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29 de agosto de 2014

Lilica, uma cadelinha, anda mais de 6 quilômetros todos os dias para buscar comida para seus amigos


Os cães são criaturas incríveis, especialmente Lilica, uma cachorrinha de rua. Ela vive em um ferro-velho e faz parte de um grupo heterogêneo, completado por mais um cão, um gato, algumas galinhas e um burro.

Lilica foi abandonada em um ferro-velho em São Carlos, interior de São Paulo, quando era apenas um filhote. Neile Vaina Antonio, zeladora do ferro-velho, começou a cuidar dela. Conforme Lilica cresceu, tornou-se amiga de outros animais no ferro-velho.

Sempre juntos, eles oferecem companheirismo e solidariedade uns aos outros. Lilica é o maior exemplo disso: ela garante que seus parceiros nunca passem fome. Todas as noites, ela anda por quilômetros no escuro, enfrentando o tráfego da hora do rush, apenas para trazer comida para os outros animais em sua “família”.

Três anos atrás, Lilica estava grávida e teve oito filhotes. Conforme suas responsabilidades aumentaram, ela começou a procurar uma maneira de fornecer alimento para seus cachorrinhos, já que havia pouco a ser encontrado no ferro-velho.

Foi quando ela começou a sair à noite, caminhando por quilômetros, em busca de restos. Durante uma de suas viagens noturnas, Lilica teve a sorte de conhecer Lúcia, uma amante de cães que teve pena dela.

Lucia, professora de profissão, notou que Lilica perambulava pelas ruas e percebeu que a pobre cadela estava à procura de comida. “Ela entrou e cheirou as latas de lixo – isso me chamou a atenção”, disse Lucia. “Eu pensei que ela estava sem casa porque estava à procura de comida. Foi então que eu ofereci-lhe um pouco de comida”.

Um dia, Lilica parou de comer, pegou o saco de comida aberto e fugiu com ele. A comida caiu da sacolinha ao longo do caminho. “Então, no dia seguinte, quando ela terminou de comer, eu amarrei o saco. E ela o levou. A partir daí, é assim que fazemos. Eu amarro o saco e ela o carrega”, conta Lucia.

Eventualmente, Lucia seguiu Lilica e descobriu por que ela carregava a sacola a cada noite. Acontece que ela estava levando comida para seus filhos no ferro-velho. “No começo, ela trouxe comida para seus filhotes, mas com o tempo ela começou a trazer comida para os outros animais também”, disse Neile. “Sua atitude é diferente, seu olhar é diferente”.

Os filhotes foram adotados, mas Lilica não parou com suas boas ações. Pelos últimos três anos, ela andou diariamente a mesma distância de 6,4 quilômetros do ferro-velho para a casa de Lucia em busca da sacola de comida.

“Eu não viajo, não vou a lugares e fico por muito tempo por causa de Lilica”, explica Lucia. “Porque eu sei que ela confia em mim, é um compromisso que eu tenho com ela, e um compromisso que ela tem por mim também porque ela vem todos os dias”.

Não é só Lucia que se encanta com Lilica.


“Nós seres humanos mal compartilhamos as coisas com os outros”, disse Neile. “Um animal partilhar com outros animais é uma lição para todos”. [Revoada]

16 de dezembro de 2013

Cadela amamenta dois filhotes de tatu recém-nascidos no Paraná

Mãe de filhotes foi atropelada por um trator em uma plantação de cana.


Uma cena curiosa está chamando a atenção de moradores de Guaporema, no noroeste do Paraná. Na cidade com pouco mais de dois mil habitantes, uma cadela está amamentando dois filhotes de tatu há um mês.  De acordo com a dona da cachorra, a cena é ainda mais inusitada, pois a cadela está tendo leite mesmo sem nunca ter engravidado.

Os dois tatus foram levados para a casa de Ortência Regina Alves depois que a mãe dos filhotes foi atropelada por um trator em uma lavoura de cana-de-açúcar. O marido de Ortência trabalhava na hora do acidente e decidiu levar os animais para casa para eles não passarem fome. Os visitantes despertaram o interesse da cadela da família, chamada de Faísca, que não quis mais ficar longe dos tatus. “A reação dela foi instintiva. A Faísca viu o meu marido dando leite para os filhotinhos e, de repente, deitou no chão como se quisesse amamentá-los”, lembra a dona de casa. “Foi então que o meu marido colocou os filhotinhos perto dela, e começaram a sugar o leite direto das tetas dela”, conta.

Por conta da diferença de espécies, a família decidiu devolver os filhotes de tatu para o local onde foram encontrados. Mas, tiveram que voltar atrás da decisão por causa da Faísca. “Um dia depois de termos levado os filhotes, a cachorra ficou muito doente. Levei ela em um veterinário, comprei remédio, troquei de ração e nada de ela melhorar. Somente depois que buscamos os tatuzinhos e deixamos eles na cama dela é que ela melhorou”, diz. Ainda segundo Ortência, o veterinário que atendeu a cachorra ficou impressionado porque, mesmo sem ter dado cria, a cadela tinha leite.

Pseudogravidez
Conforme o veterinário Maicon Puertas Sorrilha da Silva, Faísca desenvolveu uma pseudogravidez, ou seja, uma gravidez falsa no período que ela estava fértil. “Há uns 70 dias a cadela entrou no cio e com a presença dos filhotes teve uma falsa gestação, desenvolvendo todos os sintomas normais de gravidez, até produzir leite”, explica. “Nessas situações, isso é bem comum de acontecer”, acrescenta o veterinário.

Os tatuzinhos chamados de Pancho e Panda são bem parecidos com a mãe adotiva, conforme Ortência. “Eles estão parecendo uns cachorrinhos agora. Pelo menos estão tendo as mesmas atitudes. Quando eu ou o meu marido chegamos em casa, eles vem correndo cheirar, lamber os nossos pés”, diverte-se. “E claro que todas as ações são vigiadas de perto pela mãe que não deixa ninguém chegar perto deles”.

A família sabe que não poderá manter por muito tempo os animais silvestres em casa, mas acredita que nenhum órgão ambiental vai tirá-los da casa sabendo que eles são bem tratados. “Se eles acharem que há um lugar melhor, onde eles não vão passar fome, a gente não vai ter o que fazer. Mas, se não fosse a gente os filhotinhos teriam morrido de fome”, finaliza.

Assista o vídeo do G1 Paraná, clicando aqui