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14 de abril de 2015

Benefícios da castração vão além da saúde e melhoram o comportamento dos cães

Apesar da fofura, os cachorrinhos apresentam comportamentos que podem causar transtornos para os seus donos. Para amenizar estes comportamentos, já está mais do que na hora de castrar o seu pet. 

A médica veterinária do Hospital Veterinário HV Pró Vita, Rhéa Cassuli Lima dos Santos, explica que mais do que melhorar o comportamento, a saúde do cachorrinho ganha - e muito - com este procedimento. 

Benefícios para a saúde se castrar um cachorrinho logo cedo os benefícios são vários. Para os machinhos, reduz muitas coisas como, as chances de neoplasias de testículo, o comportamento territorial (a vontade incontrolável de demarcar/urinar), a agressividade, comportamento de cruza e as chances de fuga. 

Já para as fêmeas, a castração é ainda mais benéfica pois reduz as chances da cachorrinha desenvolver câncer de mama, útero e ovários, possibilidades de infecções uterinas, mastites, gravidezes indesejadas, assim como os problemas com a gravidez psicológica (pseudociese) e no 
comportamento de formar ninhos e a agressividade. 

Quanto mais cedo é feita a castração das fêmeas, menores são as chances da cachorrinha sofrer com câncer de mama na vida adulta. 

O comportamento do cachorro realmente se altera para melhor. Rhéa Cassuli explica que a mudança de comportamento pode ser facilmente observado. "Muitos fatores que impulsionam ou motivam comportamentos são hormonais. Alguns comportamentos que seriam normais e muito úteis na natureza, como demarcar territórios, não são bons ou aceitáveis dentro de casa" afirma a média veterinária observando que é fácil perceber que até mesmo o cheiro da urina de cães ou gatos não castrados é mais forte. 

Procedimento para machos e fêmeas: quais as diferenças? 

Os procedimentos para castração de machos e fêmeas são bastante diferentes. "No caso dos machos é a orquiectomia, ou seja, a remoção cirúrgica dos testículos. No caso das fêmeas é realizada a ovário salpingo histerectomia (OSH), ou seja, a remoção cirúrgica do útero, ovários e anexos. Embora a cirurgia dos machinhos seja muito menos invasiva, ambas são procedimentos rotineiros e já muito bem estabelecidos" esclarece Rhéa Cassuli. 

No entanto, doutora Rhéa lembra que não é bom desprezar os riscos e diminuir a importância de um bom preparo e suporte. "É preciso realizar os exames pré cirúrgicos e pré anestésicos. A importância da anestesia inalatória acompanhada reduz os riscos ao mínimo possível". 

Normalmente, os animaizinhos estão liberados para ir para casa no mesmo dia, após algumas horas de observação e de se recuperarem 100% do procedimento anestésico. "Cada animalzinho deve ser observado e monitorado para se ter certeza de que está realmente apto para receber alta e ir embora. Cada indivíduo é único e responde de forma diferente aos mesmos fatores. Por isso devem receber atenção especial" afirma Rhéa Cassuli. 

8 de setembro de 2014

Veterinária alerta para prevenção do câncer em cães e gatos


A cada semana, o Hospital Universitário de Medicina Veterinária Professor Firmino Marsico Filho (Huvet), da Universidade Federal Fluminense (UFF), faz até 30 cirurgias em cães e gatos, sendo que em 50% delas, os animais têm algum tipo de câncer. Um dos mais comuns é o de mama, segundo a professora Maria de Lourdes Gonçalves Ferreira. Para a especialista, uma das formas de reduzir o risco de câncer de mama nos bichos é a castração.

De acordo com a professora, estudos internacionais indicam que se o procedimento em cadelas for feito antes do primeiro cio, a probabilidade de desenvolvimento de tumor de mama é 0,05%. O percentual sobe para 8% se for após o primeiro cio e para 26% antes do terceiro. "Não se anula porque tem outros fatores para desenvolver o câncer em qualquer espécie, mas em veterinária ele tem um componente hormonal importante. Então, quanto menos tempo a fêmea ficar sob a ação hormonal, menor a probabilidade de desenvolver o câncer de mama", explicou.

Segundo a médica veterinária, não é possível dimensionar a quantidade de animais com a doença no Brasil, porque muitos nunca passaram por um atendimento clínico. Mesmo sem números precisos, a professora avalia que a ocorrência é bastante frequente, principalmente, em cadelas com mais de 8 anos de idade.

O setor de Cirurgia e Oncologia do Hospital Universitário de Medicina Veterinária da UFF atende cadelas e gatas com a doença, e também as que sofrem de outros cânceres. O hospital funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, na Avenida Almirante Ary Parreiras, 507, no bairro de Santa Rosa, Niterói.

Para orientar sobre os cuidados que devem ser tomados e a forma de prevenção da doença, o Huvet promove hoje (6) uma campanha de prevenção no Campo de São Bento, em Icaraí, Niterói.

Maria de Lourdes informou que os donos dos animais vão receber informações sobre os tipos de exames que devem ser feitos, como funciona a quimioterapia e quais sintomas precisam ser observados para o diagnóstico. "O objetivo da campanha é informação. Não vai ser feito atendimento de animal. Não vai ter consulta até porque isso é proibido pelo Conselho de Medicina Veterinária", explicou.

A campanha é uma ação do hospital, com a Pró-Reitoria de Extensão, dentro do projeto de atendimento clínico, cirúrgico e oncológico em veterinária. A ideia da equipe é tornar a iniciativa anual. [ Agência Brasil ]