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26 de maio de 2015

Respeito ao Seu Schen quase acabou com carreira do Ligeirinho

Gosto  muito dessa foto que mostra Seu Schen
me entregando um troféu de artilheiro do primeiro
campeonato juvenil de futsal que foi realizado na
Cancha Tagliari, em 1975, de quando eu ainda
não namorava a Elvira e penteava o cabelo.
Agosto era o mês dos Jogos Regionais de Goioerê, que aconteciam durante as comemorações do aniversário daquela cidade.

Vivenciei, ali, momentos divertidos de conquistas e, também, de derrotas, algumas inesperadas outras anunciadas.

Os jogos contavam com a participação de quase todos os municípios da região e de alguns mais distantes, como Cascavel e Toledo.

Jogando handebol foi que participei pela primeira vez do evento. Meu sogro, Alcyr Schen, era o Secretário de Esportes de Campo Mourão e chefe da nossa delegação. Recordo-me muito bem do discurso dele, ao chegarmos a Goioerê, exigindo que nos comportássemos como atletas e respeitássemos os horários estipulados para as refeições e principalmente os de dormir.

Darcy Deitos e Alcyr Costa Schen
Na delegação de atletismo, que dormia no mesmo alojamento que nós, havia uma grande esperança de medalha nas provas de 100 e 200 metros rasos: o Ligeirinho, um “japonês” que fazia jus ao apelido, era muito rápido e não parava nunca. Nem mesmo dormindo ele ficava quieto e acordava todo mundo nas inúmeras vezes que foi ao banheiro. Numa dessas saídas, alguém trancou a porta por dentro e ele, preocupado em não fazer barulho, lembrando do apelo do Seu Schen, sussurrava para que alguém abrisse a porta. Acabou dormindo encostado no batente da porta, do lado de fora do alojamento numa escola goioerense. 

Pela manhã “ninguém” entendia o seu fraco desempenho nas provas, ficando longe das primeiras colocações. Nos anos seguintes ele se recuperou e ganhou muitas medalhas para nossa cidade. Nunca mais dormiu com outra modalidade que não fosse o atletismo. 

Infelizmente não sei o nome do nosso japonês voador, só o chamávamos de Ligeirinho e assim ficou. 

Publicada originalmente no semanário Entre Rios, em setembro de 2005.

19 de maio de 2015

Jogos Regionais em Goioerê: A Bunda do Pelisser

No álbum do Marquinhos Pelisser, no Facebook, encontrei algumas fotos que merecem serem mostradas aqui no Baú. Por isso, republico uma resenha publicada em 2005 no semanário Entre Rios (já postada aqui também, em 2012). Por onde andará o Cidão?

Nilmar Piacentini e Marquinhos Pelisser
Agosto era o mês dos Jogos Regionais de Goioerê, que aconteciam durante as comemorações do aniversário daquela cidade. 

Lá, vivenciei ótimos momentos (aliás, o esporte só me deu alegrias).

Com quinze ou dezesseis anos começamos a participar dos principais eventos esportivos paranaense, primeiramente jogando handebol e, a partir dos dezenove anos, defendendo nosso futsal (naquela época, futebol de salão).

Alcides "Cidão", Marquinhos e Naido Marchetto
Com a energia característica daquela idade aprontávamos bastante. Mas, para minha felicidade, sempre com muita responsabilidade, principalmente por contar com ótimos amigos, que fazem parte de meu laço de amizade até os dias de hoje.

Sempre que puder, utilizarei este espaço para contar alguns fatos, divertidos ou, até mesmo, tristes, que juntos vivenciamos no esporte.

Nesta edição recordo momento hilariante que presenciei durante uma viagem de Goioerê para Campo Mourão proporcionado pelo Marquinhos Pelisser.     

Estrada sem asfalto com a coincidência de quase sempre chover na época dos Jogos faziam com que nossas viagens para Goioerê muitas vezes se transformassem em aventura. Quantas e quantas vezes tínhamos de descer do ônibus para ajudar a desatolá-lo. 

Numa dessas vezes, voltávamos para casa e, ao passar por Janiópolis, o Marquinho Pelisser abaixou a calça e colou a bunda na janela do ônibus. Morríamos de rir ao ver a cara das pessoas que, quase sempre, precisavam dar uma segunda olhada para entender o que acontecia e acho que muitos até hoje ainda contam daquela “cara” feia que viram no ônibus mourãoense.   

Originalmente publicada no semanário Entre Rios, em outubro de 2005.


E não é que o "bicho vingou", mesmo tendo amizade com o Nilmar, Naido e Cidão! 
Vejam só, na foto abaixo, que família linda ele e a Guga formaram:


Marquinhos e Guga com os filhos e noras (falta o netinho, filho do Kito)

29 de outubro de 2014

Os pesadões. Vexame nos Jogos Abertos de 1986, em Paranaguá

Itamar Tagliari, Getulinho Ferrari e
Nelson "Ticão" Bueno do Prado
Defendendo as cores do futsal mourãoense apenas em uma oportunidade sofremos uma derrota por azar. Na decisão dos Jogos Abertos do Paraná (Jap´s), em 1987, aqui mesmo em Campo Mourão, quando perdemos por um a zero para Palotina.

Todas as outras derrotas, por mais que tentássemos achar uma desculpa, aconteceram por mérito dos adversários e algumas vezes por incompetência nossa. 

Nos Jap´s de Paranaguá, em 1986, depois de classificarmos na primeira fase com certa facilidade, começamos a segunda com derrota para Palotina e enfrentaríamos a seguir a equipe de Londrina que já havia vencido os palotinenses. Para classificarmos para as semifinais seria preciso que ganhássemos com dois gols de diferença.  

Flavio "Tostão"
Entre nós, os atletas, como motivação, a conversa era sempre que Londrina era muito forte, mas a diferença de gols não era difícil de conseguir. E não era mesmo! Mas o jogo começou e quem abriu uma diferença de dois gols foram os londrinenses, deixando-nos com uma missão, daí sim, praticamente impossível de alcançar. Perdemos o jogo (exatamente pela diferença que deveríamos fazer) e acabamos proporcionando um momento muito engraçado para o público que lotava o Ginásio: falta contra nós, estou ao lado do árbitro orientando a armação de nossa barreira quando ouço o barulho de algo quebrando, era nosso banco de reservas que, não suportando o peso dos nossos suplentes, quebrou deixando todos de pernas para o ar, com exceção do Itamar Tagliari que foi rápido e se levantou antes que o Ticão (Nelson Bueno do Prado) e companheiros se estatelassem no chão.

Só não fiquei com mais vergonha porque já tinha sido obrigado a acompanhar nosso ótimo goleiro,  Tostão (Flávio, de Araruna), na sua primeira visita ao mar, estreando seu conjunto de bermuda preta com coqueirinhos brancos e camiseta regata branca com coqueiros pretos. É Mole?

Publicada originalmente no Semanário Entre Rios, em outubro de 2005

17 de setembro de 2014

Ivo e minha primeira demissão

ilustração
Sem nunca ter entrado numa rádio, em meados dos anos oitenta, fui gerenciar a Rádio Colméia AM. Época em que ela foi modernizada e ganhou sede própria no Edifício Antares, graças ao investimento de seus proprietários e do amor que o seu Delordes Daleffe, um dos sócios e o responsável pela administração durante aqueles anos, tinha pela emissora. 

Lá trabalhavam o Anísio Morais, Acir Gonçalves, Antônio “Formigão” Miguel, Sandro Santos, Ivo Reinaldo, Rodrigues Correia, Capitão Teixeira, Coronel Bastião... Uma verdadeira seleção de ótimos locutores, que faziam tudo que uma Rádio deve fazer: informar, divertir, transmitir e, até mesmo, educar.

Compensando os baixos salários que eles recebiam fizemos alguns convênios com a comunidade, trocando publicidades com serviços. Um desses foi com a Associação dos Dentistas, que em troca de mensagens preventivas e educativas trataram de nossos locutores.

Ivo Reinaldo tinha um potencial proporcional às encrencas que criava. Ótimo redator e com um vozeirão que há muito não vejo nas rádios. Infelizmente bebia demais, chegava de manhã já “tchuco” e mesmo assim os informativos e o Jornal do Meio-Dia iam ao ar com qualidade. Dois fatos contribuíram para que ele fosse demitido: certa noite ele me chama num hospital e diz que precisa de ajuda para providenciar a documentação do falecimento de sua sogra e eu o deixo com o carro da emissora, a folclórica brasília azul, para resolver o assunto. Junto com a esposa, que também bebia bastante, não só providenciou os documentos como transportou o caixão da falecida, dentro da brasília, até a vizinha cidade de Catuporanga, onde ocorreu o enterro. Pior, quebrou o câmbio do carro e causou um prejuízo enorme numa época em que as finanças estavam todas comprometidas com a nova sede.

Episódio superado, alguns dias depois, entrevistando o presidente de uma grande empresa mourãoense, quebrou o dente dele ao aproximar demais o gravador na boca do entrevistado. Sabe como é, mão trêmula...

Sem perder a pose, desculpou-se e disse: 

- Não se incomode não, doutor, passe lá na Colméia que o Luizinho fez um convênio com os dentistas...

Não teve jeito, pela primeira vez na vida tive que demitir alguém, e alguém que eu admirava bastante. 

Publicada no Semanário Entre Rios, em janeiro de 2006

17 de dezembro de 2013

Meu primeiro jogos em Curitiba: 1975, Jogos Estudantis do Paraná

Professor Josué
Depois de terminarmos entre os três primeiros no regional, disputado em Paranavaí, classificamo-nos, representando o Colégio Estadual de Campo Mourão para a fase final, em Curitiba, dos Jogos Estudantis Paranaense em três modalidades (handebol, basquete e xadrez masculino).

Ainda não havia uma Secretaria Especial para o esporte como há hoje (a Paraná Esporte) e chegamos em Curitiba sem saber onde ficaríamos, contra quem jogaríamos e nem mesmo como seria a forma de disputa (nem os organizadores sabiam!).

Marcelo Silveira e Ney Piacentini
Mal chegamos e alguns colegas já queriam voltar, só porque descobriram que era obrigatório para todos serem vacinados contra meningite.  

Ficamos alojados numa escola ao lado do Passeio Público, onde não havia chuveiro, nem quente e nem frio, e tomávamos banho numa mangueira adaptada às torneiras das pias (1975 foi o ano mais frio dos últimos cincoenta anos no Paraná - uma semana após os jogos, nevou na capital paranaense, só pra dimensionar o frio que passamos por lá).

Marquinhos Pelizer
Os organizadores resolveram fazer jogos eliminatórios por causa do grande número de participantes. No sorteio do handebol, nosso professor Josué pôs a mão na cumbuca e sorteou nosso adversário: Curitiba! Simplesmente a base da seleção brasileira da modalidade e que haviam chegado a poucos dias de uma turnê pela Europa. Os poucos que ainda não estavam bravos com o professor - ele perdera o dinheiro de alguns atletas logo ao chegar-, agora sim, tinham motivo para ficar, mesmo sendo uma questão de sorte e/ou azar. Havíamos nos classificado num regional muito difícil, enfrentando Maringá, Nova Esperança, Paranavaí e Goioerê e isso nos encheu de esperança para uma boa classificação.

Apesar de nossa dedicação o jogo foi um “vareio” só, 23 a 7. Para eles, claro! Dedicamo-nos tanto ao jogo, que o Marquinhos Pelizer teve uma câimbra que virou a barriga da perna para frente. Sério! Nunca mais vi uma câimbra daquelas. 

Luizinho Ferreira Lima
Como naquela época podia jogar duas modalidades, ainda me restava o basquete, onde sempre fui aquele reserva que nunca entra. Perdemos para Guarapuava e até uma cesta contra fizemos (Marcos Pacheco, hoje dentista em Curitiba, subiu na nossa defesa, ganhou o rebote, se viu livre sem marcação e meteu dois pontos, isso mesmo, dois pontos contra). 

Só nos restava voltar para casa e enfrentar a gozação dos que não foram e as possíveis penalidades que a diretoria do Colégio nos aplicaria por causa de indisciplina de uns poucos durante nossa estada na Capital e na viagem de volta, em ônibus de linha. Ninguém foi penalizado! 

E, até hoje, resta a saudável lembrança dos jogos e da convivência com ótimos amigos, com os quais disputei muitos outros jogos, sempre representando nossa cidade e até mesmo nosso Estado.

(Publicada no semanário Entre Rios, em setembro de 2005. Fotos mostram personagens que participaram daqueles jogos)

23 de outubro de 2013

Santo Antonho e as 'beia oropa'

Dia 20, domingo passado, o amigo comemorou aniversário
No estúdio da Rádio Colmeia AM
(da esq. para a direita): Getulinho, João Nereu, Itamar,
Santo Antonio e Luizinho
Sábado passado, dia 19, ao lado do Itamar Tagliari, do Getulinho Ferrari, do Santo Antonio e do João Nereu, participei do programa Tocando de Primeira do Ilivaldo Duarte, na Rádio Colméia AM, onde relembramos de várias passagens divertidas em nossa época de atleta do futsal de Campo Mourão. Uma delas é essa abaixo, que publiquei originalmente no extinto semanário Entre Rios, lááááá em janeiro de 2006. 

Antonio Ferreira, o Santo Antonio, foi o homenageado de domingo no Blog do Ilivaldo Duarte, de onde 'filei' as fotos aqui publicadas (clique nelas para ampliar).

SANTO ANTONHO E AS BEIA OROPA

Santo Antonio e família
Antonio Ferreira é uma das figuras mais animadas e folclóricas do esporte mourãoense, onde é conhecido como Santo Antonio (o Antonho do título é por minha conta). 

Por muitos anos ele foi nosso companheiro no futsal, onde ele sempre participou como massagista, roupeiro, motorista e, até mesmo, jogador. Figura ímpar, ele sempre está à disposição dos amigos.
Todo o período que jogamos pela Fertimourão, ele foi nosso braço direito e, mesmo sem entender quase nada de massagens, era nosso massagista e companheiro de muitas risadas nas várias viagens que fizemos pelo Estado.

Nele, o mau humor só surgia após nossas derrotas, e como jogávamos para nos divertir, a cara feia durava pouco tempo.

Pau para toda obra, nada o incomodava. Sua única dificuldade sempre foi com a língua portuguesa.

Marcelo Silveira e Renan Salvadori - dois amigos com a maior presença de espírito que já vi - sempre estavam brincando com as frases do Santo Antonho.

Jogando truco o que mais nos divertia não era ganhar dele, mas sim, ouvi-lo mandar embaralhar o baralho: “Baraia o baraio”, dizia ele, e caíamos na risada.

Mas a pérola maior ele soltou numa viagem para Pato Branco, quando uma pedra arrebentou o pára-brisas dianteiro de nosso carro e nos obrigou a dirigir alguns quilômetros sem o dito cujo e com todos os vidros laterais fechados.

Todos calados, atentos com o que poderia acontecer, apesar de seguirmos em baixa velocidade, quando o Santo Antonio manda uma frase sensacional:

- “Já pensou se damos de frente com um Xume de Beia Oropa”.  

Foi preciso que o Renan traduzisse para entendermos que ele queria dizer “Enxame de Abelha Europa”.

A verdade é que ele é um massagista apenas razoável, um bom jogador de truco e a pequena dificuldade com o português nunca o impediu de fazer novas amizades, o que lhe faz muito especial e um grande Amigo (com “A” maiúsculo). 

25 de junho de 2012

A Bunda do Pelizer

Agosto era o mês dos Jogos Regionais de Goioerê, que aconteciam durante as comemorações do aniversário daquela cidade.
 
Lá, vivenciei ótimos momentos (aliás, o esporte só me deu alegrias).
 
Com quinze ou dezesseis anos começamos a participar dos principais eventos esportivos paranaense, primeiramente jogando handebol e, a partir dos dezenove anos, defendendo nosso futsal (naquela época, futebol de salão).
 
Com a energia característica daquela idade aprontávamos bastante. Mas, para minha felicidade, sempre com muita responsabilidade, principalmente por contar com ótimos amigos, que fazem parte de meu laço de amizade até os dias de hoje.
 
Sempre que puder, utilizarei este espaço para contar alguns fatos, divertidos ou, até mesmo, tristes, que juntos vivenciamos no esporte.
 
Nesta edição recordo momento hilariante que presenciei durante uma viagem de Goioerê para Campo Mourão proporcionado pelo Marquinhos Peliser (ele aparece na foto da seção Baú, desta edição, um “pouquinho mais magro” e muito mais cabelo).    
 
Estrada sem asfalto com a coincidência de quase sempre chover na época dos Jogos faziam com que nossas viagens para Goioerê muitas vezes se transformassem em aventura. Quantas e quantas vezes tínhamos de descer do ônibus para ajudar a desatolá-lo.
 
Numa dessas vezes, voltávamos para casa e, ao passar por Moreira Sales, o Marquinho Pelizer abaixou a calça e colou a bunda na janela do ônibus. Morríamos de rir ao ver a cara das pessoas que, quase sempre, precisavam dar uma segunda olhada para entender o que acontecia e acho que muitos até hoje ainda contam daquela “cara” feia que viram no ônibus mourãoense.   (Publicada no Semanário "Entre Rios", em 2005).

Guga e Marquinhos Pelisser. (não identifiquei a linda menina com eles)
Volta e meia alguem pede para que eu conte essa história. Por isso, mostro ela novamente, mas principalmente por que vejo muito pouco o casal Guga e Marquinhos, que parece estarem de malas prontas para se mudarem definitivamente para o Pará.