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7 de outubro de 2014

Formatura do Colégio Estadual de C. Mourão no Cine Plaza - 1967

Como publiquei novamente a música tema do Cine Plaza (ver postagem logo abaixo), mostro novamente uma postagem de 2011, que mostra mourãoenses participando de cerimônia de formatura do Colégio Estadual de Campo Mourão. 

Logo abaixo da foto, uma reportagem de 2012, de autoria do jornalista Carlos Ohara, que conta um pouco da história do que foi por anos um dos mais tradicionais pontos de encontro dos mourãoenses.   

Do álbum do Jayminho Bernardelli, foto de 1967 mostra alunas do Colégio Estadual de Campo Mourão perfilando com professores para as cerimônias de formatura.

Com toda a pompa, as formaturas eram sempre realizadas nas instalações do Cine Plaza (atual Igreja Universal), que possuia capacidade de lotação para 1200 pessoas sentadas.

Na primeira fila aparece o doutor Milton Luiz Pereira, ex prefeito de Campo Mourão e atual Ministro do STJ, com a jovem Ody Salvadori, filha do falecido pioneiro Rosalino Salvadori e esposa do ortopedista Wille Sandy.

Logo atrás, a Maria Edinar Castelli, esposa do dentista Romualdo Ribas, que atualmente reside em Balneário Camboriu (SC) -- lembro deles foliando nos bailes de carnaval do Clube 10 de Outubro--. Ao lado dela, o querido e inteligentíssimo professor Hains Ravache, com quem tive o prazer de estudar, lá mesmo, no Estadual. Clique na imagem para ampliar.


1- Doutor Milton Luiz Pereira, 2- Ody Salvadori , 3- Maria Edinar Castelli e 4- Professor Hains Ravache
Em Campo Mourão, Cine Plaza sobrevive a incêndio, mas não à decadência

Ícone cultural da região durante três décadas, o Cine Plaza de Campo Mourão renasceu das cinzas, dois anos após sua inauguração, mas não resistiu à decadência que atingiu os cinemas de rua em todo o país no inicio dos anos 90, quando o prédio foi adquirido por uma igreja evangélica.

Inaugurado em 1964, o Plaza tinha capacidade para 1,6 mil espectadores sentados, mas chegou a abrigar mais de 2 mil pessoas em uma única sessão no ano de sua inauguração, durante a exibição do filme Ben-Hur, um drama épico bíblico dirigido por William Wyler em 1959. O prédio ocupava uma área de 2 mil metros quadrados na avenida Brasil, no centro da cidade, e era construído em alvenaria.

Fogo

Em 1966, durante uma sessão de gala na noite de um domingo, chamas iniciadas no teto do cinema, revestido com feltro para melhorar a acústica, se alastraram e se transformaram em um grande incêndio. Um locutor de uma rádio que funcionava no andar de cima sentiu o cheiro da fumaça e correu para avisar o proprietário, Getúlio Ferrari. Em poucos minutos, a sala foi esvaziada, evitando uma grande tragédia. O cinema estava lotado.

Apesar da rapidez na identificação do foco, nada mais foi possível fazer. O fogo destruiu completamente o Plaza, restando apenas os pilares carbonizados. O incêndio causou comoção geral em Campo Mourão. Mas Getúlio não se abalou e decidiu reconstruir o cinema. Amigos, parentes e até seus sócios tentaram demovê-lo da ideia. Não teve jeito. O dinheiro empregado na reconstrução do Plaza, segundo Arno, daria para comprar 500 alqueires de terra na época.

Reaberto em 1968, um ano e meio após o incêndio, o Plaza continuou a ser referência da efervescência da cidade, que antes das emancipações de seus distritos, ostentava uma população de 130 mil habitantes, quase o dobro do número de habitantes atual de 87,1 mil.

Em 1989, sem competitividade frente às grandes distribuidoras, Getúlio arrendou o Plaza para a Distribuidora Arco Iris, que administra uma rede de cinemas espalhada pelo interior dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em 1993, o Plaza voltou novamente ao comando dos Ferrari. Durante um ano, Arno Ferrari, filho de Getúlio, tentou estabelecer uma parceria com a prefeitura para levar alunos ao cine. "Queria apenas que a prefeitura colaborasse para a manutenção, mas a ideia não deu certo", diz o comerciante.

Em 1994, uma igreja evangélica alugou o espaço e o adquiriu por R$ 400 mil em 1998, encerrando os tempos áureos do Plaza na cidade. Durante a venda do imóvel, Arno diz que retirou parte do revestimento em madeira dos pilares para demonstrar a solidez estrutural do prédio. No local, apareceram as marcas do fogo que carbonizou o local.