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3 de novembro de 2014

Cinco formas de reduzir e controlar a taxa de colesterol

Alimentação saudável é a chave para manter um índice saudável e afastar os riscos de infarto e derrame


O colesterol é um tipo de gordura que circula na corrente sanguínea e que carrega a fama de vilão pelo fato de, em excesso, aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como derrame e infarto. A substância, no entanto, é essencial para algumas funções do organismo, já que ajuda na regeneração dos tecidos e dos ossos e na produção de hormônios sexuais e de vitamina D. Prova disso é que 70% de todo o colesterol presente no corpo de uma pessoa é produzido por seu próprio organismo.

Para circular pela corrente sanguínea, o colesterol precisa se ligar a uma lipoproteína, molécula que contém proteína e gordura. Existem dois tipos dessas moléculas transportadoras: as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e as de alta densidade (HDL) — e são elas que determinam se o colesterol será mais ou menos prejudicial à saúde.

Enquanto o LDL deposita o colesterol nas paredes das artérias, podendo entupir os vasos e desencadear problemas cardiovasculares, o HDL leva o excesso de colesterol para o fígado para que seja eliminado pelo intestino. Por isso, o colesterol transportado pelas moléculas LDL e HDL é conhecido como colesterol ruim e bom, respectivamente.

Os médicos consideram que os níveis de HDL devem ser de, no mínimo, 60 miligramas por decilitro de sangue e os de LDL não devem ultrapassar 100 miligramas por decilitro de sangue. Em quantidade superior a essa, o colesterol "ruim" pode se acumular nas artérias e formar placas de gordura. "Com o tempo, essas placas reduzem a circulação do sangue que vai para o coração e podem formar coágulos, interrompendo completamente a passagem do sangue, que é a causa do infarto ou derrame cerebral", diz o cardiologista Luiz Bortolotto, coordenador do Centro de Hipertensão do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

A alimentação é uma importante fonte de colesterol — e a qualidade dos hábitos alimentares é fundamental para controlar os níveis de gordura no sangue. Para garantir que o colesterol não prejudique a saúde, é essencial evitar o consumo de gorduras saturadas, como explica o endocrinologista Alex Leite, do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, em São Paulo. Segundo ele, alguns alimentos ricos nesse tipo de gordura são laticínios e derivados integrais, como leite integral, queijos de coloração mais amarela, manteiga e requeijão, além de carnes gordas, como lombo de porco, picanha, cupim e embutidos.

Praticar atividade física, ingerir alimentos ricos em fibra e parar de fumar também ajuda a controlar o colesterol, reduzindo os níveis de LDL e aumentando os de HDL.

Tratamento — No entanto, existem casos em que as taxas de colesterol não se estabilizam com alimentação e atividade física. As causas para esses problemas podem estar em alguma doença metabólica, como o diabetes e a obesidade, ou na herança genética. "Pessoas que têm familiares com colesterol alto tendem a apresentar taxa elevada de colesterol, independentemente da dieta", diz Marcelo Paiva, cardiologista do Núcleo de Cardiologia do Hospital 9 de Julho.

O tratamento à base de estatina é o mais utilizado nesses casos: o medicamento inibe a produção de colesterol pelo organismo. Mesmo esses pacientes, porém, devem seguir recomendações básicas para controlar o colesterol.

Estratégias para controlar o colesterol

Consuma ômega-3
O ômega-3 é um ácido graxo que tem função anti-inflamatória. Ele diminui o risco de placas de gordura, formadas pelo colesterol alto, inflamarem e causarem coágulos. Além disso, o nutriente reduz o colesterol ruim (LDL) e aumenta o bom (HDL). O ômega-3 pode ser encontrado em peixes, principalmente na sardinha e no salmão. Não por acaso, um estudo comprovou que a dieta do mediterrâneo, que é rica nesse ácido graxo, pode reduzir os níveis de colesterol no sangue.

Evite alimentos ricos em gordura saturada
Carnes gordas (como a picanha), leite integral, queijo amarelo, presunto e manteiga são exemplos de alimentos ricos em gordura saturada. "Esse tipo de gordura é o que tem a maior concentração de colesterol ruim em sua composição", diz o cardiologista Luiz Bortolotto, coordenador do Centro de Hipertensão do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. Prefira as versões menos gordurosas desses alimentos, como carnes brancas e leite desnatado.

Pratique exercícios físicos
A prática de atividades física acelera o metabolismo e, consequentemente, incentiva a ação das enzimas que elevam a concentração de colesterol bom no sangue. Indiretamente, o exercício reduz o nível de colesterol ruim e protege as artérias. O ideal é praticar pelo menos 30 minutos de atividade física três vezes por semana.


Eleve a ingestão de fibras
As fibras ajudam a diminuir a absorção intestinal das gorduras, matéria-prima do colesterol. "Esse mecanismo faz com que o organismo excrete mais gordura do que absorve e ajuda a controlar os níveis de colesterol ruim no corpo", afirma Marcelo Paiva, cardiologista do Núcleo de Cardiologia do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Um estudo mostrou que ingerir três quartos de xícara de chá por dia de leguminosas — como feijão, lentilha e grão-de-bico —, ricas em fibra, pode diminuir em 5% as taxas de colesterol ruim. Outras boas fontes do nutriente são aveia, chia e caqui. 

Pare de fumar
O tabagismo em si não eleva os níveis de colesterol ruim no sangue. Porém, componentes como a nicotina deterioram as paredes das artérias, de modo que fica mais fácil o colesterol se fixar nelas. "O cigarro acelera e agrava o processo de formação de placas de gordura", diz Marcelo Paiva. [Veja]

8 de outubro de 2013

Mitos e verdades do colesterol

Ovo é o vilão? exercícios físicos diminuem as taxas? veja respostas

foto: ilustração (Getty imagens)

As altas taxas de colesterol ruim no sangue (LDL) estão entre as principais causas de mortes por infarto. Para diminuir os riscos, a Sociedade Brasileira de Cardiologia reduziu a taxa considerada saudável de 100 para 70, o que aumenta o número de pacientes em tratamento para o colesterol alto. Mas você sabe como evitar que o problema? A seguir, veja mitos e verdades do colesterol:

1: O ovo é o grande vilão do colesterol alto
Mito. De acordo com o nutrólogo Mohamad Barakat, estudos indicam que o ovo, por tanto tempo acusado de ser o grande vilão do colesterol alto, pode ser consumido moderadamente. “Ele é rico em ácido láurico, importante para a memória e o bom funcionamento dos músculos. Recomendo apenas que ele não seja frito em óleo quente. Quem não apresenta níveis altos de mau colesterol (LDL) no sangue pode consumir até dois ovos inteiros por dia. Já as pessoas com taxas alteradas devem seguir a recomendação médica para mantê-las equilibradas", orienta o especialista. 

2: A prática de atividades físicas ajuda a controlar as taxas de colesterol
Verdade. Segundo o cardiologista  Antonio Carlos Till, “atividades físicas aeróbicas regulares, como natação, corrida, tênis, futebol e andar de bicicleta, ajudam no controle do peso e dos níveis de colesterol. Estes exercícios aumentam o colesterol bom e ajudam na redução do colesterol ruim, equilibrando as taxas”. 

3: Para ter saúde, preciso excluir todos os alimentos com colesterol da dieta
Mito. O colesterol não pode ser eliminado completamente, já que é utilizado pelo organismo para produzir hormônios esteroides, essenciais ao bom funcionamento das funções do corpo. Entre eles, estão os hormônios sexuais estrógeno e progesterona nas mulheres, e a testosterona nos homens. Ainda existe o cortisol, que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue e defende o corpo de infecções. Já a aldosterona é importante para reter sal e água no organismo. O corpo ainda utiliza o colesterol para produzir uma quantidade significativa de vitamina D, responsável por ossos e dentes fortes, fabricada quando a pele é exposta à luz do sol”, explica Suzete. 

4: O colesterol alto pode ter fatores genéticos
Verdade. Infelizmente, alguns casos de colesterol alto não podem ser controlados com alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. “Há três causas para a alteração do colesterol. A primeira é o fator genético, em que os genes determinam essa alteração nas taxas. A segunda é a alimentação, com consumo elevado de alimentos ricos em gordura e a terceira possibilidade para a elevação do colesterol são doenças, como hipotireoidismo, diabetes e alterações nos rins. A idade também é um fator de risco, já que o colesterol se eleva conforme ela avança. Nos homens isso ocorre a partir dos 45 anos e, nas mulheres, tem início aos 55 anos”, explica a médica ortomolecular Suzete Motta.

5: Evitar o consumo de gorduras evita a elevação das taxas de colesterol
Verdade. Para evitar taxas altas de colesterol é preciso praticar exercícios físicos regularmente e controlar a alimentação. “Bacon, toucinho, carne de frango com pele, torresmo, manteiga, creme de leite, nata, frituras, salsicha, salame, linguiça e carne em geral são os principais alimentos que contém uma significativa quantidade de colesterol”, diz Suzete. 

6: Quem tem colesterol alto só precisa tomar remédio para controlar o problema
Parcialmente verdade. Em casos que não correspondem ao fator genético para elevação das taxas de colesterol, é possível tentar controlá-las com exercícios físicos e mudanças na alimentação, antes de fazer uso do remédio. “As gorduras boas, insaturadas, ajudam a diminuir o colesterol, mas são calóricas e precisam ser consumidas com moderação. Elas estão presentes no abacate, nozes, avelãs, margarina e óleos vegetais, como os de oliva, canola, soja, milho e girassol”, explica Suzete. É preciso controlar as taxas para toda a vida, mas só o especialista poderá avaliar a necessidade de medicação. (via: GNT Saúde)