8 de fevereiro de 2019

Idê reúne amigos da Rádio Colmeia de Campo Mourão


Numa iniciativa muito legal do professor Idê, no último sábado, dia 2, ele reuniu bons amigos que conquistou trabalhando na Rádio Colméia AM (hoje FM).


Foram tantas as lembranças que ele e os convidados estiveram juntos no café da manhã, que só poderia ser na Fiorella, e continuaram juntos no almoço, no Rei da Sfiha.

Ilivaldo Duarte, Edir Martins, Gerson Maciel, João Nereu,  João Batista, Idevalci Ferreira Maia e Alcir Gonçalves
Não pude comparecer, mas pelas fotos mato a saudade de alguns com os quais também trabalhei na pioneira emissora mourãoense. 

Depois de muitos anos atuando como representante comercial da Colmeia e outros veículos, Idê agora é exclusivo da Rádio T FM.

George Harrison - Give Me Love


George Harrison, (Liverpool, 25/02/1943 – Los Angeles, 29/11/2001) foi um guitarrista, cantor, compositor e produtor musical e cinematográfico inglês que obteve fama internacional como guitarrista dos Beatles. Suas principais músicas para os Beatles são "Taxman", "Within You Without You", "While My Guitar Gently Weeps", "Here Comes the Sun" e "Something". Esta última se tornou a segunda música mais regravada dos Beatles.


Give Me Love é faixa do álbum Living in the Material World, lançado por Harrison em 1973.

Rabin ensina que não vale a pena zoar ninguém politicamente atualmente; vídeo


Toda semana o ator e humorista paulista Fábio Rabin publica no seu canal no You Tube um vídeo com melhores momentos de seus shows stand up pelo País.

Editei um trecho do vídeo desta semana, em que Rabin orienta que não vale a pena zoar, politicamente, ninguém na internet. E mais, ele ensina como usar os argumentos, dos sem argumentos, a seu favor. Divirta-se (ou ''zangue-se''). 


Clique aqui para ver o vídeo completo.

230 novos emojis são apresentados em atualização de pacote

Pessoas com necessidades especiais e representações de culturas locais têm destaque em novos emojis



É seguro dizer que a imensa maioria da população mundial se comunica hoje em diz fazendo uso de emojis em algum momento.

As simpáticas figurinhas presentes em smartphones e nas inúmeras redes sociais transmitem sentimentos, ideias e reações muito melhor do que palavras em diversos momentos e ganharam importância tão grande que um deles já chegou a ser definido como “A Palavra do Ano” em 2015.

Um novo pacote de emojis foi anunciado nas últimas hora e no vídeo abaixo você pode ver as 230 figurinhas que logo farão parte dos teclados de dispositivos móveis mundo afora, incluindo caras, bocas, animais, elementos culturais (até o chimarrão ganhou uma representação) e uma vasta paleta de opções que representam pessoas com necessidades especiais.

Veja na sequência.



Mulher é picada por cobra ao usar vaso sanitário

Uma tratadora profissional de cobras foi chamada para retirar a píton-carpete de 1,5 metros do vaso

Uma mulher foi mordida por uma cobra que estava escondida dentro de um vaso sanitário em Brisbane, na Austrália.

Helen Richards, de 59 anos, foi atacada na última terça-feira, quando foi ao banheiro no escuro na casa de um parente.

Ela contou à imprensa local que sentiu uma "picada afiada" quando sentou no vaso.

"Eu dei um pulo com as calças arriadas e me virei para ver o que parecia ser uma tartaruga de pescoço comprido voltando para dentro do vaso", disse Richards ao jornal australiano The Courier Mail.

Mas o réptil era, na verdade, uma cobra píton-carpete de 1,5 metros. Esta espécie de serpente, que não é venenosa, é bastante comum ao longo da costa leste do país.

A cobra pode ter entrado no vaso sanitário à procura de água por causa do calor, diz a tratadora

A tratadora Jasmine Zeleny, que foi chamada para resgatar o réptil, descreveu as cobras píton-carpetes como relativamente inofensivas.

"Infelizmente, a porta de saída da cobra foi bloqueada, ela se assustou quando Richards sentou e atacou com medo", explicou à BBC.

"Quando cheguei lá, ela tinha prendido a cobra e se acalmado. Richards lidou com a situação toda muito bem."

Segundo Zeleny, a australiana tratou as pequenas marcas de mordida com antisséptico. Esta serpente não é venenosa, mas é recomendado tomar vacina antitetânica em caso de picada.

Onda de calor
A tratadora explicou ainda que é comum encontrar cobras procurando água em vasos sanitários quando está muito quente.

A Austrália enfrentou recentemente duas semanas de calor extremo
que bateu dezenas de recordes em todo o país.

Várias espécies de animais selvagens sofreram, com relatos de mortes em massa de cavalos, morcegos nativos e peixes.

6 de fevereiro de 2019

Colégio Afirmativo (Integrado) Handebol - Jogos Estudantis do Paraná - 1979

Foto de 1979 mostra equipe de handebol que representou o Colégio Afirmativo, atual Colégio Integrado, nos Jogos Estudantis do Paraná (Jeup's), organizado pela União Paranaense dos Estudantes (UPE). Lembro que ficamos em terceiro lugar e que fomos eliminados na semifinal (na cobrança dos sete metros, depois de empate no tempo normal e na prorrogação) por outra equipe mourãoense, a do Colégio Estadual, que se sagrou campeã da competição. 

Os Jogos foram realizados em Campo Mourão e marcaram a segunda, e última, edição do evento realizado pela então superativa entidade representante dos estudantes paranaenses.  

Bons tempos aqueles em que se formava duas ótimas equipes de handebol na cidade, e só com atletas aqui formados. Bons tempos!

em pé ( da esq. para a direita): Walmir Ferreira Lima, Franscismar, César Bronzel, Luizinho Ferreira Lima, João Silvio Persegona e Walcir "Dula" Ferreira Lima
agachados: Tony, Neucir José da Silva (in memorian), Waldemor Vigilato Jr., Edgar "Gato", Adilson Pagan e Marcos Ferrari



Clinton Fearon - Richman Poorman


Clinton Fearon é músico jamaicano de reggae.


Richman Poorman é faixa do álbum Mi an' Mi Guitar, lançado em 2005.

Coisas impossíveis de dizer quando se está bêbado


- Puta merda, que menina feia!!!!
- Chega, já bebi demais.
- Sai fora, você não é o meu tipo...

Um mês sem Facebook é suficiente para ficar mais feliz, aponta estudo

Pesquisa foi feita pelas universidades de Nova York e Stanford
   

Um estudo feito pelas universidades de Nova York e Stanford descobriu que o afastamento de redes sociais como o Facebook pode ajudar na busca por uma vida mais feliz e com menos ansiedade, depressão e solidão. Mais interessante ainda, destaca o TechCrunch, é que estas alterações foram verificadas em participantes da pesquisa depois de apenas um mês.

De acordo com o estudo, na impossibilidade de irem ao Facebook, os participantes decidiram passar mais tempo com amigos ou vendo televisão. Esta, dizem os pesquisadores, passou a ser usada para o consumo de notícias.

Encerrado o mês, verificou-se que mesmo quando os participantes voltaram a utilizar o Facebook, o fizeram de forma mais moderada. 

Como acabar com mosquitos de maneira natural; vídeo

Eliminar água parada no quintal é o primeiro passo para acabar com os mosquitos. Confira outras técnicas de como matar os mosquitos que te perturbam!


Como acabar com mosquitos? Com certeza essa é uma pergunta feita pela maioria dos brasileiros. Afinal de contas, o mosquito é um inseto muito presente em nosso dia a dia. Os mosquitos são conhecidos pela perturbação que causam ao sono e pelo desconforto causado por suas picadas. Sem falar daquele zumbido no ouvido enquanto estamos dormindo ou da coceira interminável. Dependendo da pessoa, os mosquitos podem provocar alergia e inchaço a ponto de às vezes o indivíduo precisar fazer uma visita ao hospital. Estamos falando da muriçoca, meruçoca, muruçoca, carapanã, fincão, fincudo, melga, sovela, perereca, bicuda, termos gerais para designar uma subordem de insetos, que inclui os mosquitos ou pernilongos, intrusos em nossas residências e jardins que rondam nossas cabeças e plantas.

O perigo maior é que o mosquito pode nos infectar com vírus e levar ao desenvolvimento de doenças. Por esses motivos, é bom que os humanos preservem distância destes insetos. No entanto, a alternativa pouco sustentável de muitos é utilizar inseticidas convencionais, que podem prejudicar a saúde e contaminar o ar com seus componentes químicos, muitos deles considerados tóxicos. Em vez disso, conheça abaixo algumas dicas sustentáveis sobre como acabar com mosquitos, mantê-los longe da sua casa e quintal sem poluição com componentes químicos nocivos.

Dicas naturais de como acabar com mosquitos
  1. A maneira mais eficiente para acabar com mosquitos em volta de sua residência é eliminando qualquer tipo de água parada - ambiente propício para que os mosquitos depositem seus ovos. Verifique o seu quintal para se certificar de que não há água parada em vasos ou quaisquer outros recipientes de jardim.
  2. Caso você tenha um banheira para pássaros no jardim, troque a água pelo menos uma vez por semana, para evitar a água parada e o surgimento de mosquitos e outros insetos.
  3. Limpe os restos de calhas de chuva e desentupa todas as calhas obstruídas. Essa é uma maneira de evitar os mosquitos, já que as calhas entupidas são locais usualmente negligenciados como potenciais criadouros de mosquitos.
  4. Durante o dia, os pernilongos machos gostam de habitar espaços que possuam vegetação densa; e à noite as fêmeas saem em busca de alimento (sangue humano ou animal). Para proteger seu jardim, apare as sebes (cercas vivas feitas com plantas espinhosas) e remova ervas daninhas altas. Isso provavelmente contribuirá para a redução da população de mosquitos.
  5. Se você tem telas em suas janelas, certifique-se de que elas não possuem quaisquer buracos pelos quais os mosquitos possam se esgueirar. Mesmo se forem pequenos furos, devido ao tamanho dos insetos, eles por vezes conseguem passar.
  6. Mosquitos são atraídos por fragrâncias frutais ou florais, umidade e roupa escura. Evite! (Principalmente no verão.)
  7. Tenha maior cuidado ao nascer e no pôr do sol, ocasiões em que estes insetos são mais ativos. Portanto, nesses momentos, evite estar próximo a águas paradas, jardins, plantas - ou seja, lugares propícios ao surgimento de mosquitos. Não havendo opção, procure vestir camisetas de mangas compridas e calças para se proteger. Se possível feche as janelas.
  8. Os mosquitos naturalmente evitam certos tipos de ervas, especialmente a sálvia, o alecrim, o neem, a citronela e o eucalipto.
  9. Pressione empresas e governos para contribuírem com a manutenção da biodiversidade, já que a superpopulação de mosquitos nas cidades se deve à falta de predadores naturais.


INFORMAÇÃO IMPORTANTE: Segundo a Anvisa, apenas repelentes com químicos à base de icaridina são eficazes contra o Aedes aegypti (transmissor de dengue, zika, chikungunya e febre amarela). Os repelentes à base de neem, citronela e andiroba não contêm esse princípio ativo.

Repelente caseiro para mosquitos
O óleo essencial de eucalipto é uma excelente alternativa natural para acabar com mosquitos. Para utilizá-lo de maneira eficaz é preciso um difusor elétrico e de um óleo carreador para aplicação na pele.

No difusor você pode utilizar quantas gotas preferir, mas o indicado são cinco gotas a cada quatro horas.

Para fazer o repelente caseiro contra mosquitos você precisará, além do óleo essencial de eucalipto, de um óleo carreador - normalmente o óleo de coco exerce essa função. Então, para cada colher de sopa rasa de óleo de coco, adicione três gotas de óleo essencial de eucalipto. Misture bem e aplique uma pequena quantidade na parte interna do antebraço para fazer o teste de alergia. Caso apresente irritação, suspenda o uso e retire a mistura aplicada com auxílio de um algodão e algum óleo vegetal neutro, como o próprio óleo de coco, óleo de girassol, óleo de semente de uva ou outro óleo vegetal que você sabe que não causa irritação. Caso não apresente alergia à mistura de óleo de coco e óleo essencial de eucalipto, basta espalhar o repelente caseiro pelo corpo. Pronto! O repelente caseiro para mosquitos que você fez atuará em conjunto com o difusor para acabar com os mosquitos da sua casa.




[ eCycle ]

4 de fevereiro de 2019

12º aniversário da neta Fernanda comemorado com muita animação

Fernanda com os pais Alex Chornobai e Sarah Schen Lima
Ontem, aqui em casa, comemoramos o 12º aniversário da minha segunda neta, Fernanda Lima Chornobai. 

Entre os tios padrinhos Peter e Marina 
Teve decoração aos cuidados da tia Marina Lima, sorvete e brigadeiros, e parabéns pra você coreografado também pela Marina (um dia mostro, por enquanto está censurado por uma liminar concedida minutos após a dança). 

Eu e a Elvira ''babando'' pela neta linda
Claro que desejo toda felicidade do mundo para a Fernandinha, que já está quase mais alta que o vovô aqui, e declaro em alto em bom tom: Que és minha inspiração, minha companheira preferida de bancada de todas as manhãs de trabalho e que vou amá-la cada vez mais! 






Shanique Marie e Cali P. - Coconut Jelly Man


Cali P, na verdade: Pierre Nanon (Guadalupe, 1985) é um cantor de reggae suíço.

Shanique Marie é uma cantora de reggae jamaicana.

Coconut Jelly Man é  faixa do álbum I Thoughts, lançado em 2016.

Professora recebe o presente mais singelo de sua aluninha e seu post viralizou no Facebook


Isto ocorreu pouco antes do Natal de 2018, mas é algo perpétuo:

Rachel Uretsky-Pratt é professora do ensino fundamental em Kennewick, estado de Washington (EUA), então nessa época do ano ela recebe muitos presentes dos alunos como: chocolates, cartinhas, bijuterias entre outros.

Mas um se destacou tanto para ela, que ela tirou uma foto e colocou numa rede social. Os presentes são especialmente significativos para ela, disse ela, porque muitas das famílias de seus alunos lutam financeiramente.

Ela explicou:

" Sendo o dia antes das férias, e o Natal logo aí, a maioria dos professores traz livros ou pequenas guloseimas a seus alunos e, ocasionalmente, em troca recebem algo de seus alunos.

Hoje recebi alguns chocolates, cartinhas artesanais, doces, algumas bijuterias, mas esses marshmallows da Lucky Charm se destacaram mais para mim.

Todos os seus alunos, incluindo o que lhe deu os marshmallows, recebem um café da manhã gratuito todos os dias da escola, disse ela, assim como um almoço grátis ou a preço reduzido.

Ela escreveu:

"Essa aluna queria muito me dar algo, mas não tinha nada para dar.

Então, em vez de não me dar nada, essa criança abriu seu cereal esta manhã, pegou a embalagem e aproveitou o tempo para separar e catar cada marshmallow do seu cereal, colocando-os em um saquinho – para mim.

Porque, ela disse, todos sabem que os marshmallows são a parte mais doce.

A professora Rachel Uretsky-Pratt, 24, que está em seu segundo ano de ensino, disse em uma entrevista ao The Washington Post que ela foi tocada pelo presente da menina, um dos muitos presentes sinceros de férias de seus alunos.

Ela disse:

"Todos os meus pequeninos são super doces e generosos. As crianças são naturalmente gentis e amorosas. O mundo meio que nos endurece às vezes.

Ela terminou seu post no Facebook com isso:

"Seja grato pelo que você tem e pelo que os outros lhe dão. Tudo realmente vem das partes mais profundas de seus corações.

[ OtiMundo

[Vídeo] Por gratidão, cliente dá automóvel para funcionária de lanchonete


No Minnesota, nos Estados Unidos, agora nesse mês de janeiro, um cliente presenteou com um carro uma funcionária de uma lanchonete, cujo veículo fora recentemente cancelado e não podia pagar por um substituto.

Vicki Anderson, de 53 anos, dependia de um antigo carro usado para chegar ao trabalho, que eventualmente começou a desmoronar até ser finalmente cancelado, o que a levou a procurar um novo veículo.

Um dia, um de seus clientes regulares, Chris Ellis, passou pela lanchonete, e ela simplesmente perguntou se ele sabia de algum carro barato à venda, e ele respondeu que a ajudaria a olhar.

Poucos dias depois, Ellis surpreendeu-a com um Pontiac G6 de 2009, um presente totalmente grátis, para seu deslumbramento reconfortante.

Esse o modelo do automóvel presenteado
Anderson pode ser ouvido dizendo a Ellis e seu filho: "Deus te abençoe, e você também".

O homem responde: "De nada. Você é uma bênção para mim - você me faz sorrir toda vez que venho aqui".


Aquela alegria que só um cão resgatado é capaz de proporcionar

Minha cachorrinha Millie todo dia me faz lembrar que a vida não é feita só de descartes, mas que pode também conter possibilidades


   Por Margaret Renkl - The New York Times - Via Gazeta do Povo

   A cachorrinha desgrenhada, de origem indeterminada – é mistura de beagle ou de terrier, dependendo do veterinário –, chega ao fim do acesso à garagem de casa e se senta. Uma cutucada de leve na guia faz com que se abaixe completamente, a cara apoiada nas patinhas dianteiras. Um petisco oferecido em troca da continuação da “caminhada” não melhora muito a coisa. No calor infernal de agosto, ela se vira de lado, esticando as quatro patas e pendendo a cabeça no asfalto abrasador. Seu recado é bem claro: “Esse é o limite dos cães resgatados e realmente não tenho a mínima intenção de sair deste quintal, muito obrigada.”

   E eu nem posso culpá-la; afinal, ela não só é nova aqui como talvez nunca tenha tido um lar antes. Quem vai abandonar a própria casa de livre e espontânea vontade, mesmo brevemente, se todas as mordomias forem novidade? E se tamanha dádiva, pelo menos no que lhe diz respeito, for apenas temporária? Ela chegou ao abrigo como sendo de rua, vai saber por onde andou ou o que passou... mas, sem dúvida, está traumatizada.

   Ela tem medo de tudo: de outros cães, obviamente, e de estranhos, mas também de batentes de portas, do barulho de pés calçados, da própria tigela de comida. Até barulhos desconhecidos a paralisam, deixando-a em alerta máximo – e todo ruído lhe é desconhecido. Não late; não o fez nenhuma vez, mas gane ao toque inesperado mais leve. De fato, é mais que um ganido; fica entre um gemido e um grito aterrador. Até eu comecei a ficar traumatizada. Minha cachorra berra e meu coração dispara: o que será que fiz de errado dessa vez?
O tempo e o amor vão curar qualquer trauma que tenha resultado em tantos medos
   Apesar dos inúmeros medos, essa cachorrinha traumatizada é incrivelmente gentil – “tem jeito de vó”, segundo seu perfil no site do abrigo. Tenta entender o que queremos dela e enterra o focinho em nossa mão quando não consegue. Nós lhe demos o nome de Millie, o mesmo da nossa falecida vizinha que viveu uma vida de gentileza discreta.

   Na hora das refeições, eu me sento ao lado da tigela e ofereço um punhado de ração da minha mão, um grãozinho por vez. Ela se aproxima devagar, rastejando sobre a barriga, pega o punhado de comida e vai comer em outro cômodo. Às vezes, leva meia hora para esvaziar a tigela, mas finalmente chega lá. Com o tempo, aprendeu a comer sozinha, do próprio pote, como o pet mimado que se tornou, talvez inexplicavelmente para si mesma. É esse momento que me dá esperança. Acho que ela realmente só precisa de tempo. O tempo e o amor vão curar qualquer trauma que tenha resultado em tantos medos.

   Entretanto, passam os meses e as dificuldades persistem. Já adotara cães adultos antes; sei que há um período de ajuste, em que uma paciência infinita e a tranquilização constante são absolutamente necessárias – mas nunca vi nada parecido com essa cachorrinha quieta, as sobrancelhas desalinhadas de Groucho Marx, esse animal de pelagem revolta apavorada com tudo e todos e um eterno ar aflito.
Millie quer desesperadamente confiar na vida nova, mas não consegue. Para ela, o mundo é um lugar perigoso. Meses depois de fazer parte da nossa família, ainda reluta na hora de fazer as necessidades, aparentemente com medo de se mostrar tão vulnerável. Nos passeios, ela puxa a guia, querendo alcançar os vizinhos que saem para andar na mesma hora – só que, quando chega perto deles, começa a tremer violentamente. Na verdade, a tremura é o mais simples; duro mesmo é quando se deixa cair, vira de lado e se molha toda. Essa cachorra é a personificação em quatro patas do clássico conflito de aproximação-afastamento.

   Busco ajuda em The Education of Will: A Mutual Memoir of a Woman and Her Dog, livro soberbo de Patricia McConnell sobre superação, tanto canina quanto humana. E me conforta saber que essa especialista em comportamento animal tão prestigiada precisou de vários meses de treinamento intenso para ajudar o próprio cão, traumatizado, a superar seus medos. Seguindo seu conselho, estou aprendendo a reconhecer o que funciona como gatilho para Millie e intervir antes que entre em pânico.

   Agora ela já fica animada, antecipando as caminhadas, e, na maioria das vezes, encontra outros cães na rua sem querer fugir. Em vez de esticar a guia ao máximo tão rápido que acaba rodopiando em pleno ar e se estabaca no chão, continua andando, mas se aproxima mais de mim e fica olhando para cima, como para se certificar (e de olho também no petisco de frango, uma estratégia prática que aprendi com o livro de McConnell).
Estou aprendendo que talvez só o amor não seja suficiente para recuperar uma criatura desestruturada
   Lenta, muito lentamente, estou aprendendo que talvez só o amor não seja suficiente para recuperar uma criatura desestruturada, mas que, além dele, investir tempo, treinamento e petiscos de alta qualidade é um bom começo. Pode ser que leve anos até Millie conseguir confiar em mim o suficiente para dormir ao meu lado e deixar de uivar de terror, saindo desesperada, correndo, quando alguém sem querer tropeçar nela – mas sou paciente. Tenho tempo de sobra para nós duas.

   Afinal, Millie não é a única a se sentir triste, preocupada e com medo; em meados do ano passado, em questão de pouco mais de um mês, perdi meus dois cachorros tão queridos, o misturinha de hound-pastor-retriever que nos ajudou a criar nossos filhos e o salsicha velhinho que foi a grande alegria nos últimos anos de vida da minha mãe. Ambos idosos, já estavam doentes, mas quando morreram fui inundada por uma dor sem fim.

   O fim da meia-idade é invariavelmente um período de perdas. Para quem tem sorte, elas são comuns e completamente previsíveis: os pais que morrem pela idade avançada, os filhos que crescem e saem de casa, animais que vivem um tempão, mas não podem viver para sempre. Só que o fato de serem previstas não as torna menos dolorosas.

   E a vida no clima político atual já é um trauma em si. O planeta em convulsão, com geleiras derretendo, incêndios incontroláveis, furacões cataclísmicos, e nossos conterrâneos reagem colocando o poder nas mãos de gente que não está nem aí. De repente, o mundo inteiro parece ser povoado por refugiados, e muitos de nossos conterrâneos reagem gritando: “Erga o muro!” Como lidar com toda essa mortandade, toda essa tristeza e sofrimento, essa raiva tão perigosa?

   Millie todo dia me faz lembrar que a vida não é feita só de descartes, mas que pode também conter possibilidades. Sempre haverá uma oportunidade de fazer amigos, sementes a plantar, alguma forma de aliviar o sofrimento. Ela me lembra que esta não é hora de desesperar. A pequena, que foi resgatada, também está me ajudando a me resgatar.

   Na semana passada, meu marido e eu fomos acordados por um som estranho em plena madrugada. Sentamos na cama, confusos. Então o ouvimos de novo e nos levantamos para ver de onde vinha.

   Era Millie, de pé na porta da cozinha, latindo. Um gambá tinha subido no nosso deque, atraído pelo alpiste espalhado ali. A noite estava clara, a lua, cheia, e podíamos ver bem o “sorriso” dentuço do gambá tão bem quanto o que nos tinha acordado. Ela estava a nossos pés, olhando para cima e balançando o rabo.

   Margaret Renkl contribui para a coluna de opinião, escrevendo sobre a flora, a fauna, a política e a cultura do Sul dos EUA. É autora do inédito “Late Migrations: A Natural History of Love and Loss”.