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23 de abril de 2014

Colégio 10 de Outubro - Campo Mourão/1975

Em junho de 2006 publiquei essa foto no extinto semanário Entre Rios. Ela mostra alunos do Colégio 10 de Outubro [que depois se tornaria Afirmativo e na sequência Colégio Integrado] perfilados e uniformizados para um desfile comemorativo de sete setembro ou dez de outubro.

Nessa época o colégio funcionava onde hoje é o Instituto Santa Cruz e tinha como proprietários, salvo engano meu, os professores Wilson Ubialli (in memorian) e Jáder Libório Ávila

Não conseguimos identificar todos os personagens. Se alguém puder me ajudar na tarefa, agradeço. Tenho a impressão que lá atrás, entre a Roseli Sozzo e a Ana Galeano, com o cabelo 'tigelinha' é o professor Ismar Kath (nos comentários, Ismar disse que não é ele que está ali atrás) . Clique na imagem para ampliar.

Em pé (da esq. para a direita): Sandra Canal, ... , Rita Stanizewski, Rosicler Canal, Maria de Fátima Alves, Águeda Domanski, Silvana Gonçalves, Roseli Sozzo, Ana Maria Galeano, Marcia Cilião, Maria de Lourdes F. Claro e ... 
Agachados: ..., Dagoberto Lüdek, Nando Bagatolli (in memorian), Anderson Kloster, Paulo Pequito, Luiz Gênero, Fernando Ferrari, Cézar Bronzel. Sérgio Pequito, Getulinho Ferrari e Luiz Fernando Ubialli. 

21 de março de 2014

Pioneiros mourãoenses: Catarina e Osvaldo Mauro

Catarina e Osvaldo Mauro
Do álbum da Sônia Yamada Mauro no Facebook, linda foto mostra seus sogros, o casal de pioneiros mourãoenses Catarina e Osvaldo Mauro, pais da professora Eugênia, dos médicos Osvaldinho, Arnaldo, Carlos e Mauro Mauro e dos engenheiros Severino, Roberto e Sebastião. 

Seu Osvaldo, infelizmente, faleceu no ano passado. Lembro sempre dele chegando na oficina de meu pai, onde sempre levava suas máquinas agrícolas para serem reparadas, com seu jeito tranquilo, educado e sempre muito bem humorado. Apesar de tranquilão, ele era mesmo muito inquieto e já bastante doente, quase cego por causa da idade, os filhos tiveram que intervir e 'tomar' o carro dele, já que o patriarca dos Mauro gostava muito de passear pelas ruas mourãoenses.

No início dos anos 1970, Dona Catarina administrava uma quitanda da família na Capitão Índio Bandeira, bem em frente do Banco Santander, e eu ia até lá comprar uns doces fiados, na conta da minha mãe. Sebastião, meu parceiro de futebol e truco no Clube dos Trinta, era o entregador oficial da quitanda e era comum encontra-lo com a bicicleta cargueira pelas ruas empoeiradas da cidade, indo ou voltando de alguma entrega. Claro que de vez em quando ele abandonava o expediente e se juntava a nós num campinho de terra, que ficava ali ao lado, onde hoje funciona a Lojas Americanas, para uma partida de futebol. 

Sempre me lembro de minha falecida Tia Satuti contando que fez o vestido de noiva da Dona Catarina, isso quando elas moravam em Alvares Machado (SP), pertinho de Presidente Prudente. Por coincidência, anos depois se viram morando novamente na mesma cidade, no centro-oeste paranaense, aqui na terra dos pés vermelhos. Clique na imagem para ampliar.

19 de fevereiro de 2014

Almir Pacífico, o craque dentro e fora de campo

Almir Pacífico - anos 1960
Lembro dele jogando peladas de futebol ao lado de meu pai, atuando como um dos primeiros guardas de trânsito de Campo Mourão e como meu treinador nos poucos tempos que joguei futebol de campo nos juvenis da Mourãoense. Estou falando, claro!, do Almir Pacífico, craque de bola, que jogava como elegância só dele e 'guardava' nosso trânsito com uma educação que deveria existir sempre.

Pacífico com filhos e netos
Aos 78 anos, viúvo, aposentado, atualmente ele mora em Curitiba, onde curte a companhia dos filhos Tedy, Tony, Tânia e Telma. Além disso, vive cercado pelos 9 netos. 

Segundo seu filho Tony, Pacífico foi o primeiro jogador profissional a ser contratado pela Associação Esportiva e Recreativa Mourãoense (AERM). 

O historiados Marcelo Gieguez, em seu blog, contou um pouco da história do Pacífico e eu selecionei alguns detalhes.

Almir Pacífico, o Pacífico ou Almir nasceu no Rio de Janeiro-RJ, em 23 de julho de 1935.

Meio de campo clássico, ótimo marcador, jogava de cabeça erguida e comandava as ações do time.

Pacífico começou a jogar no Flamengo no ano de 1954.

Em 1958, Pacífico veio tentar a sorte no Paraná.

Treinou no Londrina, mas assinou com o Nacional, de Rolândia, aonde ganhou o nome de guerra de Pacífico, antes disso atuava como Almir. 

Água Verde - 1959
Por suas brilhantes atuações Pacífico foi contratado pelo Água Verde, que depois passou a se denominar Pinheiros e que na fusão com o Colorado deram origem ao atual Paraná Clube, aonde jogou de 1959 a 1965.

Fernando 'Japonês' e Pacífico - 1960
No Água Verde formou um meio de campo brilhante ao lado de Japonês (Fernando, que também jogou pela Mourãoense e morou por aqui por muitos anos), e no ano de 1960 foi eleito o craque do ano do campeonato paranaense.

Pelo clube foi vice-campeão estadual em 1960, 1963 e 1964: "Não fui campeão no Paraná, mas cheguei muito perto", diz Pacífico, que se considera paranaense de coração e se diz torcedor do Água Verde (atual Paraná Clube) até hoje.

Mourãoense - 1970 
Encerrou sua brilhante carreira no Campo Mourão, aonde jogou de 1966 a 1971.

Na formatura do curso de Educação Física
Depois de largar o futebol, Pacífico formou-se em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá.

Teve um derrame no ano de 1999, mas hoje vive bem em um apartamento no bairro Bigorrilho, em Curitiba.


4 de fevereiro de 2014

Carlos Humberto "Betão" Ferraz - 1960 * 2014

Maria Helena Pontes Soares, Carlos Humberto "Betão" Ferraz (para sempre na memória!), Maria Helena de Lana e Luizinho Ferreira Lima - Campo Mourão/PR - 1976
Carlos Humberto Ferraz, o Betão, velho e bom amigo desde os primeiros anos de Colégio Estadual, lá em 1971, nesse sábado à noite, dia 1º, foi ao banheiro e morreu subitamente, provavelmente por um infarto.

Não por ser meu amigo, mas ele era gente boa demais e curtiu a vida como poucos, mesmo assim acho que ele 'se foi' cedo demais. Fotos mostram ele em 1976 e recentemente. Descanse em paz!.




31 de janeiro de 2014

AERM na estreia do novo gramado do Estádio RB - 1965

Do álbum do Neuci Fabiano, foto mostra a equipe da Associação Esportiva e Recreativa Mourãoense (AERM) que enfrentou (e venceu por 3 a 1) o Grêmio de Guarapuava.

O jogo foi realizado no dia 20 de setembro de 1965 e marcou a estreia do novo gramado do Estádio Roberto Brzezinski. Clique na imagem para ampliar.

em pé (da esq. para a direita): Latito, David Camargo, Neuci Fabiano, Ney, Gomes e Romeu Marczinski (in memorian)
agachados: James Klank, Baltazar, Joel Albuquerque, Zé Mundinho, Catarina e Ilton Santin (in memorian) 

Casablanca Videolocadora: lançamentos da semana



O EXPRESSO DA MORTE


UMA COMÉDIA ROMANTICAMENTE INCORRETA


TIROS, GAROTAS E TRAPAÇAS







28 de janeiro de 2014

Beto Durski e Danilo Kravchychyn

Do álbum do Danilo Kravchychyn, foto mostra recente encontro que ele teve com o Beto Durski. Amigos de longa data, Betão e Danilo, aos lado do Nilmar Piacentini, Luiz Paulo Schen, Ricardo Doré e outros que me fogem da lembrança, formavam um admirável grupo de amigos que agitam, e muito!, os anos 1970 em Campo Mourão.

Nessa época, copiando uma banda de rock americana, todos eles cortaram o cabelo com o mesmo penteado, ridículo diga-se!, mas mesmo assim eram admirados pelos mais novos, eu inclusive. Também nunca soube o motivo pelo qual eles tratavam um ao outro sempre como 'Brando'. Bons tempos!

Os dois fizeram parte da primeira geração do handebol de alto nível praticado nas quadras mourãoenses e defenderam a cidade em várias competições oficiais. Foto ao lado, mostra os amigos representando o handebol de Campo Mourão nos Jogos Abertos do Paraná de 1975, em Paranavaí. Clique na imagem para ampliar. 

Luiz Alberto "Beto" Durski Silva e Danilo Kravchychyn

21 de janeiro de 2014

Cine Plaza Futsal - 1968

Seu Avelino e a neta Ronise/1983
Nesta edição, com foto fornecida pelo meu pai, Irineu F. Lima, e com a ajuda do Wilson “Chibiu” Gomes mostramos a equipe de futsal do Cine Plaza, montada e dirigida, em 1968, pelo seu Avelino Piacentini (sempre na memória!), que sempre foi um dos mais atuantes esportistas de nossa cidade. 

Nesta época os campeonatos mourãoenses eram disputados nas canchas de asfalto bruto do Clube 10 e do Estádio “RB”. Inclusive, após a morte de Ilton Fantin, o Reizinho, num acidente de automóvel entre Campo Mourão e Peabiru, a extinta cancha do Clube 10 foi denominada com o nome dele.  

O Cine Plaza pertencia à família Ferrari. Clique na imagem para ampliar 


Em pé (da esq. para a direita) : Ilton “Reizinho” Santin (in memorian), Irineu “Caxinha” F. Lima, Ângelo e Adilson Feitosa,
Agachados: Antonio Fabrício “Canhoto” da Neves (in memorian), José “Catarina” Américo e Ênio. 
(publicado no extinto semanário "Entre Rios", em 2006)

15 de janeiro de 2014

Garoto de Juranda (PR) queria presentear Papai Noel com Coca-Cola e deu nisso... um belo filme publicitário!

Esse deve ser o sonho de qualquer publicitário... ele está lá quebrando a cabeça para criar um filme para o final de ano e, de repente, chega uma mensagem de que um menininho do interior do Paraná quer presentear o Papai Noel com uma Coca Cola, por entender que o bom velhinho deve se cansar muito entregando os presentes e que ninguém lembra de o presentear. O fabricante do melhor refrigerante do mundo (sim, eu gosto muito!!!) não perdeu a oportunidade, criou um ótimo 'comercial', explorando muito bem a sinceridade e a boa intenção da criança e, claro, a espontaneidade e a beleza da mãe dele. Vale a pena assistir!



14 de janeiro de 2014

Premiação na Cancha Tagliari - 1974/75

A melhor maneira de motivar o esporte é premiar aqueles que o praticam. A família Tagliari, depois de construir uma quadra de futsal para toda a comunidade, assim o fazia. Os destaques de cada evento recebiam seus troféus ou medalhas numa cerimônia descontraída, como mostra a foto abaixo, que já servia de estimulante para os próximos campeonatos.

Na foto não consegui identificar um dos premiados, acho que era da Cimauto, que aparece entre o Marlus Frankin e o professor Adilson.

Eu, Tauillo, Romeu e o Ricardo recebemos medalhas de destaques da melhor equipe juvenil daquele ano. Clique na imagem para ampliar.

EM PÉ: Gilmar Fuzeto (recém aprovado em Educação Física), Dr. Marcos Frankin, Itamar Tagliari, Tauillo Tezelli, Ricardo Grabowski, Romeu da Silva, Luizinho F. Lima e Sidney Likes.
AGACHADOS: Marlus Frankin, ....., Professor Adilson, Lori da Silva, João Miguel Baitala (in memorian), Carlão Tagliari, Silveira Claudino e Antonio “Beline” Fuzeto.

(Publicada originalmente no semanário Entre Rios, em 2006)

10 de janeiro de 2014

Thiaguinho e o corte de cabelo a la Maria Gadú

Thiaguinho é parceiro nosso nas peladas de futebol suíço e de truco no Clube dos Trinta. No futebol não joga bulufas (sei!) e no truco manda mais ou menos!. Ele é bom mesmo no corte de cabelo. Cada semana chega com um diferente. Essa semana ele encarnou no Anderson Carolo Pedroso, o Lambari (foto ao lado), por causa da rala barba e bigode do goleiro que deixava o sobrinho do Versi com cara de cantor de música brega (cantor de zona, pra falar a verdade...). 

Para alegria do Lambari, o Thiago apareceu no Clube com um corte de cabelo todo diferente, que uns dizem que acabou a bateria da máquina de cortar e ele teve que deixar daquele jeito mesmo e outros afirmam que ele se inspirou na Maria Gadú. Para não perder a oportunidade/piada, tirei uma foto com o meu celular. Ela ficou meia boca, mas dá para ter uma ideia do moderno corte de cabelo (Que de novo não tem nada. Quando era criança odiava quando meu pai me levava no barbeiro e mandava cortar americano, exatamente como esse do Thiago, quando a moda já era seguir os longos cabelos dos Beatles).

Thiaguinho e Maria Gadú, quase um 'separados no nascimento'


  

3 de janeiro de 2014

Os 30 filmes mais aguardados de 2014

Destaques do ano incluem cotados ao Oscar, franquias de ação 
e novos trabalhos de diretores consagrados

Começou 2014, um ano que promete ser movimentado no cinema. O iG separou os principais destaques, dos cotados ao Oscar que começam a chegar às salas em janeiro às várias sequências de franquias de sucesso, além dos novos longas de diretores consagrados.

Cotados ao Oscar

Imagem do filme "O Lobo de Wall Street" - foto: ilustração
Como sempre, o início do ano concentra as estreias de filmes que são fortes candidatos a uma indicação ao Oscar. Entre os que devem ser lembrados pela Academia está "O Lobo de Wall Street", nova parceria entre o diretor Martin Scorsese e o ator Leonardo DiCaprio. O roteiro é baseado no livro de memórias do ex-corretor Jordan Belfort, envolvido com drogas e crimes financeiros. 

Campeão de indicações ao Globo de Ouro, "Trapaça", de David O. Russell, também está entre os mais aguardados do ano. O diretor repete a parceria com Bradley Cooper e Jennifer Lawrence, estrelas de "O Lado Bom da Vida", neste filme de gângster que também tem Christian Bale e Amy Adams no elenco.

Adams ainda atua em "Ela", novo filme de Spike Jonze, que se passa em um futuro próximo. Joaquim Phoenix é Theodore, um homem solitário que sofre com o fim de um relacionamento e decide conhecer um sistema operacional que promete ser uma "entidade" intuitiva e única. O serviço o faz conhecer Samantha (Scarlett Johansson), uma voz feminina pela qual se apaixona.

Premiado em Cannes e exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, "Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum" finalmente chegará ao circuito comercial. No melancólico filme dos irmãos Joel e Ethan Coen, o talentoso Oscar Isaac interpreta um músico que tenta alcançar o sucesso na cena folk da Nova York dos anos 1960.

Heróis nas telas

A aposta de Hollywood em filmes de super-herói não parece perder fôlego em 2014. A Marvel põe suas fichas em "Capitão América - O Soldado Invernal", continuação do filme de 2011. No novo episódio, Chris Evans volta a vestir o uniforme vermelho, azul e branco depois que um colega de S.H.I.E.L.D. é alvo de ataque.

Imagem do filme "X-Men - Dias de um Futuro Esquecido"
foto: ilustração
Também muito aguardado é "X-Men – Dias de um Futuro Esquecido", sétimo filme da franquia da Marvel sobre o grupo de mutantes. Personagens de diferentes épocas das histórias em quadrinhos serão reunidos nas telas, numa batalha conjunta para mudar o passado e salvar o futuro.

"O Espetacular Homem-Aranha: A Ameaça de Electro" é outro destaque, com Andrew Garfield e Emma Stone de volta aos papéis principais, agora enfrentando um vilão interpretado por Jamie Foxx. Outros dois filmes do super-herói estão programados para 2016 e 2018.

Franquias, remakes, sequências

Também não faltarão novos episódios de franquias de ação, fantasia e até humor em 2014. O diretor brasileiro José Padilha, de "Tropa de Elite", é responsável por um dos longas mais aguardados do ano: "Robocop", remake do clássico de 1987.

Entre as continuações, destaque para "Planeta dos Macacos: O Confronto", que se passa oito anos após os acontecimentos do filme de 2011 ("A Origem"). O frágil acordo de paz entre macacos geneticamente evoluídos e serem humanos é quebrado por um novo conflito que determinará a espécie dominante na Terra.

Sylvester Stallone volta a liderar um time peso pesado de atores de ação em "Os Mercenários 3". O elenco incluirá Jason Statham, Nicolas Cage e Jackie Chan, além do astro Harrison Ford, que substituirá Bruce Willis após desacordo sobre cachê.

Willis estará, porém, em "Sin City: A Dame to Kill For", sequência do sucesso de 2005. Frank Miller e Robert Rodriguez se unem novamente para levar o universo dos quadrinhos às telas, com a ajuda de parte do elenco antigo (Jessica Alba, Rosario Dawson, Mickey Rourke) e reforços como Eva Green e Josh Brolin.

A longa jornada de Bilbo Bolseiro para recuperar o Reino dos Anões de Erebor das mãos do dragão Smaug chegará ao fim em 2014, com a estreia de "O Hobbit - Lá e de Volta Outra Vez", última parte da trilogia dirigida por Peter Jackson.

"Jogos Vorazes - A Esperança" também aproxima do fim a franquia estrelada por Jennifer Lawrence. Trata-se do primeiro de dois filmes que levam às telas o último livro da trilogia criada pela escritora Suzanne Collins.

O ano de 2014 ainda marca a volta de dois personagens bastante conhecidos do público. "Debi e Lóide 2" reunirá Jim Carrey e Jeff Daniels para comemorar os 20 anos do filme original sobre dois homens extremamente estúpidos que se envolvem em uma série de confusões.

Diretores celebrados

Imagem do filme "Ninfomaníaca"
foto: ilustração
Vários cineastas importantes lançarão novos filmes em 2014, a começar por Lars Von Trier, que logo em janeiro mostra a primeira parte de seu polêmico "Ninfomaníaca" (a segunda chega aos cinemas brasileiros em março). O longa acompanha a trajetória de Joe (Charlotte Gainsbourg), uma autodiagnosticada viciada em sexo.

Os irmãos Lana e Andy Wachowski terão a chance de provar que são mais do que "Matrix" com seu novo filme, "O Destino de Júpiter". A dupla parece seguir na linha ousada que lhe deu fama: Channing Tatum é um ex-caçador militar geneticamente modificado e Mila Kunis é uma garota cuja assinatura genética a permite herdar algo extraordinário e que pode mudar o universo.

Também conhecido pelos filmes desafiadores, Darren Aronofsky lidera a onda de filmes bíblicos com "Noé", estrelado por Russel Crowe e Jennifer Connelly. Ridley Scott é outro diretor que apresenta sua versão de uma história religiosa com "Exodus", no qual Christian Bale interpreta Moisés. Ambos serão um bom teste para saber a reação do público a filmes do gênero.

David Fincher volta aos cinemas em 2014 com "Gone Girl", versão para o cinema do best-seller "Garota Exemplar", de Gillian Flynn. Ben Affleck e Rosamund Pike atuam no thriller sobre o desaparecimento de uma mulher no dia de seu aniversário de casamento.

O suspense também dá o tom do novo filme de Paul Thomas Anderson, "Inherent Vice", no qual retoma a parceria com Joaquim Phoenix. O ator interpreta Larry "Doc" Sportello, um detetive que investiga o desaparecimento da ex-namorada na Los Angeles dos anos 1970.

Já Christopher Nolan dá um tempo dos filmes de super-heróis e se dedica à ficção científica em "Interstellar", sobre um grupo de pessoas que consegue superar limitações humanas e viajar no tempo. No elenco, Matthew McConaughey, Anne Hathaway e Jessica Chastain.

Dois atores-diretores também voltam às telas em 2014. George Clooney estrela e dirige "Caçadores de Obras-primas", sobre um grupo de homens e mulheres responsáveis por rastrear material de valor artístico roubado por nazistas durante a Segunda Guerra. Woody Allen mantém a média de um filme por ano com "Magic in the Moonlight", comédia romântica na qual elege nova musa: Emma Stone.

Astros na tela

Entre os astros que devem ter papéis de destaque em 2014 está Angelina Jolie, estrela de "Malévola". Trata-se de uma versão da história de A Bela Adormecida contada pela pespectiva da vilã: a bruxa que lançou o feitiço.

O marido de Jolie, Brad Pitt, é a estrela de "Fury", longa de David Ayer sobre um grupo de militares que enfrenta uma missão quase impossível nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial. O título se refere ao nome do tanque de guerra operado por eles.

Imagem do filme "No Limite do Amanhã"
foto: ilustração
Mantendo seu foco em filmes de ação, Tom Cruise é a estrela de "No Limite do Amanhã", novo de Doug Liman, bem-sucedido com a série Bourne. Cruise é um soldado que revive uma série de vezes o último dia de uma dura batalha contra alienígenas.

Jennifer Lawrence tem um terceiro lançamento de peso em 2014 - e novamente ao lado de Bradley Cooper. Em "Serena", de Susanne Bier, os dois são um casal que passa por dificuldades na Carolina do Norte durante a Grande Depressão.

Já Johnny Depp estrela o drama "Transcendence", estreia na direção de Wally Pfister, responsável pela fotografia dos filmes de Christopher Nolan. O astro interpreta um cientista que se dedica à pesquisas sobre inteligência artificial, e que enfrenta a oposição de grupos antitecnologia.

Destaques nacionais

Imagem do filme "Tim Maia"
foto: ilustração
Dado o sucesso de cinebiografias de cantores como Cazuza e Renato Russo, é grande o potencial de "Tim Maia", de Mauro Lima, nas bilheterias do País. A adaptação do livro "Vale Tudo" tem no elenco Robson Nunes, Babu Santana, Cauã Reymond e Alice Braga.

Coprodução entre Brasil e Alemanha, "Praia do Futuro", de Karim Aïnouz, foi inspirado na canção "Heroes", de David Bowie. Ayrton (Jesuita Barbosa) é um jovem apaixonado por motos que decide procurar o irmão desaparecido, Donato (Wagner Moura).

Veja quando estreiam os filmes mais aguardados do ano:

10 de janeiro
"Ninfomaníaca - Parte 1" (segunda parte em março)

24 de janeiro
"O Lobo de Wall Street"
"Trapaça"

7 de fevereiro
"Ela"

14 de janeiro
"Caçadores de Obras-primas"

21 de fevereiro
"Robocop"

Fevereiro (sem data)
"Inside Llewin Davis: Balada de um Homem Comum"

14 de março
"Tim Maia"

28 de março
"Serena"

4 de abril
"Noé"

11 de abril
"Capitão América – O soldado Invernal"

18 de abril
"Transcendence"

1º de maio
"Praia do Futuro"

2 de maio
"O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro"

23 de maio
"X-Men – Dias de um Futuro Esquecido"

30 de maio
"Malévola"
"No Limite do Amanhã"

25 de julho
"Planeta dos Macacos - O Confronto"

8 de agosto
"Jupiter Ascending"

15 de agosto
"Magic in the Moonlight"

22 de agosto
"Os Mercenários 3"

26 de setembro
"Sin City: A Dame to Kill For"

31 de outubro
"Fury"

7 de novembro
"Interstellar"

14 de novembro
"Debi e Lóide 2"
"Jogos Vorazes - A Esperança - Parte 1"

19 de dezembro
"O Hobbit – Lá e de Volta Outra Vez"

25 de dezembro
"Exodus"

Sem data
"Gone Girl"
"Inherent Vice"


19 de dezembro de 2013

Associação Esportiva e Recreativa Mourãoense (AERM) - 1971

Com a colaboração do José Tomadon, relembramos da equipe da Associação Recreativa e Esportiva Mourãoense (AERM), de 1971.

Na foto, dois dos melhores jogadores de futebol que nossa cidade já teve: os cunhados James Klank e Joel Albuquerque.

Joel encerrou a carreira prematuramente devido a uma grave contusão, quando jogava nos juvenis do Coritiba e estava prestes a assinar com Santos de Pelé e Cia., nos anos sessenta.

James, além do futebol foi craque também no futsal, tendo participado da conquista dos Jogos Abertos do Paraná, em 1973, em Paranavaí, o primeiro título estadual de Campo Mourão na modalidade.

Joel reside em Campo Mourão e James em Toledo. Clique na imagem para ampliar.

Em pé (da esquerda para a direita): Francisco “Gordinho” José, Davanço, Neroir Ramos (in memorian), Luiz Carlos Klank (in memorian), Jorge Kiwel e Juacir Piacentini.
Agachados: José "Catarina" Américo, James Klank, Joel Albuquerque, Quarta-Feira, Ênio e José Tomadon.

16 de dezembro de 2013

Cadela amamenta dois filhotes de tatu recém-nascidos no Paraná

Mãe de filhotes foi atropelada por um trator em uma plantação de cana.


Uma cena curiosa está chamando a atenção de moradores de Guaporema, no noroeste do Paraná. Na cidade com pouco mais de dois mil habitantes, uma cadela está amamentando dois filhotes de tatu há um mês.  De acordo com a dona da cachorra, a cena é ainda mais inusitada, pois a cadela está tendo leite mesmo sem nunca ter engravidado.

Os dois tatus foram levados para a casa de Ortência Regina Alves depois que a mãe dos filhotes foi atropelada por um trator em uma lavoura de cana-de-açúcar. O marido de Ortência trabalhava na hora do acidente e decidiu levar os animais para casa para eles não passarem fome. Os visitantes despertaram o interesse da cadela da família, chamada de Faísca, que não quis mais ficar longe dos tatus. “A reação dela foi instintiva. A Faísca viu o meu marido dando leite para os filhotinhos e, de repente, deitou no chão como se quisesse amamentá-los”, lembra a dona de casa. “Foi então que o meu marido colocou os filhotinhos perto dela, e começaram a sugar o leite direto das tetas dela”, conta.

Por conta da diferença de espécies, a família decidiu devolver os filhotes de tatu para o local onde foram encontrados. Mas, tiveram que voltar atrás da decisão por causa da Faísca. “Um dia depois de termos levado os filhotes, a cachorra ficou muito doente. Levei ela em um veterinário, comprei remédio, troquei de ração e nada de ela melhorar. Somente depois que buscamos os tatuzinhos e deixamos eles na cama dela é que ela melhorou”, diz. Ainda segundo Ortência, o veterinário que atendeu a cachorra ficou impressionado porque, mesmo sem ter dado cria, a cadela tinha leite.

Pseudogravidez
Conforme o veterinário Maicon Puertas Sorrilha da Silva, Faísca desenvolveu uma pseudogravidez, ou seja, uma gravidez falsa no período que ela estava fértil. “Há uns 70 dias a cadela entrou no cio e com a presença dos filhotes teve uma falsa gestação, desenvolvendo todos os sintomas normais de gravidez, até produzir leite”, explica. “Nessas situações, isso é bem comum de acontecer”, acrescenta o veterinário.

Os tatuzinhos chamados de Pancho e Panda são bem parecidos com a mãe adotiva, conforme Ortência. “Eles estão parecendo uns cachorrinhos agora. Pelo menos estão tendo as mesmas atitudes. Quando eu ou o meu marido chegamos em casa, eles vem correndo cheirar, lamber os nossos pés”, diverte-se. “E claro que todas as ações são vigiadas de perto pela mãe que não deixa ninguém chegar perto deles”.

A família sabe que não poderá manter por muito tempo os animais silvestres em casa, mas acredita que nenhum órgão ambiental vai tirá-los da casa sabendo que eles são bem tratados. “Se eles acharem que há um lugar melhor, onde eles não vão passar fome, a gente não vai ter o que fazer. Mas, se não fosse a gente os filhotinhos teriam morrido de fome”, finaliza.

Assista o vídeo do G1 Paraná, clicando aqui 

26 de novembro de 2013

Pioneiros mourãoenses: Dalva Boss

Do Blog do Wille Bathke Jr, publicado em 19/03/2011.:

Dalva Boss

“Tive um Hotel Brasil na Praça Tiradentes, Curitiba, onde ouvi falar de um Campo do Mourão. Com pouco que tinha vim sozinha. Nunca gostei de ser mandada. Comprei um alicerce começado e construi o grande Hotel Brasil aqui em meio ao puro faroeste. A poeira era tanta que a gente só via o branco dos dentes e dos olhos dos viajantes. Tudo que tenho ganhei com muita luta em Campo Mourão, onde vivo em paz com minha família e amigas, mas triste com os dirigentes da cidade”.

Dalva Boss (Bôs), nasceu dia 3 de julho de 1914, no município de Palmas (PR). Filha de Carolina Alves dos Anjos e do sapateiro que virou fazendeiro, gaúcho de Caxias, Vitório Boss. Teve seis irmãos: Lourival, Fermíno, Antonio, Aurora, Alzira e Maria Vitória. “Só eu, com 87 anos e a Aurora com 88, estamos vivas... ainda”, (risos). “Estudei e terminei o curso primário em Palmas, e só”, conta. 

Princesa - “Minha infância foi uma beleza. Morei até os 16 anos na fazenda dos meus avós Maria Alves e Fermíno Roberto dos Anjos, igual uma princesa. Tinha de tudo e não fazia nada. Vovó não deixava. Minha aia era a negra Natália. Tinha muito zelo e cuidava de mim. Pra você ter uma idéia dormíamos no mesmo quarto e ela só apagava a vela depois que eu fechava os olhos. Os rapazes me levavam às festas e aos bailes, com muitas recomendações de vovó. Tinha hora certinha pra estar em casa. Fui bem educada, com muito rigor e mimada”, observa. “Minha avó insistiu com mamãe que queria uma neta para criar. Era pra ser a Aurora que era maiorzinha. Mas como ela ajudava minha mãe, fui eu a premiada. Quando vovó faleceu, chorei muito e voltei pra casa”, recorda. 

Batatinhas - Dona Dalva conta alguns lances engraçados do tempo de juventude em Palmas. “Mamãe cuidava da casa e da roça. A Aurora ajudava a cuidar das crianças. Para não perder tempo e produzir bastante o que comer, minha mãe plantava batatinhas até de noite, quando tinha luar. Enquanto ela estava enxergando, plantava.... de tudo”, conta. O seu pai de sapateiro, “com muita economia e trabalho”, comprou uma fazenda de pasto. “Quando ele faleceu tinha duzentos bois na invernada, prontos pra venda”, além de uma porção de vacas e do gado tucura (comum). “Minha mãe pegava uma ou duas vacas de uberes grandes e toda manhã ia pra frente do hotel. Os hospedes vinham pra rua e tomavam leite quentinho na caneca, que ela tirava e servia na hora. Já pensou que delícia?!”, recorda com saudades.

Morte do pai - “Quem matou meu pai foi um touro bravo. Eu tinha oito anos. Ele tocava uma boiada e os bois começaram a brigar. Papai investiu o cavalo em cima deles pra apartar. Um deles se virou contra o cavalo e deu uma chifrada (cabeçada) com toda força... derrubou o animal... papai voou longe... e se arrebentou dentro de um caminho na beira da estrada, em cima de uns paus. Ficou ali estatelado, gemendo de dor. Os boiadeiros conseguiram acalmar o gado e tocaram. Depois vieram acudir papai, junto com mamãe e um médico. Não deu mais tempo. A coluna de papai quebrou e o médico até disse: foi melhor assim, porque ele não ia andar mais e só sofrer. A família sentiu, choramos muito, mas nos conformamos. Nossa salvação foi o gado de engorda que ele deixou e que mamãe vendeu muito bem. Ela era muito esperta e sabida pra negócios”, conta com tristeza o passamento do pai e orgulhosa da mãe.

Curitiba – “Com esse dinheiro mamãe comprou quinhentos alqueires de terra em Palmas, da família do engenheiro Francisco Beltrão, que morava em Curitiba. Pouco tempo depois, eu já estava casada, arrendamos o Hotel Brasil na esquina da Travessa Marumby com a Praça Tiradentes, bem no centro. Trabalhamos ali 16 anos com aluguel de quartos. O prédio era do advogado Rivadávia Macedo. Quem comprou o Hotel Brasil primeiro, em Curitiba, foi meu cunhado Clementino, mas a namorada dele não quis e até ameaçou desmanchar o noivado. Daí o Constantino e eu fizemos o negócio com a dona Bertha, uma judia que fez a oferta”, detalha.

Casamento – Com 22 anos, Dalva Boss, casou com Constantino de Mello Ribas (Constante), dia 29 de julho de 1936. Ele, filho de Matilde e Antonio Ribas, “fortes fazendeiros, muito ricos em Palmas, donos da Fazenda da Cruz onde morei casada. Tinham terrenos virgens que nunca ninguém havia entrado”, recorda. “Tivemos duas filhas. A Matilde e a Ester, maravilhosas, que me deram quatro netos lindos: Guilherme (marketing), Wilson (advogado), Marcelo (engenheiro) e a Carolina que formou-se o ano passado, em Matemática no Cies”, diz a mãe e avó toda vaidosa.

1950 – Na década de 50 começaram a surgir hotéis de apartamentos. “O nosso era só quartos e pedimos uma reforma no prédio para entrarmos na moda ou teríamos prejuízos”. As reformas foram iniciadas em parte do prédio. Nesse meio tempo vim conhecer o lugar (Campo Mourão). Tinha um administrador da Usina Mourão - que estava começando a ser construída, que se hospedava no nosso hotel em Curitiba. Me falava mito bem de um tal Campo do Mourão, que estava começando, não tinha hotel de primeira. Garantia que era muito bom pra ganhar dinheiro”, relembra do motivo da radical mudança. 

Campo Mourão – “Peguei um teco-teco da BOA (Brasil Organização Aérea) e vim sozinha, com pouco dinheiro. Do meu lado estava a mulher do Nelsinho (Nelson Guimarães Monteiro) da Sul América Seguros. Ela sabia tanto quanto eu sobre o Campo do Mourão. Meninoooo!!!.. - Isso aqui era um fim de mundo. Na hora que o avião desceu, subiu aquele poeirão que não se via um palmo na frente do nariz... a poeira marrom escorria pelos vidros das janelinhas. - Onde eu vim me meter??!!... eu pensei. Desembarquei. Peguei minha malinha e a primeira pessoa que conheci, ali no campo de aviação, foi o doutor (médico) Manoel Andrade”. Isso foi em meados de 1951. “Eu estava no auge dos 37 anos”, diz. 

Impacto - Dona Dalva especulou a cidade. - “Quê cidade moço??....(rindo muito). - Isso aqui não era nada. Poeira. Sujeira. Casas esparramadas. Tudo de madeira, a maioria sem pintar, sem forro, sem arremates e cobertas de taboinhas. A praça era uma quadra de capoeiras com um morro de saúvas e um bosque lindo. Água só de poço. Eletricidade não tinha. As pessoas que vinham de viagem a gente só enxergava o branco dos dentes e dos olhos... (risos). Não tinha um palmo de calçada. Ou você patinava na lama ou enterrava os pés na poeira alta e quente. Não existia banheiro, era tudo privada de madeira, com buracos de acento... (rindo). “Fui educada e me vestia como uma dama. Morava em Curitiba, tudo limpinho. Aí tive que me ajustar ao meio, né?!... até a comida era diferente!!!.. as pessoas no jeito de vestir e ser... tuudooo muito engraçado e difícil. Mas, eu sempre fui uma mulher forte, lutadora e, encarei com fé e coragem!!”, descreve dona Dalva.

Hotel Brasil – Na esquina da Avenida Irmãos Pereira com a Rua Araruna, o catarinense Estevão Scheneider, “marido da Helena e pai do Laurinho (Lauro Schneider) construía um hotel”, com carpinteiros que trouxe de Santa Catarina. “As madeiras comprei em Pitanga e telhas de Irati (Santa Terezinha). Quando deu aquela chuva de pedra (granizo) em 1971, comprei as telhas, de novo, por sorte, na mesma cerâmica”, recorda dona Dalva. “O Schneider quis vender. A construção estava no alicerce. Nem tinha paredes, nada. Era a metade do projeto do prédio de dois pavimentos que eu ampliei depois. Comprei o terreno e o início da obra por oitenta mil cruzeiros e mais tarde adquiri a data ao lado por dez mil cruzeiros”, contabiliza.


'Brasil Hotel' o 5 estrelas* da época em Campo Mourão

1953 – Neste ano foi inaugurado o moderno Hotel Brasil de Campo Mourão. “Toquei a obra sozinha. O Constante (Constâncio), ficou em Curitiba. Fiz uma construção de primeira. Tudo arrematadinho, forrado, bem bonito”. Do hotel de Curitiba vieram, de caminhão, cerca de 20 camas de solteiro e quatro de casal, com guarda-roupas, colchões, lençóis, fronhas, travesseiros e cobertores. O Hotel Brasil terminou sua história cinquentenária com oferta de 40 quartos, quatro apartamentos chiques, amplo restaurante, fogão de ferro fundido, a lenha, de quatro metros quadrados, com “serpentina” que fornecia água quente para lavar a louça e banho nos apartamentos que ficavam na parte baixa do hotel. “Esse fogão mandei vir de Porto Alegre (RS). Tinha um cortador de lenha só pra alimentar ele (fogão). Nunca trabalhei com menos de dez empregados (as). A Zulmira ficou oito anos comigo e ainda está viva, por aí. Como havia muitas mulheres que trabalhavam comigo, comprei a data (terreno) ao lado para as crianças brincarem. Comiam tudo no hotel. O doutor Joaquim (Joaquim Euzébio de Figueiredo) sempre brincava: “Dona Dalva... como vai a creche Brasil??... (risos).

Hospedes famosos - Dentre os nomes famosos do cenário nacional que foram hospedes do Hotel Brasil, dona Dalva cita os dos presidentes da República: Juscelino Kubistchek de Oliveira e Jânio Quadros. Do governador do Paraná, Moyses Lupion, “esse homem praticamente, morava no meu hotel”, enfatiza. O presidente da Assembléia Legislativa, Aníbal Khury, o senador Abilon de Souza Naves “que era meu compadre e faleceu acidentado, em campanha para governador. Uma vez ele parou a comitiva só pra me cumprimentar em frente do hotel”, diz com carinho. Dos que vieram para ficar, dona Dalva recorda os nomes “do piloto Paulo Poli (duas vezes deputado estadual por Campo Mourão), Joaquim Euzébio de Figueiredo (Juiz de Direito), os irmãos Saul e Mário Caldas (pecuaristas), os Promotores de Justiça: Lary Razolini, Euvaldo Cordeiro Correia e Paulo Magalhães dos Reis. “O Lary morou sete anos no meu hotel, além do advogado Paulo Vinício Fortes, do médico Isnard Cordeiro”, registra dona Dalva. As tripulações e passageiros da Real Aerovias Brasil também se hospedavam no Hotel Brasil. “Eles faziam a escala de São Paulo por Maringá, Campo Mourão e Foz do Iguaçu e pousavam aqui”, recorda. Álvaro Gomes (dentista) e sua esposa Lourdes, se hospedaram no Hotel Brasil. “Uma vez eu fui de férias pra Santos e a Lurdinha ficou cuidando e até inovou uns pratos diferentes no restaurante. Lotava de gente. Foi um sucesso”, elogia dona Dalva. 

Abóboras voadoras - ‘Tinha uns pilotos da FAB (Força Aérea Brasileira) que me traziam abóboras de Goioerê. Eles me avisavam assim: davam um rasante em cima do hotel. Ai eu ia no aeroporto buscar as abóboras”...(risos). “As sobremesas eu mesma fazia, e as que o pessoal mais gostava eram a de pudim de ovo e o docinho de abóbora, que sei fazer até hoje, no capricho”, orgulha-se.


Constantino com as filhas em Curitiba

Companheiro – “O Constantino não quis saber de Campo Mourão. Deu pra beber e ficar preguiçoso. Uma mulher sozinha, num hotel, pegava mal. Eu sempre fui arrojada e ele não acompanhava meu pique. Conheci o viajante paulista, Alberto de Barros, que passou a me ajudar muito. Ele também tinha jeep de praça (taxista) e ganhava o dele nas vendas e no transporte de hospedes para o aeroporto”. Naquele tempo quase não se viaja de ônibus. Era mais de avião. Campo Mourão teve cinco agências aéreas. “Convivi com o Alberto durante vinte e nove anos. Trabalhávamos duro. As vezes íamos aos bailes, festas e nos acontecimentos da cidade, muito pouco por causa do serviço. Fomos sócios-fundadores do Clube 10 de Outubro e compramos dois títulos para ajudar a construir o prédio e a piscina nova”. Alberto de Barros faleceu dia 18 de março de 1984. “Nunca mais casei”, enfatiza. 

Dalva Boss e Alberto

Treco - “A turma resolveu formar um bloco carnavalesco e nós entramos a convite da Iara do doutor Isnard, uma mulher muito bonita. Quando chegamos no Clube 10, aquela algazarra. Todo mundo junto, de mãos dadas, pulava, cantava, eu na ponta. Passei perto do Osvaldo Wronski e ele me deu um copo de cerveja. A sede tava brava. Tomei tuuuudo, numa golada só. De repente comecei a tontear. Me senti mal e perdi a direção. Pensei que ia me dar um treco. Falei pro Alberto que tava mal... saí do clube “mortinha”. No outro dia acordei no hotel, pelada, meio zonzinha ainda. - Aíííí... eu soube que o Osvaldo... sabe?... colocou bolinha (boleta) na cerveja!! Aquele filho da mãe quase me matou. Acabou com a minha alegria. Mas sempre fomos bons amigos”, (rindo muito). 

No Clube 10 de Outubro

Cano – “Uma noite o Constante (marido) estava por aqui e gostava de fazer média. Convidou o doutor Joaquim (Juiz de Direito) para um jantar. Preparamos a janta. Ele acabou amarrando um fogo e se apagou. Eu e minha cunhada tivemos que levar ele carregado, dormindo, e deixar trancado no quarto. Na hora marcada o Juiz chegou e... cadê o Constâncio?! Passei o maior carão e inventei uma desculpa esfarrapada. Disse que ele tinha saído. O doutor Joaquim ainda comentou: ééé.. achei aquele homem muito esquisito... me convida e some !! (risos). 

Bang-bang – “Naquele tempo muita gente foi matada em Campo Mourão”. A maioria por causa de brigas pela terra. “Todo dia morria uns quatro ou cinco. Era faroeste puro. Me lembro de uma morte feia”. Octávio Rocha, de Guarapuava, veio reclamar uma posse de terra. Se hospedou no Hotel Brasil. “Um dia ele saiu cedo e levou chumbo... picaram na bala ... mataram ele na rua... caiu no pó, ensangüentado, bem ali na frente. Os bandidos sumiram. Era tudo muito rápido”, recorda. “Uma noite de Carnaval eu me lembro que um bando de soldados atacou a casa da Anita Albuquerque e a do Tito Albuquerque. A família estava dentro, dormindo. Derrubaram as cercas e fuzilaram a casa. Por sorte não morreu ninguém porque o Juiz de Direito substituto, o doutor Sinval Reis (hospede do Hotel Central), o escrivão Ville Bathke e o Oficial de Justiça Avelino Bueno, se enfiaram no meio. O Juiz deu uns gritos e voz de prisão pro comandante e prendeu eles dentro do Fórum velho, logo ali, depois do posto de gasolina (Pingo d'Agua) na frente do nosso hotel.. No outro dia colocou a tropa dentro de uns jeeps e mandou eles presos pro quartel do Exército de Guarapuava. Foi feio o negócio”, recorda da violência da época. 

Encontro histórico de duas heroinas de Campo Mourão: Anita Gaspari Albuquerque e Dalva Boss

Heroína – “Sempre lutei sozinha. Nunca fui mandada. Tudo que lutei para possuir é de Campo Mourão. Por comodidade comprei um apartamento em Curitiba e outro em Caoibá para desfrutar minha vida, linda e maravilhosa. Viajo muito. Até pra a Argentina já fui, de navio. Só que não invisto mais nada em Campo Mourão, porque isso aqui parou. É dar murro em ponta de faca. Não tem emprego. Campo Mourão cresceu por si. Os impostos são absurdos, tão caros que pouca gente paga. Dei minha vida e meu suor por Campo Mourão, mas nunca pedi e nem recebi nada em troca”, critica. . 

Ativa - “Fui presidente da Creche Sagrada Família, adoro crianças, junto com minha amiga Regina Beltrão, uma baita mulher trabalhadeira”, reconhece. “Freqüento a igreja católica e sou da Congregação Coração de Jesus. Minhas filhas foram educadas em colégios de freiras, no Cajuru (Nossa Senhora de Lourdes) e em Castro (Colégio São José). Me orgulho delas porque eu as eduquei sem a ajuda do pai. Acabei me separando do Constante e até tirei o Ribas do meu sobrenome”, desabafa dona Dalva. 

Testamento - “Já trabalhei direto das cinco da manhã às duas da madrugada por quase trinta anos no Hotel Brasil. Chega... quero paz. Moro aqui, tranqüila. Já fiz meu testamento em vida. Não devo nada. Tenho quatro mil reais na Caixa Econômica, que não existem. Esse dinheiro é pro meu funeral, pra família não bater cabeça no dia que eu morrer. Tenho meu automóvel que eu mesma dirijo e até dei de presente pra minha neta Carolina. Meu passatempo é jogar cachetinha (baralho), de rodadinhas de quinze fichinhas no máximo, com as amigas, na casa da Isa Legnani... e, olha... não me coloque Ribas aí, viu??!!.. concluiu Dalva Boss, sorridente e brincalhona.

Triste Fim do Hotel Brasil
– “Uma coisa me magoa muito. Me dói por dentro. No início de 1980 o prefeito Augustinho Vecchi mandou demolir o Hotel Brasil. Alegou que estava perto do posto de gasolina e corria o risco de pegar fogo porque era todo de madeira. 
Em 1956 escapamos de ser torrados. Eu e o Tico (Sebastião de Paula Xavier), que tinha uma casa de comércio do outro lado da esquina, passamos apurados. O fogaréu estava entre nós. Um caminhão-tanque descarregava gasolina e pegou fogo. Acho que foi uma bituca de cigarro, falaram. Soltaram o carro ladeira abaixo, o motorista pulou e o caminhão ficou ali no meio. As labaredas enormes, lambiam as paredes. Acudimos na base dos baldes de água. Saia fumaça das tábuas mas não incendiou, graças a Deus!!. 
Então veja a malvadeza que o Augustinho fez comigo. Já tinha passado tantos perigos e apuros... porque demolir o meu hotel?.. Porque não mandaram o posto se mudar... Porque eu?? Chorei muito... briguei... mas não adiantou. Puseram o Hotel Brasil abaixo sem dó e nem piedade”, lamenta quase chorando. 
Era um monumento, uma parte da história viva de Campo Mourão. “Infelizmente está morto e sepultado, meu hotelzinho tão querido!!  lamenta dona Dalva.

Dona Dalva com a família
Dona Dalva faleceu em 2005.

14 de novembro de 2013

O belo céu de Campo Mourão

Achei essa bela foto na internet, que mostra uma Campo Mourão diferente. Não identifiquei o autor, mas se ele aparecer, identifico. Ela tem a 'cara' da Rosana Figueiredo ou do Irineu Ricardo, mas pode ser do Nilmar, do Juma, do Jayminho, do Valmir de Lara... vamos ver! Clique nela para ampliar.


18 de outubro de 2013

Casablanca Videolocadora: lançamentos da semana







Quentin Tarantino divulga sua lista dos 10 melhores filmes de 2013

Faltando quase três meses para o final do ano e muitas das produções cotadas para o Oscar ainda não chegaram aos cinemas, mas Quentin Tarantino já preparou sua lista dos 10 melhores filmes de 2013. 

O cultuado diretor divulgou uma lista repleta de surpresas, incluindo várias produções independentes e um grande fracasso. 

Confira a seleção de Tarantino (clique no título para ver o trailer):

7. Gravidade 
10. É o Fim 

17 de outubro de 2013

Pioneiros: Hamiltinho e o seu Harrison José Borges

Hamilton Tavela Borges 
Sempre que vejo o nome do pioneiro Harrison José Borges, nome de uma das principais ruas de nossa cidade, lembro do meu amigo Hamiltinho (Hamilton Tavela Borges) que, assim como o pai, faleceu num acidente automobilístico e também dá nome a uma via pública mourãoense.

Eu nunca tinha visto uma imagem do seu Harrison, que tinha o apelido de Pitico, e agora graças a uma postagem do Juma Durski no Facebook encontrei essa abaixo, em que ele aparece ao lado do coletor (agente de rendas) Antonio Franco. 

Hamiltinho faleceu num acidente de moto em abril de 1992, aos 34 anos de idade, na saída para Maringá, quando um automóvel avançou na rodovia e causou a morte do jovem arquiteto mourãoense. Ele foi inspetor do CREA/PR (1989 a 90) e presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Campo Mourão (1988 a 92). Durante um bom tempo éramos inseparáveis, eu, ele, o Marcelo e o Arnaud Silveira, sendo a casa dos pais dos dois últimos a nossa base para as bagunças. Sempre com a benção da dona Neile.

Antonio Franco e Harrison José Borges - Campo Mourão/PR - anos 1950
Harrison José Borges, paulista de Tibagi, era casado com Julia Tavela Borges (in memorian) e chegou em Campo Mourão em 1945 para assumir o primeiro Tabelionato de Notas (atual Cartório do Waldemar), permanecendo no cargo até setembro de 1959, data de seu falecimento em acidente automobilístico, quando era candidato a prefeito da cidade e ia até Maringá para recepcionar o então governador paranaense Moysés Lupion. O mesmo acidente que tirou a vida do então prefeito Roberto Brzezinski.