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22 de agosto de 2022

Queijo paranaense premiado mantém tradição holandesa

Dois produtos do queijeiro Sander Verburg, de Arapoti, ficaram em primeiro e segundo lugares do “Campeão dos campeões”, etapa extra do Prêmio CNA Brasil Artesanal

© Sou Agro

A família Verburg tem uma longa tradição na produção de queijos. Na década de 1960, os avós de Sander Verburg aportaram no Brasil, vindos da Holanda. Compraram um pedaço de terra em Arapoti, no Norte Pioneiro, e começaram a criar vacas holandesas. A matriarca da família, Corbélia, já fabricava queijos no país europeu, inclusive um tipo gouda, premiado por lá. Aqui no Brasil, ela deu sequência à produção, apostando em variedades de queijos.

“Até uns dez anos, quando eu saía da escola, ia para a casa da avó. Ela ficava brincando com a gente e, de vez em quando, tinha que sair para virar os queijos. Eu presenciava isso no dia a dia dela. Os queijos desde sempre estiveram na minha família. Mas era uma produção mais voltada à família”, conta o queijeiro Sander Verburg. “A minha avó ensinou todas as noras a fazerem o queijo. Assim, a minha mãe [Gezina Willemina] aprendeu a receita”, acrescenta Verburg.

Dez anos atrás, Gezina começou a produzir em maior escala, para comercializar. “A minha mãe viu que poderia ganhar um dinheiro com os queijos, que ela tinha como hobby”, diz Verburg. Por essa época, o produtor rural, que tinha acabado de se formar em Engenharia Ambiental, se mudou à Holanda, onde fez um curso de pós-graduação. Lá, Verburg se casou e teve dois filhos. Em 2020, decidiu que voltaria ao Brasil com a família, para ajudar na produção de queijos. Antes, no entanto, fez um estágio em uma queijaria holandesa.

“No ano retrasado, minha mãe tinha expandido a produção. Aí, surgiu a ideia de eu voltar ao Brasil e me dedicar aos queijos. Minha mulher, Miriam, aprendeu a receita e estamos todos envolvidos na produção”, reforça. “A nossa queijaria, a Queijos Corbélia, é uma homenagem à minha avó”, observa.

Prêmio

A arte de produzir queijos teve reconhecimento no final de junho. Dois queijos artesanais produzidos por Verburg – que tinham sido vencedores em suas respectivas categorias do Prêmio CNA Brasil Artesanal, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – foram os mais bem avaliados – ficaram em primeiro e em segundo lugares numa etapa extra do concurso, chamada de “O campeão dos campões”.

Para essa etapa extra do prêmio, foram avaliados os queijos que ficaram na primeira e segunda colocações nas três categorias do Prêmio CNA Brasil Artesanal. Ao longo do evento, os convidados participaram de uma degustação, sem ter acesso a informações do produto e sem saber quem produziu. Após provar os queijos concorrentes, eles votaram de forma secreta, depositando o voto em uma urna. O vencedor foi o Queijo Cornélia maturado, produzido por Verburg. O Queijo Cornélia condimentado, também do queijeiro paranaense, ficou em segundo lugar.

“O nosso queijo é tipo gouda, produzido com leite cru, o que dá um sabor bem autêntico ao produto. O segredo do nosso queijo também está na etapa anterior: o leite, a alimentação das vacas, o tratamento que damos a elas”, aponta Verburg. “O nosso condimentado leva feno grego, que é um condimento que conhecemos na Holanda. Dá um sabor de nozes ao queijo”, explica Verburg, que viajou a Brasília acompanhado da mãe, Gezina Willemina, que o ensinou a fabricar queijos. Como premiação, Verburg e Gezina ganharam uma desnatadeira, R$ 6 mil em cada categoria, além de um curso do Sebrae Empretec.

Quando decidiu participar do Prêmio CNA Brasil Artesanal, a ideia de Verburg era usar a competição como uma espécie de termômetro. “Eu queria colocar os nossos queijos à prova, saber como ele se sairia em uma avaliação técnica, como seria a aceitação”, aponta. Para isso, o queijeiro se inscreveu em duas categorias: natural, entre 30 e 180 dias de maturação; e artesanal aromatizado ou condimentado. Os queijos foram avaliados com outros 90 participantes do Prêmio CNA Brasil Artesanal, que levou em consideração critérios de degustação, técnicos e históricos de cada produto.

Diversificação

A família, no entanto, não vive só dos queijos. Os Verburg mantêm um plantel de 150 vacas, que produzem, em média, 4 mil litros de leite por dia. “Quando vamos fazer queijo, informamos a minha irmã, que cuida da parte de leite. Ela faz a seleção das vacas que produzem o melhor leite”, conta Verburg. De olho na otimização dos processos, o queijeiro tem a especialização contínua em seu horizonte.

“Como eu voltei da Holanda no ano retrasado, ainda não deu tempo de fazer novos cursos, mas isso está nos meus planos. A gente sabe do trabalho importante que o SENAR-PR faz. Vou procurar algum título relacionado a gestão de propriedade e à produção de leite”, diz.

Do CNA Brasil

8 de setembro de 2020

Pioneiros mourãoenses: Carlos Boenig e Teodoro Metchko

Carlos Boenig, Delbos Zolla e Teodoro Metchko
Campo Mourão/PR - 1942

Foto de 1942 mostra os pioneiros mourãoenses Carlos Boenig e Teodoro Metchko posando ao lado do doutor Delbos Zolla, em Campo Mourão. 

Carlos Boenig era alemão, participou da 1ª Guerra Mundial, formou-se em bioquímica com 23 anos e com 36 anos, em 1934, chegou no Brasil. Ele residiu primeiro em Pitanga, onde casou e teve um filho, mas o casamento durou pouco tempo. Em 1942 chega em Campo Mourão, onde, dois anos depois, se casou com Laura de Paula Xavier, com quem teve cinco filhos.

Carlos Boenig foi um dos primeiros médicos de Campo Mourão, onde também formou o primeiro laboratório de análise e pesquisa científica técnica. Ele faleceu em 5 de julho de 1991. 

Residimos por alguns anos na rua Carlos Boenig, na Jardim Albuquerque. 

Teodoro Metchko nasceu na Ucrânia, em 1896. Chegou ao Brasil em 1934, fixando residência em Campo Mourão. De berço nobre, ele era descendente da nobreza ucraniana, por parte de pai. Poliglota, dominava oito idiomas, se formou engenheiro civil no México, onde construiu uma usina hidroelétrica e nos trechos de ferrovia, um túnel ligando o México à Guatemala, o qual levou seu nome. 

Em Campo Mourão, atuou no ramo madeireiro, onde construiu a Capela da Vila Carolo, sua serraria, a primeira prefeitura, escola e, também, a primeira delegacia de polícia. 

Na construção civil se destacam ainda as obras do cinema, o Colégio Santa Cruz, o Ginásio de Campo Mourão, o primeiro Hospital Santa Casa e o Aeroporto Municipal.

Foi o primeiro Cidadão Honorário de Campo Mourão. 

Ele faleceu em 19 de outubro de 1969.

O historiador e escritor mourãoense Jair Elias dos Santos Júnior me passou as informações sobre o doutor Delbos. 

"No ano de 1943, Delbos Zola foi convidado pelo Sr. Sady Silva, engenheiro do Departamento de Terras e Colonização, para trabalhar em Campo Mourão, como médico, onde permaneceu por dois anos.

Como era o 1º médico que assumiu os serviços de saúde pública na região de Campo Mourão, encontrou diversas dificuldades, pois contava com poucos recursos materiais e os seus deslocamentos eram feitos a cavalo. Ainda não havia luz elétrica, a água era tirada do poço, localizado no meio da Praça Getúlio Vargas. 

Nos anos que viveu nesta cidade fez muitas amizades, onde foi beneficiado com uma boa casa de madeira passando a residir nos fundos e na frente montou seu consultório e uma sala de aula para as crianças. Era grande a movimentação de pessoas doentes que o procuravam e atendidos com especial atenção. Fez centenas de pequenas cirurgias e em suas mãos nasceram muitas crianças. Foi médico em Campo Mourão e nas localidades de Goioerê, Mamborê e Peabiru. Como não havia hospital, muitas vezes acomodava os doentes em um pequeno dormitório junto ao junto ao consultório, até que estivessem em condições de voltar para suas casas.

Com informações do livro Campo Mourão - 60 anos e do Jair Elias.

16 de setembro de 2016

Sarah, nosso primeiro tesouro (1986)

Eu e Elvira com a Sarah na Usina Mourão, em 1981

Num 17 de setembro, há 36 anos, eu e Elvira fomos pais pela primeira vez. Ainda crianças, com menos de vinte anos, eu me senti o mais abençoado de todos. Ter uma filha era tudo que queria para mim, para meus pais e meus sogros. Sarah foi a primeira neta dos dois casais, Odethe e Alcyr Costa Schen (sempre na memória) e Sallime e Irineu Ferreira Lima.

Elvira, eu e a Daisy Schen, na manhã do dia de nosso casamento
Casamos em abril e fomos morar em uma quitinete no centro de Campo Mourão, bem em frente do Hotel Piacentini, em uma propriedade do seu Pedro Grandis (in memorian). Nossos amigos, Hosana Ávila, Tauillo Tezelli, Daisy Dezan, Marcelo Silveira, Bia (Maria Beatriz Silva Mildemberger), Fernando Dlugosz, Nelson Bizoto viviam por lá, alegrando nosso dia e curtindo a nossa gravidez. Muitos deles casaram logo em seguida. 

Elvira grávida da Sarah

Moramos ali em cima,
naquelas duas janelas à esquerda
A gravidez foi tranquila, com poucos desejos por parte dela (eu tive muitos), um Guaraná Antarctica num dia, uma pipoca japonesa noutro, mas tranquilo, favorável (não ia perder essa chance de usar o refrão da infame música). Um mês antes da data prevista pelos médicos para o nascimento ficamos com o carro de meu pai para o caso de uma necessidade durante a noite. Na madrugada de uma quarta-feira fui acordado pela Elvira, que afirmava que a bolsa tinha estourado. Com a mala pronta já há dias, descemos e encontramos o pneu do Ford/Belina furado. Fui trocar os pneus, mas não encontrei nem estepe e nem as ferramentas necessárias. Tive de acordar os vizinhos, Cidinha e Carlos Sartorato, para que nos emprestassem o carro. Desci e não soube dar a ré no GM/Chevette e precisei da ajuda do Carlos naquela madrugada gelada de setembro. Quando levei o carro para arrumar o pneu, já depois do nascimento da Sarah, encontrei o estepe e tudo que precisava para efetuar a troca no lugar mais visível possível.

Aqui funcionava o Hospital Anchieta
Chegamos no Hospital Anchieta, onde atualmente funciona o curso de Direito do Integrado, ali na Irmãos Pereira, por volta das 4 da manhã, sempre acompanhados de minha sogra, Anna Odethe Iurk Schen.  Apesar de muito bem atendido por todos da maternidade, do alto dos meus dezenove anos, eu não entendia por que demorava tanto para minha filha vir ao mundo. Achei que era só chegar, se apresentar e receber meu bebê de pronto. 

Agoniado com a demora e as dores do parto, fiquei do lado de fora, andando na via pública, até que por volta das 11h30, minha sogra e minha mãe, Sallime João Abraão de Lima, a dona Salma, que tinha se juntado a nós no início da manhã, saem de lá chorando e me assustam. Pensei: 'pronto, lá se foi a Elvira, minha filha...'. Elas, então, me disseram que Sarah tinha nascido, perfeita e linda. Confesso que perdi o chão por alguns minutos, fiquei nas nuvens, me senti um Super Herói. 

Sarah com Elvira - 1982
No quarto, já ao lado da Elvira, a agonia voltou por que não traziam a minha filha para sermos apresentados. Quando a trouxeram, confesso, fiquei meio atrapalhado pois não conseguia entender que aquela criaturinha toda amarrotada era minha filha. Os bebês que eu conhecia eram diferentes! Mas, claro que estou brincando, em seguida ela ficou a criança mais linda de todos naquele hospital, cidade... no mundo.  

Atrapalhado, eu contava os dedos dela e num momento tinha dezenove, noutros vinte e um. Até que minha mãe e a sogra me expulsaram do quarto, cansadas de tanta baboseira.

Elvira Schen, Daisy Schen, Hosana Ávila Tezelli e Sarah Carolina Schen Lima - junho/2016

Sarah cresceu, foi batizada pela Hosana e o Tauillo, teve a companhia das manas Larissa (nasceu uma semana antes do primeiro aniversário da mana mais velha) e Marina, casou e nos deu a neta Fernanda Lima Chornobai. Sou um orgulhoso pai, avô coruja e cada vez mais me sinto um Super Herói abençoado por Deus.

20 de novembro de 2014

Visitando o Abelar das Carpas

Abelar Gonçalves Neto - Campo Mourão - PR - 1994

Conheci Abelar Gonçalves Neto muito antes dele ser conhecido como Abelar das Carpas. Fomos vizinhos por anos e lembro dele saindo para jogar futebol com meu pai. Sempre animado, Abelar nos divertia com seu jeitão mineiro de ser. No Country Club era conhecido como Cai Cai, pois insistia em jogar descalço na grama e vivia escorregando. Mas o danado jogava muito bem. 

Irineu Ferreira Lima (em pé)
Fernando 'Japonês', Romeu Marczinski (in memorian) e Abelar Gonçalves Neto (in memorian) 

Campo Mourão/PR - anos 1960
Muito antes disso ele foi proprietário do Bar Copacabana, do tradicional e frequentadíssimo Bar Caiçara e sócio fundador da BR3 Costelaria em sociedade com o Laurinho. 


Em sua propriedade no Barreiro das Frutas, na área rural de Campo Mourão, começou um criação de carpas que o tornaria conhecido em todo o Brasil. Abelar dava nome para cada um de seus peixes, tinha a Xuxa, o Senna, o Faustão, o Xororó... E, acreditem!, ao chamá-los pelo nome, na hora da alimentação, eles atendiam e nadavam por cima dos demais para chegar perto do marido da Sirlei [tenho um vídeo de nossa visita ao seu sítio que mostra isso muito bem. Preciso encontrá-lo para mostrar aqui no Baú]. Ele ficou conhecido nacionalmente pois o fato dos peixes atendê-lo virou atração em vários programas de televisão, inclusive no Domingão do Faustão, da Rede Globo.

Encontrei as fotos de quando visitamos o Paraíso das Carpas, em 1994, que foi construído na saída para Cascavel e virou parada obrigatória para os turistas que por ali passavam. 

Elvira Schen e Abelar das Carpas - 1994

Sarah Schen Lima acariciando o "Faustão", observada pela mana Larissa, pela mamãe Elvira Schen e pelos primos Janaína Schen e Homero Mandic Schön 
Abelar faleceu em outubro de 2006, aos 68 anos. Uma praça no Conjunto Parigot de Souza, em Campo Mourão, é nomeada como Praça Abelar Gonçalves Neto. Clique nas imagens para ampliar.

7 de novembro de 2014

Casablanca Videolocadora: lançamentos da semana



BONNIE AND CLYDE - OS PROCURADOS












OS MAIS LOCADOS OUTUBRO/2014

1- Malévola ... aventura/fantasia
2- X-Men - Dias de um futuro esquecido ... aventura
3- A Culpa é das Estrelas ... drama 
4- Trancendence: A Revolução ... ficção/suspense 
5- O Espetacular Homem-Aranha - A Ameaça de Elektro ... ação 
6- Capitão América - O Soldado Invernal ... ação
7- Godzilla ... aventura
8- Operação Sombra ... ação
9- Rio 2 ... animação
10- Três  Dias Para Matar ... ação



12 de agosto de 2014

Tomazina: sossego, rios e aventura

Tranquila, acolhedora e dona de belas paisagens. É impossivel não se apaixonar por essa cidadezinha no Norte Pioneiro do Paraná


Tomazina é sem dúvida um lugar de total tranquilidade. Uma caminhada pelas ruas é um bom começo para desfrutar de toda paz e sossego que a cidade oferece. Mas se a sua 'praia' é adrenalina, não tem problema, o lugar também é perfeito para a prática do turismo de aventura. 

Cortada pelo Rio das Cinzas, Tomazina abriga, bem próximo ao centro da cidade, belas cachoeiras e corredeiras, além do Salto Cavalcanti, um dos mais bonitos do Brasil, com 15 metros de altura e 150 metros de extensão. A cidade ainda tem vocação para o turismo rural, com ótimos hotéis fazenda, passeios a cavalo, charretes pelas ruas da cidade, além do ar puro e natureza exuberante. 

Salto do Cavalcanti
Agraciada pelas corredeiras do Rio das Cinzas, a cidade desenvolveu uma vocação natural para os esportes aquáticos. A canoagem foi a primeira modalidade a despontar na região. Hoje, Tomazina faz parte do Circuito Nacional de Canoagem, realizando anualmente (sempre em novembro) o Festival de Canoagem, que durante três dias recebe atletas e visitantes de todo o País. 

Parque das Corredeiras
A região também é propícia para a realização de trilhas, subidas às cavernas nos morros que rodeiam a cidade, rafting, motocross e muito mais. Na cidade não deixe de visitar locais como o Horto Florestal Municipal, a Reserva Ecológica Bordignon, a Reserva Ecológica da Tribo Indígena Pinhalzinho, o Ninhal das Garças, as Grutas do Grotão e as Ruínas da Ponte de Ferro. 


Rio das Cinzas
Atraídos pela diversidade natural no entorno do Rio das Cinzas, na região é comum encontrar animais como gato-do-mato, jaguatirica, anta, veado, macaco-prego, tatu-galinha, tatu, capivara, paca, paca-cateto, irara, ouriço, gambá, morcego, queixada, lontra, preá, quati, lebre, serelepe, lagarto, jacutinga, jacutinga-saracuri. 

Com tantas atrações, essa cidadezinha de aproximadamente 9 mil habitantes, atrai muita gente no verão, quando chega a acolher cerca de 25 mil habitantes, entre moradores locais e população flutuante. Só falta mesmo você! Tomazina fica a 375 km de Campo Mourão. [Bonde]

8 de agosto de 2014

Dona Salma, Walmir e Eu - Campo Mourão 1962

Foto do início dos anos 1960, deve ser 62, mostra minha mãe Sallime João Abrahão de Lima, que todos chamam de Salma, meu irmão Walmir e eu. Tenho a impressão que nessa época morávamos na Avenida José Custódio de Oliveira, entre as ruas Brasil e Francisco Albuquerque, quando éramos vizinhos da família do saudoso seu João Teodoro de Oliveira, avô do Ícaro, da Karine e da Krishina entre outros tantos. 

Minha mãe continua linda e forte nos seus 84 anos. Walmir é professor de educação física e atualmente é o diretor da Escola Municipal Urupês. Eu e ele estamos muito parecidos, tanto que vivem me chamando de Walmir pela cidade. Não sei se ele que ficou mais bonito com o tempo ou eu que 'enfeiei'. hahaha

Dona Salma, Walmir e Luizinho Ferreira Lima
Campo Mourão/PR - 1962

1 de agosto de 2014

Namir, Adoniran e Widerski no Clube 10 - C. Mourão, anos 1960

Do final dos anos 1960, foto mostra o Namir Piacentini, o Adoniran Antunes e o Ricardo Widerski reunidos num evento no Clube 10 de Outubro. Não consegui identificar o barbudo parecido com o Fidel Castro.

O engenheiro civil Namir Piacentini, sócio fundador da já 'quarentona' Construtora Piacentini, se divide entre a capital dos paranaenses e a capital dos mourãoenses.

Adoniran Antunes de Oliveira, filho do saudoso Tio Miguel, vive em Bella Vista, no Paraguai, onde é sócio proprietário de uma empresa do ramo agropastoril.

Ricardo Widerski é gerente regional da Cohapar em Campo Mourão. Clique na imagem para ampliar.

Clube 10 de Outubro - anos 1960 - Campo Mourão/PR
(da esq. para a direita): "Fidel", Namir Piacentini, Adoniran Antunes de Oliveira e Ricardo Widerski

25 de julho de 2014

Os times do novo campeonato interno do Clube dos Trinta


Saiu, enfim, a relação dos novos times que irão disputar o campeonato interno do Clube dos Trinta. Confiram:


RIO GRANDE DO SUL
Thiaguinho
Professor Jader
Beto Tonet
Quichaba
Martins
João Paulo (Tiguera)
Aurélio
Sgto. Silva
Robertinho Pizza
Tiãozinho e
Wander


SANTA CATARINA
Krisley
Osvaldinho
Brunão
Newton
Birinha
Pedrinho (Sanepar)
Luizinho
Nogarolli
Nelito
Marquinhos TV e
Marcelo Filé


PARANÁ
Mamuti
Rubinho "Xumaski"
Mané
Jair
Macedo
Hyago
Marcelo 'Manso'
Odair
William
Fumaça e 
Fusca


SÃO PAULO
Esquerda
Fiorese
Carlinhos Kloster
Fábio 'Country'
Tiguera
Júnior
Hayala
Tiago Sequinel
Celsão
Beleza e 
Prof. Valdir


RIO DE JANEIRO
Duda
Pedro
Pazini
Silvinho
Toninho
Elvis
Getulinho
Aguinaldo 'Japa' 
Paraíba
Neno e 
Wagner 'Magu'


MINAS GERAIS
Fábio 'PM'
Nilmar
Hélio
Fábio 'Coamo'
Urubu
Hermes
Tomadon
Pedro Sanepar
Gabriel
Láercio e 
Cremauri



24 de julho de 2014

Professor Matsumi, o mestre do judô mourãoense

Grande formadora de campeões, a Academia do professor Matsumi por anos representou nosso município nos eventos oficiais do esporte paranaense e nacional. 

Da Academia Matsumi saíram os ótimos judocas Alfredo Ferrari, Job Perdoncini, Teodoro Sora (in memorian), Ricardão Figueiredo, Tiago Kiwel, Rafael “Futrica” Lopes entre outros. 

Professor Matsumi formava atletas e principalmente homens, que saiam dali disciplinados e determinados para enfrentar esse mundão. 

Ao lado dele, na foto, dos anos 1970, aparece o saudoso Arnaldo Bronzel, pai da prefeita Regina Dubay, que prestigiava todas as competições que contava com a participação do filho, Cézão. 

Além disso, o pioneiro mestre mourãoense deixou um legado esportivo que continua dando frutos e ótimos resultados para nossa cidade. Clique na imagem para ampliar.    

Em pé: Arnaldo Bronzel (in memorian) e o professor Shigueru Matsumi
Agachados: Machado, Cesar Augusto Massareto Bronzel, Mauro Mauro, Walmir Ferreira Lima e Cícero "Bolinha" Dolci (in memorian)

18 de julho de 2014

Ilha do Mel: um tesouro paranaense

Ausência de caixas eletrônicos e postes de luz e ruas sem asfalto dão todo charme da ilha, onde não é possível entrar carro e moto


A Ilha do Mel é um paraíso perdido no Paraná que tem 97% de seu território preservado e onde vivem cerca de 1.500 privilegiados moradores. Localizada a 130 km do Aeroporto Afonso Pena, tem acesso apenas por barco e não permite entrada de carros ou motos. As principais cidades de embarque para a ilha são Paranaguá e Pontal do Sul. 

Não há postes de luz, caixas eletrônicos ou asfalto na Ilha do Mel. O ritmo é outro, os ponteiros do relógio passam devagar. Mas prepare-se para andar bastante, seja a pé ou de bicicleta. Todas as trilhas levam a locais incríveis e merecem ser encaradas. A Ilha é dividida em duas partes, Encantadas, mais roots, natural, e Nova Brasília, mais "sofisticada". 

Encantadas
A vista do Farol das Conchas, em Nova Brasília, é inesquecível: encare a subida e assista ao pôr-do-sol lá. Já o percurso entre Encantadas e Nova Brasília é mais longo, com 6 km que somente podem ser percorridos a pé. É uma trilha de intensidade moderada e, dependendo da maré, será necessário escalar pedras na travessia. Aproveite este passeio para conhecer a Gruta de Encantadas, cuja lenda conta que ali morou uma sereia que encantava os homens. 

Farol das Conchas
Outra trilha bem conhecida é a que leva da Praia do Farol à Ponta Oeste. O caminho, de 8km, pode ser feito bicicleta, passando pela areia firme da praia ou por uma trilha interna, mais abrigada por árvores. 

Por ser um local ainda bastante preservado, são praias e trilhas dividindo espaço com as mais diversas espécies. Golfinhos fazem graça a poucos metros da areia, lagartos se escondem pela mata e pássaros são encontrados nas mais diversas cores. Não é por acaso que o acesso à ilha é tão restrito. Para a maioria dos brasileiros, a Ilha do Mel parece uma realidade distante. Porém a natureza que salta aos olhos e a promessa de dias calmos fazem valer cada quilômetro percorrido. 

Mesmo permanecendo praticamente intacta e tendo a própria natureza como principal ponto turístico, a Ilha do Mel tem boa infraestrutura para receber os visitantes, com restaurantes tanto para quem gosta de badalação quanto para quem prefere um jantar mais sofisticado. Para se hospedar, as dicas são as pousadas com atendimento familiar e café-da-manhã personalizado, algumas oferecem até aulas de yoga e spa. Os moradores da Ilha do Mel são simpáticos e receptivos, pegue dicas locais com eles. De resto, relaxe e se deixe levar pelos melhores caminhos deste lugar. [ Bonde ]

10 de julho de 2014

Luiz de Matos - 1924 * 2014

Faleceu ontem em Campo Mourão, dia 9, o pioneiro Luiz de Matos, pai do Toninho e do Bernardo. Com 89 anos, ele sofreu complicações respiratórias após se submeter a uma cirurgia para a implantação de uma prótese no fêmur esquerdo. O sepultamento acontece logo mais, às 17h, no Cemitério São Judas Tadeu. 

Lembro dele, desde sempre, cuidando da distribuição do principal jornal que chegava em nossa cidade nos anos 1970, a Folha de Londrina, e participando das principais cerimônias da igreja católica. 

Abaixo, reproduzo matéria de 2012 da Tribuna do Interior, de autoria de Clodoaldo Bonete, que conta um pouco da história desse simpático imigrante português que ajudou, e muito, na construção de nossa cidade. 

De Portugal para uma nova "descoberta" do Brasil


Luiz Matos e a esposa Maria Luzia 
completaram ontem 62 anos de casados
Se a história do Brasil nos conta que o país foi descoberto meio que por acaso por Pedro Álvares Cabral, em 1500, a chegada do português Luiz de Matos, em Campo Mourão também não foi muito diferente. Hoje, com 87 anos de idade, ele recorda exatamente o dia em que saiu de Portugal, com destino a Maringá (onde tinha parentes), numa viagem que duraria onze dias de navio. Nem imaginava a existência de Campo Mourão, que assim como a “Cidade Canção”, estava no quinto ano de existência. “Saí de Portugal no dia 18 de abril de 1952, em um navio lotado de gente. Desci em Santos e cheguei a Maringá bem no dia que a cidade completava cinco anos (10 de maio). Vim trabalhar de empregado em um armazém, com um cunhado, e um ano depois vim para Campo Mourão. Nunca tinha ouvido falar na cidade”, diz Matos.

Em Campo Mourão, Matos foi mandado para cuidar de um outro armazém. Segundo ele, o cunhado com quem trabalhava em Maringá era muito conhecido do gerente do estabelecimento e, ao decidir expandir o negócio para Campo Mourão, decidiram que era ele quem deveria comandar o novo empreendimento.

O ano era 1953, quando pisou em solo mourãoense pela primeira vez. Ele acredita ser o primeiro português a chegar por aqui. “Vim com a esposa e o meu filho Bernardo, que chegou de Portugal com dois anos de idade. O nome do armazém era Casa Portuguesa, que ficava instalada onde hoje atende a Farmácia Catedral. Também já passamos a atender com a Padaria Predileta, que oferecia o melhor pão da cidade. Com o tempo comprei o estoque e aluguei o ponto”, conta ele, que não se esquece de lembrar da companhia constante da esposa, Maria Luzia de Matos, 86 anos. “Hoje ela encontra-se doente, mas já me ajudou muito.” Ontem o casal completou 62 anos de casados e em Campo Mourão tiveram mais um filho: o jornalista Antonio Luiz de Matos.

Vida dura em Portugal
A vinda para o Brasil foi um meio encontrado por Matos em buscar uma vida melhor para sua esposa e o pequeno filho Bernardo. Em Portugal, ele conta que nasceu em uma pequena aldeia, formada por aproximadamente 20 casas, no estado de Beira Baixa, município de Maxial. Filho de Fermino e Nazaré, via os pais trabalharem duro na roça para manter o sustento da família.

“Eu tinha mais um irmão e uma irmã e a vida era muito dura, porque era um pedacinho pequeno de terra, onde a gente dividia em horta e a moradia. Na época cheguei a ser pastor de cabras e ovelhas e trabalhava muito na enxada também. Fui servir o Exército, aos 18 anos e quando voltei passei a me dedicar a carpintaria (pedreiro). Ajudei a construir uma grande barragem, como a da Usina de Itaipu e quando terminou o serviço quiseram me mandar para outro lugar, muito longe. Não aceitei e decidi me mudar para o Brasil. Ganhava bem, mas o serviço havia acabado na região”, recorda.

Luiz, com a familia (abaixados), e outros parentes 
Após a curta passagem por Maringá, Campo Mourão se tornou definitivamente o porto seguro da família Matos. Já mais tranquilo financeiramente com a Casa Portuguesa e a padaria, ele passou a investir em terrenos e imóveis. “Comprei o terreno onde ainda moro até hoje (escada do apartamento desce direto na Banca do Jonas), no centro da cidade. Também comprei a esquina onde hoje fica a Jorrovi e a esquina ao lado do Loyd Hotel. Depois troquei aquela esquina por um outro imóvel com uma casa (onde atualmente fica o edifício Vitória Régia). Posteriormente, entreguei o terreno para a construção do prédio e em troca, fiquei com dois apartamentos. Hoje posso dizer que estou muito feliz porque não pago aluguel para ninguém e os dois apartamentos dei para meus dois filhos”, orgulha-se. Além desses investimentos, ele diz ter adquirido pelo menos mais três terrenos na cidade.

De Portugal, hoje não resta nem mesmo saudades. O novo ‘português mourãoense’ nunca mais voltou para sua terra natal. “Foi uma viagem muita boa de navio, mas nunca mais voltei. Hoje nem teria motivo. Não conheço mais nada no país, por isso nem tenho saudades.” Já sobre Campo Mourão, Matos tem muito o que contar, afinal acompanhou o crescimento da cidade. “Quando cheguei no Brasil, tanto Campo Mourão quanto Maringá eram puro mato. Até para ir daqui a Maringá era difícil, pois não tinha estrada. Precisava usar balsa para atravessar o rio. Quantas vezes fiquei mais de seis horas esperando a balsa chegar”, recorda.

A falta de estrutura na cidade também traz recordações nada agradáveis. “Campo Mourão era muito atrasada, tudo era difícil pela falta de estrutura. Muitas vezes a gente não encontrava nem um pé de alface para comprar, pois não havia quitanda. Hoje a cidade tem de tudo. O que se encontra em São Paulo, tem também por aqui. A cidade se desenvolveu muito”, compara. Logo após fixar suas raízes em Campo Mourão, Luiz providenciou a vinda tanto de seus pais, quanto de seus sogros para a cidade, não deixando nenhum descendente em Portugal.

Religioso, virou voluntário na igreja
Altar na sacada de apartamento, durante procissão
A saga de Luiz de Matos ainda teve outros capítulos interessantes em Campo Mourão. Muito religioso, desde que chegou na cidade, começou a participar ativamente das missas na antiga igreja de madeira, transformada mais tarde na Catedral São José. Dessa forma tornou-se amigo dos padres e quando menos percebeu já era o responsável pela abertura da igreja, diariamente no horário das missas. Muito responsável, ele lembra que chegava às 6 horas para abrir e preparar o templo para a missa das 7 horas. “No final da tarde eu voltava de novo para abrir a igreja para a missa das 7 da noite. Nunca recebi salário, fazia porque gostava mesmo”, diz ele.

O envolvimento cada vez mais responsável com a igreja, rapidamente levou Luiz a assumir uma nova missão religiosa: passou a fazer um programa de rádio. “Era o programa Oração Matinal, às 6 da manhã e com duração de 15 minutos. Mesmo assim continuava abrindo a igreja. Só parei quando minha mulher começou a ficar doente e eu já não podia acompanhar muito a igreja. Aí o Paulo (que permanece até hoje na Catedral) assumiu. Ainda tenho alguns programas gravados. Até hoje encontro pessoas que dizem lembrar do meu programa”, revela. Até os dias de hoje, Luiz não perde os programas religiosos na rádio. “Ligo todo dia no programa do padre Reginaldo (Manzotti). Gosto muito e acompanho na Bíblia as leituras, mesmo não conseguindo enxergar mais direito”, afirma.

Banca de jornais
Sempre batalhador, Luiz gostava de desafios. E foi assim que ele montou uma banca de jornais e se tornou representante do jornal Folha de São Paulo, por 16 anos. Nem imaginava que por meio desse trabalho ia despertar o interesse do filho mais novo, Antonio, para o jornalismo. “Ele ia na banca e gostava de ler revistas e os jornais. Um dia me perguntou se o jornal publicaria uma matéria sua. Disse que poderia mandar, pois se não fosse aprovado o máximo que fariam era jogar no lixo. Desde então ele foi mandando e o jornal passou a publicar, inclusive algumas na íntegra”, admirou-se.

Animado, o filho já prestou dois vestibulares, em Londrina e no Rio de Janeiro. Foi aprovado nos dois e escolheu o Rio para fazer a faculdade, na PUC. “Depois de formado ele voltou e trabalhou muito tempo na Folha de Londrina. O outro filho, o Bernardo é professor”, orgulha-se o pai, que também aproveitava para vender assinaturas da Folha de São Paulo: “Cheguei a conseguir 185 assinaturas”, afirma. 

19 de maio de 2014

Arthur Picarelli, o futuro craque do Clube dos Trinta (quem sabe do SPFC!)

Arthur embelezando o litoral brasileiro
Esse rapazinho aí de cima comemorou seu primeiro aninho na última sexta-feira. Para vaidade dos pais, Elisângela e Marcelo, dos avós e de todos os amigos, Arthur é pura safadeza, saúde e muita beleza.

com os pais, Elisângela e Marcelo
Tenho muita esperança que ao crescer, o netinho do 'Soiza' vai pender para a inteligência do tio-avô, o professor Valdir Alves, e vai torcer para o São Paulo FC.  

Arthur com os avós Rita de Cássia e José dos Santos Alves, que tem o apelido de Souza e eu trato de Soiza

13 de maio de 2014

Nos Trinta: Valdir deu o peixe, Tiguera preparou e o Brunão registrou

Há alguns dias o professor Valdir Alves -- pelo tanto que ele vai para o Paranazão devia ser tratado como pescador Valdir Alves -- deu um Pintado que ele comprou pescou e o Tiguera, João Carlos Marques, nosso mestre cuca lá no Clube dos Trinta, preparou como só ele sabe. Já o Brunão, Bruno Couto, fez o que de melhor sabe: fotografou a noite agradável que passamos com amigos.

Bruno Couto e João Carlos Marques, o Tiguera

O peixe já quase pronto

Professor Jader Libório Ávila e o Brunão
o peixe 'bem encaminhado'

O Pintado recebendo os retoques finais

como sempre: os craques na mesa de truco,o Tomadon no bar e os 'pangarés' assistindo

Newton Marques mostrando demais lá no fundo