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27 de junho de 2022

Campo Mourão Handebol no ginasinho JK (anos 1980)

Foto do início dos anos 1980 mostra a Seleção Mourãoense de Handebol posando no ginasinho de esportes JK, em Campo Mourão.

Ali estão reunidos a segunda geração do atletas formados na cidade junto de dois remanescentes da primeira, o Marcelo Silveira e o João Silvio Persegona.

Infelizmente dois deles já não estão mais entre nós: O Neucir José da Silva, que faleceu após complicações de uma cirurgia e o Ricardo Kosuzi vítima da Covid-19 em 2021. 

Os manos Birão e Jonas e o Luiz Carlos ainda continuam em quadra. Recentemente participarão de um campeonato nacional para veteranos e ''mandaram'' muito bem.


Campo Mourão Handebol 
em pé (da esq. para a direita): Neucir José da Silva (in memorian), Ubirajara Rodrigues, Walcir "Dula" Ferreira Lima, João Silvio Persegona, Antônio Marcelo da Silva e Silveira, Luiz Carlos Eufrásio Prates e Walmir Ferreira Lima
Agachados: Wander Ferreira Lima, Richardson Ferreira Gonçalves, Nelson da Silva, Jonas Rodrigues, Antônio Carlos Custódio e Ricardo Kosuzi (in memorian)

6 de novembro de 2014

João Silvio, o João Potranca

João Silvio Persegona/1975
João Potranca era o apelido do João Silvio Persegona, porque sempre teve uma saúde de ferro e uma energia contagiante.

Idê e a esposa Clarice
Durante anos defendemos a seleção mourãoense de handebol. Nossos primeiros treinamentos foram feitos na quadra de asfalto bruto do Colégio Estadual de Campo Mourão. Nosso treinador, Idevalci “Idê” Maia, sabia explorar o máximo de cada um de seus atletas, e com o Potranca ele sempre foi um pouco além do que me parecia normal: exigia sempre que ele, João Silvio, em todo os treinos, executasse por várias vezes uma entrada pela ala direita, que nós chamávamos de queda porque terminava sempre com o João caído após arremessar a gol. Quanto mais o Idê exigia, mais o João correspondia. A ponto de nunca ter visto ninguém executar aquele movimento com tamanha perfeição.

Em 1977, durante a fase final do Campeonato Paranaense juvenil, em Campo Mourão, fazíamos um jogo muito equilibrado contra Maringá, quando o João levou uma joelhada na barriga e caiu sem condições de voltar para o jogo – achei que ele fazia cena e gritei várias vezes para ele levantar. Para o jogo ele não voltou, mas saiu do ginásio andando e se dizendo pronto para o jogo da manhã seguinte que decidiria a competição. Nosso goleiro, João Barbosa, foi dormir na casa dele, já que os familiares do João Silvio estavam no sítio da família.

João Barbosa e João Silvio/1977
Ele passou a noite inteira com muita dor e, sem poder levantar, chamava pelo Barbosa, que não acordava de jeito algum. Pela manhã, Helena, a irmã do Silvio, foi acordá-los e o encontrou agonizando e o Barbosa dormindo como nunca. Levado ao hospital, foi operado e extirparam-lhe o baço, que havia rompido com a pancada do adversário. Correu sério risco de morte!

Sorte é que sempre teve uma saúde de ferro, por que se dependesse do sono do João Barbosa ou do meu entendimento sobre o que é encenação ou não ele estaria perdido.

Levanta João! Vamos pro pau, vamos ganhar desses caras...!!!

Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em dezembro de 2005

18 de maio de 2012

João Silvio Persegona, o "João Potranca"

Ontem, quinta-feira, encontrei com meu querido João Silvio Persegona lá no Clube dos Trinta. Ali, na estrada velha Campo Mourão - Farol, é caminho para ele ir para o sítio da família Persegona. Às vezes percebo ele passando pela estrada e ontem ele parou para matar a saudade e tomar uma cerveja com os amigos. Relembrei dessa nossa passagem, que quase termina mal, e aproveito para repostá-la. 

João Potranca era o apelido do João Silvio Persegona, porque sempre teve uma saúde de ferro e uma energia contagiante.
 
João Silvio Persegona
Durante anos defendemos a seleção mourãoense de handebol. Nossos primeiros treinamentos foram feitos na quadra de asfalto bruto do Colégio Estadual. Nosso treinador, Idevalci “Idê” Maia, sabia explorar o máximo de cada um de seus atletas e com o Potranca ele sempre foi um pouco além do que me parecia normal: exigia sempre que ele, João Silvio, em todo os treinos, executasse por várias vezes uma entrada pela ala direita, que nós chamávamos de queda porque terminava sempre com o João caído após arremessar a gol. Quanto mais o Idê exigia, mais o João correspondia. A ponto de nunca ter visto ninguém executar aquele movimento com tamanha perfeição.
 
Em 1977, durante a fase final do Campeonato Paranaense juvenil, em Campo Mourão, fazíamos um jogo muito equilibrado contra Maringá, quando o João levou uma joelhada na barriga e caiu sem condições de voltar para o jogo – achei que ele fazia cena e gritei várias vezes para ele levantar. Para o jogo ele não voltou, mas saiu do ginásio andando e se dizendo pronto para o jogo da manhã seguinte que decidiria a competição. Nosso goleiro, João Barbosa, foi dormir na casa dele, já que os familiares do João Silvio estavam no sítio da família.
 
Ele passou a noite inteira com muita dor e, sem poder levantar, chamava pelo Barbosa, que não acordava de jeito algum. Pela manhã, Helena, a irmã do Silvio, foi acordá-los e o encontrou agonizando e o Barbosa dormindo como nunca. Levado ao hospital, foi operado e extirparam-lhe o baço, que havia rompido com a pancada do adversário. Correu sério risco de morte!
 
Sorte é que sempre teve uma saúde de ferro, por que se dependesse do sono do João Barbosa ou do meu entendimento sobre o que é encenação ou não ele estaria perdido.
 
Levanta João! Vamos pro pau, vamos ganhar desses caras...!!!

(Publicada originalmente no semanário "Entre Rios")

Campo Mourão Handebol - 1977 (Tenho a impressão que essa foto é exatamente do dia do acidente do João Potranca)
em pé (da esquerda para a direita): Jair Grasso, Walmir Ferreira Lima, Luís Roberto Uhdre, Teddy Pacífico, João Silvio Persegona, Luizinho Ferreira Lima, Beto William e Professor Idê
agachados: Amarildo Fuzeto, Ney Kloster Filho, ...., Adailton "Tuco", ...., Nelson e João Barbosa