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Madeireira Staniszewski sendo reparada dos estragos da chuva de pedra Campo Mourão/PR - 1971 |
Lembro da minha mãe me acordando e levando para debaixo de uma mesa para nos proteger, junto com os quatro irmãos, dos enormes granizos que caiam naquela madrugada de um 26 de setembro de 1971. Nossa casa era de madeira e o granizo não só quebrava as telhas como também vazava pelo forro abaixo!
Lembro de nos abrigarmos, por alguns dias, na casa de material de um tio, de nos unirmos para repor a telha na nossa casa, que ficava ali mesmo na Avenida Manoel Mendes de Camargo, entre as ruas São José e Interventor Manoel Ribas, dos dias sem aulas, do meu primo Zé Gordo que quase caiu de cima do prédio da nossa oficina ao levar uma 'telhada' na boca [alguém arremessava de baixa e ele ia juntando lá em cima. Deve ter se distraído]. Nessa época a oficina (Auto Eletro Paulista) funcionava em prédio alugado do seu Mário Kwistchal, onde atualmente é a Nipomaq, em frente da Riva.
Procurei por fotos dos estragos, mas só encontrei essa ao lado, da Madeireira dos Staniszewski. Vou procurar na casa dos meus pais. Lá deve ter.
Eu e Nilmar Piacentini conversávamos sobre como isso acontece sempre em setembro. No domingo último, dia 22, o primeiro da Primavera 2013, um vento causou estragos na cidade e assustou a muitos.
Na semana passada o jornalista
Ely Rodrigues publicou o seguinte em sua
Coluna:
A maior catástrofe em C. Mourão
Quinta-feira, dia 26, a maior catástrofe em Campo Mourão, completa 42 anos.
Por volta das 5h30 da manhã de domingo, uma chuva de granizo seguida de vento arrasou Campo Mourão. Foram 5 minutos, e os telhados de todas as casas, empresas, escolas, prédios públicos e religiosos estavam destruidos.
A maior parte da população perdeu todos os móveis. Choveu o dia todo e as residências ficaram inundadas. As pedras, maiores que ovos de galinha, também quebraram vidraças e danificaram veículos. A força das pedras foi tão grande que além de quebrar as telhas, furavam os forros de madeira. As pessoas se protegeram embaixo de mesas e dentro de guarda roupas.
O Prefeito Horácio Amaral declarou “estado de calamidade pública”. As aulas ficaram suspensas por vários dias. Os hospitais foram atingidos. Não houve registro de mortes.