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12 de agosto de 2014

O supermercado daqui já não me recebe da mesma forma...

Não sou conhecido pelo bom humor ou simpatia e vivo me 'policiando' por isso. Sei da importância de sorrir para as pessoas, principalmente para aquelas que não convivem comigo. 

Como passo muitas horas por dia diante do computador, faço questão de ir ao supermercado diariamente para ter uma atividade diferente, mesmo que tenha que aturar alguma fila no açougue ou no caixa. Fila, telefone, falta de pontualidade e burrice são algumas das coisas que mais me irritam.

E vou sempre no supermercado perto de casa, onde encontro sempre tudo que preciso, um local com amplo estacionamento e onde minhas netas, que quase sempre me acompanham nesta visita diária, se divertem bastante. Há dias que venho notando que os funcionários locais já não recebem mais os clientes com o tradicional "Ótimo Dia!", uma marca registrada deles. Mas como sou desatento, antipático!, sempre achei que eu que não tinha ouvido a saudação, seja na padaria, no açougue ou no caixa. 

Nesta terça-feira, dia 12 de agosto, lá estive, acompanhado de minha neta Fernanda, que ao sair do caixa, já com as compras em mãos, me alertou: "Vô, que moça mais séria aquela do caixa, não deu nenhum sorriso e nem conversou com você". Se fosse ao final do dia, quando o cansaço pudesse tê-la atingida, talvez eu pudesse ter encontrado uma resposta que ajudasse a Fernandinha entender a falta de simpatia numa pessoa que nos vê quase todos os dias. E se uma criança de apenas sete anos percebeu a carranca no rosto da jovem é por que tem algo de muito errado ali. Acho que estou contaminando todos por lá, passando para eles meus defeitos... 

Talvez esteja na hora de infectar outros com meu humor!

3 de março de 2014

Pane seca no carnaval do soldado Martins


Foto mostra amigos do Ângelo Sequinel Filho saboreando umas carninhas e tomando todas na tarde deste domingo de carnaval. 

Depois do churrasco na casa do flamenguista, se animaram e foram acompanhar o jogo do América em Araruna, em partida válida pelo Amadorzão 2014. Soldado Martins, o último à direita na foto, era o mais animado. Carne, bebida de graça e ainda passear na camionetona do Ângelo, era tudo que ele queria. 

Justificando ser filho do Versi, o pai do Netinho (aquela barriga branca na foto) para economizar três reais decidiu vir embora da cidade do Dirceu Mendes com o pouco de combustível que ainda restava no tanque. Resultado: um monte de marmanjo, quase todos 'mamados', parados num carrão de 150 mil por falta de combustível, na rodovia entre Araruna e Campo Mourão. 

Claro que o Policial não aguentou e me ligou na hora para contar e zombar com o socorrista acionado: "Pior, Luizinho, é que chamaram o Neno para nos socorrer e não sei se ele vai conseguir agarrar o galão...!!!"

16 de julho de 2013

Bizoto e os ossos do ofício (Brasiiiiiiiiiillllllll)

Nelson Bizoto, industrial mourãoense e presidente do Sindicato Patronal de Campo Mourão, tem esse jeitão de durão, mas é um coração mole, daqueles que gosta de investir nas pessoas, sejam elas parentes, amigos ou até mesmo aqueles que conheceu recentemente.
Nelson Bizoto

Dias desses, ele contou que se decepcionou com um funcionário de muito potencial, mas que não sabe se comportar fora do trabalho, principalmente quando tem uma graninha no bolso. 

Com muita fé no rapaz, Bizoto montou uma empresa no formato MEI (microempreendedor individual) para o funcionário. Mas, sempre tem um MAS!, na primeira semana que o profissional pegou seus merecidos rendimentos acabou preso, junto com um colega, por posse de drogas.

Triste com o desenrolar da história, depois de sessenta dias do rapaz cumprindo prisão, aguardando julgamento, Nelson foi procurado por amigos e familiares que gostariam que ele desse um depoimento em favor do acusado. Com seu jeito objetivo e sincero, o marido da Maria Aparecida disse que daria sim, mas apenas sobre o comportamento dentro da empresa, ou seja, falaria apenas a verdade, aquilo que ele sabia do detido.

Depoimento dado e a comprovação de que o colega do rapaz é que estava de posse da droga a justiça, então,  determinou que mediante fiança de um mil reais ele poderia sair da cadeia. Claro que nem o preso, amigos ou familiares tinham o valor pedido. Com isso, Bizoto e parceiros arcaram com a fiança e o jovem foi libertado após mais de dois meses preso.

Após uma semana da liberação, sem ver o rapaz em quem tanto acreditara, Nelson reclamou com outro sócio que nem mesmo um obrigado ouviu do funcionário. - Pensei que ele retornaria ao trabalho, disse o pai da Milena, do Marlon e da Mayara.

O meu amigo, você não vai voltar ao trabalho? foi assim que o sócio do Nelson chegou na casa do rapaz, indignado com a falta de notícia e consideração para com eles. 

- Vou sim parceiro, mas agora tô precisando de uns dias de férias, respondeu o Trabalhador Brasileiro.

14 de junho de 2013

Saudades

Elvira Schen e Luizinho Ferreira Lima - Campo Mourão/1976
Recebi o texto abaixo, por e-mail, como sendo de autoria de Annerita, mas como na net aparece como sendo de outra autora, publico-a, então, sem definir a autora.

“Ando com saudade de café com pão, de namorados dando beijinhos no portão, de pedir a bênção a pai e mãe, (Deus te abençoe), do sinal da cruz que fazia quando  passava na frente da igreja, de ver um varal cheio de roupa com cheiro apenas de sabão, de ver alguém sorrindo enquanto lavava a louça com bucha vegetal, de sentir respeito pela policia, de cantar o Hino Nacional com mão no peito e lágrimas nos olhos, de acreditar que o Brasil ganhou a Copa do Mundo porque jogou direito, de saber que o Zezinho filho do porteiro não vai morrer de dengue e que Maria feirante poderá ter um filho médico. Saudade de homens que usavam apenas o assobio como galanteio. Fiu-fiu!

Carnaval no Clube 10 - C. Mourão/1979
Morro de saudade do tempo em que um presidente de uma nação era o mais respeitado cidadão do país. Que cadeia era lugar só de ladrão. Acho que andaram invertendo a situação.

Ando com saudade de galinha de galinheiro, de macarrão feito em casa com tempero sem agrotóxico, de só poder tomar guaraná em dia de festa, de homens de gravatas, de novela com final feliz, de pipoca doce de pipoqueiro, de dar bom dia à vizinha, de ouvir alguém dizer obrigado ao motorista e ele frear devagarzinho preocupado com o passageiro. Saudade de gritar que a porta está aberta para os que chegam. Um saco destrancar tanto cadeado.
Saudade do tempo em que educação não era confundida com autenticidade. Hoje se fala o que quer, em nome de uma "tal" verdade e pedir perdão virou raridade.

Ando com saudade de ver no céu pipas não atingidas pelo efeito estufa. 

Caramuru Futsal - Campo Mourão/1974
em pé (da esq. para a direita): Louri da Silva, Davi Cardoso, Luizinho Ferreira Lima, Tauillo Tezelli, Marcelo Silveira, Ney Piacentini e Ricardo Grabowski
agachados: Romeu da Silva (Casablanca Videolocadora), Dealmir Salvadori, Ratinho e Renatinho da Silva (e os gêmeos Marlus e Marcelo Fanklin)

Saudade das chuvas sem acidez,  que não causavam aridez.  Saudade de poder  viajar sem medo de homem bomba, de ser recebido com pompa em outra nação.

Atualmente reina a desconfiança no coração.

Sinto muita saudade do rubor das faces de minha mãe, (ah... que saudade da minha mãe!!!) quando se falava de sexo  totalmente sem nexo. Hoje ele é tão banal que até eu banalizei.  

Campo Mourão Handebol - Jogos Abertos do Paraná - Arapongas/1977
em pé: Jair Grasso, Nelsinho Rodrigues, Marcos Alcântara de Lima, Betinho Nogaroli, Negão, Dagoberto Lüdek, Idevalci Maia e Zé Rosa (in memorian)
agachados: João Barbosa, João Silvio Persegona, Teddy Pacífico, Neyzinho Kloster, Walmir Ferreira Lima e Luizinho Ferreira Lima

Acho que a maior saudade que tenho é a saudade de tudo que acreditei.

Para minha filha não poderei deixar sequer a esperança. Hoje já não se nasce mais criança!”.

“Ás  vezes, todas as folhas precisam cair para vermos a plenitude do Céu"  
 (Frei Clemente Kesselmeier)

(Publicado no semanário Entre Rios, em maio de 2006)

14 de maio de 2013

Pelé, o músico e seu defeito...

Pelé, batizado José dos Santos, motorista do Grupo Minuano, aquele que os locutores da Rádio T FM chamam de Índia Paraguaia Grávida, é nosso parceiro de futebol (joga mal, muito mal) e de Truco em Seis (pior do que no futebol) lá no Clube dos Trinta. Mas, assim como a maioria dos frequentadores dos Trinta, é uma companhia agradabilíssima e divertida, sempre contando passagens engraçadas, algumas delas acontecidas nas viagens com o Minuano. Dias desses contou que jogou truco na Argentina, tendo como adversário um gringo de apelido Maradona, ganhou e tripudiou em cima do ‘Dieguito’: - Aqui é Pelé, Brasil, não tem pra ninguém!!!
 
Nesta segunda-feira (13), ele contou que em recente viagem pelo Rio Grande do Sul se encontrou com velho amigo, que só o chama de Tiguera, dono de uma banda e que não se cansava de elogiar um de seus músicos.
 
- Tiguera, dizia o gaúcho, esse é um músico dos melhores, só tem um defeito: Gosta de receber em dia!

3 de abril de 2013

Médico fala cada uma...

Nos reuníamos pelo menos uma vez por semana, normalmente para jantar em um restaurante da cidade. Todos com filhos novinhos, lá iamos Elvira e Eu, Dayse e Marcelo, Hosana e Tauillo, Cida e Bizoto, Elenize e Laércio, Ione e Getulinho e a criançada toda que devia enlouquecer garçons e demais frequentadores dos locais. 

Num desses encontro, alguém alertou ao Laércio que o André "Deco" estava com cara de quem ia dormir a qualquer instante. E o pediatra de todos nossos filhos respondeu: 

- Para dormir, meu filho precisa de silêncio e das luzes apagadas. Não vai dormir, não.

Claro que ninguém ia questionar o médico, mas foi ele terminar a frase e o Deco dormiu na cadeirinha igualzinho o personagem dessa imagem. 

20 de janeiro de 2012

O Craque, a esposa e o jantar

Histórinha que me foi contada pelo craque Adalberto, do Londrina, do Palmeiras e do Sport Clube Campo Mourão. Já publiquei ela aqui, mas asssistindo o jogo entre Palmeiras e Atlético Paranaense, pela Copa São Paulo, me bateu uma saudade do amigão/artilheiro.

Tarde da noite, meio zonzo pelas cervejas bebidas com amigos após o futebol, o artilheiro chega em casa com o firme propósito de ser durão e não tolerar bronca da esposa (ela, que sempre o apoiou em sua carreira profissional como jogador de futebol e tolerou longas separações por causa da profissão, agora não aguentava as peladas com os amigos e, claro, as inúmeras cervejas regadas com bom papo com os amigos).
 
Antes que ela diga qualquer coisa, ao abrir a porta, ele pede, firme sem ser autoritário:
 
- Meu bem, serve minha janta, estou com muita fome, vou só tomar um banho...
 
Sem dizer nada, ela se levanta, vai até a cozinha, enquanto ele espia de canto de olho e estranha a presteza e o silêncio dela.
 
Sai do banheiro e pergunta se ela preparou a refeição:
 
- Sim, está na panela, no fogão...
 
Agora, pelo tom de voz, ele já achou que ela estava brava.
 
No fogão, uma panela com tampa era aquecida na chama mais quente e ele vai faminto ver o que foi preparado e, decepção, quase explodindo, havia apenas uma latinha de cerveja em banho-maria.

19 de setembro de 2011

Boca Santa

Na segunda-feira passada (12), grande número de pessoas, alguns deles com narizes de palhaço, compareceu na Câmara de Vereadores para manisfestar seu descontentamento com o aumento de cadeiras naquela Casa de Leis. O presidente da Câmara não entendeu muito bem a democrática manifestação e chamou a polícia para retirá-los de lá (os nobres edis acabaram aumentando dos 10 atuais para 13 vereadores).
No sábado, primeira reunião depois do episódio, apenas os vereadores participaram da sessão. Não havia um só cidadão acompanhando a sessão. 
No Boca Santa de hoje, o Sid Sauer, que não deixa passar quase nada do que acontece em Campo Mourão sem 'destilar seu veneno bem humorado' postou essa ótima fotomontagem: