Mostrando postagens com marcador um ano do falecimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador um ano do falecimento. Mostrar todas as postagens

5 de maio de 2014

Um ano sem meu amigão Rubens Gonçalves de Paula, o Rubinho

Há um ano que lamento a morte de meu amigão Rubens Gonçalves de Paula, o Rubinho ou Patolino para nós lá do Clube dos Trinta. Sem saber como render novas homenagens e sentido demais a falta do meu craque e parceiro, posto novamente o texto que publiquei aqui no Baú logo no dia seguinte ao fatídico 5 de maio de 2013. 



Correto demais, Rubinho vivia me falando das coisas erradas que o incomodavam, principalmente aquelas que modificavam ou podem mudar, para pior, o dia a dia dos mourãoenses. Mesmo sendo ele paulista de Bauru, o arquiteto da prefeitura de Campo Mourão se sentia como um 'pé vermelho'. Mas ele se indignava sem perder a linha e o respeito pelas leis. 

Os conterrâneos Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro,
e o arquiteto Rubens Gonçalves de Paula
Atruísta. Volta e meia eu ficava sabendo de alguma orientação urbanística ou arquitetônica que ele tinha dado para alguém ou alguma entidade, pelo puro prazer de colaborar.

Desligado. No Clube dos Trinta ele era motivo de diversão pela forma desligada como se dedicava ao esporte, fosse no futebol ou no Truco. No baralho ele era o campeão em esconder a carta mais alta para, no final, perder para a mais baixa. No campo de futebol suíço, às vezes, os flagravamos batendo papo num canto do campo enquanto o jogo corria solto. Eu brincava que ia empresariá-lo, que o Real Madrid tinha interesse em contratá-lo, mas que era preciso ele crescer (na altura e não na habilidade!) um pouco mais para ir para a Europa. Versi Sequinel dizia que eu não conseguia colocá-lo num grande Clube por que havia exagerado em seu currículo, pois mentia que ele tinha apenas 18 anos e os títulos ali listados precisavam desse tanto de anos para tê-los conquistados. Patolino, como ele era chamado lá no Clube, se divertia com essas fantasias e sempre colaborava para que elas se tornassem mais cômicas ainda.

Ontem a diversão acabou para ele e diminuiu muito para todos nós. Eu chegava ao Clube, por volta das 10h, ainda animado com as imagens da festa de casamento da filha do Marcelo Silveira, pronto para rever os amigos, jogar um futebol e um truco em seis, quando vi amigos apavorados, saindo com o arquiteto para levá-lo para o hospital, após ele passar mal durante o primeiro jogo do dia. Socorrido pelo Siate e encaminhado ao Hospital Santa Casa, ele faleceu aos 50 anos, deixando esposa e uma filha. 

Perdemos nós, perdeu Campo Mourão, o Real Madrid, a prefeitura... Perderam todos que poderiam desfrutar de sua inteligente e alegre companhia. Descanse em paz meu amigão!!!