Não sou conhecido pelo bom humor ou simpatia e vivo me 'policiando' por isso. Sei da importância de sorrir para as pessoas, principalmente para aquelas que não convivem comigo.
Como passo muitas horas por dia diante do computador, faço questão de ir ao supermercado diariamente para ter uma atividade diferente, mesmo que tenha que aturar alguma fila no açougue ou no caixa. Fila, telefone, falta de pontualidade e burrice são algumas das coisas que mais me irritam.
E vou sempre no supermercado perto de casa, onde encontro sempre tudo que preciso, um local com amplo estacionamento e onde minhas netas, que quase sempre me acompanham nesta visita diária, se divertem bastante. Há dias que venho notando que os funcionários locais já não recebem mais os clientes com o tradicional "Ótimo Dia!", uma marca registrada deles. Mas como sou desatento, antipático!, sempre achei que eu que não tinha ouvido a saudação, seja na padaria, no açougue ou no caixa.
Nesta terça-feira, dia 12 de agosto, lá estive, acompanhado de minha neta Fernanda, que ao sair do caixa, já com as compras em mãos, me alertou: "Vô, que moça mais séria aquela do caixa, não deu nenhum sorriso e nem conversou com você". Se fosse ao final do dia, quando o cansaço pudesse tê-la atingida, talvez eu pudesse ter encontrado uma resposta que ajudasse a Fernandinha entender a falta de simpatia numa pessoa que nos vê quase todos os dias. E se uma criança de apenas sete anos percebeu a carranca no rosto da jovem é por que tem algo de muito errado ali. Acho que estou contaminando todos por lá, passando para eles meus defeitos...
Talvez esteja na hora de infectar outros com meu humor!