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9 de outubro de 2014

O que muda na sua vida quando você adota um animal de estimação

Saiba o que muda automaticamente (e o que você precisa mudar) quando adota um animal.
Adotar um animal é uma responsabilidade. E bota responsabilidade nisso! Várias coisas mudam (tanto em você quanto na sua casa) quando você adota um bichinho de estimação, seja gato ou cachorro. É preciso se adaptar para evitar stress e também maus tratos pro animal. Algumas recomendações básicas vão servir pra ajudar você, que já tem um bichinho em casa, a se organizar melhor; ou pra te mostrar como vai ser sua nova rotina caso decida adotar um.

Espaço
Um novo morador precisa de novas acomodações. Verifique se a sua casa ou apartamento comporta um bichinho. Cachorros precisam de ainda mais espaço do que gatos. Os felinos com o tempo vão “criando” seus próprios espaços na casa, mas mesmo assim uma caminha e um cantinho com água e ração é o mínimo para a boa convivência. É o que ele precisa pra se ambientar.

Brinquedos
Para evitar que seus móveis virem um palheiro, brinquedos e outras distrações são fundamentais. Eles vão manter seu bichinho ocupado, ao invés de caçar quinas de móveis ou outras coisas importantes. Você também vai ter que gastar um pouco do seu tempo brincando com o seu bichinho. Troca de afeto é ótimo para o animal e também para você. Brinque com ele e o acaricie bastante no tempo em que passarem juntos em casa.

Ração e água
Sabe aquele clássico “esqueci de almoçar” quando você passa o dia atarefado no trabalho? Pois é, gato e cachorro não esquecem de almoçar. Então não esqueça nunca de trocar a água e a ração deles antes de sair de casa. Deixar os bichinhos passando fome é sacanagem. Programe as vezes em que você fará a “manutenção” pro seu companheiro e torne isso parte da sua rotina.

Companheirismo
Um bichinho de estimação é seu companheiro. Seja o companheiro dele também. Como eu falei lá em cima, não o distraia só por amor aos seus móveis, faça isso por afeto também. Ele sente isso e com certeza vai retribuir.

Você começa a conversar igual um debiloide
É inevitável.

8 de outubro de 2014

Feirante que já doou R$ 850 mil diz viver com R$ 7 por dia

Chen Shu-chu é uma feirante de 63 anos e que, silenciosamente, já doou mais de R$ 850 mil para sua cidade, Taitung, em Taiwan.

Não importa o quanto ela ganhe. Ela diz precisar de apenas R$ 7 por dia para viver. O resto, conta, é todo doado.

Pobreza sempre esteve na vida dela. A mãe morreu durante complicações em um parto, o que obrigou-a a abandonar a escola para ajudar a família.

O irmão dela também morreu, alguns anos depois, porque a família não tinha dinheiro para remédios.

As tragédias serviram de inspiração. Muitas crianças cresceram com ajuda das doações em dinheiro e em alimentos que ela faz.

Apesar de problemas nas costas e nos joelhos, Chen Shu-chu diz não ter planos de se aposentar.

"Espero poder fazer isso para sempre", diz ela, que trabalha 18 horas por dia, seis dias por semana.

"Todos podem fazer isso (doações), não só eu", sugere. "Afinal, você não levará seu dinheiro quando deixar esse mundo".

1 de outubro de 2014

Coma bem e passe longe das doenças

Alimentação balanceada aliada à prática de exercícios físicos é o segredo há muito tempo revelado pelos especialistas para manter a saúde em dia e, de quebra, exibir um corpo com tudo em cima.

O que o Minha Vida mostra, a seguir, são os resultados de alguns estudos sobre os efeitos dos alimentos na saúde. Revelamos, portanto, quais são os nutrientes capazes de ter dar uma mãozinha na hora de tratar e até mesmo prevenir doenças como diabetes ou transtornos como as dores-de-cabeça. 

Porém, vale ressaltar que as seguintes informações não dispensam orientações médicas e que a alimentação por si só não consegue combater os danos causados pelo sedentarismo e outros maus hábitos 

Acne
Chocolate e batatinha frita: será que eles influenciam na sua pele?
É polêmica a associação entre algumas delícias, como chocolate e batatinha frita, e o aparecimento de espinhas. A verdade é que nenhum estudo aponta hábitos (incluindo alimentação, higiene e vida sexual) como os culpados pela explosão de acne pelo rosto. 

Os responsáveis pela maioria dos casos de acne, tanto nos adolescentes quanto nos adultos, são os hormônios.O estresse, por exemplo, é um dos causadores das variações hormonais, que, por sua vez, podem estimular o desejo por chocolate ou outras tentações. Isso leva à conclusão errada sobre certos alimentos. 

O fato é que uma pele bonita é conseqüência de um equilíbrio completo da saúde. Mas, se quiser contar com a mãozinha do cardápio para exibir um rosto impecável, recorra aos alimentos ricos em vitaminas A e C, essenciais para a constituição e manutenção de uma pele saudável. Tomate, pêssego e cenoura são boas fontes de vitamina A. Já a vitamina C pode ser encontrada em abundância nas frutas cítricas. 

Para obter a quantidade adequada desses nutrientes, insira, pelo menos, cinco porções de legumes e frutas no menu. Essa quantia garante que as recomendações diárias das vitaminas sejam atingidas. A vitamina A, por exemplo, deve atingir os 900 microgramas nos pratos dos rapazes com mais de 19 anos e 700 microgramas no cardápio de mulheres na mesma faixa etária. 

Enquanto o consumo recomendável de vitamina C fica em torno dos 90 miligramas para homens e 75 miligramas para mulheres, ambos com mais de 19 anos. Fique alerta aos excessos de vitamina A. Em quantidade exagerada, ela pode tornar a pele seca e escamosa. 

Acredita-se ainda que as vitaminas do complexo B controlem a produção de sebo. Bons exemplos de fontes de tais nutrientes são os cereais e grãos integrais, pães, feijão, legumes e as carnes magras. De quebra, eles ainda oferecem boas doses de zinco, outro mineral associado à saúde da pele. 

Afta
Carnes vermelhas e ovos ajudam a aliviar o incômodo das aftas
Para passar longe do incômodo causado pelas aftas, certifique-se que seu cardápio contém ferro e vitamina B12 na quantidade adequada. Encontrados nas carnes vermelhas e nos ovos, respectivamente, esses nutrientes aumentam a ocorrência de aftas, quando estão em falta no organismo. 

Para homens e mulheres de 19 a 50 anos, o consumo diário de ferro deve ser de 8 e 18 miligramas, respectivamente. Já a recomendação diária da vitamina B12 é de 2,4 microgramas. Comer um bife médio de carne vermelha garante 2,31 miligramas do mineral, enquanto um ovo fornece 0,4 microgramas da vitamina. 

Se as aftas já estiverem instaladas, evite alimentos que possam irritar ainda mais as úlceras, como bebidas quentes, álcool, comidas muito salgadas e ácidas. Opte por alimentos pastosos que não dificultem a digestão, como arroz, canja, iogurte e gelatina.

Anemias
Bifes de carne vermelha devem participar do prato dos anêmicos
Não à toa, o ferro é famoso por prevenir e curar a anemia. Cerca de 80% das nossas reservas deste mineral são usadas na produção de glóbulos vermelhos. Ele faz parte da hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue, e também favorece a imunidade. Para incluí-lo na alimentação, é só contar com as carnes vermelhas, miúdos, brócolis, salsa, beterraba, ervilha, lentilha, espinafre e caldo de cana. 

O ferro de origem animal, porém, é melhor absorvido pelo organismo. Para melhorar a absorção do ferro de origem vegetal, vale ingerir um alimento fonte de vitamina C (laranja, limão, abacaxi, tomate) na mesma refeição em que as verduras verde-escuras ou o feijão participarem. Basta tomar um copo de suco de laranja durante o almoço ou comer uma fatia de abacaxi como sobremesa. Para homens e mulheres de 19 a 50 anos, o consumo diário de ferro deve ser de 8 e 18 miligramas, respectivamente. 

Em um bife médio de carne vermelha, dá para obter 2,31 miligramas do mineral.Tipos mais raros de anemia podem ocorrer devido à falta de vitamina B12 e ácido fólico. Ambas as vitaminas estão envolvidas na fabricação de hemoglobinas do desenvolvimento adequado do sistema nervoso. Vegetais verde-escuros, sucos de frutas cítricas, lentilha e feijão são boas opções para encher o prato de ácido fólico. Já a vitamina B12 é encontrada nas carnes, peixes, ovos, leite e derivados.

As doses recomendadas de ácido fólico são de 400 microgramas diários, enquanto as taxas diárias de B12 são de 2,4 microgramas. Meia xícara de aspargo cozido, por exemplo, contém 131 mcg de ácido fólico. Já uma xícara de leite apresenta 0,9 mcg de vitamina B12.

Azia
Fuja das comidas condimentadas para passar longe da azia
Ficar atento a certos hábitos alimentares pode evitar a má digestão. A queimação depois das refeições se dá pela subida do ácido estomacal em direção ao esôfago. Portanto, alimentos que aumentam a acidez digestiva, como frutas muito ácidas e comidas condimentadas demais, dão uma mãozinha para a azia aparecer. Chocolate e gorduras em geral, por serem mais difíceis de serem digeridos, são outros alimentos que podem estar relacionados ao incômodo. 

A má notícia é que pesquisas não apontam nenhum alimento eficaz no combate à azia. O leite, famoso por aliviar a queimação no estômago, acaba agravando o incômodo. Inicialmente ele dá a sensação de alívio, mas, depois de três horas pode provocar o efeito rebote, ou seja, uma maior acidez estomacal que pode induzir à azia. 
Recorrer a um copo de água gelada pode ajudar, já que o líquido neutraliza a acidez e a temperatura funciona como uma anestesia no tubo gástrico. 

Uma xícara de chá também pode ser útil na guerra contra a queimação estomacal. Além de favorecer a boa digestão, a quentura da bebida dissolve as gorduras e diminui a formação de gases. Encher o prato de alimentos de fácil digestão, como carnes brancas, arroz e massas, é mais uma boa opção para quem não quer passar mal depois de deixar a mesa. Dar preferência aos cozidos, em vez dos crus, também evita que a azia tome conta do estômago.  

Cãimbra
Alimentos ricos em potássio são a solução para dar fim às cãibras
Para que os músculos funcionem, o corpo desempenha todo um processo, a partir da ingestão dos alimentos. A começar pela glicose, que é o resultado final do metabolismo dos carboidratos e é utilizada como energia para qualquer atividade muscular. (Descubra todos os motivos contra o corte de carboidratos do prato).

As vitaminas, com destaque para as do complexo B, têm um papel importante na conversão de carboidratos, proteínas e gorduras em energia. Já para formar a hemoglobina (pigmento do sangue que fornece oxigênio aos músculos), o organismo conta com o ferro. Outros minerais, como sódio, potássio e cloreto, atuam no envio de impulsos nervosos do cérebro para os músculos. 

O cálcio, por sua vez, inicia a contração muscular e conta com o potássio para encerrar o ciclo. Por ser o responsável pelo desfecho da atividade muscular, o potássio é famoso pelo alívio e pela prevenção das cãibras. 
Para desfrutar do benefício, basta lançar mão de damasco, nozes, sementes de girassol, suco de tomate, banana ou frutas cítricas, alimentos ricos em potássio. 

Cálculos renais
2 litros de água por dia ajudam a ficar longe das pedras nos rins
Para prevenir o acúmulo de minerais que formam as pedras nos rins, é fundamental ingerir bastante líquido. Beber, pelo menos, dois litros de água por dia, ajuda a limpar o sistema urinário e ainda repõe a quantidade perdida pela transpiração e excreção. Embora a água com gás e a semente de tomate carreguem a má fama de formadores dos cálculos renais, trata-se de um mito da alimentação. 

Eles são formados quando componentes da urina, como ácido úrico, cálcio, fósforo e cistina, se concentram demais e acabam se agregando em forma de cristais. Outro erro comum é relacionar o cálcio aos transtornos nos rins. Apesar de o oxalato de cálcio ser o maior componente dos cálculos renais, a ingestão do mineral não está relacionada à formação das pedras. Por isso, a recomendação diária do mineral de 1.000 miligramas deve ser seguida normalmente. Pessoas com tendência à formação dos cálculos renais só devem evitar alimentos com grande quantidade de oxalato, como espinafre, beterraba, nozes, amendoim, quiabo, cenoura, batata doce e chocolate. 

Além desses alimentos, proteínas de origem animal, como carne bovina, peixes, mariscos, embutidos, carne suína e bacalhau, precisam ser consumidas com moderação, já que são ricas em purinas, substâncias que dão origem ao ácido úrico, relacionado à formação das pedras nos rins. 

Câncer
Para se proteger, atente ao corte da carne vermelha
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o risco de desenvolvimento da doença está relacionado à alimentação, podendo, inclusive, ser minimizado com a adoção de hábitos saudáveis. Frutas e vegetais, por exemplo, são associados à redução do risco de diversos tipos de câncer. 

Por serem ricos em bioflavonóides, fibras e antioxidantes, como betacaroteno, vitaminas A, C, E e selênio, esses alimentos têm o poder de retardar ou evitar que a doença apareça. Os mecanismos de atuação para proteger o organismo contra o câncer são bem variados, passando pela neutralização de agentes causadores da doença, pela fuga de alterações pré-cancerosas no material genético ou pela redução de hormônios que podem estimular o crescimento de tumores. As fibras são outras protetoras do organismo na luta contra o câncer de intestino. 

Elas são capazes de acelerar a passagem dos restos alimentares pelo cólon, diminuindo assim, o risco do tumor se desenvolver. De quebra, as fibras ainda podem fazer parte de uma dieta com baixo valor calórico, o que evita os riscos de câncer ligado ao excesso de gordura corporal. (Além de ser rica em fibras, aveia esconde outros benefícios à saúde) Já no time adversário, encontram-se as gorduras. 

Estudos revelam uma associação entre dietas ricas em gorduras e um risco maior de desenvolvimento de diferentes tipos de câncer, como o de mama, cólon, útero, próstata e pele. De acordo com as recomendações nutricionais, as gorduras não devem ultrapassar os 30% do cardápio diário, sendo que um bife médio de carne vermelha contém, em média, 12,9 g de gordura total. Ficar atento ao consumo de bebidas alcoólicas é mais uma arma preventiva contra o câncer. 

O excesso de álcool está associado a um risco maior de câncer de boca, laringe, esôfago e fígado. Além de sua ação perigosa no organismo, o álcool ainda inibe a atuação do betacaroteno, capaz de proteger o organismo desses tipos de câncer. Quando ingerido além da conta, ele ainda pode destruir reservas de folato, tiamina e algumas outras substâncias do complexo B, também associadas à prevenção de diferentes tipos de tumores. Refeições abundantes de diversas preparações de carnes, como as secas, fermentadas, defumadas, industrializadas ou churrasco somam outro fator de risco para o desenvolvimento da doença. 

Por serem alimentos ricos em nitritos e nitratos (compostos convertidos em nitrosaminas, causadoras do câncer), eles têm grande incidência de tumores no estômago e esôfago. Mas, nada de banir completamente as carnes vermelhas do cardápio. Ela oferece nutrientes fundamentais para o organismo, como a grande quantidade de aminoácidos essenciais e o ferro heme, mais facilmente absorvido pelo corpo, além da vitamina B12. (Sinal verde para a carne bovina. Aprenda a consumir na dose certa).

Para desfrutar dos benefícios sem aumentar o risco de desenvolvimento de câncer, vale ficar atento ao corte, optando sempre pelas carnes mais magras. O preparo também tem boa influência no limite entre vantagens e desvantagens da carne. Por isso, escolha sempre pelas preparações cozidas, assadas ou grelhadas. 

As porções de carne vermelha devem ser balanceadas com outras fontes de proteínas, como carnes brancas, peixes, leguminosas, leite e derivados. 

Levando a variedade das fontes de proteínas em consideração, um bife médio de carne vermelha, com cerca de 100 gramas, oferece 28 gramas de proteína e é a dose ideal por dia. Isso porque a quantidade de proteínas da dieta deve ser de 20% do valor calórico total o que, para uma dieta de 2.000 calorias equivale a 500 calorias ou 125 gramas diários de proteínas.  

Colesterol
Abusar dos alimentos fontes da gordura pode aumentar as taxas
As gorduras podem ser ótimas aliadas de quem luta contra as altas taxas de colesterol. Basta saber por quais tipos optar para o feitiço não virar contra o feiticeiro. O próprio colesterol é uma gordura essencial para o corpo, sendo participante da estrutura das membranas celulares e da produção de hormônios.

O fígado é responsável pela produção de cerca de 75% do colesterol, enquanto a porcentagem restante é obtida através da alimentação. Para não extrapolar essa quantidade, o colesterol vindo da alimentação deve ser menor que 300 miligramas diários, quantia estipulada para pessoas que estão com as taxas de colesterol sanguíneo em dia. Já aquelas que apresentam números alterados, não devem ultrapassar os 200 miligramas diários da gordura. 

As taxas saudáveis de colesterol sanguíneo devem ser menores que 200 mg/dl. Números que estão entre a faixa de 200 a 239 mg/dl estão no limite, enquanto valores iguais ou maiores que 240, são considerados elevados. Encontrado nos alimentos de origem animal, como carnes, gema de ovo, manteiga, leite integral e derivados, vale ficar de olho na quantidade deles na hora de inseri-los no cardápio. Além do próprio colesterol, as gorduras saturadas e trans estão relacionadas ao aumento do colesterol sanguíneo.

Por isso, é importante respeitar a recomendação de gordura total da dieta, que se refere à somatória de todos os tipos de gordura e deve corresponder a, no máximo, 30% do valor calórico do dia. Uma pessoa que ingere 2.000 calorias diárias, por exemplo, soma em seus pratos 600 calorias ou 66 gramas de gorduras.

O resultado da quebra desse valor total de gorduras é igual a 7% de gordura saturada, 1% de gordura trans e 22% de gordura insaturada (mono e poliinsaturada). A gordura saturada, encontrada nos alimentos de origem animal, é sólida em temperatura ambiente e ajuda a aumentar as taxas de colesterol sanguíneo. Enquanto a trans está presente nos alimentos industrializados que passam por um processo chamado de hidrogenação, como biscoitos recheados, salgadinhos fritos e bolos, e também influencia no aumento das taxas ruins de colesterol (o LDL), favorecendo o desenvolvimento de doenças do coração.

Óleo de canola e de soja, azeite de oliva, abacate, castanha e amêndoa fazem parte do time das gorduras do bem, representado pelas gorduras insaturadas, e não só reduzem os níveis de LDL (colesterol maléfico), como também ajudam a elevar as taxas do bom colesterol, o HDL. 

A alimentação voltada para prevenção e diminuição das taxas de colesterol sanguíneo prioriza a ingestão de legumes, verduras, frutas e cereais integrais. Além disso, dar preferência a alimentos com baixa quantidade de gorduras, como as versões desnatadas do leite e de seus derivados, e evitar os alimentos ricos em gorduras saturada e trans, é mais uma medida eficaz.  

Cólica Menstrual
Frutas ajudam o organismo nessa fase conturbada do mês
Medicamentos prescritos por um ginecologista são os responsáveis pelo tratamento da cólica menstrual. A alimentação entra em ação como plano secundário, sendo uma maneira de evitar os sintomas que acompanham a cólica, como dor nas costas e pernas, náusea, vômito, sudorese, dor-de-cabeça e diarréia, ou ainda, para driblar desconfortos mais intensos. O cardápio ideal para não sobrecarregar o organismo nessa fase do mês é composto por frutas, legumes e verduras, e pobre em gorduras.  


26 de setembro de 2014

A lição de Wil Wheaton sobre o bullying

por Douglas Donin, no Papo de Homem


Durante a Denver Comic Con, Wil Wheaton – de Jornada nas Estrelas, Conta Comigo e The Big Bang Theory – foi questionado por uma criança sobre se, quando era menor, também era chamado de nerd e como lidava com isso.

Wheaton sacou de improviso uma belíssima resposta, que qualquer criança conseguiu entender, e que serve como uma lição para todos sobre a natureza da agressividade:

“Quando eu era um menino eu era chamado de nerd o tempo todo, porque eu não gostava de esportes. Eu amava ler, eu gostava de matemática e ciência, eu achava que a escola era realmente legal e isso machucava um montão, porque nunca é legal quando uma pessoa faz piada de você por alguma coisa que você não escolheu. Você sabe, nós não escolhemos ser nerds. Nós não podemos evitar de gostar das coisas, e nós não devemos pedir desculpas por gostar das coisas.

Eu gostaria de poder te dizer que há uma maneira realmente fácil de simplesmente não se importar, mas a verdade é que isso machuca. Mas aqui está uma coisa que talvez você possa entender. De fato, eu acho que você vai entender, porque você fez essa pergunta. [pullquote]Quando uma pessoa faz piada de você, quando uma pessoa é cruel com você, isso não tem nada a ver com você.[/pullquote] Não é sobre o que você disse, não é sobre o que você fez, não é sobre o que você gosta. É sobre ele se sentindo mal a respeito de si mesmo. Ele se sente triste. Ele não tem a atenção de seus pais de uma maneira positiva. Ele não se sente tão inteligente como você. Ele não entende as coisas que você entende.

Talvez um de seus pais esteja o forçando a ser uma líder de torcida ou um jogador de basquete ou um engenheiro ou algo que eles simplesmente não queiram fazer. Então eles descontam em você, porque não podem sair culpando a pessoa que de fato os machuca. Então quando uma pessoa é cruel com você assim, eu sei que é difícil, mas honestamente a mais gentil e melhor reação é ter pena deles. Não deixe eles te fazerem se sentir mal por gostar de alguma coisa.

Talvez você possa descobrir do que eles gostam e conversar sobre o que eles gostam. Eu aposto que você  vai achar uma pessoa que goste de espirobol, ou que goste de espirobol exatamente do mesmo jeito que você gosta de “Doctor Who”, mas vocês só gostam de coisas diferentes. Eu te digo uma coisa: fica muito mais melhor à medida que você cresce. Eu sei que é bem difícil quando você está no colégio, cercado pelas mesmas 400 pessoas todo dia, que mexem com você e te fazem sentir mal. Mas há 50.000 pessoas aqui esse final de semana que passaram exatamente pela mesma coisa e estão realmente muito bem. Nunca deixe alguém te fazer se sentir mal porque você gosta de algo e elas decidiram que é só para nerds. Você gosta das coisas por si mesmo. Obrigado.”

Nota do editor: artigo originalmente publicado no site Ano Zero.

24 de setembro de 2014

Marina: 'Dizem que eu acabei até com A Grande Família'

Da coluna Maquiavel/Veja

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva: fim da Grande Família (Ueslei Marcelino/Reuters)
Alvo da campanha do medo de Dilma Rousseff (PT), que martela sobre os "riscos" do fim do Bolsa Família, da exploração do pré-sal e do desemprego se for eleita, Marina Silva (PSB) reagiu com humor nesta segunda-feira e arrancou risos da plateia que acompanhava um debate sobre internet. A candidata do PSB à Presidência afirmou que já surgiram boatos de que ela foi responsável pelo término do programa A Grande Família, da TV Globo, exibido durante catorze anos. "Já dizem que eu acabei com o programa que ia ao ar toda quinta-feira e que todo mundo gostava", brincou. A ex-senadora repetiu ainda que não há argumentos contra o "marketing selvagem”, como chama os ataques que vem sofrendo do PT. (Com Estadão Conteúdo) 

                                                                                                      Divulgação/TV Globo
Elenco de 'A Grande Família' em 2014

16 de setembro de 2014

Oito lições para evitar que a rotina mine seu relacionamento

O beijo de boa noite e um olhar de admiração mantêm a união do casal


O início de um relacionamento é uma das etapas mais prazerosas da vida a dois. Descobrir o outro e curtir cada segundo juntos é uma delícia. Mas, passada a fase da euforia, a maioria dos casais esquece até de dar um simples beijo de boa noite. Isso é o que diz uma pesquisa realizada pelo impresso Daily Mail, do Reino Unido. O levantamento aponta que 80% dos casais vão dormir sem esse gesto de carinho. Com o tempo, o afastamento torna-se inevitável. A mesma pesquisa apontou que os parceiros que não se beijavam antes de dormir também eram aqueles que dormiam de costas para o outro. Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, de São Paulo, a rotina pode ser a culpada, mas a falta de contato físico também pode ser um sinal de que a relação não está indo bem. O fato é que não dá para deixar o carinho e o afeto em segundo plano. Antes que o seu relacionamento perca a graça, lance mão de oito lições para reacender a chama que está se extinguindo.

Tire a televisão do quarto
Se for para assistir um filme de conchinha sob as cobertas vá lá, mas em outras situações a televisão pode ser inimiga da sua intimidade. "O hábito de assistir televisão sempre antes dormir, além de diminuir a qualidade do sono, dificulta o diálogo e o casal - por dormir em momentos diferentes - acaba até esquecendo do beijo de boa noite", conta a psicóloga Marina. Por isso, televisão só na sala.

Trabalho tem limite
Em um mundo perfeito, você chegaria em casa e teria todo o tempo disponível para cuidar do seu parceiro. Mas na realidade nem sempre é assim. "Hoje em dia, o trabalho suga o tempo pessoal mesmo, principalmente se você gerencia seu próprio negócio", explica Marina Vasconcellos. A especialista recomenda que haja bom senso e compreensão. "Bom senso para saber a hora de parar de trabalhar, e compreensão do parceiro quando a hora extra for necessária".  

Restrinja o uso do computador
Você gasta as horas que tem para passar com o seu amor na frente do computador? Então há algo fora de ordem. Redes sociais, bate-papo e até games podem gerar um vício difícil de romper. Mas você não precisa erradicar essas modernidades da sua vida, basta limitar o uso. A psicóloga Marina Vasconcellos recomenda que seja colocado um horário de uso que não tome todo o seu tempo livre e ainda permita que você se dedique ao relacionamento.

Interesse e admiração
"Olhar para o companheiro e sentir orgulho de suas conquistas, características, forma de se vestir e maneiras de resolver problemas é uma das maneiras de manter o relacionamento vivo", recomenda a psicóloga Milena Lhano, especialista em atendimento de casais. Busque sempre esse olhar de admiração em relação ao parceiro e não deixe nunca de se surpreender com o seu amor.

Conversa com hora marcada
Marina Vasconcellos conta que o diálogo com hora marcada é um exercícios comumente feito na terapia de casal. "Sem nenhuma influência externa, os parceiros sentam um de frente para o outro e esperam para ver o que vai acontecer", explica a especialista. A atitude reforça a intimidade do casal e pode gerar o diálogo até em casos mais complicados. Em casa, o casal pode fazer isso durante a refeição ou antes de dormir, por exemplo.

Todo dia um carinho
Um "bom dia" ou um beijo de boa noite. Gestos simples que mantêm o cuidado da relação em dia. "Essa demonstração de afeto é simples, mas significa muito: carinho e respeito", conta a psicóloga Marina.

Planos em comum
Uma viagem, uma casa ou até mesmo um filho. Traçar planos em dupla, além de ser uma delícia, é uma forma eficiente de manter o casal olhando na mesma direção. "Essa atitude é importantíssima não apenas para que o casal construa um futuro em comum, mas para mantê-lo caminhando com um mesmo destino, unido", conta Milena Lhano.

Alinhe os valores
Alinhar conceitos pessoais é uma das tarefas mais difíceis de um relacionamento. É importante saber respeitar e conviver com as diferenças dentro de um relacionamento. Existe o respeito à família, trabalho, opinião, ritmo e questões que são importantes para o outro. Mas lembre-se que para respeitar a opinião alheia, você não precisa abrir mão da sua. Mas quando os valores são muito diferentes, é complicado estabelecer uma relação harmônica - essa situação pode até inviabilizar a relação. Nesses casos, vale pesar a dificuldade da relação e o quanto se quer estar junto. "Um relacionamento longo é um exercício de amor e tolerância - o desejo de mudar o outro é uma ilusão", orienta a psicóloga Marina. [Minha Vida]

15 de setembro de 2014

A prepotência de Requião. Por Paloma Amado

Aqui no Paraná temos um ex-governador, atualmente está senador, que busca voltar ao comando do governo estadual. Dias desses havia comentado desse caso de prepotência e 'novoriquismo explícito' proporcionado pelo político e sua digníssima esposa num aeroporto internacional. Comentei sem me lembrar dos detalhes. Por coincidência, neste sábado (13) encontrei a postagem abaixo no site do jornalista Fábio Campana e resolvi compartilha-la. 

Em 2011, Paloma Jorge Amado, psicóloga e filha do escritor Jorge Amado, revelou, sem nem precisar citar o nome, como foi desrespeitada pelo senador Roberto Requião (PMDB) e sua mulher Maristela. O casal se irritou pelo ‘estorvo’ provocado por Paloma na fila VIP no aeroporto de Paris. Ela relembra ainda que só o reconheceu quando o viu na TV, tomando o gravador de um repórter da BandNews que questionava sua aposentadoria especial. Confira o relato na íntegra:

Odeio Prepotência

Paloma Amado
Era 1998, estávamos em Paris, papai já bem doente, participara da Feira do Livro de Paris e recebera o doutoramento na Sorbonne, o que o deixou muito feliz. De repente, uma imensa crise de saúde se abateu sobre ele, foram muitas noites sem dormir, só mamãe e eu com ele. Uma pequena melhora e fomos tomar o avião da Varig (que saudades) para Salvador.

Mamãe juntou tudo que mais gostavam no apartamento onde não mais voltaria e colocou em malas. Empurrando a cadeira de rodas de papai, ela o levou para uma sala reservada. E eu, com dois carrinhos, somando mais de 10 malas, entrava na fila da primeira classe. Em seguida chegou um casal que eu logo reconheci, era um politico do Sul (não lembro se na época era senador ou governador, já foi tantas vezes os dois, que fica difícil lembrar). A mulher parecia uma arvore de Natal, cheia de saltos, cordões de ouros e berloques (Calá, com sua graça, diria: o jegue da festa do Bonfim). É claro que eu estava de jeans e tênis, absolutamente exausta. De repente, a senhora bate no meu ombro e diz: Moça, esta fila é da primeira classe, a de turistas é aquela ao fundo. Me armei de paciência e respondi: Sim, senhora, eu sei. Queria ter dito que eu pagara minha passagem enquanto a dela o povo pagara, mas não disse. Ficou por isso. De repente, o senhor disse à mulher, bem alto para que eu escutasse: até parece que vai de mudança, como os retirantes nordestinos. Eu só sorri. Terminei o check in e fui encontrar meus pais.

Pouco depois bateram à porta, era o casal querendo cumprimentar o escritor. Não mandei a putaquepariu, apesar de desejar fazê-lo, educadamente disse não. Hoje, quando vi na TV o senador dizendo que foi agredido por um repórter, por isso tomou seu gravador, apagou seu chip, eteceteraetal, fiquei muito retada, me deu uma crise de mariasampaismo e resolvi contar este triste episódio pelo qual passei. Só eu e o gerente da Varig fomos testemunhas deste episódio, meus pais nunca souberam de nada…

Paloma Jorge Amado é psicóloga.
Define a sua preferência política desta forma. “Sou livre pensadora. Odeio tudo que é contra o povo, reacionário, retrógrado, preconceituoso. Se tivesse que escolher uma ala, escolheria a das Baianas.”

10 de setembro de 2014

Patrícia e a massa


Não tenho dúvidas de que a menina do macaco acredita mesmo não ser racista no convívio com as outras pessoas no dia a dia. Apenas foi na onda de protestos. Tanto, que seus amigos, parentes e conhecidos se surpreenderam com aquela reação da moça no estádio. Poucos são os racistas que elaboram esse sentimento a ponto de racionalizá-lo e adotar até métodos de conduta nos seus relacionamentos do cotidiano. Isso é coisa para os Goebels de botequim, que, depois de umas e outras, passam a discursar contra negros, judeus, mulheres, gays e outros bichos. O racismo e demais discriminações, em geral, latejam subjacentes no fundo do inconsciente humano e só afloram quando tocados pela paixão repentina.

Mais da metade da fala pública da moça foi uma apaixonada declaração de amor ao seu clube de coração – o Grêmio. O resto dividiu-se entre a negação de sua condição de racista e os pedidos de desculpas ao goleiro Aranha, alvo dos xingamentos. Portanto, a paixão clubística, ferida em seus brios pela derrota iminente, foi o gatilho que detonou a reação racista, no caso. Poderia ter sido, por exemplo, judeu sujo, se Aranha se chamasse Goldberg, ou veado, se o goleirão santista tivesse outras preferências sexuais, e assim por diante.

Mas, jamais seria a Patrícia, a cidadã, que o faria na rua, cara a cara com seu imaginário desafeto. Nem tanto por medo do revide físico. Mas, porque, nessas circunstâncias, quem estaria ali seria a Patrícia, a pessoa, o indivíduo, o singular. Quando, porém, o indivíduo vira massa, sai de baixo! Ele deixa de ser touro para ser manada, que, a qualquer momento pode desembestar sem olhar em sobre quem pisa.

Anos atrás, num papo legal com o Belluzzo, ex-presidente do Palmeiras, economista renomado, acadêmico de peso, refinado intelectual, homem de tantas leituras e saberes, ele me revelava seu espanto com a seguinte cena: Belluzzo e alguns de seus pares, professores universitários, filósofos, escritores, a mais fina estirpe da intelectualidade paulista, todos palestrinos de pai pra filho, foram assistir a um jogo de seu time. Num dado momento, Belluzzo olhou para si e os companheiros e o que viu? Uma horda de lunáticos, descabelados, olhos rútilos, xingando o juiz, os bandeirinhas, os jogadores, o técnico, claro, Marx e Keynes, Celso Furtado e Roberto Campos, loucos pra sair na porrada com o primeiro adversário que cruzasse seu caminho. Não, não, meu amigo, não estou aqui, com essa conversinha toda, tentando eximir a Patrícia de seu vil comportamento no campo do Grêmio. Nada disso. Todo cidadão, inclusive a moça, deve responder por seus crimes perante a lei, com as devidas atenuantes e agravantes que os magistrados julgarem cabíveis em cada caso.

O que estou querendo dizer é que nem mesmo a educação formal neste país basta para construir um autêntico cidadão, capaz de controlar seus instintos e de se manter íntegro como tal mesmo quando se transforma em massa. Essa massa que hoje lincha publicamente a Patrícia, via redes sociais e nas ruas, e, que, desgraçadamente, em outras circunstâncias estaria repetindo o mesmo ato abjeto, ou similar. Massa é massa, algo informe, desprovida de racionalidade, passional e sempre conduzida ao inferno pelo estalo do chicote de uma palavra de ordem qualquer. Povo é outra história. Mas, essa sutil diferença é coisa que foi pro beleléu há muito tempo.

12 de agosto de 2014

O supermercado daqui já não me recebe da mesma forma...

Não sou conhecido pelo bom humor ou simpatia e vivo me 'policiando' por isso. Sei da importância de sorrir para as pessoas, principalmente para aquelas que não convivem comigo. 

Como passo muitas horas por dia diante do computador, faço questão de ir ao supermercado diariamente para ter uma atividade diferente, mesmo que tenha que aturar alguma fila no açougue ou no caixa. Fila, telefone, falta de pontualidade e burrice são algumas das coisas que mais me irritam.

E vou sempre no supermercado perto de casa, onde encontro sempre tudo que preciso, um local com amplo estacionamento e onde minhas netas, que quase sempre me acompanham nesta visita diária, se divertem bastante. Há dias que venho notando que os funcionários locais já não recebem mais os clientes com o tradicional "Ótimo Dia!", uma marca registrada deles. Mas como sou desatento, antipático!, sempre achei que eu que não tinha ouvido a saudação, seja na padaria, no açougue ou no caixa. 

Nesta terça-feira, dia 12 de agosto, lá estive, acompanhado de minha neta Fernanda, que ao sair do caixa, já com as compras em mãos, me alertou: "Vô, que moça mais séria aquela do caixa, não deu nenhum sorriso e nem conversou com você". Se fosse ao final do dia, quando o cansaço pudesse tê-la atingida, talvez eu pudesse ter encontrado uma resposta que ajudasse a Fernandinha entender a falta de simpatia numa pessoa que nos vê quase todos os dias. E se uma criança de apenas sete anos percebeu a carranca no rosto da jovem é por que tem algo de muito errado ali. Acho que estou contaminando todos por lá, passando para eles meus defeitos... 

Talvez esteja na hora de infectar outros com meu humor!

15 de julho de 2014

Na paixão da guerra,um herói de caráter, por Elio Gaspari

Ao final de um mês de paixões, tristezas, alegrias e cavalheirismo, aqui vai uma história na qual estes ingredientes se misturaram no pior dos cenários, o da guerra.

Franz Stigler e Charlie Brown


Em março de 1946, um ano depois da derrota da Alemanha, Franz Stigler estava em busca de trabalho quando foi reconhecido pela boa qualidade de sua botas. Eram as dos pilotos da Luftwaffe, aqueles que, segundo a propaganda do governo, salvariam a Alemanha da derrota.

Dos 28 mil pilotos do Reich, haviam sobrado só 1.200, mas ele foi reconhecido e insultado pelos compatriotas. Este pedaço da vida mostrou-lhe que as botas da glória haviam se transformado em marca de opróbrio. Franz não era um homem qualquer, mas, em 1946, ninguém haveria de se lembrar dele.

Salvo Charlie Brown. Três anos antes, Franz pilotava um caça Bf-109, protegendo o Norte da Alemanha, quando alcançou um B-17 de uma esquadrilha que bombardeara a região de Bremen. O avião americano estava em pandarecos. Ele podia ver tripulantes feridos e rombos na fuselagem. Tirou o dedo do gatilho e emparelhou seu caça com o bombardeiro.

Aquele avião não podia estar voando. Charlie Brown, o piloto do B-17, esperava apenas pelos últimos tiros. Viu o piloto alemão movendo a cabeça num incompreensível sinal afirmativo e achou que estivesse sonhando. Franz escoltou o B-17 durante dez minutos. Quando ele se aproximou da costa da Inglaterra, balançou as asas e voltou para a base alemã: “Não se atira em paraquedista. O avião estava fora de combate. Eu não carregaria isso na consciência”.

Charlie contou aos seus superiores o que lhe acontecera, mas mandaram-no ficar calado, pois propagaria um episódio capaz de comover os colegas com a ideia de que havia alemães civilizados.

Franz sobreviveu à guerra, mudou-se para o Canadá e só contou sua história em 1985. Não sabia o que acontecera ao B-17. De 12 mil bombardeiros, cinco mil haviam sido destruídos em combate. Na outra ponta, Charlie Brown, que vivia na Flórida, sonhava encontrar aquele alemão.

Escreveu uma carta para uma revista, descrevendo o estado de seu avião, com o cuidado de omitir um importante detalhe. Em 1990, os dois se encontraram. Franz tinha 75 anos e Charlie, 68. O alemão lembrou-lhe que o B-47 estava com o estabilizador destruído. Era o detalhe omitido.

Pouco depois, todos os sobreviventes do B-17 se reuniram, levando suas famílias. Eram 25 homens e crianças que deviam a vida a um homem que não apertou o gatilho.

Franz morreu em março de 2008. Charlie, em novembro. 

Serviço: Essa história está contada no livro “A Higher call”, de Adam Makos. Custa US$ 9,99, na rede, e vai virar filme.

Elio Gaspari é jornalista.

11 de julho de 2014

Afinal, o que os argentinos acham da gente?

Marcia Carmo - De Buenos Aires para a BBC Brasil 

Rivalidade dos torcedores brasileiros com argentinos extrapola estádios, escreve Marcia Carmo

Aqui em Buenos Aires, antes da Copa do Mundo começar, cada vez que os argentinos percebiam que estavam conversando com uma brasileira, diziam: "Como você conseguiu deixar aquele país? Amo o Brasil".

Para muitos deles, agora está sendo uma surpresa saber que a rivalidade dos torcedores brasileiros com os argentinos parece extrapolar os estádios.

"Acho que vocês não gostam da gente", disse um bancário e jogador de rúgbi, de 35 anos, que trabalha no bairro de Palermo.

Uma comerciante, de 30 anos, dona de uma lan house, aqui ao lado de casa, no mesmo bairro, disse frase parecida no dia seguinte à vitória da Argentina sobre a Bélgica, no estádio Mané Garrincha, em Brasília: "Foi uma surpresa ver os brasileiros com camiseta da Suíça em São Paulo e de novo torcendo contra a gente em Brasília. Não sabia que os brasileiros não gostavam da gente".

O sorriso que surgia só por estar diante de um brasileiro agora parece ter sido substituído por um certo incômodo, com as histórias de brasileiros torcendo contra a Argentina, ainda mais agora depois de o Brasil ter sido eliminado da Copa.

Na realidade, a rivalidade não parece ser mútua – além dos estádios. Sim, é verdade que especialmente após a vitória sobre a Holanda eles recordam o 7 a 1 sofrido pelo Brasil contra a Alemanha.

Foi assim na festa que realizaram na concentração no Obelisco, no centro da cidade, até a madrugada desta quinta-feira, depois da vitória na Arena Corinthians.

Um dos torcedores argentinos de batina, como a do Papa Francisco, escreveu nas costas da roupa bege: 7 x 1. E mostrou, rindo, sete dedos quando percebeu que falava com uma brasileira. A gozação aumentou nas últimas horas. Mas, pelo menos aqui, sempre dentro do espírito do futebol.

Há muitos mal entendidos entre um e outro, brasileiros e argentinos, decorrente, talvez, da barreira dos idiomas, que acaba passando uma impressão falsa de provocação.

Professores de português e de espanhol costumam dizer que o português tem mais fonemas que o espanhol, e que, por isso, não é fácil de ser compreendido pelos argentinos. Ou seja, é mais fácil um brasileiro entender o que eles falam do que o contrário. De certa forma, eles mal ficam a par de nossas piadas.

Ao mesmo tempo, historiadores afirmam que, para os argentinos, o rival – em qualquer âmbito - é a Inglaterra. Não o Brasil. O motivo? A guerra em 1982 pelas Ilhas Malvinas, Falklands para os ingleses.

Já sobre o nosso país, no imaginário coletivo argentino, o Brasil é sinônimo de paraíso. O lugar dominado não só pelas belezas naturais, mas por pessoas de bem com a vida. Tudo o que muitos confessam desejar na vida. E que não têm como ter aqui. Seja pelo frio, pela maior dramaticidade com que encaram o cotidiano ou pela história de sobe e desce na política e na economia da Argentina.

'Quero nascer pernambucana'
"Na minha próxima vida quero nascer pernambucana", disse uma médica da clínica Swiss Medical, no bairro nobre de Palermo Chico. Por quê? "Quero ser como vocês. Não ter vergonha de usar biquíni mesmo quando estiver com barriguinha. Quero que meu marido e meus filhos não se sintam mal usando sunga".

Saída de Neymar foi lamentada por argentinos
Para eles, a sunga é sinônimo da "liberdade" do homem brasileiro. Mas por que pernambucana? "Para ter verão o ano todo e para sorrir tanto quanto os pernambucanos".

O meu professor de ioga não viajou para a Copa. Achou muito caro para o bolso dele. Mas antes e depois de o Mundial começar, disse e continua dizendo. "Eu acho que não sou daqui de Buenos Aires. É no Rio que me sinto em casa. Sou contagiado por aquele astral".

É fato que turistas brasileiros chegam aqui e parecem encantados. "Eles nos tratam muito bem", costumam dizer.

Mas também já vi aqui alguns brasileiros dizendo "grosso" após serem atendidos por algum comerciante local. Para os argentinos, "groso" é, porém, sinônimo de poderoso. Por questões culturais, os argentinos – especialmente os que têm mais de 60 anos - parecem mesmo ter alma de tango. Poucos sorrisos, poucas palavras e certo tom dramático ou seco – demais, para nós brasileiros.

Tal atitude, somada de fato a um certo ar de superioridade – quando a Argentina estava entre os mais ricos do mundo – os fez atuar como se estivessem no lugar errado e não sendo parte da América Latina.

Mas esse comportamento "arrogante" mudou depois da crise de 2001. E os que têm hoje em torno dos 30 anos, como o bancário, a comerciante e o professor de ioga, não entendem por que os chamam de arrogantes. "Sério? Arrogantes? Como assim?", perguntou a arquiteta Maria Eugenia, de 37 anos, que costuma viajar nas férias para o sul do Brasil.

'Somos bonitos e importantes'
Com o típico humor portenho, o ator Ricardo Darín, 57 anos, astro do cinema argentino, respondeu quando lhe perguntei sobre essa arrogância: "É que somos muito importantes". Pensei, hum, arrogante mesmo. Metido. Mas aí ele completou:

"Importantes, inteligentes e bonitos. No te parece? (Você não acha?"). E sorriu. Era uma "broma" ("brincadeira").

Mas demorei a entender. O humor deles ─ que para nós acaba passando a falsa imagem de arrogância ─ não é como o nosso, mais explícito. É mais irônico, mais "inglês" - o que, por si só, também é um ironia, dada a real rivalidade com os ingleses.

O próprio papa Francisco é conhecido, dos tempos em que ele era cardeal, pelas frases desconcertantes, ditas sem qualquer sinal de sorriso.

Já quando o assunto é futebol, os argentinos são bem menos refinados.

Argentinos ficaram surpreendidos ao saber que rivalidade com Brasil não era limitada ao futebol
Eles torcem com paixão e dedicação, são organizados e "explícitos". Para demonstrar paixão por Maradona, um grupo de torcedores criou, nos anos 1990, a Igreja Maradoniana, com altar e tudo – afinal ele fez aquele gol da "mão de Deus" contra a Inglaterra na Copa do México.

Para provocar os torcedores brasileiros, nesta Copa, um grupo de oito amigos criou o hit Brasil decime qué si siente, com o refrão: Maradona é melhor que Pelé.

Diga-se que o hit pegou muito antes de os brasileiros usarem camisetas de outras seleções que jogaram contra a Argentina na Copa.

Mas agora os criadores da canção, mesmo sem serem perguntados, explicam que foi uma "broma" típica de futebol. "Não imaginávamos que alguns brasileiros levassem a mal, que pensassem que era provocação além do estádio, além do futebol", disse um deles.

Fora dos gramados, os argentinos continuam fazendo festa em cada partida da Argentina. Eles parecem retratar o personagem do cartunista Rep, do jornal Página 12, que vive deprimido em Buenos Aires, mas cai na folia quando chega ao Brasil.

Seja como for, um comentarista de uma TV argentina resumiu assim a intensidade da rivalidade na reta final desta Copa:

"A coisa está ficando brava. Por via das dúvidas, é melhor reforçarem a segurança na final no Maracanã". E uma apresentadora disse, nesta quinta: "é difícil entender como brasileiros torcerão pela Alemanha. Mas não foi da Alemanha que levaram sete gols?".

8 de julho de 2014

Foragido é preso após dar opinião em matéria de jornal


Jacob Close pagou caro por dar sua opinião em um jornal. O americano estava foragido da Justiça e foi descoberto após ter sua foto estampada em uma edição do "Bloomsburg Press Enterprise".

Jacob comentou no periódico sobre a possibilidade de o time de futebol americano Washington Redskins (pele vermelha) mudar o nome por uma questão racial.

"Acho que eles deveriam manter o nome, mas mudar a mascote para uma batata", opinou ele na enquete.

O americano só não esperava que os policiais de Bloomsburg (Pensilvânia, EUA) estivessem atentos às notícias e conseguissem reconhecê-lo em meio às demais fotos. 

O foragido tem 25 anos e é estudante da Universidade de Bloomsburg. Ele era procurado pelas autoridades por não pagar a fiança após sua prisão por dirigir intoxicado em Ithaca (Nova York, EUA). Agora, o valor a ser pago por Jacob é de R$ 55,4 mil. [ Page Not Found ]

2 de julho de 2014

Pesquisa aponta que metade dos universitários nunca pensou nas consequências do álcool

Estudo mostra que, ao estabelecerem contratos com as cervejeiras, as “atléticas” oferecem um mercado promissor em troca de privilégios e aporte financeiro

Metade dos jovens universitários consumidores de álcool nunca pensou nas consequências da bebida consumida em excesso. O dado faz parte de pesquisa sobre a relação entre cervejeiras e atléticas, realizado por uma equipe de psicobiólogos da Unifesp, com apoio da Fapesp.

A venda de bebidas alcoólicas durante a Copa do Mundo
 foi um dos temas discutidos no seminário.
Os dados foram revelados hoje, 16, durante o “Seminário Internacional Álcool & Violência: a influência da indústria do álcool”. O evento, organizado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), reuniu alguns dos maiores especialistas mundiais em políticas públicas sobre o álcool. Como a GAPA – Global Alcohol Policy Alliance.

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Segundo a pesquisa, apenas em 2012, cerca de três milhões de latinhas foram consumidas por 754 mil jovens em “megaeventos” (jogos universitários), festas e celebrações em geral. A relação se dá por contratos anuais estabelecidos entre fábricas e atléticas. Grande parte (86%) das agremiações tem apoio para realização de eventos e mais da metade (63%) recebem, além disso, aporte financeiro de cervejeiras.

“É um mercado perfeito para as cervejeiras, que encontram exclusividade, promoção e fidelização de um mercado em formação dentro das instituições”, explica a professora doutora Ilana Pinsky, coordenadora da pesquisa. “Em troca, as atléticas ganham cerveja mais barata, infraestrutura em eventos e dinheiro, se superarem as metas de venda dos contratos”.

As associações atléticas acadêmicas, conhecidas apenas como “atléticas” são as agremiações de alunos que atuam dentro das instituições de ensino superior como organizadoras de eventos esportivos e de “integração”, como festas e happy hours.

A pesquisa ouviu, entre agosto de 2013 e maio deste ano, 58 das 60 atléticas da região metropolitana de São Paulo. Estes dados fazem parte de resultados preliminares e o panorama completo deve ser divulgado no final deste ano.

“Cerveja também é álcool”

Além da pesquisa sobre cerveja nas universidades, também foram apresentados dados do LENAD (box ao lado), informações sobre programas voltados à redução do consumo de álcool durante a Copa do Mundo e projetos de regulamentação de mercado e ajuda a dependentes via redes sociais.

“ A indústria do álcool não tem limites na forma e na intensidade como chega a jovens e adolescentes, de forma bastante similar à indústria do tabaco nos anos 1960”, disse o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente da SPDM, que coordenou o evento. “É preciso conscientizar a sociedade sobre os problemas do álcool e principalmente sobre o fato de cerveja ser álcool, pois, de acordo com a publicidade, não parece.” [Catraca Livre]

24 de junho de 2014

Estrangeiros listam dez exemplos que o Brasil poderia exportar

Nesses dias de Copa do Mundo, em que parece que o "Complexo de Vira-lata" fica mais evidente [ quando o assunto não é a Seleção Brasileira ] e a maioria dos brasileiros se sentem inferiores aos gringos, publico reportagem do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, que mostra como somos admirados por hábitos tão simples que nem nos damos conta como somos especiais. Especiais e muitas vezes melhores do que todos.

Hábitos tipicamente brasileiros poderiam ser exemplo no Exterior

Os hábitos de higiene dos brasileiros 
estão entre os itens lembrados pelos estrangeiros
Foto: Gilmar Fraga, Arte ZH
Quais são os hábitos brasileiros que os estrangeiros gostariam de ver em seus países? Com base nessa pergunta, surgiu esta reportagem, numa proposta similar à dos “Dez exemplos que o Brasil deveria importar”, publicada em 28 de março de 2010. Os exemplos a seguir foram selecionados a partir de entrevistas com mais de 40 pessoas, que visitaram, moraram ou estão no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul.

Vale lembrar, é claro, que nenhum dos hábitos é unanimidade entre os viajantes de diferentes países – assim, uma prática pode ser exemplo para uns e não para outros. Tudo depende das experiências de cada entrevistado.

Algumas práticas citadas, inclusive, podem causar um enorme estranhamento, uma vez que nós não as imaginamos como exemplares – como o depoimento de uma grega, que gosta do trânsito daqui, por se buzinar muito menos do que em Atenas. Os aspectos mais lembrados estão ligados ao otimismo, riso fácil e afetividade observados no país. 

– Os brasileiros, de modo geral, são alegres. Gosto do modo como encaram os problemas, sempre de bom humor – afirma Elaine de La Sierna, 22 anos, administradora, nascida em Cochabamba, na Bolívia. – O brasileiro é afetuoso, cordial, gosta do riso, do contato humano, mas isso é difícil de exportar – afirma o músico uruguaio Saul Garber, 57 anos.

1 - Festas
As festas no Brasil podem até começar mais tarde, mas com certeza duram mais. Em países da Europa e América do Norte, há leis contra vender bebidas alcoólicas depois de determinado horário. Há bares que abrem a partir das 2h, por exemplo, mas esses são bem mais caros.

–Eu adoro o horário das festas no Brasil, em que se volta para casa às 6h ou 7h da manhã. Na Grã-Bretanha, os pubs fecham às 23h ou 24h. Todos bebem o máximo possível até esse horário e ficam bêbados demais – comenta Harriet Francis, 32 anos, advogada.

– Achamos ótimo não ter que se apressar para beber até as 22h45min, como nos pubs britânicos. A única maneira de continuar a noite é ir a uma boate, onde as bebidas são mais caras e muitas vezes se cobra pela entrada – observa Christine Gaylarde, aposentada, 65 anos. 

2 - Abraço
O abraço entre amigos ou até desconhecidos foi lembrado por muitos estrangeiros, dos mais diversos países. 

– É muito comum esse hábito no Brasil. Tem o abraço entre homens e o abraço mais carinhoso, com as mulheres. Na França, é muito raro, talvez apenas entre a família. Gostei disso. Pode parecer insignificante, mas muda bastante as relações entre as pessoas, seja entre familiares, amigos ou desconhecidos. Quando voltei para a França, abracei meu pai, e ele estranhou – diz Boris Pravda-Starov, 25 anos, estudante, que morou em Porto Alegre.

– O abraço é muito bom. Ele pode melhorar as relações entres as pessoas. Os chineses não costumam demonstrar emoções, especialmente no que se refere à linguagem corporal: ninguém se abraça nem aperta a mão. É uma grande diferença – comenta Liu Da, estudante chinês, chamado de Miguel no Brasil.

3 - Atendimento
Um dos pontos em que houve mais discórdia entre os entrevistados foi o atendimento ao cliente. Britânicos e franceses, por exemplo, não gostam de ser abordados por atendentes em lojas ou supermercados. 

Entretanto, o italiano Alessandro Andreini, 40 anos, conta que uma das frases que mais gostou de ouvir em toda a sua vida foi “Você encontrou tudo o que procurava?”, dita pelo caixa do supermercado. Franco Luis Scandolo, 26 anos, argentino que morou na Itália, também ressaltou esse exemplo.

– O atendimento é um ponto forte do Brasil e se destaca pelo profissionalismo e cordialidade – opina ele.

4 - Jeitinho brasileiro
O tão comentado jeitinho brasileiro não fica de fora dessa lista. Latino-americanos, europeus e um sul-africano ressaltaram o lado bom dessa característica. 

– Os brasileiros sempre acreditam que há um caminho para se fazer alguma coisa, e isso os leva adiante – aponta Werner Trieloff, 29 anos, contador sul-africano.

– Quando meus pais me visitaram no Brasil, pude perceber melhor como os europeus realmente se estressam quando algo dá errado. Já os brasileiros ficam tranquilos – conta a estudante Ana González, 22 anos, da Espanha.

O filósofo americano Allan Taylor, 26 anos, resume:

– O jeitinho brasileiro explica o sucesso de quase todo brasileiro no Exterior. A improvisação é a grande arte do brasileiro. Na música, por exemplo, como no chorinho ou no samba, há muito espaço para improvisar. Acho que é por isso que o americano não sabe dançar samba nem jogar futebol.

5 - Compartilhar bebidas
Outro costume do Brasil que poderia ser exportado é o hábito de compartilhar bebidas.

– Compartilhar a cerveja, a caipirinha ou o chimarrão diz muito sobre a generosidade do brasileiro. No início, eu tive dificuldade de me acostumar a isso. O guatemalteco se serve no copo e gruda a mão nele até beber tudo – relata Martin de León McMannis, 22 anos.

Na primeira vez em que veio ao Brasil, a francesa Mathilde le Tourneur du Breuil, 32 anos, passou por um constrangimento por não conhecer esse costume:

– Eu estava com uma amiga francesa e nos deram um copo de caipirinha, numa festa. Nós pensávamos que era só para nós. Muito tempo depois percebemos que era para todos – lembra a professora de francês, hoje moradora de Porto Alegre.

– É um hábito bem legal, que funciona tanto com a cerveja, comprada para todos, quanto com o chimarrão – acrescenta ela.

6 - Estrangeiros são bem tratados no Brasil
A alemã Katharina Ockert, 25 anos, estuda na Unisinos. Apaixonada pelo Brasil, “apesar da grande pobreza e criminalidade”, e fã de vários costumes nacionais, ela avalia que os estrangeiros são bem tratados aqui e que os brasileiros esbanjam disposição na hora de ajudar:

– Lembro uma vez em que eu estava no centro, procurando um banco para retirar dinheiro e pedi informações para uma mulher na rua. Pensei que ela talvez poderia me explicar o caminho, mas ela pegou minha mão e me levou até dentro do banco! Fiquei muito feliz de receber uma ajuda tão legal.

A francesa Clémentine Athanasiadis, 19 anos, ressalta a importância dessa característica:

– Todos foram muito receptivos desde que eu cheguei à PUCRS. Isso é muito importante para os estrangeiros, porque nos sentimos um pouco perdidos no começo. As pessoas sempre me dão informações. Com um sorriso no rosto.

7 - Higiene
Os hábitos de higiene dos indígenas surpreenderam os europeus quando chegaram ao Brasil. Não se pode dizer que ainda se toma banho como os nativos do Brasil faziam naquela época, mas essa característica é uma das 10 coisas da qual Graham Gertz-Romach, britânico casado com uma gaúcha, que viveu por 21 anos no Brasil, sente saudades:

– Os brasileiros são muito limpos. Você não encontra tantos americanos ou pessoas do norte da Europa que tomem um banho por dia e escovem os dentes depois de cada refeição.

A francesa Nathalie Touratier, 25 anos, também percebeu isso:

– Eu fiquei surpresa ao ver todos os meus colegas de trabalho escovarem os dentes depois do almoço. É um hábito muito legal. Os franceses, quando estão no trabalho, geralmente mascam chicletes depois do almoço.

8 - Exercícios
Algo impressionante para estrangeiros das Américas e da África do Sul é a prática de exercícios físicos e o cuidado com a boa forma. Mas só é exemplo se não for excessivo, comenta Matthew Bender, 30 anos, tradutor, morador de Porto Alegre há cinco anos:

– A qualquer hora da noite ou do dia, você vê pessoas caminhando, correndo, jogando bola ou andando de bicicleta. Os brasileiros são muito ativos nos esportes, seja em busca de saúde, seja em busca de beleza.

A estudante Elia Arévalo, 24 anos, da Nicarágua, concorda:

– Acho ótimo quando fecham ruas para as pessoas se exercitarem nos finais de semana. Essa inquietude de se exercitar precisa ser exportada para vários países da América Latina.

O boliviano Mauricio Uriona considera que “o culto ao corpo” algo bom, não importa se por motivos estéticos ou de saúde: 

– No meu país as pessoas não cuidam de seus corpos.

9 - Carona
O engenheiro francês Manuel Gourmand, 24 anos, não teve dúvidas ao dizer qual é seu costume brasileiro preferido: o de dar (e receber) carona. A prática pode ser planejada por telefone ou mesmo nos bares ou restaurantes, quando se oferece uma carona inclusive para alguém que acabou de se conhecer.

– É uma coisa tão simples, e que, no entanto, não vi pela Europa. Lá cada um pega seu carro, e quem não tem carro, vai a pé. Mesmo se as pessoas vão para lugares muito próximos – explica Gourmand, que atualmente está em Passo Fundo.

– Na Europa isso não ocorre lá nem entre colegas. Ninguém pensa nessa possibilidade.

10 - Almoço
O almoço como principal refeição do dia é um exemplo para um britânico, um holandês e uma neozelandesa.

– Meu país poderia se beneficiar desse hábito. Os kiwis (neozelandeses) tendem a engolir um sanduíche à mesa do trabalho, e ter uma refeição pesada à noite. Mas um jantar mais leve é muito mais saudável – comenta Victoria Joy Winter, 28 anos, analista de marketing e moradora de Porto Alegre.

Um sanduíche no almoço e um lauto jantar também é algo comum na Holanda.

– Aqui é bom porque geralmente se come algo aquecido no almoço. Eu também gosto do bufê a quilo e rodízio – diz o estudante Marnix van.