Mostrando postagens com marcador MPB. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MPB. Mostrar todas as postagens

1 de novembro de 2013

Casuarina e Frejat - "Já fui uma brasa"




Bela parceria do Casuarina com o roqueiro Frejat, parte do DVD 'MTV apresenta Casuarina'.

"Já fui uma brasa" é uma composição de Adoniran Barbosa (leia abaixo sobre o significado da letra).

Adoniran Barbosa
Enquanto os roqueiros do Brasil usavam gírias para cativar o público (caranga, pão, broto, coroa, pinta, etc), Adoniran usou uma metáfora para explicar sua situação: “Eu também um dia fui uma brasa/E acendi muita lenha no fogão”. E segue o drama: “E hoje o que é que eu sou?/Quem sabe de mim é o meu violão”. É impossível não fazer ligação com uma das frases mais marcantes de Roberto Carlos, e que simbolizava bem o estilo da Jovem Guarda: “é uma brasa, mora?”. Uma brasa é algo (provavelmente alguém) quente, muito bom. Assim como Adoniran um dia havia sido.

29 de outubro de 2013

Chico Buarque - "Construção"


A revista Rolling Stones considera Construção a melhor música brasileira de todos os tempos. Leia abaixo:

O Brasil do começo dos anos 70 era uma terra de paradoxos. O governo do General Emilio Garrastazu Médici tinha em seu bojo o chamado “Milagre Brasileiro”, que prometia crescimento econômico recorde e baixa inflação. O país era campeão mundial de futebol e o slogan “Ame-o ou Deixe-o” era colado nos vidros dos carros. O que poderia estar errado? O preço para essa suposta estabilidade e ufanismo era alto. A censura tolhia a liberdade artística e a atmosfera repressora levava cidadãos insuspeitos para a cadeia. Depois de um breve período exilado na Itália, Chico Buarque retornou ao Brasil mostrando que não compactuava com a situação. Estava pronto para o confronto e explicitou isso em 1971, no LP Construção. E foi a música que deu título ao disco que mexeu com a cabeça das pessoas. “Construção”, quarta faixa do lado A do vinil original, é um épico, com duração de seis minutos e meio. Trata-se de uma crônica sobre a vida e a morte de um trabalhador. Um dos setores que mais se expandiam com o propalado crescimento econômico era o da construção civil. Operários eram peças de reposição, ganhando pouco e estendendo sua jornada de trabalho com infindáveis horas extras para garantir a compra dos bens materiais que eram anunciados na TV. Acidentes de trabalho eram acontecimentos corriqueiros. Ao colocar isso em canção, Chico criticou indiretamente o sistema, afinal a situação do operariado era consequência das ações do governo. O personagem anônimo de “Construção” sai de casa, beija a mulher e os filhos e vai para o trabalho. Lá, se anima e ergue uma parede “como se fosse máquina”. Faz uma pausa, come qualquer coisa e bebe uma cachaça. Cai do andaime e se estatela no meio da rua, “como um pacote, atrapalhando o tráfego”. Chico situa tudo em formato não discursivo, até mesmo impessoal. As estrofes são repetidas três vezes, com algumas palavras-chave sendo trocadas de posição. Mas são essas mudanças que tornam ambígua a compreensão da música. Na primeira vez, o cantor apresenta a história de uma forma lógica, quase jornalística. Na segunda repetição, a mesma história é contada, mas agora é levado em conta o estado psicológico do protagonista, que já estava se transformando num autômato. Na parte final, que não aparece na íntegra, o peão anônimo já se encontra demente e alucinado, não é dono de suas ações. O trabalhador teria morrido como consequência da falta de condições de trabalho ou teria se suicidado, desesperado diante de suas escassas perspectivas de vida? “Construção” não seria tão arrebatadora sem o arranjo sinfônico e imponente concebido por Rogério Duprat. O maestro usou a orquestra como um componente sinistro, complementando a cadência do samba de Chico. Os instrumentos aparecem a princípio emulando os caóticos ruídos da metrópole, suas buzinas e prédios em construção. No final, quando “Construção” se funde ao refrão de “Deus Lhe Pague”, a canção mais parece uma ópera demente no estilo de Gilbert & Sullivan. “Construção” passou incólume pela censura, mas a partir daí Chico ficou visado. Dois anos depois, o compositor declarou que “Construção” não tinha nada a ver com o operariado, que a letra não refletia uma experiência formal, e sim emocional. “Construção” ainda é referência para entender um período espinhoso da sociedade brasileira. Essa é a marca de um verdadeiro artista. - Paulo Cavalcanti

28 de outubro de 2013

Casuarina - Canto de Ossanha



Criado em setembro de 2001, o Casuarina é um dos principais grupos da nova cena carioca de samba e choro. Composto por Daniel Montes (violão 7 cordas), Gabriel Azevedo (percussão e voz), João Cavalcanti (percussão e voz), João Fernando (bandolim e voz) e Rafael Freire (cavaquinho e voz), o grupo faz parte de uma geração que, carente dos gêneros mais tradicionais e representativos da música popular brasileira, começou a ouvir, pesquisar e consumir os sambas que um dia construíram a identidade musical brasileira, mas que há muito tempo estavam desprestigiados.

Canto de Ossanha é uma composição de Baden Powell e Vinicius de Moraes, considerada uma das mais belas músicas de todos os tempos.

18 de outubro de 2013

Maria Alcina - "Fio Maravilha"



Maria Alcina (Cataguases (MG), 22/04/1949) é uma cantora brasileira.

Maria Alcina
Entre seus maiores sucessos estão Fio Maravilha (Jorge Ben) — vencedora da fase nacional do Festival Internacional da Canção de 1972 — e Kid Cavaquinho (João Bosco e Aldir Blanc). Com Fio Maravilha, fez o Maracanãzinho vibrar e conquistou o estrelato.

Fio na capa da Revista Placar - Anos 1970
"Fio Maravilha" (também conhecida por "Filho Maravilha") é uma canção do compositor brasileiro Jorge Ben, lançada no álbum Ben, de 1972. Seu título é uma homenagem ao atacante do Flamengo João Batista de Sales, que era conhecido pelo apelido.

Tornou-se um grande sucesso no Brasil, e chegou a ser cantada pela torcida do Flamengo em partidas no estádio do Maracanã.

Anos mais tarde o compositor teve de mudar a letra para "Filho Maravilha", depois de uma série de questões jurídicas sobre os seus direitos autorais. Em 2007, em uma entrevista à Rede Globo, Fio Maravilha, então ex-jogador de futebol, autorizou Jorge Ben a usar novamente o famoso pseudônimo "Fio Maravilha", nome original.

17 de outubro de 2013

Elba Ramalho e Zé Ramalho - A Terceira Lâmina"




Elba e Zé Ramalho são primos, ambos paraibanos.


A Terceira Lâmina
Zé Ramalho

É aquela que fere
Que virá mais tranquila
Com a fome do povo
Com pedaços da vida
Como a dura semente
Que se prende no fogo
De toda multidão
Acho bem mais
Do que pedras na mão...

Dos que vivem calados
Pendurados no tempo
Esquecendo os momentos
Na fundura do poço
Na garganta do fosso
Na voz de um cantador...

E virá como guerra
A terceira mensagem
Na cabeça do homem
Aflição e coragem
Afastado da terra
Ele pensa na fera
Que o começa a devorar...

Acho que os anos
Irão se passar
Com aquela certeza
Que teremos no olho
Novamente a ideia
De sairmos do poço
Da garganta do fosso
Na voz de um cantador...

E virá como guerra
A terceira mensagem
Na cabeça do homem
Aflição e coragem
Afastado da terra
Ele pensa na fera
Que o começa a devorar...

Acho que os anos
Irão se passar
Com aquela certeza
Que teremos no olho
Novamente a ideia
De sairmos do poço
Da garganta do fosso
Na voz de um cantador...

Heiá! Oh! Oh!
Heiá! Oooooooh!
Oh! Oh! Oh! Oh!

15 de outubro de 2013

Andressa Zamboni e Rose - "Mulher"

Que o Rose canta muito, eu sabia. Que a família do Ié (Grupo Minuano) é toda musical, também sabia. Agora descobri que a filha mais nova da Miria e do Ié, a Andressa Zamboni, que trabalha conosco na TV Carajás, canta demais e fico achando que ela deve investir na carreira.

Nem me dei ao trabalho de pesquisar sobre a música. Sei apenas que a parceria, dela com o vocalista do Minuano, deu muito certo e resultado final foi maravilhoso.

27 de setembro de 2013

Tim Maia - "Mal de Amor"



Tim Maia (nome artístico de Sebastião Rodrigues Maia; Rio de Janeiro, 28/09/1942 — Niterói, 15/03/1998), foi um cantor, compositor, produtor, maestro, multi-instrumentista e empresário brasileiro, responsável pela introdução do estilo soul na música popular brasileira e reconhecido mundialmente como um dos maiores ícones da música no Brasil. Suas músicas eram marcadas pela rouquidão de sua voz, sempre grave e carregada, conquistando grande vendagem e consagrando muitos sucessos. Nasceu e cresceu na cidade do Rio de Janeiro, onde, em sua infância, já teve contato com pessoas que viriam a ser grandes cantores, como Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos. Em 1957, fundou o grupo The Sputniks, onde cantou junto a Roberto Carlos. Em 1959, emigrou para os Estados Unidos, onde teve seus primeiros contatos com o soul, vindo a ser preso e deportado por roubo e porte de drogas. Em 1970, gravou seu primeiro disco, intitulado Tim Maia, que, rapidamente, tornou-se um sucesso país afora com músicas como "Azul da Cor do Mar" e "Primavera".

23 de setembro de 2013

Tom Jobim e Danilo Caymmi - "Samba do Avião"



Antônio "Tom" Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25/01/1927 — Nova Iorque, 8/12/1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro. 


É considerado o maior expoente de todos os tempos da música brasileira pela revista Rolling Stone1 , e um dos criadores do movimento da bossa nova.

31 de julho de 2013

Lô Borges e Samuel Rosa - "Clube da Esquina nº 2"



Salomão Borges Filho, mais conhecido como Lô Borges (Belo Horizonte, 10/01/1952) é um cantor e compositor brasileiro. 

Foi um dos fundadores do Clube da Esquina, grupo de artistas mineiros que marcou presença na música popular nas décadas de 1970 e 1980. É co-autor, junto com Milton Nascimento, do disco Clube da Esquina, de 1972, que se tornaria um marco na música popular brasileira. Entre suas composições mais famosas destacam-se, entre outras, Paisagem da Janela, Para Lennon e McCartney, Clube da Esquina nº 2 e O Trem Azul.

É considerado um dos compositores mais influentes da música brasileira, tendo sido gravado por Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini e até por ídolos do pop-rock, como Nenhum de Nós, Ira!, Skank e Nando Reis, entre outros.

Samuel Rosa todo mundo sabe que é o craque vocalista do Skank.

25 de julho de 2013

Nara Leão e Chico Buarque - "Dueto"


Nara Lofego Leão Diegues (Vitória (ES), 19/01/1942 — Rio de Janeiro, 7/06/1989) foi uma cantora brasileira, a musa da Bossa Nova. 

Chico não carece de apresentações!

24 de julho de 2013

Dominguinhos, Mariana Aydar e Duani - "Sanfona Sentida"


O dia que a sanfona de Dominguinhos se calou
Júlia Biude/Do Diário OnLine

Na noite desta terça-feira, por volta das 18h, morreu Dominguinhos, aos 72 anos. O legítimo representante da música nordestina lutava há mais de seis anos contra um câncer de pulmão. Ao longo do tratamento, diversas complicações foram somadas ao seu quadro, como insuficiência ventricular, arritmia e diabetes.

A morte do cantor ocorreu em decorrência do agravamento de infecções e dos problemas cardíacos. Dominguinhos estava internado desde dezembro do ano passado por conta de uma pneumonia. O músico chegou a ter oito paradas cardíacas. No dia 13 de janeiro, foi para o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Nesta tarde, Dominguinhos havia voltado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A notícia foi passada à imprensa pela sua filha, Liv Morais.

Biografia - Dominguinhos nasceu em Garanhuns, no estado de Pernambuco, em 12 de fevereiro de 1941 e foi batizado como José Domingos de Morais. O músico começou sua carreira na infância, tocando no trio Os Três Pinguins.

Seu reconhecimento veio em um encontro com Luiz Gonzaga,  que achou que o menino tinha futuro. Ele lhe deu o seu endereço no Rio de Janeiro e pediu que o músico o procurasse, mas o novo encontro só aconteceu seis anos mais tarde, quando Dominguinhos mudou para a Cidade Maravilhosa com sua família.

Ele ganhou do Rei do Baião uma sanfona nova. Luiz Gonzaga chegou a declarar que o sanfoneiro era o herdeiro de seu reinado.

Seu primeiro LP foi gravado em 1967, a partir daí, o sucesso bateu em sua porta e Dominguinhos começou a ser convidado para gravações e turnês com grandes nomes da música popular, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.

O cantor gravou mais de 30 discos e compôs diversos sucessos, como De Volta para o Aconchego, conhecido na voz de Elba Ramalho, e Tantas Palavras, em parceria com Chico Buarque.

Em 2009, pela primeira vez em 50 anos de carreira, Dominguinhos gravou um álbum ao vivo, no Teatro Nova Jerusalém, em Pernambuco. No disco são 25 músicas, armazenadas em 16 faixas. O diferencial do trabalho foi a presença da orquestra, com trompetes, trombone, violinos e tudo que um legítimo forrozeiro tem direito. Em 2002, o sanfoneiro ganhou o Grammy Latinho, com o CD Chegando de Mansinho.

28 de junho de 2013

Paralamas do Sucesso - "Luis Inácio e os 300 picaretas"


"Luís Inácio (300 Picaretas)" é uma canção composta por Herbert Vianna e interpretada pelos Paralamas do Sucesso no EP Vamo Batê Lata, lançado originalmente em 1995. Conta com a participação especial de Jairo Cliff, da banda de reggae Lord Maracanã, nos vocais.

A canção cita o escândalo que ficou conhecido como "Anões do Orçamento", e os nomes de dois dos deputados envolvidos nele (João Alves de Almeida e Genebaldo Correia). Cita também Humberto Lucena, então senador pelo estado da Paraíba. Refere-se também a parlamentares que detêm concessões de "rádio FM e de televisão", o que é expressamente proibido pela Constituição de 1988.

Assim que o EP Vamo Batê Lata foi lançado, a canção despertou a ira do então procurador da Câmara dos Deputados, José Bonifácio de Andrada. Andrada conseguiu proibir a execução de "Luís Inácio" em um show dos Paralamas em Brasília (sendo que a canção nem constava no repertório). No show em questão, Vianna tocou "Proteção", do grupo Plebe Rude, como forma de retaliação à ação de Andrada.

Começou-se, então, uma longa discussão na qual os parlamentares queriam proibir a execução pública da canção (o que foi tido por toda a imprensa como sendo um ato inconstitucional que remetia aos tempos da censura imposta pela ditadura militar). Por fim, "Luís Inácio" teve sua execução vetada apenas nas rádios e em lojas de discos.

Em 2005, "Luís Inácio (300 Picaretas)" foi a segunda música mais lembrada pelos leitores do jornal O Globo para definir a crise política (atrás de "É Ladrão que Não Acaba Mais", de Bezerra da Silva).

23 de junho de 2013

Guilherme Arantes - "Coisas do Brasil"


Guilherme Arantes (São Paulo, 28/07/1953) é um cantor e compositor brasileiro. Começou sua carreira como tecladista e vocalista da banda Moto Perpétuo, grupo de rock progressivo dos anos 70.

21 de junho de 2013

Chico Buarque - "Jorge Maravilha"


A partir da gravação de "Apesar de você", interpretada pelas autoridades da ditatura militar como uma ofensa ao general Emílio Garrastazu Médici (presidente brasileiro à época), os censores do Serviço de Censura de Diversões Públicas tornaram-se bastante rígidos com o compositor. Todas as letras assinadas por Buarque recebiam o carimbo "interditada". Para escapar das limitações, especialmente após as proibições impostas ao álbum "Calabar", Chico Buarque criou o heterônimo Julinho da Adelaide. A estratégia funcionou, e músicas como "Acorda amor", "Milagre brasileiro" e "Jorge Maravilha".

Em 1975, uma reportagem sobre censura publicada no Jornal do Brasil revelaria que Julinho da Adelaide e Chico Buarque eram a mesma pessoa. Por causa dessa revelação, o serviço de censura da ditatura militar passou a exigir cópias do RG e do CPF dos compositores.

A partir daí, passou-se a suspeitar que a letra de "Jorge Maravilha" tinha sido feita para o general e então presidente Ernesto Geisel, cuja filha Amália Lucy havia declarado ser grande fã da obra de Buarque.

18 de junho de 2013

Geraldo Vandré - "Caminhando"

Momento apropriado para ouvirmos novamente o hino que moveu a juventude brasileira nos anos 1960. Pena que nesses momentos de protesto, de mostrar indignação contra a falta do básico no Brasil (menos impostos, corrupção, ministérios, crimes hediondos sem punição, da gastança pública... Mais investimentos na saúde, na educação, no transporte...) apareçam marginais oportunistas (redundância!) e acabem tornando o evento violento. Mais pena ainda é que os governantes não aproveitem a voz do povo para fazer todas as reformas (fiscal, política e tributária entre outras) que os brasileiros tanto desejam. E pensar que nos anos 1960, quando Geraldo Vandré compôs essa música, quem estava nas ruas eram os atuais líderes políticos do País! Continuo com esperança.



CAMINHANDO (PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES)
(Geraldo Vandré - 1968)

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.