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29 de outubro de 2014

Os pesadões. Vexame nos Jogos Abertos de 1986, em Paranaguá

Itamar Tagliari, Getulinho Ferrari e
Nelson "Ticão" Bueno do Prado
Defendendo as cores do futsal mourãoense apenas em uma oportunidade sofremos uma derrota por azar. Na decisão dos Jogos Abertos do Paraná (Jap´s), em 1987, aqui mesmo em Campo Mourão, quando perdemos por um a zero para Palotina.

Todas as outras derrotas, por mais que tentássemos achar uma desculpa, aconteceram por mérito dos adversários e algumas vezes por incompetência nossa. 

Nos Jap´s de Paranaguá, em 1986, depois de classificarmos na primeira fase com certa facilidade, começamos a segunda com derrota para Palotina e enfrentaríamos a seguir a equipe de Londrina que já havia vencido os palotinenses. Para classificarmos para as semifinais seria preciso que ganhássemos com dois gols de diferença.  

Flavio "Tostão"
Entre nós, os atletas, como motivação, a conversa era sempre que Londrina era muito forte, mas a diferença de gols não era difícil de conseguir. E não era mesmo! Mas o jogo começou e quem abriu uma diferença de dois gols foram os londrinenses, deixando-nos com uma missão, daí sim, praticamente impossível de alcançar. Perdemos o jogo (exatamente pela diferença que deveríamos fazer) e acabamos proporcionando um momento muito engraçado para o público que lotava o Ginásio: falta contra nós, estou ao lado do árbitro orientando a armação de nossa barreira quando ouço o barulho de algo quebrando, era nosso banco de reservas que, não suportando o peso dos nossos suplentes, quebrou deixando todos de pernas para o ar, com exceção do Itamar Tagliari que foi rápido e se levantou antes que o Ticão (Nelson Bueno do Prado) e companheiros se estatelassem no chão.

Só não fiquei com mais vergonha porque já tinha sido obrigado a acompanhar nosso ótimo goleiro,  Tostão (Flávio, de Araruna), na sua primeira visita ao mar, estreando seu conjunto de bermuda preta com coqueirinhos brancos e camiseta regata branca com coqueiros pretos. É Mole?

Publicada originalmente no Semanário Entre Rios, em outubro de 2005

24 de setembro de 2014

Duplo WO no futsal. Uma derrota difícil de digerir...

Luizinho, Getulinho e Tuim, em foto de 2011,
personagens deste WO
Quando percebi estávamos, eu e mais quatro companheiros, encurralados no vestiário, com os jogadores e dirigentes beltronenses pedindo que devolvêssemos o uniforme que eles haviam acabado de nos emprestar.

Depois de alguns minutos de discussão, devolvemos todo o fardamento - como diria o Paulão, do Clube dos Trinta-. Era deles e, assim como tinham cedido, tinham o direito de pedi-lo de volta, ainda mais que se não entrássemos em quadra, para decidir a fase regional do futsal dos Jogos Abertos do Paraná de 1992, quem representaria a região na fase final dos Jap´s seria a própria equipe de Engenheiro Beltrão, que ganhara a decisão do terceiro lugar por WO (Campina da Lagoa não compareceu).

Ginásio de Esportes de Mamborê
Incrível é que nem a equipe da casa estava no ginásio para a decisão. No minuto seguinte à aplicação do DUPLO WO (não comparecimento de ambas as equipes) chegam os nossos atletas restantes com o uniforme e, também, toda a equipe mamboreense e um grande número de torcedores, que se multiplicaram instantaneamente e não aceitavam de maneira alguma a medida dos dirigentes da Paraná Esporte.

Depois de muita confusão, decidiram voltar atrás e realizar a decisão, acalmando o ânimo de todos. Ganhamos com facilidade!

Antes que pudéssemos comemorar, ainda na entrega das medalhas, o prefeito de Mamborê nos alerta que o jogo fora realizado apenas para evitar uma confusão maior e que o duplo WO era o resultado definitivo. E, assim o foi!

Recorremos na Justiça Desportiva, mas perdemos. Lá, ainda fomos acusados de não termos os documentos pessoais para podermos jogar, o que não era verdade. (Um dia ainda vou contar como perdemos nossas testemunhas na Rua XV, em Curitiba. hehe)

Desde então, INTELIGENTEMENTE, a Paraná Esporte marca os jogos com intervalos de 60 minutos entre um jogo e outro, independente dele ocorrer ou não (Naquela época o intervalo era de 15 minutos, o que proporcionava muitos WO).

Tempos depois descobri que o coordenador da modalidade naquele regional, Bianchi, infelizmente já falecido, que era de Campo Mourão, tinha problemas pessoais com alguns dirigentes mourãoenses e, que tinha sido ele quem alertara aos beltroneneses que com o duplo WO, eles é que disputariam a fase final.

Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em outubro de 2005.

16 de setembro de 2011

Pedro Cordeiro e o cala boca no vice prefeito

Na semana passada participei do programa do Ilivaldo Duarte na Rádio Colméia. Pedro Cordeiro também. Relembramos boas histórias que vivemos no esporte mourãoense. 
Essa resenha abaixo, que já postei por aqui, me veio à memória e resolvi mostrá-la novamente. Originalmente, ela foi publicada no extinto semanário "Entre Rios", em maio de 2006.

Pedro Cordeiro
Nossa cidade conta com muitos apaixonados por esporte, principalmente o futebol. Entre eles, posso citar alguns que sempre, desde pequeno, vejo militando com a bola: Itamar Tagliari, Luiz Carlos Khel, João Emílio, Edvaldo “Futrika” Lopes e Pedro Cordeiro. Este último me vem sempre à memória quando o assunto é futebol amador, onde ele comandava a equipe do Camisa 10.

Lembro, principalmente, que sob o comando dele Campo Mourão conquistou um inédito título do futebol dos Jogos Abertos do Paraná, contando apenas com atletas amadores e mourãoenses.

Como sempre fui atleta do handebol e do futsal só tive oportunidade de jogar sob o comando dele nos campeonatos de veteranos de futebol suíço e ali pude observar a seriedade com que dirige suas equipes, sempre montadas para vencer seja qual for o evento, amistoso ou de campeonato.

Em 2003 disputamos os Jogos Abertos do Paraná, na modalidade de futebol suíço para veteranos, em Pato Branco. Criado numa iniciativa do Getulinho Ferrari, os Jogos, para nossa diversão, reunia veteranos de várias modalidades, principalmente do futsal.

Por motivos diversos muitos dos nossos convocados, no último momento, não puderam ir e ficamos com um grupo pequeno de jogadores. Num evento para veteranos e bons de festas, é muito importante ter jogadores para revezar. Pedro Cordeiro não se cansava de nos alertar sobre isso.

Getulinho Ferrari
Conquistamos o terceiro lugar entre quatro participantes. No terceiro jogo, machucado, fiquei no banco de reservas ao lado do Osvaldo Broza (que foi como motorista da Van e acabou jogando alguns minutos). E, de lá, presenciei o quanto o Pedro se entrega ao jogo: um árbitro muito tendencioso apitava o jogo e nos irritava de maneira insuportável, quando o Getulinho não se conteve e o desacatou merecidamente. Cordeiro, como técnico dedicado e ciente de que os reservas não podiam atuar, proporcionou então uma das cenas mais cômicas que já vi num jogo: entrou em campo, agarrou o Getulinho, que além de atleta era nosso Vice-Prefeito e Secretário de Esportes, e tapando a boca dele com a mão, pedia para que parasse de ofender o juiz para que não fosse expulso. Só que o efeito foi outro, o árbitro entendeu que até nosso treinador achou que o Getulio exagerou e acabou expulsando-o.

Hoje, damos muita risada, mas naquele dia ele não aceitava nenhuma brincadeira sobre o “tapa-boca” na autoridade. Grande Cordeiro!