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28 de novembro de 2014

As ilhas mais perigosas do mundo

ATOL DE BIKINI, ILHAS MARSHALL
Apesar de alguns turistas se arriscarem, este lugar do Pacífico é extremamente perigoso por conta de sua altíssima radioatividade. Durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 20 bombas nucleares foram lançadas no local para testes. Os moradores foram evacuados, mas alguns ainda permanecem por lá.

MIYAKE-JIMA, JAPÃO
A pequena ilha japonesa tem um dos vulcões mais ativos do mundo. Para se ter uma ideia, a última erupção durou quatro anos (2000-2004). O local foi totalmente evacuado pelas autoridades, mas um ano depois alguns moradores decidiram retornar à ilha. Desde o ocorrido, o vulcão continua expelindo uma grande quantidade de gás sulfúrico e, por conta disso, os habitantes são obrigados a andar com máscaras de gás ocasionalmente.

ILHA RAMREE, MYANMAR
Após um terrível acontecimento, a ilha ganhou fama por conta do "maior desastre sofrido por homens atacados por animais". Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados japoneses foram forçados a andar nos pântanos da ilha. Porém, o que eles não sabiam é que o local era habitado por milhares de crocodilos, que acabaram matando cerca de 400 pessoas.

ILHA REUNION, OCEANO ÍNDICO
Conhecida pelo belíssimo Parque Nacional da Reunion, considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, a ilha ficou famosa também por ser o lugar com mais ataques de tubarão no mundo. O local é um destino muito procurado para quem quer relaxar nas areias das praias e curtir a natureza, apesar dos ataques constantes dos predadores. Para proteger os viajantes e preservar os animais, o governo proibiu a natação, o surfe e outros esportes aquáticos nas praias.

ILHA DA QUEIMADA GRANDE, BRASIL
Também conhecida como a "Ilha das Cobras", este lugar é considerado o maior serpentário natural do mundo, com um surpreendente número de cinco serpentes por metro quadrado. Além disso, possui a cobra com o veneno mais potente do planeta, a Jararaca-ilhoa. Localizada a 35 quilômetros da costa de São Paulo, o acesso à ilha é proibido. Apenas analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade têm autorização para explorar o lugar.

SABA, ANTILHAS HOLANDESAS, CARIBE
Apesar de ser uma ilha charmosa nas Antilhas Holandesas, com montanhas e bucólicos vilarejos, visitar Saba pode ser bem perigoso: o local foi atingido por mais furacões do que qualquer outra região do planeta. Os ventos chegam a até 250 km/h e as tempestades são extremamente violentas. Por conta disso, o local abriga um dos aeroportos mais perigosos do mundo, com uma pista de 400 metros à beira-mar.

ILHA GUINARD, ESCÓCIA
Durante a Segunda Guerra Mundial, a pequena ilha em território escocês foi usada para testes de armas biológicas. Uma das substâncias mais fortes utilizadas no local foi o vírus Antraz, que matou centenas de ovelhas. Essa tragédia fez a ilha ser colocada em estado de quarentena na época. Nos anos 1980, a região foi descontaminada.

ILHA DE FERNANDINA, EQUADOR
Considerada a ilha oceânica mais antiga do mundo, a Ilha de Fernandina, em Galápagos, não sofreu nenhuma modificação ao longo dos seus 750 mil anos, visto que não há sinal algum de interferência humana. Além de ter um dos vulcões mais ativos do mundo, o local é o lar de milhares de animais perigosos.

RANGIROA, POLINÉSIA FRANCESA
Mergulhar nas águas cristalinas da Polinésia Francesa pode não ser tão agradável se você escolher visitar o atol de Rangiroa. A ilha, localizada em uma das regiões mais paradisíacas do mundo, possui uma enorme quantidade de tubarões! [MSN Viagem]

14 de fevereiro de 2013

Ilhas Diomedes: Onde EUA e Rússia se encontram, e o Leste se torna Oeste

Há um lugar no mundo em que os territórios dos Estados Unidos e da Rússia estão a menos de 4 km de distância, mas qualquer percurso entre eles terá uma diferença de 24 horas...

Localização das ilhas Diomedes, perdidas entre 2 continentes

Estamos a falar das desconhecidas e isoladas Ilhas Diomedes, no Estreito de Bering, a inóspita porção marítima que separa o Alasca do extremo leste da Ásia, por onde provavelmente os primeiros habitantes da América atravessaram para estas terras.


Na Pequena Diomedes, seus habitantes espremem-se na íngreme encosta do  território norte-americano

As duas Ilhas, conhecidas como Grande Diomedes e Pequena Diomedes são separadas por uma faixa de água de apenas 4 km, que fica congelada durante boa parte do ano, permitindo a passagem a pé entre elas. O curioso é saber que Grande Diomedes é o ponto mais a leste na Rússia, e Pequena Diomedes é o ponto mais a oeste dos Estados Unidos.
 
Guerra Fria, um período para ser esquecido
Durante o período da Guerra Fria, os nativos que habitavam as ilhas antes da colonização russa ou americana não podiam circular entre as ilhas, nem trocar qualquer tipo de informação, na área que ficou conhecida como "Cortina de Gelo".
 O povoado de Pequena Diomedes, com apenas 170 habitantes

Após o final da 2a Guerra, todos os nativos da ilha russa de Grande Diomedes foram transferidos para o continente, e o arquipélago manteve um pequeno povoado apenas na ilha norte americana de Pequena Diomedes, que até hoje possui cerca de 170 habitantes, num dos locais mais isolados do planeta.
Detalhe de Pequena Diomedes. Não parece nada agradável
O que torna o lugar ainda mais curioso é que exatamente entre as duas ilhas passa a "Linha Internacional de Data", criando um fuso horário de nada menos que 24 horas numa distância que de tão pequena chega a ser visual.
 
A Linha Internacional de Data passa exatamente entre as ilhas

Em 1987, um evento emblemático levou as pequenas ilhas às manchetes do mundo inteiro. A nadadora americana Lynne Cox atravessou os pouco mais de 3.700 metros que separam as ilhas irmãs, num gesto de aproximação entre as super potências que se esforçavam para estreitar os laços a tanto tempo separados.

Hoje, em tempos de paz, há vários projetos para criar monumentos que simbolizariam a paz entre os dois países. Num recente concurso , um projeto chamado de "Ponte da Memória", ligando as duas ilhas,  ficou entre os campeões, no que seria a primeira ligação entre América e Ásia depois de dezenas de milhares de anos.
 
Projeto para Ponte entre as ilhas, conhecida como "Ponte da Memória"
  
Detalhe do Projeto. Uma fantástica obra de engenharia para poucos conhecerem

Humberto Eco, em seu romance "A Ilha do dia anterior" explora muito bem as idiossincrasias de viver em Diomede...

Humberto Eco escreveu sobre o tempo 

"Meia-noite de sexta-feira, aqui no navio, é meia-noite de quinta-feira na ilha. Se da América para a Ásia viajas, perdes um dia; se, no sentido contrário viajas, ganhas um dia: eis o motivo por que o [navio] Daphne percorreu o caminho da Ásia, e vós, estúpidos, o caminho da América. Tu és agora um dia mais velho do que eu! Não é engraçado?"

(enviada pelo Césão Bronzel)