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14 de julho de 2021

Estudar música ajuda realizar tarefas cognitivas complexas, diz estudo

Um estudo recente confirmou que o estudo da música faz com que o cérebro tenha uma maior conectividade funcional. 


Você já deve ter ouvido falar, ou mesmo vivido na prática, os benefícios que o ato de estudar música pode trazer para o cérebro. As vantagens do aprendizado de algum instrumento musical se acentuam ainda mais quando isso é feito logo na infância. Muitas vezes, o estudo na área musical traz melhorias no desempenho em outras áreas, não relacionadas à música.

Um estudo recente confirmou que o estudo da música faz com que o cérebro tenha uma maior conectividade funcional. A pesquisa foi realizada por neurologistas das universidades de Zurique, na Suíça, e Stanford, nos Estados Unidos. O resultado foi publicado no periódico científico Journal of Neuroscience em janeiro deste ano.

Essa maior conectividade foi observada em dois grupos:

  • pessoas com ouvido absoluto (ou seja, que têm a habilidade de identificar notas pelos sons);
  • e pessoas que realizaram treinamentos musicais no geral.

Diversas celebridades são reconhecidas por terem o chamado ouvido absoluto. São elas: Mozart, Pavarotti, Tchaikovsky, Jimi Hendrix e Mariah Carey.

Como foi realizado o estudo

Os neurologistas analisaram 153 participantes do sexo feminino e masculino. Dentre eles,  52 eram músicos com ouvido absoluto, 51 deles sem ouvido absoluto e 50 deles não eram músicos.

“Crucialmente, a maioria dos efeitos era replicável em músicos com e sem ouvido absoluto, o que não aconteceu em comparação a não músicos”, escrevem os pesquisadores no artigo publicado.

“No entanto, não encontramos evidências de um efeito [específico] do ouvido absoluto na conectividade funcional ou estrutural em nossos dados: ambos os grupos de músicos mostraram redes surpreendentemente semelhantes em todas as análises”, concluem. Os neurologistas ainda confirmaram que os benefícios são maiores quando o aprendizado musical é feito em idade mais jovem.

Benefícios do aprendizado musical

Para além do estudo dos neurologistas, já se tem evidências que estudar algum instrumento musical traz benefícios para a mente. Estudar música ajuda a melhorar:

  • Memória;
  • Concentração;
  • Trabalho em equipe;
  • Coordenação motora;
  • Timidez.

Além disso, estudar algo na área musical pode ajudar a reduzir os níveis de estresse, depressão e ansiedade, problemas que se agravaram durante a pandemia da covid-19.

Do Escola Educação

20 de outubro de 2014

5 razões para ser otimista


Recentemente, publicamos em nossa revista um artigo científico do escritor Matt Ridley que falava por que esta é uma época boa para se viver. No entanto muita gente pensa o contrário. Lemos e ouvimos por aí todo tipo de pessimismo, nostalgia e descrença no futuro. Mas por que não podemos olhar para a época em que vivemos e valorizar as coisas boas do mundo de hoje? Escolhi cinco razões para tornar você mais otimista com relação ao presente e ao futuro.

Deixe a nostalgia de lado
Há quem acredite que no passado havia mais simplicidade, tranquilidade, so­ciabilidade e espiritualidade. Essa nostalgia cor­‑de­‑rosa costuma se restringir aos ricos. A vida dos pobres era bem mais complicada.

Não pense que o crescimento populacional é uma ameaça
Embora a população mundial esteja crescendo, a taxa do aumento vem caindo há 50 anos. No mundo inteiro, a taxa de natalidade dos países é menor do que em 1960, e caiu mais ou menos pela metade nos países menos desenvolvidos. Isso está acontecendo apesar de as pessoas viverem mais e de haver redução na taxa de mortalidade infantil. De acordo com uma estimativa das Nações Unidas, a população começará a diminuir depois que chegar ao ponto máximo de 9,2 bilhões de habitantes, em 2075 – há, portanto, uma enorme probabilidade de alimentar o mundo para sempre. Afinal, já há 7 bilhões de pessoas na Terra, que estão comendo melhor a cada década.

O petróleo não está acabando
Em 1970, a reserva de petróleo no mundo era de 550 bilhões de bar­ris. Nos 20 anos que se seguiram, o mundo usou 600 bilhões. Assim, em 1990 as reservas já de­veriam ter sido superadas em 50 bi­lhões de barris. Mas chegavam a 900 bilhões, sem contar xisto e areias be­tuminosos que, juntos, contêm cerca de 20 vezes mais do que as reservas comprovadas da Arábia Saudita. Pe­tróleo, carvão e gás são finitos, mas durarão décadas, talvez séculos, e acharemos alternativas muito antes que eles se acabem.

Somos a geração mais sortuda
Esta geração vivenciou mais paz, li­berdade, lazer, educação, medicina e viagens do que todas na história. Mas adora se lamentar. Os consumi­dores não valorizam seu maravilhoso campo de opções, mas, quando vou ao supermercado, não vejo ninguém sofrendo por im­possibilidade de escolher. Ao contrário, vejo pessoas satisfeitas com suas escolhas.

Os otimistas estão certos
Durante 200 anos, os pessimistas ocuparam todas as manchetes, em­bora quase sempre os otimistas estivessem certos. Há muito interesse investido na promoção do pessimismo. Nenhuma instituição de caridade consegue dinheiro se disser que a situação está melhorando. Ne­nhum jornalista consegue um furo de reportagem sobre a redução da pro­babilidade de desastres. Os grupos de pressão e seus clientes nos meios de comunicação buscam sinais de ruína até nas estatísticas mais promisso­ras. Não se deixe intimidar: ouse ser otimista!