Apesar da fofura, os cachorrinhos apresentam comportamentos que podem causar transtornos para os seus donos. Para amenizar estes comportamentos, já está mais do que na hora de castrar o seu pet.
A médica veterinária do Hospital Veterinário HV Pró Vita, Rhéa Cassuli Lima dos Santos, explica que mais do que melhorar o comportamento, a saúde do cachorrinho ganha - e muito - com este procedimento.
Benefícios para a saúde se castrar um cachorrinho logo cedo os benefícios são vários. Para os machinhos, reduz muitas coisas como, as chances de neoplasias de testículo, o comportamento territorial (a vontade incontrolável de demarcar/urinar), a agressividade, comportamento de cruza e as chances de fuga.
Já para as fêmeas, a castração é ainda mais benéfica pois reduz as chances da cachorrinha desenvolver câncer de mama, útero e ovários, possibilidades de infecções uterinas, mastites, gravidezes indesejadas, assim como os problemas com a gravidez psicológica (pseudociese) e no
comportamento de formar ninhos e a agressividade.
Quanto mais cedo é feita a castração das fêmeas, menores são as chances da cachorrinha sofrer com câncer de mama na vida adulta.
O comportamento do cachorro realmente se altera para melhor. Rhéa Cassuli explica que a mudança de comportamento pode ser facilmente observado. "Muitos fatores que impulsionam ou motivam comportamentos são hormonais. Alguns comportamentos que seriam normais e muito úteis na natureza, como demarcar territórios, não são bons ou aceitáveis dentro de casa" afirma a média veterinária observando que é fácil perceber que até mesmo o cheiro da urina de cães ou gatos não castrados é mais forte.
Procedimento para machos e fêmeas: quais as diferenças?
Os procedimentos para castração de machos e fêmeas são bastante diferentes. "No caso dos machos é a orquiectomia, ou seja, a remoção cirúrgica dos testículos. No caso das fêmeas é realizada a ovário salpingo histerectomia (OSH), ou seja, a remoção cirúrgica do útero, ovários e anexos. Embora a cirurgia dos machinhos seja muito menos invasiva, ambas são procedimentos rotineiros e já muito bem estabelecidos" esclarece Rhéa Cassuli.
No entanto, doutora Rhéa lembra que não é bom desprezar os riscos e diminuir a importância de um bom preparo e suporte. "É preciso realizar os exames pré cirúrgicos e pré anestésicos. A importância da anestesia inalatória acompanhada reduz os riscos ao mínimo possível".
Normalmente, os animaizinhos estão liberados para ir para casa no mesmo dia, após algumas horas de observação e de se recuperarem 100% do procedimento anestésico. "Cada animalzinho deve ser observado e monitorado para se ter certeza de que está realmente apto para receber alta e ir embora. Cada indivíduo é único e responde de forma diferente aos mesmos fatores. Por isso devem receber atenção especial" afirma Rhéa Cassuli.
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