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25 de maio de 2015

Notícias boas ruins. Gudé, na Itribuna

"São tantas desgraças, escândalos, que não ter notícia tão ruim, pode ser boa notícia por si só. "

Professor, advogado e sociólogo José Eugênio Maciel, o Gudé, em sua ótima coluna na Tribuna do Interior


18 de setembro de 2013

O singular guarda-chuva e o plural da palavra. Por José Eugênio Maciel

O sociólogo, advogado e professor mourãoense José Eugênio Maciel, também conhecido como Gudé, pelos amigos e parentes, claro!, recentemente comemorou 25 anos de sua coluna domingueira no jornal Tribuna do Interior. Confesso que perdi muito poucas de suas publicações no diário mourãoense. Além de divertido, seus textos ensinam e educam. Abaixo, parte de sua coluna do último 15 de setembro, da qual gostei muito. 


“Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento,

mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo.

Você também diz que me ama”

Willian Shakespeare

             Eu jamais perdi um guarda-chuva. Nunca! É verdade que em tempo algum eu tive um. Repito, em tempo algum. E o que tem a ver? Tem relação, guarda com a palavra tempo assim como se vincula com a palavra guarda-chuva.    

            Ao fazer compra em um mercado tinha um tipo de guarda-chuva que estava com um preço acessível. Claro, escrevo acessível levando em conta a minha condição financeira, que, modesta, daria para comprar um. Mas deixei para outra ocasião, não estava convencido o suficiente para comprá-lo, afinal, nunca tive um guarda-chuva

            Depois, à época que o frio era intenso, eis que novamente estou no mesmo mercado. Sem me lembrar inicialmente do guarda-chuva, segui fazendo compras. Aí acabei ingressando na seção onde me deparei com ele, ali, à minha disposição. O preço do guarda-chuva continuava em oferta. A minha atitude desta vez foi diferente da anterior, não vacilei, peguei um deles e pus no carinho.

            Pronto: o primeiro guarda-chuva a gente não esquece. Não esquece por ter comprado pela primeira vez. Não esquece no sentido do tempo presente, de esquecer o guarda-chuva num lugar, sem se lembrar aonde.

            Creio ser incomum que não seja o guarda-chuva um objeto para ser escolhido como presente. Quem pensaria em tal possibilidade? Se for uma escolha, ela se caracterizaria como falta de imaginação. Por outro lado é sempre um presente útil. O caro leitor pode pensar, tão útil que você nunca teve um guarda-chuva. Sim, não tinha, relaxo meu, mas existe uma grande diferença entre não ter e reconhecer a necessidade.

            Parecendo criança que ganha presente, o fato é que eu agora tenho o meu guarda-chuva.  Fiquei e estou ansioso para estreá-lo.

            …. Os dias friorentos e ventosos foram passando.... O sol, que é belo no inverno, passou a brilhar agora com as temperaturas elevadas.

            …. E nada de chover! Naqueles dias vislumbrei mais atentamente, a cor, nuvens, as estrelas.... nada de chuva!

            Me animei com as pancadas de chuva no último domingo, dia em que eu estava trabalhando.  E tem um detalhe – não me perguntem porque – eu resolvi carregar o guarda-chuva no carro. E quando terminei o meu plantão, a chuva já tinha cessado. Completamente. O meu guarda-chuva já tem um mês que o comprei. E nada de usá-lo. Não o tirei da embalagem, só pretendo quando efetivamente for usá-lo. Estou muitíssimo ansioso pela primeira vez.

            O guarda-chuva já foi marca de um grande banco brasileiro, que faliu, era o Banco Nacional. O dono dele foi governador de Minas Gerais. Magalhães Pinto, falecido. No lado esquerdo do nome do banco tinha a logomarca estilizada de um guarda-chuva aberto visto de cima.

            Em tempo: o plural de guarda-chuva é: guarda-chuvas. Com a reforma ortográfica continua com hífen.