8 de setembro de 2020

Pioneiros mourãoenses: Carlos Boenig e Teodoro Metchko

Carlos Boenig, Delbos Zolla e Teodoro Metchko
Campo Mourão/PR - 1942

Foto de 1942 mostra os pioneiros mourãoenses Carlos Boenig e Teodoro Metchko posando ao lado do doutor Delbos Zolla, em Campo Mourão. 

Carlos Boenig era alemão, participou da 1ª Guerra Mundial, formou-se em bioquímica com 23 anos e com 36 anos, em 1934, chegou no Brasil. Ele residiu primeiro em Pitanga, onde casou e teve um filho, mas o casamento durou pouco tempo. Em 1942 chega em Campo Mourão, onde, dois anos depois, se casou com Laura de Paula Xavier, com quem teve cinco filhos.

Carlos Boenig foi um dos primeiros médicos de Campo Mourão, onde também formou o primeiro laboratório de análise e pesquisa científica técnica. Ele faleceu em 5 de julho de 1991. 

Residimos por alguns anos na rua Carlos Boenig, na Jardim Albuquerque. 

Teodoro Metchko nasceu na Ucrânia, em 1896. Chegou ao Brasil em 1934, fixando residência em Campo Mourão. De berço nobre, ele era descendente da nobreza ucraniana, por parte de pai. Poliglota, dominava oito idiomas, se formou engenheiro civil no México, onde construiu uma usina hidroelétrica e nos trechos de ferrovia, um túnel ligando o México à Guatemala, o qual levou seu nome. 

Em Campo Mourão, atuou no ramo madeireiro, onde construiu a Capela da Vila Carolo, sua serraria, a primeira prefeitura, escola e, também, a primeira delegacia de polícia. 

Na construção civil se destacam ainda as obras do cinema, o Colégio Santa Cruz, o Ginásio de Campo Mourão, o primeiro Hospital Santa Casa e o Aeroporto Municipal.

Foi o primeiro Cidadão Honorário de Campo Mourão. 

Ele faleceu em 19 de outubro de 1969.

O historiador e escritor mourãoense Jair Elias dos Santos Júnior me passou as informações sobre o doutor Delbos. 

"No ano de 1943, Delbos Zola foi convidado pelo Sr. Sady Silva, engenheiro do Departamento de Terras e Colonização, para trabalhar em Campo Mourão, como médico, onde permaneceu por dois anos.

Como era o 1º médico que assumiu os serviços de saúde pública na região de Campo Mourão, encontrou diversas dificuldades, pois contava com poucos recursos materiais e os seus deslocamentos eram feitos a cavalo. Ainda não havia luz elétrica, a água era tirada do poço, localizado no meio da Praça Getúlio Vargas. 

Nos anos que viveu nesta cidade fez muitas amizades, onde foi beneficiado com uma boa casa de madeira passando a residir nos fundos e na frente montou seu consultório e uma sala de aula para as crianças. Era grande a movimentação de pessoas doentes que o procuravam e atendidos com especial atenção. Fez centenas de pequenas cirurgias e em suas mãos nasceram muitas crianças. Foi médico em Campo Mourão e nas localidades de Goioerê, Mamborê e Peabiru. Como não havia hospital, muitas vezes acomodava os doentes em um pequeno dormitório junto ao junto ao consultório, até que estivessem em condições de voltar para suas casas.

Com informações do livro Campo Mourão - 60 anos e do Jair Elias.

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