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30 de março de 2012

O bicampeonato estadual da Associação Tagliari - Guarapuava 1980

Severo Zavadniak Júnior
Pela internet tenho a felicidade de reencontrar alguns amigos queridos. Dias desses adicionei o Severo no Facebook e relembrei da bela conquista do bicampeonato estadual da Associação Tagliari. Aproveito para postar novamente uma resenha que publiquei em 2006 no semanário "Entre Rios".

Chegamos a Guarapuava com a missão de manter o título de campeão, conquistado no ano anterior em Paranavaí. Alojamo-nos numa sala do próprio ginásio de esportes onde aconteceria a competição. 

Uma semana inteira de competição, uma semana toda de chuva e no alojamento não havia um só canto que não gotejasse.

Valmar de Maringá, Guarapuava, AABB e Transbussadori, ambas de Londrina, e Círculo Militar de Curitiba foram nossos adversários. Éramos as seis melhores equipes paranaenses sem dúvida alguma, com destaque para o Círculo Militar que contava com um jogador da Seleção Brasileira (Didu) e com uma estrutura de causar inveja até nos dias de hoje. Contrastando com nosso precário alojamento, eles se hospedaram no melhor hotel guarapuavano.

Época de muito amadorismo, nossa equipe contava apenas com o patrocínio da própria família Tagliari e, por isso, economizávamos em tudo que podíamos. E ainda contávamos com inconvenientes (na verdade, compromissos com seus empregos) que impediam que alguns de nossos atletas participassem desde o início da competição. Apenas nos dois últimos jogos contamos com a equipe completa (Hélio Ubialli, então funcionário do Banco do Brasil e apaixonado pela modalidade, conseguiu a liberação dos jogadores em seus empregos e ainda os levou até Guarapuava).

Um a um os adversários foram sendo derrotados!

Quatro a dois sobre a Valmar (com três gols de sem-pulo do Ione, como só ele sabia fazer!) foi o resultado da nossa estréia.

Tagliari e AABB de Londrina, que praticamente decidiu quem enfrentaria o Círculo Militar no jogo final, foi inesquecível. Perdíamos por três a um quando o Severo Zavadaniak, um dos que o Ubialli tinha liberado, entrou e, com quatro golaços, virou o jogo para cinco a três. Onde anda o Severo?

No jogo final contra o Círculo Militar, vitória simples de qualquer uma das equipes daria o título para a vencedora. Empatando, a AABB de Londrina seria a campeã. (Um acordo de bastidores entre londrinenses e curitibanos, com a conivência da Federação, firmou-se que em caso de empate, uma melhor de três pontos seria disputado entre eles para definir o campeão estadual).

Não demos essa chance a ele! Vencemos por dois a zero (um gol meu, outro do Carlão Tagliari) e conquistamos o bicampeonato e o direito de disputar a Taça Brasil de Clubes Campeões, no ano seguinte em Cuiabá, onde fizemos ótima campanha e ficamos entre os seis melhores clubes do Brasil. Isso tudo com uma estrutura amadora, patrocínio familiar, muito amor á camisa e contando apenas com atletas locais.

Silvio Cintra, David Cardoso, João Miguel Baitala, “Beline” Fuzeto, Carlão Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Ione Sartor e Itamar Tagliari participaram daquela conquista. E o Hélio Ubiali e todas as nossas famílias, é claro!

(Severo Zavadniak Júnior reside atualmente em Maringá, onde trabalha na GVT)

20 de março de 2012

O primeiro título estadual da Associação Tagliari

Demafra, Valmar, Clube dos Oficiais, Guarapuava, Nova Esperança e Associação Tagliari se reuniram em Paranavaí para decidirem a Taça Paraná de Futsal (a atual Chave Ouro). Recém completado 19 anos, fui convocado pelo Itamar Tagliari para pela primeira vez participar de uma competição adulta. Já era metido representando a cidade nas competições juvenis, imaginem jogando pela Associação Tagliari!

Itamar, que naquele ano se dividia entre jogador e treinador, sempre começava os jogos com Careca, João Miguel, Carlão, Rancho e Ione. Para mim parecia um time imbatível de tanto que meus companheiros jogavam. Do banco eu mais parecia um torcedor, mas quando convocado entrava e não fazia feio. Na primeira partida, diante dos maringaenses da Valmar, entrei e levei uma pancada do meu amigão Astério (que jogava firme como poucos) que até hoje quando a bola bate na canela, lembro dele. Levantou um hematoma tão grande, que um repórter de rádio que veio me entrevistar no banco levou um susto e fiquei com a impressão que ele ficou com dó.

E o time que para mim parecia imbatível, acabou causando a mesma impressão nos adversários e na torcida que todos os dias lotava o ginásio Lacerdinha. Bastava entrar no ginásio e lá estava eu ‘espichando as orelhas’ para ouvir os elogios e palavras de admiração. Mas também ouvia que a decisão de verdade seria diante do time da casa, o Demafra, que contava com Dilvo, Divanei e Carmo, craques que eu aprendera a admirar tanto quanto eu admirava os meus companheiros de equipe.

A partida aconteceu na penúltima rodada e, para minha vaidade, com um gol meu e outro do Gilmar Fuzeto -- ambos éramos os imediatos do treinador mourãoense -- vencemos por 3 a 1 e convencemos torcedores e adversários que dificilmente deixaríamos escapar o nosso primeiro título estadual. No domingo pela manhã, de um distante dezembro de 1979, jogando pelo empate, vencemos com certa facilidade o Clube dos Oficiais de Ponta Grossa e comemoramos como nunca.

Comemoramos no ginásio, com reconhecimento de toda a torcida paranavaiense, na viagem de volta e, principalmente, em Campo Mourão, onde uma grande caravana de carros nos aguardava e nos acompanhou em desfile por toda a cidade. No ano seguinte, em Guarapuava, conquistamos o bicampeonato.

Abaixo, foto da equipe campeã. Clique nela para ampliar.

em pé (da esq. para a direita): Seu Értile, Itamar Tagliari, Gastão, Ivando "Rancho" Capato, Ione Sartor e Pedro Ivo Szapak
 agachados: João Miguel Baitala (in memorian), Paulo Gilmar Fuzeto (com Carlinhos Tagliari), Luizinho Ferreira Lima, Carlão Tagliari (com Flavinho Tagliari Bisol) e Alvaro "Careca".

7 de fevereiro de 2012

A. Tagliari no Rio Grande do Norte

Esta é a Associação Tagliari que disputou a Taça Brasil de Clubes Campeões de Futsal, 1980, em Currais Novos, no Rio Grande do Norte. 

Numa chave com mais três equipes (Bahia, Espírito Santo e Paraíba), não nos classificamos para a fase final, disputada em Natal. 

Disputamos a Taça com oito jogadores apenas. Ione Sartor e Ivando “Rancho” Capato, dois dos nossos principais jogadores, não puderam participar por causa de seus compromissos profissionais. Itamar Tagliari, na época jogador e treinador, foi o autor da foto. 

Naquele mesmo ano, em Guarapuava, nos sagramos bicampeões paranaenses invictos.


(da esq. para a direita): Paulo Gilmar Fuzeto, Zé Luiz "Pancho", Antonio Admir "Beline" Fuzeto, Carlos Alvaro Tagliari, Álvaro "Careca", Luizinho Ferreira Lima e Paulino

Disputei a primeira Taça Brasil de Clubes Campeões em 1980, na cidade de Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte. Infelizmente não passamos da primeira fase numa chave que classificou o Álvares Cabral do Espírito Santo e contava ainda com uma equipe da Bahia e outra da Paraíba.

Perdemos, mas aprendemos muita coisa que acabaria nos auxiliando na conquista do bicampeonato paranaense naquele mesmo ano e na ótima classificação na Taça Brasil do ano seguinte, quando acabamos entre os seis primeiros colocados do país.

O que mais aprendi, nessa minha estréia em eventos nacionais, não foi dentro da quadra e sim fora dela.     

Como chegamos com alguns dias de antecedência, acabamos conhecendo bem a pequena e simpática Currais Novos, onde éramos atração principalmente por sermos do sul.

Numa pequena lanchonete nos deliciávamos com água de coco e um saboroso doce de leite caseiro. Era sagrado, após as refeições e os treinos lá estávamos nós, sempre puxados pelos irmãos Carlão e Itamar Tagliari, tão amantes de doce como eu.

Na estréia, o Itamar machucou o joelho, impossibilitando-o de andar. De volta ao hotel, jantamos e nos preparamos para ir saborear as delicias da lanchonete, para afogar as dores da derrota contra os capixabas, quando o Itamar pede para o Carlão trazer uma água de coco e um doce de leite porque ele ficaria se tratando no hotel. Carlão não aceita de forma alguma e insiste para que ele nos acompanhe. Com muita dor, o Itamar diz que é melhor descansar. O enorme joelho, inchado como nunca tinha visto, para mim era argumento suficiente para deixá-lo sozinho, mas não para o Carlão, que o carregou no colo na ida e na volta da lanchonete, para nosso espanto e de todos que passavam.

Sempre que conto esta passagem, brinco, exagerando, que se fosse comigo, além de não ter força para carregar nenhum dos meus irmãos, ainda seria capaz de esquecer de comprar as guloseimas para eles. Lógico que é apenas brincadeira. Amo meus irmãos, assim como os Tagliari se amam!

Tenho enorme respeito e admiração por todos daquela família, da mesma forma que demonstra meu pai quando conta alguma coisa do seu Itacir Tagliari e sua família.

20 de dezembro de 2011

Banestado Futsal/Maringá no Clube 10 de Outubro

Do álbum do Itamar Tagliari, foto de 1973 mostra a equipe do Banestado Futsal, de Maringá, quando de um amistoso com a Associação Tagliari

O jogo foi realizado na cancha do Clube 10 de Outubro, uma cancha de asfalto bruto que foi onde muitos craques do futsal mourãoense surgiram. Ela fica ali onde hoje tem as quadras de tênis de campo, na esquina da Irmãos Pereira com a Interventor Manoel Ribas. Como dá pra ver, nos jogos do Tagliari a presença do público era muito grande.

Walter Guerlles, atual secretário de esportes de Maringá e companheiro dos tempos em que joguei a modalidade, ajudou na escalação do timaço maringaense. 

Aprendia muito ao assistir o Preto, Rozael e o Custódio jogando. Os dois últimos chegaram a morar uma época em Campo Mourão, quando trabalharam na Valmar e na Pneumar respectivamente. 

Essas quadras de asfalto em que começamos a jogar, são com certeza as grandes responsáveis pelas contusões crônicas, que tanto nos incomodam atualmente. A combinação piso duro e tênis inapropriado só podiam gerar uma geração cheia de artrose e outras 'oses' ou 'ites'. Clique na imagem para ampliar.


em pé (da esq. para a direita): Fumaça, Paulo Roberto, Pudim, Rozael (in memorian), Fidel e Clodemir.
agachados: Custódio, Zezé, Preto e Ademirzinho.

18 de novembro de 2011

Se 'metidando' na Comcam


Associação Tagliari - Bicampeã Paranaense 1979/1980
em pé (da esq. para a direita): Seu Értile, Itamar Tagliari, Gastão, Ivando "Rancho" Capato, Ione Paulo Sartor e Pedro Ivo Szapak
agachados: João Miguel Baitala, Paulo Gilmar Fuzeto com o Carlinhos Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Carlão Tagliari com o sobrinho Flavinho e Álvaro "Careca".
Na primeira vez que disputei um campeonato adulto de futebol de salão, pela Associação Tagliari, tive a felicidade de ser campeão paranaense.   

Conquistamos, de forma invicta, a Taça de Paraná, jogando contra as seis principais equipes do estado, em Paranavaí, em 1979. Eu era o mais novo da turma e, por isso mesmo, era protegido por todos. Jogar ao lado do Carlão, Ione, Rancho, Beline e Gilmar fazia com que as difíceis vitórias não parecessem tão difíceis assim. E, isso, inflava ainda mais o meu ego, que não era pequeno!  

Já era difícil me aturar pelo simples fato de jogar pelo Tagliari, imaginem campeão paranaense, então! Amigos me diziam que eu jogava bem (confirmando o que eu também pensava! Sentiram a metidez?).

Logo após nossa conquista, um torneio foi realizado em Araruna, aberto à participação de municípios da Comcam (Para quem tinha vencido a Demafra de Paranavaí, a Valmar de Maringá, o Clube dos Oficiais de Curitiba seria fácil ganhar das pequenas cidades vizinhas, assim pensei, e seria boa oportunidade para mostrar toda a minha qualidade).

Na verdade, o evento era para mostrar ainda mais o Tagliari para região. Seria realizado de forma eliminatório para que um número maior de equipes enfrentasse-nos.

Na quadra descoberta do único Clube de Araruna enfrentaríamos, na estreia, o time de Quinta do Sol. Quando entro no vestiário, mais metido que ganso novo, observo que alguns adversários usam tênis inapropriados para o futsal e, absurdo e engraçado, amarram o cadarço na canela. Lógico que não gozei deles, mas no nosso vestiário não parava de ironizá-los.

A torcida, que se espremia em volta da quadra, era toda para o adversário, que de cara abriram o placar. Com muito esforço, empatamos. Eles desempataram, nós empatamos. E foi assim até o final do jogo. Eles passavam na frente – sempre com gol daqueles que amarravam o cadarço na canela – e nós sofríamos para empatar. No final, vitória deles, por quatro a três, para delírio da maioria.

Nunca mais julguei ninguém pela maneira de se trajar.

No final daquele ano, 1980, nos sagramos bicampeões paranaenses invictos.

10 de novembro de 2011

Associação Tagliari - 1980

Foto de 1980, mostra parte da delegação da Associação Tagliari em Fortaleza (CE).  

Campeões paranaenses do ano anterior, adquirimos o direito de representar o Paraná na Taça Brasil de Clubes Campeões, que foi realizado no Rio Grande do Norte (nossa sede foi em Currais Novos, na divisa com a Paraíba). Foi minha primeira viagem de avião e sofri bastante nas mãos dos amigos, especialmente do Gilmar Fuzeto.

A foto mostra o falecido presidente da Federação Paranaense Jorge Kudri, que nos acompanhou durante toda a competição e sofreu muito com o calor potiguar. Nela estão também o Itamar Tagliari, nosso treinador, o Carlão Tagliari, o Gilmar, o Alvaro "Careca", um dos melhores goleiros de futsal que vi jogando, e Eu. 

Não fomos bem na competição e saimos eliminados ainda na primeira fase. Mas no final do mesmo ano nos sagramos bicampeões estaduais e no ano seguinte, em Cuiabá, fizemos uma ótima Taça Brasil e terminamos entre os seis primeiros do País.

Lembro que descemos do avião sem autorização para tirar essa foto, durante parada no aeroporto cearense, e levamos uma bronca da tripulação quando retornamos para a aeronave. Clique na imagem para ampliar


1- Luizinho Ferreira Lima, 2- Jorge Kudry (in memorian), 3- Itamar Tagliari, 4- Alvaro "Careca", 5- Carlos Alvaro Tagliari e 6- Paulo Gilmar Fuzeto