliente deve levar sua própria embalagem. Alice Bigorgne, criadora do mercado francês, se inspirou no livro “Lixo Zero”, para abrir a rede de supermercados.

O Day By Day segue a linha de outra rede com unidades na Alemanha, o Original Unverpackt, que resgata antigos hábitos de comprar apenas a quantidade que precisa. O consumidor evita assim o desperdício de produtos e materiais - como plásticos e papel que embalariam os produtos.

Neste modelo de negócio saem ganhando o meio ambiente e o bolso do consumidor. Um produto pode sair 40% mais barato em relação a um supermercado comum.

Fotos que mostram a realidade da paternidade

A paternidade não é um mar de rosas. É preciso fazer mais do que colocar as crianças na frente da TV quando elas começam a chorar.

E, sendo pequenos seres imprevisíveis, não dá para tirar os olhos deles por um minuto: ou desastres como os da imagem abaixo acontecem. 

Os filhos podem estar se divertindo, mas isso é porque eles não estão pensando no que vai sobrar para os pais depois. 

Veja fotografias que mostram o lado mais escuro e calamitoso da paternidade: 




















Via  Revoada

4 de março de 2015

Você não está tão ocupado quanto diz que está

Sempre que vejo alguém dizendo que anda superocupado, trabalhando pra caramba, penso que está se supervalorizando e, principalmente, desperdiçando tempo precioso que poderia ser usado para curtir a família, amigos, a natureza, esportes, um livro, um filme... 

Estava visitando o Papo de Homem e dei de cara com o artigo abaixo da escritora israelense Hanna Rosin, que pensa da mesma maneira e ainda dá o caminho para sair dessa e deixar de ser 'tão ocupado'. Vale a leitura!


Por Hanna Rosin . Via Papo de Homem

Você está muito ocupado? Pois deveria estar, e deveria informar aos demais que está. Informe em um tom orgulhoso, mas desgastado.

Como, por exemplo, um velho colega a quem pedi um conselho dia desses: “Eu gostaria de ajudar, mas não posso. Estou tentando terminar uma apresentação e uma palestra que preciso dar em Milão. Assim que eu tiver uma assistente ficarei feliz em ajudar”.

Ou como um site de um pesquisador que conheço, que diz “trabalho aproximadamente 100 horas por semana e estou ficando mais e mais para trás conforme os anos passam. Sou simplesmente incapaz de acompanhar as demandas do meu tempo e muito menos lidar com novas solicitações. Sinto-me extremamente culpado sobre isso, mas é importante que eu afaste as pessoas de perto para que possa continuar a produzir minhas pesquisas e fazer meu trabalho.”

A arte da ocupação é saber transmitir um comunicado genuíno do ritmo de sua vida, mas com ar de resignação, como se nada pudesse fazer para mudar isso, como se outros ajustassem o tempo. Deixe claro que, apesar de tudo, você esta dando conta do jogo, indo muito bem. Mas não de uma forma como se estivesse se gabando. Mais como se estivesse irritado com o fato de ser capaz disso.

Essa, cada vez mais, está se tornando a linguagem do nosso tempo.

Em seu novo livro, “Overwhelmed: Work, Love, and Play When No One Has the Time”, a repórter do Washington Post Brigid Schulte chama essa epidemia cultural de “sufoco”. É de fácil e imediato reconhecimento para a maioria dos adultos que têm uma rotina de trabalho.

“Sempre atrás e atrasado, com mais uma coisa e mais uma coisa e mais uma coisa para fazer antes de sair de casa às pressas.”

Deixar o telefone mudo durante uma conferência pra ninguém escutar o barulho da escolinha de futebol ao fundo, passar por cima de montes de roupa suja, acordar às 2AM em pânico pra terminar uma lista de tarefas e então resumir sua vida para os amigos – nos dois segundos que dedica a ver seus amigos – como "maluca o tempo todo", enquanto eles balançam a cabeça em acordo.

Para mergulhar no estado de “sufoco” você precisa não apenas estar fazendo coisas demais em um período de 24h, mas estar fazendo coisas de variadas naturezas, de forma que todas se misturem e o dia não tenha fases distintas.

Pesquisadores chamam isso de “tempo contaminado” e aparentemente mulheres são mais suscetíveis a ele, pois têm mais dificuldade de se desligar daquilo que precisa ser feito no dia. O único alívio da pressão é obtido ao isolar longos períodos de genuíno tempo livre ou lazer, criando uma sensação que Schulte chama de “serenidade temporal” ou “fluxo”.

Ao longo dos anos, diários do uso do tempo mostram que as mulheres tornaram-se terríveis nisso, eliminando todo o tempo livre e, como Schulte coloca, recorrendo a "pedaços de tempo livre do tamanho de um confeti".

Então, se espremer o tempo é tão ruim, por que as pessoas se gabam disso? Aí está o fato curioso sobre essa doença e, provavelmente, a primeira pista para a recuperação.

Para seu livro, Schulte entrevistou Ann Burnett, que estuda como a linguagem que usamos cria a nossa realidade.

Desde os anos 60, Burnett tem recolhido centenas de cartões que as pessoas enviam nas datas festivas, que servem como excelentes registros antropológicos de como as famílias escolhem se apresentar.

Burnett narra o crescimento de certas palavras e frases como "agitado", "turbilhão", "consumidos", "loucos", "difícil dar conta de tudo", "em fuga", "muito rápido". Ultimamente os cartões entraram na fase da meta-ocupação, na qual “estar ocupado” afeta o estilo da própria mensagem. Como esta que Burnett recebeu recentemente:

Eu não tenho certeza se a escrever uma carta de Natal, enquanto trabalho na velocidade da luz é uma boa ideia, mas devido a quantidade de tempo que tenho para me dedicar a qualquer projeto individual, é a única opção que eu tenho.

Começamos cada dia às 4h45min da manhã – em alta velocidade (a experiência é muito parecida com enfiar a cabeça em um liquidificador), conseguimos parar apenas às 20h, olhando para algo parecido com bruxas de Halloween empaladas de braços abertos na porta da frente, e nos perguntamos como fizemos isso durante o dia.

Foi depois dessa carta que Burnett percebeu que a ocupação de um certo tipo – não aquela em que se trabalha em três empregos de merda e coloca os filhos em creches precárias por falta de opção – se tornou uma marca de status. Em meio ao peso das listas intermináveis e dos papéis amassados, era possível notar uma pitada de glamour.

"Meu Deus, as pessoas estão competindo por estarem ocupadas", Burnett percebeu. "É uma demonstração de status. Se você estiver ocupado, você é importante. Você está levando uma vida plena e digna. Como se você não pudesse escolher, a ocupação apenas está lá. Eu chamo isso de escolha pela não-escolha. Porque as pessoas realmente têm uma escolha."

As pessoas realmente têm uma escolha?

Em algum ponto de sua jornada, Schulte se aproxima de John Robinson, um sociólogo conhecido como “Pai Tempo”, porque ele foi um dos primeiros a colecionar diários de uso do tempo, que se tornaram a base para pesquisas sobre como os americanos usam seu tempo (American Time Use Surveys), que dizem muito sobre o modo como vivemos.

Embora não diga abertamente, Schulte parece desconfiar de Robinson, e, provavelmente, por uma boa razão. Ele é divorciado e vive sozinho, portanto, está livre para gastar o seu tempo como quiser (muitas vezes fica no metrô com um guia de entretenimento na mão e nenhum objetivo particular.) Mas Robinson me pareceu ter elaborado o antídoto mais convincente para o "sufoco".

Robinson não nos pede para meditar, tirar mais férias, respirar, caminhar na natureza ou fazer qualquer coisa que pareça mais um item na lista de afazeres. A resposta para esse sentimento opressivo de ocupação, ele diz, é parar de dizer a si mesmo que está excessivamente ocupado.

Porque a verdade é que todos nós estamos muito menos ocupados do que pensamos.

E a nossa consistente insistência de que estamos ocupados criou uma série de males pessoais e sociais que Schulte relata com riqueza de detalhes em seu livro: estresse desnecessário, exaustão, escolhas ruins, e, em um nível maior, a convicção de que trabalhador ideal é aquele que está disponível o tempo todo, porque ele ou ela é grato por estar "ocupado", e que todos nós devemos aspirar aos horários insanos de um empresário do Vale do Silício.

“É muito comum a sensação de que há muitas coisas acontecendo e que as pessoas simplesmente não podem ter controle de suas vidas,” afirma Robinson. “Mas quando nós analisamos os diários das pessoas, parece não haver evidência suficiente para apoiar essas crenças – é um paradoxo. Quando você conta para as pessoas que elas têm de trinta a quarenta horas livres por semana, elas não querem acreditar nisso."

Estar ocupado é uma virtude, então as pessoas estão com medo de ouvir que elas têm tempo vazio, como Tim Kreider escreveu em “The ‘Busy’ Trap.” É o equivalente a dizer que você é redundante ou obsoleto.

Robinson fez Schulte manter um diário sobre como usa o tempo e a mostrou muito tempo livre que ela não havia considerado como tal – estar deitado na cama à toa, fazer exercícios, jogar gamão em seu computador, conversar com um amigo no telefone.

No entanto, ela ainda não acredita que, como uma mãe que trabalha, ela poderia ter qualquer tempo de lazer. Na verdade, ela parece cética em relação à premissa de Robinson, que estamos ocupados por dizermos estar.

Na verdade, no dia em que eu deveria escrever esse artigo tinha todos os sintomas de “tempo contaminado”. Tinha que gravar um podcast, contratar uma babá porque a nossa de 13 anos nos deixou, tinha que descobrir o que fazer com uma criança que tinha metade do dia fora da escola, chamar alguém para consertar a máquina de lavar roupa, confortar um amigo que estava pirando sobre sua mãe doente, fazer pré-entrevistas para uma aparição na TV, voar para Nova York para as entrevistas, ver os meus pais, tomar uns drinks com um editor amigo, ir para um hotel. (Tive que desmarcar uma consulta médica marcada há séculos). E não estou nem contando as coisas normais: email, trabalho, café da manhã, levar as crianças à escola, ver como elas estão no período da tarde.

Durante todo o dia, tentei me convencer de que não estava tão ocupada. A maneira pela qual fiz isso foi repetindo silenciosamente: "Você não está tão ocupada."

Fazer isso de fato parou a fita na minha cabeça sobre o que tinha de ser feito naquele dia. Eu só calmamente fiz uma coisa após a outra. Acredito que isso significa que eu estava sendo consciente, ou talvez vivendo no momento ou estando presente, mas não tenho certeza. E eu não vou verificar, porque se eu der um nome a isso, então será apenas mais uma coisa que vou me sentir obrigada a fazer.

Em vez disso, basta retirar apenas uma coisa da sua lista de afazeres, que é: dizer a todos o quanto você está ocupado.


Hanna Rosin
Escreve para a Atlantic e para a Slate. Também é autora do livro "The End of Men". A siga no twitter.

9 de fevereiro de 2015

Uso de tablets ou computador prejudica sono, diz estudo

Uso de tablets ou computador prejudica sono, diz estudo
Olhar para tela luminosa antes de dormir pode enviar sinais errados ao cérebro e atrapalhar sonolência

Um estudo realizado na Noruega sugere que a qualidade do sono de um adolescente está relacionada ao tempo gasto em frente a uma tela de um tablet ou smartphone.

Pesquisadores da Uni Research Health, em Bergen, na Noruega, analisaram quase 10 mil adolescentes entre 16 e 19 anos. E concluíram haver uma ligação entre o uso destes aparelhos por mais de duas horas após a escola com o sono adiado e o sono mais curto.

Na pesquisa, os adolescentes foram questionados sobre a rotina de sono em dias de semana e nos finais de semana. E também quanto tempo passavam em frente à tela dos tablets e smartphones fora da escola.

Em média, as meninas disseram que passavam cerca de cinco horas e meia por dia assistindo TV ou usando computadores, smartphones ou outros aparelhos eletrônicos. E os meninos passavam um tempo um pouco maior, cerca de seis horas e meia por dia, em média.

Quase todos os adolescentes noruegueses pesquisados afirmaram que usaram os aparelhos pouco antes de ir dormir. E muitos destes adolescentes relataram que dormiam menos de cinco horas por noite.

A pesquisa foi publicada na revista especializada BMJ.

Qualquer tela

Segundo os pesquisadores, qualquer tipo de tela usada durante o dia e pouco antes de dormir parece ter prejudicado o sono dos adolescentes que participaram do estudo.

E, quanto mais tempo eles passaram em frente a estas telas, maior a perturbação e menor a duração do sono.

Quando o tempo passado em frente às telas durante o dia totalizava quatro horas ou mais, os adolescentes tinham um risco 49% maior de precisar de mais do que uma hora para conseguir pegar no sono.

Estes adolescentes também tinham uma tendência a dormir menos do que cinco horas por noite.

De acordo com Mary Hysing e os outros pesquisadores da Uni Research Health, em Bergen, pode ser que, ao usar estes aparelhos eletrônicos para jogos ou outras atividades, os adolescentes tenham menos tempo para fazer outras coisas, incluindo dormir.

Mas, pode ser que o tempo passado em frente a estas telas esteja interferindo com a sonolência.

Olhar para a tela iluminada na hora de dormir pode enviar sinais errados para o cérebro, perturbando o relógio biológico e fazendo com que a pessoa fique mais alerta, sugerem os cientistas.

"Sabemos que um tempo suficiente de sono é essencial para a boa saúde física e mental. Desconectar (destes aparelhos) pode ser uma medida importante para garantir uma boa noite de sono", disse Hysing.

"Este estudo é importante pois fornece provas empíricas de que o uso de aparelhos eletrônicos antes de dormir realmente reduz a duração do sono", afirmou Russell Foster, especialista em sono e neurociência da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.

E, para Foster, os adolescentes precisam ser alertados. [ BBC BRASIL ]

4 de fevereiro de 2015

Medidas simples podem prevenir contra o câncer

"Câncer: não está além de nós" aponta para as ferramentas que estão à mão para prevenir e combater a doença hoje


Qualidade de vida, detecção precoce e acesso universal ao tratamento são as quatro áreas chave que norteiam a campanha deste ano do Dia Mundial do Câncer, cuja data é celebrada em 4 de fevereiro. 

Combater o câncer com qualidade de vida é possível, segundo o oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia (CPO) do Grupo Oncoclínicas do Brasil, Jacques Tabacof, no Brasil o cenário terapêutico do câncer é heterogêneo, com áreas de excelência e carência. Para tanto, a adoção de medidas simples como a de cuidar de maneira integral e individualizada de pacientes oncológicos com excelência, humanismo e ética. 

O "World Cancer Day" é organizado anualmente pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC), uma instituição criada para ajudar a comunidade de saúde global a acelerar os processos de luta contra o câncer. 

Nesta edição o objetivo é trazer à evidência mundial, meios de como implantar de maneira global o que se sabe sobre as áreas de prevenção, detecção precoce, tratamento e cuidados, o que abre perspectiva na melhoria dos pacientes. 

Apesar do avanço tecnológico mundial no campo da oncologia, o Brasil ainda apresenta restrição de acesso a determinados tipos de tratamentos, já consolidados e aprovados por órgãos oficiais de registro da Europa, Ásia e Estados Unidos. 

A preocupação foi tema inclusive de reunião realizada em novembro de 2014, na sede da Organização Mundial da Saúde (WHO), em Genebra, na Suíça, na qual participaram especialistas do mundo todo, inclusive do Brasil, para discussão da revisão da "Lista Modelo da OMS de Medicamentos Essenciais para adultos (EML) e crianças (eMLC)", documento criado há mais de quatro décadas que traz um conjunto de fármacos considerados fundamentais que devem ser oferecidos dentro do arsenal terapêutico da saúde pública em todos os países. 

Membro da liderança do encontro, o pesquisador brasileiro e oncologista clínico, Gilberto Lopes, do Centro Paulista de Oncologia (CPO) da Rede Oncoclínicas do Brasil, relatou que o objetivo da reunião foi de atualizar a "Lista Modelo da OMS" a fim de promover o acesso global ao menos a 80% das terapêuticas consideradas essenciais, conforme uma das metas estabelecidas pela OMS para o controle das doenças crônicas degenerativas até 2025. 

Entre as indicações pretendidas as entidades solicitaram a incorporação do anticorpo monoclonal trastuzumabe e do inibidor de tirosina quinase imatinibe, já consolidados como opções terapêuticas padrão-ouro para o câncer de mama HER2 positivo, para a leucemia mieloide crônica (LMC) e tumor gastro intestinal (GIST). "Por serem consideradas terapias-alvo, estes medicamentos têm impacto na sobrevida e qualidade de vida de pacientes, pois funcionam como inibidores da progressão celular da doença no organismo", explica Lopes. 

O material resultante deste encontro foi publicado pela OMS. A decisão final sobre a aprovação deve ocorrer em abril deste ano, durante a reunião dos peritos da OMS em seleção de medicamentos essenciais, que acontece dias 20 a 24 do mês em questão, em Genebra. [BONDE]

30 de janeiro de 2015

Aluna é indiciada por vídeo de topless em biblioteca de universidade


Kendra Sunderland, de 19 anos, foi indiciada por atentado ao pudor após gravar um vídeo em que aparece de topless em biblioteca da Oregon State University (OSU), nos EUA.

As imagens foram gravadas em outubro, quando Kendra ainda era aluna da instituição, mas só esta semana explodiram na internet. O vídeo de 17 minutos, em que a jovem é vista se masturbando, foi publicado em um site pornô.

De acordo com a OSU, a jovem não se matriculou neste semestre.

Se condenada, Kendra pode pegar até um ano de prisão e pagar multa de o equivalente a R$ 16,3 mil.


13 de janeiro de 2015

Atentem para sete frases que podem destruir seus filhos

A raiva, o cansaço e a frustração que vêm com problemas cotidianos podem exasperar-nos e nos fazer dizer coisas que realmente não sentimos. Estas são algumas das piores combinações de palavras que podemos dizer aos nossos filhos, independentemente da idade deles, mas especialmente às crianças pequenas. Os efeitos dessas palavras podem ir além do que você acredita e do que você ou seus filhos podem controlar. Leia com atenção e pense muitas vezes antes de dizer frases como essas… 


1. "Você nunca faz nada direito" 
Ninguém gostaria de ouvir isso, menos ainda de um adulto. Imagina a sensação desagradável quando sua filha inocente ouve você dizer palavras como essas. Se sua filha cometeu um erro, quebrou algo, arruinou a mistura do bolo, respire fundo e pense no que é mais importante. A resposta sempre será a mesma: seus filhos são mais importantes do que qualquer outra coisa. 

2. "Eu gostaria que você fosse mais parecido com seu irmão" 
Nós não ganhamos nada comparando nossos filhos, mas podemos criar ressentimentos entre os membros da família. Certifique-se de que comparações não existam em sua casa. Somos todos diferentes e únicos, e somos todos especiais a nossa própria maneira. 

3. "Você é gordo/feio/burro" 
Nossos filhos acreditam em tudo o que falamos. Nós somos sua fonte mais confiável de informação e também a maior fonte de amor. Não prejudique a autoestima de seus filhos com adjetivos negativos. É melhor reconhecer seus pontos fortes ao invés de enfatizar o negativo. 

4. "Eu tenho vergonha de você" 
Se o seu filho tem a tendência de chamar atenção em público, como gritar, brincar, correr e cantar para todos ouvirem. Talvez só precise de mais atenção. Não diga coisas como essa na frente de seus amigos e nem em particular. Por que não planejar um espetáculo em casa onde ele seja a estrela principal? Talvez descubram seu lado artístico ao fazer isso e divirtam-se em família. 

5. "Eu queria que você nunca tivesse nascido" 
Eu não consigo pensar em algo pior que alguém poderia dizer a uma criança. Nunca, em nenhuma circunstância, diga isso a seus filhos, nem sequer de brincadeira. Todos precisamos saber que somos desejados e queridos, independentemente dos erros que cometemos. 

6. "Eu cansei, não te amo mais" 
Às vezes, sem perceber, caímos nos jogos de palavras de nossos filhos. Sua filha de três anos está frustrada porque não pode comer outro potinho de sorvete no jantar. Depois de explicar a ela várias vezes porque ela não deve fazer isso, ela fica brava, chora e diz que não te ama. A resposta mais fácil seria pagar na mesma moeda, mas isso só prejudica sua filha. A reação correta seria explicar novamente porque ela não pode comer mais sorvete e lembrá-la de que você sempre irá amá-la, mesmo que ela esteja muito brava com você. Ela aprenderá muito mais do que você imagina com esta lição. 

7. "Não chore, não é nada sério" 
"Quão grandes podem ser os problemas das crianças? Elas são apenas crianças, elas não têm preocupações, tristezas, decepções e medos." Este é um erro que como adultos cometemos com muita frequência. As crianças têm tanta ou maior capacidade emocional quanto um adulto. A diferença é que elas não podem expressar-se e acalmar a si mesmas como nós. Então, de alguma forma, seus problemas não seriam ainda maiores? Nunca menospreze um medo, um arranhão, uma dúvida, um conflito pelo qual seu pequeno está passando. Ajude-o a superar o problema e a reagir de forma saudável. 

Com pequenos ajustes e sempre considerando os sentimentos e bem-estar de nossos filhos, podemos evitar estas frases tão prejudiciais e ter uma relação de amor, proteção e bem-estar em casa. [ Bonde ]


12 de janeiro de 2015

Jogar na loteria é bobagem?


Mesmo sem nunca ter ganhado 1 real, algumas pessoas não passam uma semana sequer sem fazer uma aposta nas loterias. Outras não perdem por nada os prêmios acumulados e especiais, como a Mega da Virada e a Quina de São João. Mas, também há quem ache tudo isso uma grande besteira. Veja no vídeo do consultor financeiro Mauro Calil, da Revista Exame, se jogar na loteria não passa de uma grande bobagem.

8 de janeiro de 2015

Como deveria ser a lição de casa na era da internet?

Alguns especialistas defendem menos tarefas repetitivas e mais estímulos à criatividade


Em vez de memorização e cópia de palavras, um jogo de raciocínio para ser completado pelos estudantes com a ajuda dos pais. Em vez de pesquisar e copiar informações sobre um tema de história, o aluno grava um vídeo com a interpretação dele dos conceitos estudados e publica-o no YouTube.

As ideias acima são parte de uma nova forma de encarar as lições de casa, e algumas começam a ser aplicadas no Brasil.

Num momento em que a tecnologia muda o acesso à informação e novas habilidades são exigidas dos estudantes, educadores e especialistas têm repensado os formatos e objetivos das tarefas extraclasse.

"Quando a informação era muito restrita à sala de aula, a lição de casa era voltada apenas a exercícios de fixação e de prática do conteúdo", diz Claudio Franco, diretor de novos negócios da Mindlab, empresa de tecnologias educacionais provedora de escolas públicas e privadas.

Hoje, ante a informação inesgotável da internet, "o dever de casa deve estar mais ligado ao aluno pesquisando e construindo conhecimento, para que a sala de aula seja um espaço de debate e síntese de conceitos".

A empresa aplica, como tarefas de casa, jogos de raciocínio (online ou de tabuleiro) que reforcem conceitos estudados em classe. Também estimula a produção de vídeos por parte dos alunos, em que eles sintetizem o que aprenderam na aula.

Em Natal (RN), por exemplo, escolas públicas têm adotado jogos – em sala de aula e em casa – como parte do aprendizado.

A Clickideia, provedora de conteúdo e metodologia pedagógica, também tem desenvolvido exercícios de casa que envolvam jogos virtuais e atividades lúdicas. A ideia é que as atividades tenham, ainda, a função de avaliar o aprendizado – forçando o aluno a refazer etapas que tenha errado e avisando ao professor o que foi acertado.

A escritora e jornalista Ana Kessler, mãe de Ana Beatriz, 9, aluna da rede privada em São Paulo, diz que, na prática, muitas das lições de sua filha ainda são parecidas com as de antigamente. "E o básico tem de ter mesmo, tabuada ainda é aprendida na memorização. Como as crianças de hoje são muito dispersas e fazem tudo ao mesmo tempo, tarefas que ajudem a fixar são importantes."

Ao mesmo tempo, Ana vê Bia mais entusiasmada com tarefas extraclasse diferentes, que também são passadas pela escola: "A classe dela já faz apresentações em PowerPoint, algo que eu só fui fazer quando mais velha. Ou monta uma maquete de pulmão usando garrafas PET. São projetos mais interativos, interessantes e ligados ao dia a dia dela."

Lição ou não?
Em diversos países, o dever de casa tem sido tema de debate nos últimos anos. Tarefas devem ser aplicadas todos os dias, sempre? Qual o volume adequado de lição?

Na China, a pressão excessiva sobre os estudantes levou o Ministério de Educação a ordenar a redução, no ano passado, da quantidade de atividades extraclasse impostas.

Países como a China debatem limites da lição de casa
Na Finlândia, dona de um dos mais bem-sucedidos sistemas de ensino do mundo, lições de casa só são aplicadas “quando forem significativas e interessantes aos estudantes”, disse à BBC Brasil por e-mail Pasi Sahlberg, especialista em educação no país. “Simplesmente repetir várias vezes tarefas rotineiras não é interessante.”

Nos EUA, especialistas consultados pela BBC Brasil tampouco recomendam que lições de casa sejam impostas simplesmente “porque sim” e sugerem que educadores reflitam a respeito das tarefas sugeridas.

“O objetivo é dar aos estudantes métodos que façam sentido para eles, que funcionem conforme seus estilos de aprendizado”, escreve Cathy Vatterott, professora de educação da Universidade de Missouri-St. Louis e autora do livro Rethinking Homework (repensando a lição de casa, em tradução livre).

Vatterott defende também que a lição de casa tenha propósito e permita que o aluno desenvolva um projeto autoral.

"Projetos como cortar e colar ou desenhar muitas vezes são ineficientes (para a assimilação de conteúdo), mesmo que os professores os tenham indicado com a melhor das intenções", opina.

"Há formas mais eficazes de demonstrar o aprendizado: em vez de construir um modelo do Sistema Solar, estudantes podem representar os extremos de temperatura dos planetas, os períodos de rotação da Terra, a importância da inércia e gravidade ou criar um vídeo para mostrar seus conhecimentos de cada passo."

Ana Kessler, mãe da Ana Beatriz, não se incomoda tanto com o fato de sua filha ter bastante lição para fazer - apesar de muitas atribuições, como comprar e imprimir materiais diversos - recaírem sobre os pais. "Para muitas crianças de cidades grandes, não estar fazendo lição de casa muitas vezes significa estar diante da TV. E aprender a fazer muitas tarefas faz parte da vida."

Já Alfie Kohn, outro pesquisador do assunto nos EUA – e duro crítico da lição de casa em geral –, sugere, em artigo, uma participação mais ativa dos alunos na hora de decidir que tarefas devem ou não ser aplicadas.

"Use a lição como uma oportunidade de envolver os estudantes", diz ele em artigo. "Uma discussão a respeito pode ser válida por si só. Se as opiniões forem distintas, a decisão sobre o que fazer – votar? Conversar até se chegar num consenso? Buscar um meio-termo? – desenvolverá habilidades sociais e crescimento intelectual."

Participação dos pais
No Brasil, onde deficiências de educação em geral ainda são graves, pesquisadores, como o Instituto Ayrton Senna, veem a lição como um aliado importante para a fixação do conteúdo aprendido em aula e como um elo entre a escola e a família dos alunos.

Mindlab propõe jogos para serem resolvidos em casa, alguns com ajuda da família
"A lição serve para continuar o desenvolvimento do jovem, trabalhar conceitos e criar um vínculo com as famílias", diz Sandra Garcia, diretora pedagógica da Mindlab.

Ao jogar com o filho um jogo pedagógico, "os pais verão como os filhos pensam, resolvem desafios, lidam com a perda", opina Garcia – para quem esse momento qualifica o tempo passado entre pais e filhos.

Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do movimento Todos Pela Educação, elogia exercícios que envolvam os pais, mas ressalta que a participação destes na lição de casa dos filhos deve ser cuidadosa e limitada.

"A função principal da lição é diagnosticar a autonomia dos alunos em relação ao conteúdo", diz. "A família tem que estar perto, perguntar se o filho fez a lição ou teve dúvidas, oferecer um ambiente com iluminação e silêncio, ajudar desde que não de forma recorrente, mas não dar a solução da tarefa." [BBC Brasil]

12 de dezembro de 2014

Superfã tatua 203 personagens dos 'Simpsons' nas costas


Não é necessário dizer que Michael Baxter é superfã da série "Os Simpsons". Está na cara! Ou melhor, nas costas, onde o carcereiro australiano de 52 anos tatuou 203 personagens do famoso desenho animados. 

O trabalho foi feito pela tatuadora Jade Baxter-Smith, que passou 130 horas para completar o mosaico nas costas de Michael. O custo foi de cerca de R$ 31 mil. 

"Quis ter algo que fosse único e que ninguém mais pudesse pensar em ter", disse o australiano ao "Daily Mail". 

A paixão pela tatuagem começou uma década atrás. 

"É um vício. Uma vez que você faz uma tatuagem, quer mais e mais", disse Michael ao "Herald Sun". 

E o "mais" veio com Homer, Marge, Bart, Lisa, Maggie e tantos outros moradores de Springfield. 

O carcereiro, que mora perto de Melbourne (Austrália), agora busca reconhecimento do Livro Guinness dos Recordes.


3 de dezembro de 2014

Vídeo mostra reação de homem ao ouvir sentença contra assassino de seu filho


Vejam como reagiu americano ao ouvir juíza sentenciando homem que atropelou e matou seu filho, de apenas dois anos de idade, e seus pais a apenas 120 horas de trabalho comunitário.

Segundo a juíza, apesar de estar dirigindo acima do limite de velocidade e perder o controle do carro, então ele não pode ser considerado culpado justamente porque ele não tinha o carro sob controle.

Você agiria como?



Para quem não entendeu, ele arremessou uma cadeira na direção da meritíssima.

(via: Sedentário e Hiperativo)

27 de novembro de 2014

Quem nunca teve vontade de fazer isso?


Diga-lá, você nunca teve vontade de fazer o que a senhora faz no vídeo abaixo?


Claro que se trata de uma peça de humor, mas retrata bem o nosso cotidiano cheio de gente falando ao celular o tempo todo, na recepção do médico, no cinema, dirigindo... 
Pior aqueles que falam sem se incomodar com quem está ao lado. Tem alguns que falam tão alto, que um pouquinho mais e nem telefone precisariam. Agora, risada como a da mulher do vídeo eu nunca tinha visto.

20 de novembro de 2014

Como emagrecer, de maneira saudável, até o ano-novo

É possível eliminar 1 quilo por semana com prática de atividade física e dieta pobre em gordura e açúcar

Emagrecer mais que 1 quilo por semana pode provocar o efeito sanfona (Thinkstock)
Um corpo magro e tonificado deve ser conquistado pouco a pouco, por meio de hábitos de vida saudáveis. Com a aproximação do verão, entretanto, muitas pessoas que estão acima do peso desejado tentam compensar o tempo perdido com dietas malucas e uma rotina de exercícios exagerada. 

Não precisa ser assim. Até o réveillon — isto é, em seis semanas — é possível emagrecer 6 quilos de maneira saudável. Um dos segredos é seguir uma dieta balanceada, que não seja restritiva demais. De acordo com o endocrinologista Izidoro Flumignan, do Centro de Tratamento da Obesidade da Rede D’Or São Luiz, em São Paulo, o organismo tende sempre a voltar ao peso ao qual está acostumado. “O cérebro consegue assimilar uma perda de, no máximo, 1 quilo por semana”, diz. Caso o ponteiro da balança diminua mais do que isso, o organismo provoca uma série de alterações hormonais que aumentam o apetite, desaceleram o metabolismo e fazem com que o corpo elimine menos gordura. Por essa razão, a perda de peso gradual ajuda a manter o peso a longo prazo e a afastar o efeito sanfona. 

A essa alimentação, que deve ser pobre em gorduras e açúcares, é preciso associar exercícios físicos. Caso a pessoa seja sedentária, a recomendação é escolher uma modalidade que lhe agrade — ciclismo, corrida, caminhada, musculação, tanto faz. Desse modo, ela terá mais motivação para se exercitar pelo menos 30 minutos por dia, o mínimo necessário para começar a perder peso. 

“A pessoa pode incluir nessa meia hora atividades como uma caminhada até o trabalho ou uma subida em um lance de escadas”, diz o educador físico Bruno Gualano, professor da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, é importante dedicar pelo menos três dias da semana à prática de exercícios de intensidade moderada a alta, como a corrida, para acelerar a queima calórica e, consequentemente, o emagrecimento.

Dieta — De acordo com a nutricionista Rosana Perim, gerente de nutrição do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, balancear os nutrientes do prato e comer pequenos lanchinhos de três em três horas são essenciais para não extrapolar nas calorias, gorduras e açúcares. “As refeições principais precisam ser ricas em saladas e ter quantidades moderadas de proteína e carboidratos”, diz Rosana. “O processo de perda de peso é gradativo, mas essa época do ano pode ser uma boa oportunidade para a pessoa iniciar uma vida saudável”, diz Bruno Gualano.

Como emagrecer, de maneira saudável, até o ano novo

Escolher alimentos de baixo índice glicêmico
O índice glicêmico (IG) diz respeito à velocidade na qual o carboidrato de um alimento é transformado em glicose no organismo. Comidas com baixo IG são digeridas de forma mais lenta e liberam o açúcar aos poucos. Esse processo aumenta a sensação de saciedade. “Alimentos de baixo IG são aliados da reeducação alimentar”, diz o endocrinologista Izidoro Flumignan, do Centro de Tratamento da Obesidade da Rede D’Or São Luiz, em São Paulo. Pão integral, maçã e batata doce são alguns bons exemplos. “Quem quer emagrecer deve se manter longe de produtos com alto IG, como sucos industrializados e pães brancos. A pessoa come e logo tem fome.” 

Praticar 30 minutos de exercício por dia
A recomendação para os sedentários é começar a praticar exercícios leves 30 minutos por dia. “Vale ir a pé ou de transporte público para o trabalho, subir lances de escada e visitar um parque nos horários de lazer”, diz o educador físico Bruno Gualano, professor da Universidade de São Paulo (USP). O ideal também é começar a praticar uma modalidade esportiva que lhe seja mais agradável três vezes por semana, no mínimo.

De acordo com o endocrinologista Izidoro Flumignan, o suor durante o exercício é um bom indicativo de que o corpo está despachando calorias. "O suor aponta o aumento da temperatura corporal, que por sua vez queima calorias e gordura”, explica Flumignan.

Realizar treinos intervalados de alta intensidade
Para quem já é fisicamente ativo, o treino intervalado é a melhor opção para emagrecer. O método consiste em alternar o exercício entre intensidades muito altas (até 90% da frequência cardíaca máxima) e baixas a médias (não ultrapassando 70% da frequência cardíaca máxima), por no máximo 30 minutos. Ao realizar esse treino, o metabolismo permanece acelerado por até uma hora após a atividade, o que favorece o emagrecimento. Segundo uma recente pesquisa publicada no The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, o treino intervalado de alta intensidade tem mais efeitos em relação à redução de peso do que o treino contínuo.

A técnica só deve ser praticada por pessoas que já têm um bom condicionamento físico. De acordo com Bruno Gualano, os exercícios de alta intensidade oferecem um risco maior de lesão se a pessoa não estiver preparada fisicamente.

Fazer um prato balanceado
Um ponto chave para seguir uma dieta balanceada é abusar das saladas, pois elas são ricas em fibras, que promovem a saciedade, e têm poucas calorias. “Metade do prato deve ser composto por legumes e verduras”, diz a nutricionista Rosana Perim, gerente de nutrição do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo. É preciso escolher com cuidado o tempero: molhos gordurosos, à base de creme de leite, devem ser evitados. O ideal, segundo a nutricionista, é temperar com limão, iogurte, um fio de azeite de oliva e, no máximo, 1 grama de sal.

Um quarto do prato precisa ser preenchido por carnes magras, como aves sem pele, peixes e corte de carne vermelha como filé mignon, patinho e alcatra. É importante dar preferência aos grelhados, ensopados e assados.

No restante do prato, a nutricionista aconselha escolher apenas uma fonte de carboidrato: arroz integral, farofa, mandioquinha ou massa integral, por exemplo.

Comer de três em três horas
Pequenos lanchinhos de manhã e à tarde fazem com que a ingestão calórica nas principais refeições seja menor. “Uma barra de cereal, um iogurte desnatado, um chá com torradas, uma fruta ou um pires de café de frutas oleaginosas são bons alimentos para comer o intervalo entre as refeições”, diz Rosana. Se a pessoa dorme tarde, pode ingerir uma fruta, um iogurte ou uma gelatina diet antes de deitar.

Incluir alimentos termogênicos na dieta
Pimenta, gengibre e canela são alguns alimentos que têm ação termogênica, isto é, aceleram o metabolismo, elevam a temperatura corporal e aumentam os batimentos cardíacos. “Esses alimentos não vão fazer uma pessoa emagrecer, mas eles são aliados de uma dieta saudável e de exercícios físicos”, diz Izidoro Flumignan.

Ter foco
Uma alimentação balanceada é mais fácil de seguir a longo prazo do que dietas restritivas demais. Caso uma pessoa siga todos os passos do emagrecimento saudável — comer de três em três horas, colocar os alimentos adequados no prato e praticar atividade física — estará no caminho certo para manter o peso além do ano-novo. É preciso ter foco. “Um bombom de chocolate equivale, em calorias, a 40 minutos de bicicleta. Emagrecer pode ser difícil, mas não é impossível”, afirma Izidoro Flumignan. 

Via: Veja