Matéria publicada neste domingo, 16, na Gazeta do Povo aponta motivos para começarmos a reaproveitar a água da chuva. Leiam:
A crise de abastecimento que atinge o estado de São Paulo reacendeu o sinal de alerta sobre o a necessidade de economia e o consumo consciente da água. Neste sentido, os sistemas de aproveitamento de água das chuvas surgem como uma alternativa viável para quem deseja tornar o imóvel mais sustentável e, de quebra, economizar na conta.
Os imóveis novos construídos em Curitiba são obrigados a instalar sistemas de aproveitamento de água como prevê uma lei municipal de 2003, lembra o engenheiro civil e sócio-diretor da Construtora Monreal, Cassiano Garcia. “A instalação do sistema está vinculada à emissão do Habite-se e é necessária também para reformas que exijam renovação do projeto junto à prefeitura”, acrescenta João Paulo Baggio, diretor de engenharia da Construtora Baggio.
No sistema mais utilizado de aproveitamento, a água desce pelas telhas e é levada da calha para um reservatório próprio, localizado no telhado, por meio de dutos específicos. Do reservatório, ela segue para as torneiras externas, para que possa ser utilizada em atividades que não exijam água tratada, como a limpeza de calçadas e áreas externas e para regar as plantas do jardim.
Rose Guazzi, arquiteta e especialista em construções sustentáveis, conta que outra solução disponível é o sistema que conta com um processo de “minitratamento”, no qual a água coletada também pode ser utilizada nas descargas e na máquina de lavar. “A captação ocorre da mesma forma, a diferença é que nele a água passa por um equipamento de tratamento, que fica enterrado, antes de voltar para a tubulação.”
Em ambos os sistemas, há um registro que permite que o reservatório – geralmente de 500 litros – possa ser abastecido com a água vinda da rede de saneamento, para casos de estiagem prolongada. “As águas do reservatório e da caixa d’água não se misturam”, lembra Rose.
Investimento
O custo para a instalação do sistema de aproveitamento de água varia de acordo com as características do imóvel, mas costuma girar em torno de 1% do valor total da obra. “Para uma residência com 150 m² de telhado, o gasto seria de cerca de R$ 2 mil”, exemplifica Rose.
Executar a implantação durante a construção da residência facilita o processo, mas também é possível instalar o sistema em casas já construídas. “Cabe ao arquiteto ou engenheiro fazer uma boa consultoria, para que a instalação seja mais prática e gere o menor ônus para o cliente”, explica Baggio. O investimento no sistema para o uso da água em máquinas de lavar e sanitários, por sua vez, custa cerca de R$ 6 mil a mais, valor referente à aquisição do equipamento de tratamento.
Consumo consciente
Medidas simples que podem ser adotadas no dia a dia ajudam a diminuir a conta de água. Confira algumas dicas:
Banho: Reduza o tempo no chuveiro, com banhos de até 15 minutos, ou desligue enquanto se ensaboa.
Vaso sanitário: Aperte a descarga uma única vez, é o suficiente para a limpeza do vaso. Substitua as válvulas ou caixas de descarga pelas que contam com duas opções de vazão.
Reutilização: utilize a água que sai da máquina de lavar para limpar calçadas, canis e outras áreas externas.
Carro: ao lavar o carro, use balde ao invés de mangueira. Isso pode economizar mais de 500 litros de água.
O site da
Revista Veja publicou um video com o mesmo tema. Assista
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