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27 de maio de 2014

Em Portugal, Ney Matogrosso escancara os problemas do Brasil que muitos teimam em não enxergar

Em entrevista à televisão portuguesa, o cantor criticou a política brasileira e a realização da Copa, às vésperas do evento. Ney criticou a construção de estádios, a qualidade dos hospitais públicos e da educação, o transporte e os impostos no Brasil. O cantor também criticou programas sociais do governo, como bolsa família. "Quanto mais filho, mais dinheiro ganha. Então elas fazem mais filhos", definiu Ney Matogrosso.



Para assistir a entrevista completa, CLIQUE AQUI

26 de maio de 2014

Como pudemos ter vivido tanto tempo sem Francisco?


Sua devoção aos pobres e aos desvalidos é uma das coisas mais lindas e inspiradoras destes nossos tempos.

Um exército de um homem só
Uma das tantas coisas boas de Francisco, nestes seus primeiros meses de papado, foi ter falado amigavelmente de ateus.

Não que fosse necessário isso para que eu, um descrente total, o admirasse intensamente.

O que me encantou rapidamente em Francisco foi a energia, o entusiasmo, a coragem com que ele se entregou, desde o primeiro dia, à luta contra a desigualdade social.

Sua devoção aos pobres e aos desvalidos é uma das coisas mais lindas e inspiradoras destes nossos tempos.

A inclusão de ateus na retórica papal rompe um paradigma milenar. O que ele está dizendo é que quem acredita em Deus não é melhor que quem não acredita.

Esta a beleza sublime da mensagem.

Ao estudar as religiões, o filósofo inglês Bertrand Russell notou que o judaísmo inovou na ideia de “povo eleito” e de que o Deus dos judeus era melhor que os outros. A partir daí, sucessivas religiões começaram a guerrear para provar que seu Deus é que era o melhor de todos.

Francisco elimina esta fonte eterna de discórdia e ódio.

O mundo, tal como está hoje, caminha para o colapso. Um planeta tão desigual é, simplesmente, insustentável.

A ganância predadora cobra um preço terrível do meio ambiente – outro assunto incorporado, oportunamente, à agenda papal.

Guerras eclodem o tempo todo.

A conta de tantos desatinos é paga por crentes e ateus, indistintamente. Daí a sabedoria colossal de Francisco ao dizer que crentes e ateus devem se unir pela paz. E contra a ganância. E por um mundo menos desigual.

Você pensa em Francisco e que sentimentos o assaltam? Cito alguns. Amor, generosidade, solidariedade, tolerância, compreensão, simplicidade, modéstia. Que magnífico exemplo para todos nós, crentes e ateus.

Certos homens, raros, são um exército em si mesmos.

Eles mudam tantas coisas tão rapidamente que você se pergunta como o mundo pôde existir sem eles.

Francisco, talvez o maior de todos os papas desde sempre, é um deles.


14 de fevereiro de 2014

Todos os animais pensam, já o homem...

Todos os animais pensam
Por VIRGINIA MORELL. Do Livro "Animal Wise"

"Animais têm mente. Têm cérebro e o usam como nós: para pensar, sentir, vivenciar o mundo e resolver os problemas da vida. Como nós, têm personalidade, humor e emoções; riem e brincam. Alguns demonstram pesar e empatia, têm consciência de si e, muito provavelmente, consciência de suas ações e intensões.

Não faz muito tempo, eu evitaria essas afirmativas, porque a noção predominante era de que os animais são como zumbis ou máquinas robóticas, capazes apenas de reagir com comportamentos simples e reflexos. E ainda há pesquisadores que insistem que animais passam pela vida como mortos-vivos, mas esses cientistas ficaram para trás porque um dilúvio de novas pesquisas de etologistas, biólogos evolucionários e ecológicos, psicólogos comparativos e outros está varrendo as velhas ideias que impediram o estudo da mente animal. A pergunta não é mais se os animais pensam. É como e o que pensam."

Que os animais pensam eu tenho certeza absoluta, mas concordo com o humorista Millôr Fernandes (1923 * 2012) que disse: 

"Todos os animais pensam, exceto o ser humano, que fala"

Para provar, posto fotos de alguns desses zumbis que vieram ao mundo como humanos, mas não passam de amebas: 

Deputada do PT paulista, que sambou no plenário da Câmara de Deputados após
absolvição de companheiro de ParTido da acusação de corrupção

Rapaz acusado de disparar foguete/rojão/bomba que matou cinegrafista no Rio de Janeiro

Torcedores peruanos imitando macaco quando jogador do Cruzeiro pegava na bola, agora essa semana, em pleno 2014


14 de junho de 2013

Saudades

Elvira Schen e Luizinho Ferreira Lima - Campo Mourão/1976
Recebi o texto abaixo, por e-mail, como sendo de autoria de Annerita, mas como na net aparece como sendo de outra autora, publico-a, então, sem definir a autora.

“Ando com saudade de café com pão, de namorados dando beijinhos no portão, de pedir a bênção a pai e mãe, (Deus te abençoe), do sinal da cruz que fazia quando  passava na frente da igreja, de ver um varal cheio de roupa com cheiro apenas de sabão, de ver alguém sorrindo enquanto lavava a louça com bucha vegetal, de sentir respeito pela policia, de cantar o Hino Nacional com mão no peito e lágrimas nos olhos, de acreditar que o Brasil ganhou a Copa do Mundo porque jogou direito, de saber que o Zezinho filho do porteiro não vai morrer de dengue e que Maria feirante poderá ter um filho médico. Saudade de homens que usavam apenas o assobio como galanteio. Fiu-fiu!

Carnaval no Clube 10 - C. Mourão/1979
Morro de saudade do tempo em que um presidente de uma nação era o mais respeitado cidadão do país. Que cadeia era lugar só de ladrão. Acho que andaram invertendo a situação.

Ando com saudade de galinha de galinheiro, de macarrão feito em casa com tempero sem agrotóxico, de só poder tomar guaraná em dia de festa, de homens de gravatas, de novela com final feliz, de pipoca doce de pipoqueiro, de dar bom dia à vizinha, de ouvir alguém dizer obrigado ao motorista e ele frear devagarzinho preocupado com o passageiro. Saudade de gritar que a porta está aberta para os que chegam. Um saco destrancar tanto cadeado.
Saudade do tempo em que educação não era confundida com autenticidade. Hoje se fala o que quer, em nome de uma "tal" verdade e pedir perdão virou raridade.

Ando com saudade de ver no céu pipas não atingidas pelo efeito estufa. 

Caramuru Futsal - Campo Mourão/1974
em pé (da esq. para a direita): Louri da Silva, Davi Cardoso, Luizinho Ferreira Lima, Tauillo Tezelli, Marcelo Silveira, Ney Piacentini e Ricardo Grabowski
agachados: Romeu da Silva (Casablanca Videolocadora), Dealmir Salvadori, Ratinho e Renatinho da Silva (e os gêmeos Marlus e Marcelo Fanklin)

Saudade das chuvas sem acidez,  que não causavam aridez.  Saudade de poder  viajar sem medo de homem bomba, de ser recebido com pompa em outra nação.

Atualmente reina a desconfiança no coração.

Sinto muita saudade do rubor das faces de minha mãe, (ah... que saudade da minha mãe!!!) quando se falava de sexo  totalmente sem nexo. Hoje ele é tão banal que até eu banalizei.  

Campo Mourão Handebol - Jogos Abertos do Paraná - Arapongas/1977
em pé: Jair Grasso, Nelsinho Rodrigues, Marcos Alcântara de Lima, Betinho Nogaroli, Negão, Dagoberto Lüdek, Idevalci Maia e Zé Rosa (in memorian)
agachados: João Barbosa, João Silvio Persegona, Teddy Pacífico, Neyzinho Kloster, Walmir Ferreira Lima e Luizinho Ferreira Lima

Acho que a maior saudade que tenho é a saudade de tudo que acreditei.

Para minha filha não poderei deixar sequer a esperança. Hoje já não se nasce mais criança!”.

“Ás  vezes, todas as folhas precisam cair para vermos a plenitude do Céu"  
 (Frei Clemente Kesselmeier)

(Publicado no semanário Entre Rios, em maio de 2006)