21 de novembro de 2018

Associação Tagliari em Peabiru - 1981

Associação Tagliari - em Peabiru/PR - 1981
em pé (da esquerda para a direita): Gerson (in memorian), Luiz Carlos Tagliari (in memorian), David Miguel Cardoso, João Miguel Baitala (in memorian), Daniel Bandeira (in memorian) e Nelson de Souza
agachados: Tauillo Tezelli, Carlos Álvaro Tagliari, Itamar Agostinho Tagliari e Irineu Luiz Ferreira Lima
Do álbum do David Cardoso, foto de 1980/81 mostra um formação da Associação Tagliari que disputou venceu um torneio de futsal em Peabiru.

Lembro que o torneio foi realizado em comemoração ao aniversário da vizinha cidade e que, como os então bicampeões paranaenses, éramos a atração do evento. Passamos o dia lá, enfrentando equipes de toda a região. 

Recordo ainda que, numa época que eu era mais ''estopim curto'' do que hoje, para não dizer ignorante -- daqueles que não fugia de uma encrenca--  assistindo os jogos, comentei com o saudoso João Miguel que íamos decidir com a boa equipe peabiruense e que seria difícil enfrentar o forte e, às vezes, violento beque do time da casa. João, que era outro que não acariciava ninguém, mas jogava muito, me encorajou e falou que me ''garantiria''. Eu era o mais novo e todos eles me protegiam muito nessa época. 

Na decisão, antes mesmo de receber a primeira bola, levei um chega prá lá do adversário e, não sei de onde tirei essa e massageei o ego do zagueirão: - Vi você jogando tão bem até agora, sem apelar, pra que fazer isso? Ele acreditou no meu papo, tentou jogar na categoria e levou uma goleada, com alguns gols meus diga-se.

Seu Daniel Bandeira, já falecido, sempre envolvido com o esporte em Peabiru, viria a ser sogro do meu irmão Dula. 

Tauillo Tezelli é o atual prefeito de Campo Mourão, agora em seu terceiro mandato. Aqueles que não o viram jogando, sempre me perguntam se ele era bom. Ele era muito bom, tinha um chute forte como poucos, mas não se dedicou à modalidade como nós nos dedicamos e parou de jogar muito novo. Mas continuou, com sua empresa, sempre apoiando e acompanhado o futsal de Campo Mourão.

Na foto estão conosco os dois árbitros que apitaram todos os jogos do torneio: o falecido Gerson, do DER, que jogava futebol de campo como poucos, e o Nelson de Souza, o Nelsão. Gerson faleceu muito novo, num absurdo acidente na estrada entre Campo Mourão e Luiziana. 

Grover Washington Jr. - Just the two of us


Grover Washington, Jr. (12/12/1943 - 17/12/1999) foi um saxofonista e músico de soul e jazz estadunidense, mais conhecido por ser um dos criadores do Smooth jazz. Ele faleceu aos 56 anos de ataque cardíaco.


Just the two of us é faixa do álbum Winelight, lançado em 1980. O disco recebeu o prêmio Grammy de Melhor Performance de Jazz Fusion em 1982. Bill Withers é o vocalista.

Robertinho Pizza, um corintiano homenageando o mundial do Palmeiras

Não, ele não virou halterofilista não! Robertinho apenas posa mostrando que no braço direito tatuou imagem do troféu de campeão mundial do seu Corinthians e no esquerdo está o gravado o mesmo troféu do mundial do Palmeiras, ou melhor, o "caneco" que os palmeirenses sonham que conquistaram. 

Já a "porcaiada" rebatem que na esquerda estava o outro troféu da gambazada, mas a Justiça penhorou para pagar dívidas do Timão. 

Cearense, Francisco Roberto da Silva, o Robertinho Pizza, é nosso parceiro de futebol e truco no Clube dos Trinta.


A estranha imagem ‘que se move’ e intriga a internet

© Alice Proverbio/Twitter Essa imagem está se movendo?
O que você vê na imagem acima? Ela está se movendo ou está fixa? É um vídeo ou um gif animado?

Essa ilusão de óptica tem se propagado pela internet e já foi compartilhada e vistas milhares de vezes.

A imagem foi publicada no Twitter pela neurocientista Alice Proverbio, uma psicóloga experimental que trabalha analisando o funcionamento do nosso cérebro.

O desenho, criado pela artista multimídia Beau Deeley, mostra uma esfera deslizando sobre uma coluna. Ele não é um gif nem qualquer outro tipo de animação.

Alice assegura que se trata de uma imagem 100% estática. No entanto, nossa mente é enganada para que pensemos que a imagem está se movimentando.

© Getty Images O efeito que se produz dentro do cérebro ao ver a imagem
"Incrível ilusão de movimento. O V5 é acionado pela saturação de V4", escreveu a cientista em uma rede social.

Mas longe de esclarecer por que a imagem se move, sua descrição gerou mais perguntas: o que são V5 e a V4 e porque temos essa percepção de movimento?

O efeito está no cérebro?
O efeito é produzido no córtex visual do cérebro, parte responsável por processar tudo o que a gente vê.

Dentro dessa parte do cérebro se encontra o V5 ao qual Alice Proverbio se referiu.

"V5 (ou MT) é uma área do córtex que processa o movimento, enquanto o V4 é responsável pela cor e pela forma", explicou Proverbio.

"Os neurônios V4 se saturam tanto que a velocidade em que o neurônios MT viajam são interpretados como um sinal sensorial", diz.

© Beau Deeley/Twitter efecto óptico
"É basicamente um exemplo de competição dentro do córtex visual: sempre que um sinal é atenuado ou suprimido por qualquer motivo, outros elementos podem ser representados em níveis cognitivos superiores", explica a neurocientista.

A artista Beau Deeley respondeu ao tuíte de Proverbio com outras imagens que têm efeito parecido.

Porém, ela afirma que muito tempo de exposição à imagem pode causar dor de cabeça.

E você que não vê nenhum movimento?
© Beau Deeley/Twitter efecto óptico
Isso pode ocorrer se você não estiver usando uma tela suficientemente grande, como as de celular. Mas que se produza um efeito completo, tente mirar a imagem pelo canto do olho ou por uma tela de celular.

O efeito também pode mudar dependendo da distância em que a pessoa vê a imagem ou das formas em si, diz Proverbio.

"A área V4 tem preferência por espirais e esferas, o MT é mais dedicado a 3D e estereopsia (duas imagens diferentes projetadas na retina de cada olho), é uma interação muito complexa", escreveu a neurocientistas.

© Beau Deeley/Twitter efecto óptico
[ MSN ]

Pais de 3 filhos adotam mais 3 irmãos pra não separar a família

Helenice, Wesley e os 6 filhos - Foto: TV Anhanguera/Reprodução
Eles já tinham 3 filhos biológicos e resolveram adotar mais 3 para não separar a família.

Os irmãos moravam em um abrigo, em Goiânia.

O empresário Wesley Raimundo Lopes e a esposa, a dona de casa Helenice Araújo Souza Lopes, conheceram os filhos adotivos quando faziam um trabalho voluntário no local.

Durante o período em que iam ao abrigo, apadrinharam outras três crianças que passavam fins de semana, feriados e férias com eles.

Com a convivência, o amor aumentou e eles decidiram adotar Maria Eduarda, de 13, Luiz Felipe, de 7, e Gabriela, de 1 ano e meio.

Os dois já eram pais biológicos de Davi, de 11 anos, Lara, de 8, e João, de 5.

“Ser mãe não é só ser mãe do ventre. Você pode gerar e ser mãe também do coração. Uma casa alegre, divertida. A demanda é grande, mas é possível”, disse Helenice ao G1.

Família unida
Agora filha mais velha, Maria Eduarda lembra que lutou muito para não se separar dos seus irmãos.

Ela faz questão de incentivar os colegas do abrigo a nunca desistirem de ter uma família.

“Falo para todo mundo lá que um dia eles vão ganhar a vez deles”, lembra a menina.

Feliz com a família maior, Wesley, brinca que vai ter que trocar de carro para poder passear com os 6 filhos e a mulher.

“Descobri que não tem carro para oito [pessoas]. Agora vai ter que ser uma minivan”, disse.

Fila para adoção
Em Goiás, segundo o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), existem 146 crianças e adolescentes à espera de uma família. Por outro lado, 1,4 mil pessoas estão na fila para adotar.

Segundo o juiz da Infância e da Juventude de Goiânia, Eduardo Tavares, quase 80% dos pretendentes preferem uma criança de até 5 anos no máximo. Ocorre que ao menos 90% do total já passou dessa idade.

“Às vezes caem grupos de irmãos, idade um pouco mais avançada, aí já fica um pouco mais de tempo até a gente conseguir achar uma família que acolha esse grupo”, afirma.

20 de novembro de 2018

Colorado Futsal na Cancha Tagliari - 1974

Com a colaboração do amigo Hugo Spilka, residindo atualmente na vizinha Luiziana, relembramos da equipe infanto juvenil do Colorado Esporte Clube, campeão mourãoense de 1974.

A foto, tirada na Cancha Tagliari, mostra, além do próprio Hugo, os irmãos Legnani, que nessa mesma época mudaram-se para Foz de Iguaçu, onde defenderam por anos o futsal daquela cidade (SirLuiz jogando, e muito! E o Elton como preparador físico). Amarildo é o irmão mais novo dos craques Gilmar e Beline. Jorginho Bernini é empresário do ramo de cosméticos. Edson Pereira, o Carocinho, é irmão do amigo Ezoel, da Bolsa de Imóveis e reside em Mato Grosso. Meladinho, já falecido, foi muito folclórico e também um bom jogador da modalidade e representou nosso município muitas vezes.

A foto, tirada há 32 anos, colou no vidro do porta-retrato e, por isso, talvez não saia tão nítida.  


Colorado Futsal - Cancha Tagliari - 1974
Em pé (da esq. para a direita): Amarildo Fuzeto, Hugo Spilka, Elton Legnani e Jorge Bernine Neto.
Agachados: Edson “Carocinho” Pereira, SirLuiz Legnani e Meladinho. 
Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em 2005

Novos Baianos - A Menina Dança


Novos Baianos é um conjunto musical brasileiro, nascido na Bahia, ativo em seu auge entre os anos de 1969 e 1979 e que se reuniram novamente em 2016. Eles marcaram a música popular brasileira e até o rock brasileiro dos anos 70, utilizando-se de vários ritmos musicais brasileiros que vão de samba, bossa nova, frevo, baião, choro, afoxé e ijexá ao rock n' roll. O grupo lançou oito trabalhos antológicos para MPB. Influenciados pela contracultura e pela emergente Tropicália. Contava com Moraes Moreira (compositor, vocal e violão), Baby do Brasil (vocal), Pepeu Gomes (guitarra), Paulinho Boca de Cantor (vocal), Dadi (baixo) e Luiz Galvão (letras) entre outros.

A Menina Dança é faixa do álbum Acabou Chorare, lançado pelos Novos Baianos em 1972. Em 2007, na eleição de Lista dos 100 maiores discos da música brasileira feita pela Rolling Stone, Acabou Chorare aparece em primeiro lugar, sendo considerado obra-prima pelos estudiosos, produtores e jornalistas convocados para a votação.

Frasistas

O Português Xarope (PX), aquele da frase “A morte acaba com a vida da pessoa”, vai acabar perdendo o trono de rei das frases prontas. 

O amigão Guido Pusch diz que um ex-prefeito da região é tão bom quanto o PX, e cita uma frase do ex-político: “As coisas son difíceis, mas non son fáceis”. Então, páreo duro, ou não?

Publicado originalmente no semanário mourãoense Entre Rios, em novembro de 2005.

Um diálogo de corintianos para se esquecer


O vídeo abaixo mostra uma conversa nesse final de semana entre dois amigos que fiz lá no Clube dos Trinta, o Martins e o William. Publico para mostrar que não é só o Jair (Nova.Com) que é fora da casinha por lá.


Na verdade, publiquei por que me diverti muito com o áudio (enviado pelo Rubinho, do Escritório Sercontag). Confesso que não descobri qual é o personagem que o William imita (nem ele sabe!).

Martins é policial militar aposentado. William é veterinário da Maria Macia.

Como as 'fake news' no WhatsApp levaram um povoado a linchar e queimar dois homens inocentes

Moradores registraram com o celular o momento em que Ricardo e Alberto foram mortos
Boatos sobre sequestros de crianças se espalharam pelo WhatsApp em uma pequena cidade no México. A notícia era falsa, mas uma multidão espancou e queimou vivos dois homens antes de alguém checar sua veracidade.

Em 29 de agosto, pouco depois do meio-dia, Maura Cordero, dona de uma loja de artesanato na pequena cidade de Acatlán, no estado de Puebla, no México, reparou que havia uma aglomeração incomum em frente à delegacia, próxima a seu estabelecimento.

Cordero, de 75 anos, foi até a porta da loja para espiar. Dezenas de pessoas estavam do lado de fora da delegacia na rua Reforma, principal via da cidade, e não parava de chegar gente. Logo, haveria mais de cem pessoas. Cordero não se lembrava de ter visto uma aglomeração assim em Acatlán, a não ser em ocasiões festivas.

Enquanto observava, um carro da polícia passou pela loja levando dois homens. Alguns moradores seguiam o veículo, enquanto gritos ecoavam da multidão acusando os dois de serem sequestradores de crianças.

De trás do estreito portão de metal na entrada da delegacia, a polícia respondeu que eles não eram sequestradores, mas delinquentes. "Eles são pequenos infratores", repetiam os policiais, à medida que a multidão aumentava.

Dentro da delegacia, estavam Ricardo Flores, de 21 anos, que havia sido criado nos arredores de Acatlán, mas se mudou para Xalapa, a 250 quilômetros a nordeste, para estudar direito, e seu tio Alberto Flores, agricultor de 43 anos que viveu por décadas em uma pequena comunidade nas cercanias de Acatlán.

Início da tragédia
Ricardo havia retornado recentemente à cidade para visitar a família. Os parentes contam que ele e o tio foram ao centro naquele dia comprar material de construção para concluir uma obra em um poço. E a polícia diz que não há provas de que eles tenham cometido qualquer crime e que foram levados para a delegacia por "perturbar a paz" após terem sido abordados por moradores locais.

Mas a multidão do lado de fora da delegacia estava sob efeito de uma versão diferente dos fatos, uma história suscitada em algum lugar desconhecido e propagada pelo WhatsApp.

"Por favor, estejam todos atentos porque uma praga de sequestradores de crianças entrou no país", dizia a mensagem compartilhada.

"Parece que esses criminosos estão envolvidos com o tráfico de órgãos. Nos últimos dias, crianças de quatro, oito e 14 anos desapareceram e algumas foram encontradas mortas com sinais de que seus órgãos foram removidos."

Avistados perto de uma escola primária em uma comunidade próxima chamada San Vicente Boqueron, Ricardo e Alberto foram rotulados como sequestradores de crianças pelo medo coletivo, e a notícia da prisão deles se espalhou exatamente da mesma forma que os boatos das crianças sequestradas.

A multidão que estava na porta da delegacia foi instigada em parte por Francisco Martinez, um antigo morador de Acatlán, conhecido como "El Tecuanito". Segundo a polícia, Martinez estava entre aqueles que compartilharam mensagens no Facebook e no Whatsapp acusando Ricardo e Alberto. Fora da delegacia, ele usou o celular para fazer uma transmissão ao vivo pelo Facebook.

"Povo de Acatlán de Osorio, Puebla, por favor, venha dar seu apoio, mostre seu apoio", dizia ele para a câmera. "Acreditem em mim, os sequestradores estão aqui agora."

Enquanto Martinez tentava mobilizar a cidade, outro homem, identificado pela polícia apenas como Manuel, subiu no telhado do prédio da prefeitura, ao lado da delegacia, e tocou os sinos para alertar os moradores de que a polícia planejava libertar Ricardo e Alberto.

Um terceiro homem, Petronilo Castelan, "El Paisa", usou um alto-falante para pedir aos moradores uma contribuição para comprar gasolina com o objetivo de atear fogo nos dois homens, e caminhou no meio da multidão para coletar o dinheiro.

A vida segue em Acatlán, no local em que Ricardo e Alberto Flores foram mortos
Linchamento filmado por celulares
De dentro da loja, Maura Cordero observava assustada, até que ouviu alguém dizer que deveria correr porque a multidão incendiaria os homens. "Meu Deus", ela pensou, "isso não é possível".

Momentos depois, o grupo se uniu em torno de um único objetivo. O estreito portão da entrada da delegacia se abriu, e Ricardo e Alberto foram arrastados para fora. Enquanto as pessoas levantavam seus telefones para filmar, os dois foram jogados nos degraus de pedra e espancados violentamente. Em seguida, a gasolina comprada mais cedo foi derramada sobre eles.

Testemunhas acreditam que Ricardo já estava morto por causa da agressão, mas seu tio Alberto ainda estava vivo quando o fogo foi aceso. Imagens de vídeo mostram seus membros se movendo lentamente enquanto as labaredas subiam ao seu redor.

Os corpos carbonizados permaneceram no local por duas horas após serem queimados, enquanto os promotores públicos se dirigiram para Acatlán, e o cheiro de gasolina continuou no ar. Petra Elia Garcia, avó de Ricardo, foi chamada para identificar os corpos. "Olhem o que vocês fizeram com eles!", gritou para o resto da multidão, que começara a se dispersar.

"Foi uma das coisas mais terríveis que já aconteceram em Acatlán", disse Carlos Fuentes, motorista que trabalha em um ponto de táxi perto da delegacia. "As colunas de fumaça podiam ser vistas de todos os pontos da cidade."

O pai de Ricardo, Jose Guadalupe, voltou para Acatlán com a família após uma década nos EUA
A maioria das famílias em Acatlán depende do dinheiro enviado por parentes que migraram para os Estados Unidos. Como em muitas outras cidades no México, milhares de cidadãos seguem para o norte em busca de melhores oportunidades.

Entre os emigrantes no início dos anos 2000, estavam Maria del Rosario Rodriguez e Jose Guadalupe Flores, que se mudaram para os EUA na esperança de proporcionar melhores condições de vida para seus dois filhos, José Guadalupe Jr. e seu irmão mais novo, Ricardo, que permaneceram no México.

Os dois meninos, com sete e três anos na época, ficaram com a avó, Petra Elia Garcia, em Xalapa, no Estado de Veracruz. Maria e Jose Guadalupe se mudaram diversas vezes pelo território americano antes de fixarem moradia na cidade de Baltimore, na costa leste.

Maria virou trabalhadora doméstica e Jose, operário da construção civil. Eles tiveram mais uma filha, chamada Kimberley. E mantinham contato constante com os outros dois filhos pelo Facebook.

A cidade de Acatlán se calou após a tragédia
Na foto, Maria segura o filho Ricardo ainda bebê no colo na casa da família em Acatlán
Desespero no Facebook
Então, em 29 de agosto, Maria recebeu uma série de mensagens no Facebook que pareciam um pesadelo. Um amigo próximo em Acatlán contou que Ricardo tinha sido preso por suspeita de sequestrar crianças. Foi um mal entendido, ela pensou. Ricardo nunca estaria envolvido com algo assim. Mas as mensagens continuavam chegando. De repente, apareceu um link para uma transmissão ao vivo no Facebook, e quando ela clicou, se deparou com a aglomeração - e seu filho e cunhado sendo espancados.

Em vão, ela postou um comentário. "Por favor, não machuquem eles, não os matem, eles não são sequestradores de crianças", recorda-se de ter escrito. Mas a mensagem não surtiu efeito, e ela observou horrorizada os dois serem encharcados de gasolina. A mesma tecnologia que permitiu a um homem em Acatlán mobilizar uma multidão para matar seu filho, permitiu que ela o visse morrer.

Naquele mesmo dia, Maria, Jose Guadalupe e Kimberley voltaram a Acatlán pela primeira vez em mais de uma década. Lá eles conheceram Jazmin Sanchez, viúva de Alberto, que também assistiu à tragédia pelo Facebook.

Durante décadas, Jazmin e Alberto viveram a apenas 14 quilômetros de Acatlán, em Xayacatlan de Bravo. Todos os dias, Alberto ia trabalhar nos campos de milho na terra que comprara na vizinha Tianguistengo.

Quando morreu, deixou para trás uma casa pequena em construção na propriedade, assim como a esposa e três filhas para quem estava construindo a moradia.

"Ele era um homem bom, não merecia morrer dessa forma", disse Jazmin, segurando um boné, um cinto e uma carteira que pertenciam ao marido.

Maria e Jose Guadalupe voltaram, por sua vez, para outra casa pequena em Tianguistengo, que deixaram para os filhos quando foram para os EUA. De pé nos fundos da residência, Maria se recorda do filho. Ele gostava de borboletas e de correr pelos campos de milho. Saiu para estudar direito porque queria defender as pessoas de injustiças. "Eles o tiraram de nós, e ele nem chegou a deixar um filho para cuidar da gente", disse ela.

Jazmin Sanchez, viúva de Alberto, entrega uma flor de calêndula à filha na propriedade da família em Acatlán
Alberto Flores era pai de três meninas, incluindo Xiamara Kaori Flores
Em Acatlán, a família foi recebida com silêncio. Com exceção de Maura Cordero, os lojistas da rua Reforma disseram que estavam fora da cidade quando a barbárie aconteceu, ou que fecharam suas lojas e fugiram, ou ainda que nem chegaram a abrir as portas naquele dia, que não era feriado.

"Ninguém quer falar sobre isso", disse Fuentes, o taxista. "E as pessoas que estavam diretamente envolvidas já foram embora."

De acordo com as autoridades, cinco pessoas foram acusadas de incitação ao crime e outras quatro de assassinato. Martinez, que transmitiu o evento ao vivo no Facebook, Castelan, que pediu dinheiro para gasolina, e o homem identificado como Manuel, que tocou os sinos, estavam entre os cinco. Mas os outros dois supostos incitadores e os quatro acusados ​​de assassinato estavam foragidos, segundo a polícia.

No dia seguinte à morte de Ricardo e Alberto, seus corpos foram velados em Acatlán. Maria acredita que havia testemunhas do crime entre os presentes na missa.

"Vejam como vocês mataram eles! Vocês todos têm filhos! Eu quero justiça para os meus entes queridos!", gritou enquanto as lágrimas rolavam e as câmeras das redes de televisão locais e nacionais filmavam.

Agora, a família vive com medo em Acatlán, diz Maria. Eles têm receio até de ir ao mercado. "Perdi meu neto que era como meu filho", disse a avó de Ricardo. "Eles os acusaram de serem criminosos, sem provas".

Maria ainda não consegue entender por que a multidão foi levada por uma mentira. "Por que eles não checaram? Nenhuma criança foi sequestrada, ninguém apresentou uma queixa formal. Foi uma notícia falsa", afirmou.

Jose Guadalupe Flores, de 45 anos, e sua filha Kimberly, de 10 anos, em Acatlán
Um rapaz toca o mesmo sino que soou no dia do linchamento
Onda de violência causada por boatos
As mortes de Ricardo e Alberto Flores no México não são casos isolados. Boatos e notícias falsas no Facebook e no WhatsApp fomentaram episódios de violência com morte na Índia, em Myanmar e no Sri Lanka, para citar apenas três. Na Índia, como no México, o WhatsApp ressuscitou rumores antigos sobre sequestros, permitindo que se espalhassem mais rápido - e com menos responsabilidade.

O WhatsApp, que foi comprado pelo Facebook por US$ 19 bilhões em 2014, tem sido associado a uma onda de linchamentos em toda a Índia, muitas vezes alimentada por histórias falsas de crianças sequestradas. No Estado de Assam, em junho, Abhijit Nath e Nilotpal Das foram espancados até a morte por um grupo de 200 pessoas, em um incidente assustadoramente semelhante ao de Acatlán.

Tanto o WhatsApp quanto o Facebook são amplamente utilizados para o consumo de notícias no México, segundo consta em um relatório de 2018 do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo. De acordo com o levantamento, 63% dos usuários de internet no México dizem que estão muito preocupados ou extremamente preocupados com a disseminação de notícias falsas.

"As plataformas digitais servem como veículos instantâneos para canalizar o melhor e o pior de nós, incluindo nossos medos e preconceitos", disse Manuel Guerrero, diretor da Escola de Comunicação da Universidade Iberoamericana do México. "E isso fica mais evidente na ausência de autoridades efetivas que possam garantir nossa segurança", completou.

Maria del Rosario Rodriguez, segura o telefone do filho. Ela não suporta olhar para os boatos que levaram à sua morte
Em 30 de agosto, no dia seguinte ao que Ricardo e Alberto foram mortos em Acatlán, moradores da cidade de San Martin Tilcajete, no sul de Oaxaca, tentaram linchar um grupo de sete pintores de casas, falsamente acusados ​​de serem sequestradores infantis. Naquele dia, os policiais conseguiram resgatar as vítimas.

Mas no mesmo dia, em Tula, no Estado de Hidalgo, a cena assustadora de Acatlán se repetiu, quando dois homens inocentes acusados ​​de raptar crianças foram espancados e queimados até a morte.

No Equador, em 16 de outubro, dois homens e uma mulher presos por suspeita de roubar 200 dólares foram mortos por uma multidão após serem falsamente acusados em boatos que circularam pelo Whatsapp de sequestrar crianças. E em 26 de outubro, em Bogotá, na Colômbia, um grupo matou um homem pelo mesmo motivo.

Como as mensagens do WhatsApp são criptografadas, é impossível rastrear a origem de qualquer conteúdo compartilhado no aplicativo. A empresa se recusou a atender aos pedidos do governo indiano em julho para quebrar a criptografia e permitir que as autoridades rastreassem as mensagens.

Jose Gil, vice-ministro de Informações e Inteligência Cibernética na Cidade do México, supervisiona sua equipe
Combate pouco eficaz
O WhatsApp anunciou medidas para tentar conter a disseminação de notícias falsas, identificando claramente as mensagens que são encaminhadas e limitando o número de destinatários para repassar mensagens a 20 grupos por vez - e a cinco na Índia.

"Acreditamos que o desafio da onda de violência exige uma ação das empresas de tecnologia, da sociedade civil e dos governos", disse a empresa à BBC. "Nós intensificamos a educação do usuário sobre desinformação e fornecemos treinamento sobre como usar o WhatsApp como um recurso nas comunidades."

Um porta-voz do Facebook disse à BBC que a plataforma "não queria que seus serviços fossem usados ​​para incitar a violência".

"No início deste ano, identificamos e removemos vídeos mostrando violência em massa no Estado mexicano de Puebla, e atualizamos nossas políticas para remover conteúdos que poderiam levar a danos no mundo real", disse o porta-voz. "Continuaremos a trabalhar com empresas de tecnologia, a sociedade civil e os governos para combater a disseminação de conteúdo com potencial para causar danos".

Pelo menos 10 governos estaduais no México, incluindo o de Puebla, lançaram campanhas informativas alertando os cidadãos sobre a onda de mensagens falsas nas redes sociais sobre sequestros de crianças. Os policiais que investigam crimes cibernéticos criaram grupos de discussão no WhatsApp para permitir a comunicação direta com os moradores de 300 bairros em toda a capital.

Os cidadãos pedem à polícia, por meio dos grupos, que verifiquem histórias, enquanto os policiais coletam evidências contra aqueles que espalham notícias falsas. Também estão na mira da equipe outros crimes: falsidade ideológica, tentativas de extorsão e tráfico de seres humanos.

"Acreditamos que, de cada dez crimes, a tecnologia é usada em nove", diz Jose Gil, vice-ministro de Informações e Inteligência Cibernética da Cidade do México.

"As redes sociais podem realmente afetar uma comunidade por meio da disseminação de informações falsas que muitos de nós percebem como verdadeiras, porque são enviadas por pessoas em quem confiamos", completa. "A sociedade precisa realmente avaliar o que é verdadeiro e o que é falso, e decidir o que é confiável e o que não é."

A falta de policiamento efetivo e a cultura de impunidade no México fizeram com que os rumores incitassem a violência como "dinamite", afirma a deputada Tatiana Clouthier. Segundo ela, no caso do linchamento em Acatlána, a privacidade e a liberdade de expressão tiveram um custo terrível.

"Mas damos prioridade para quê? Temos que dar prioridade à liberdade de expressão, mas onde está o limite? Esse é um debate em que nenhum de nós quer entrar porque ninguém quer restringir a liberdade de expressão, mas não podemos permitir a desinformação. A situação que estamos enfrentando é muito perigosa."


Na tarde do dia 24 de outubro, um grupo de cerca de 30 parentes de Ricardo e Alberto se reuniram na Igreja do Calvário em Acatlán para uma missa em sua memória. O padre rezou por ambas as famílias e abençoou duas cruzes de metal levadas por eles. A celebração durou uma hora e, em seguida, as famílias andaram meio quilômetro carregando as cruzes até o lugar que haviam evitado nos últimos dois meses.

O pai de Ricardo, Jose Guadalupe, colocou as cruzes nos degraus de pedra em que Ricardo e Alberto foram mortos, e o grupo permaneceu por um tempo em silêncio.

"Foi muito doloroso estar no mesmo lugar em que os corpos foram carbonizados", afirmou Maria, mãe de Ricardo, mais tarde. "Tudo isso aconteceu por causa dos rumores e porque as pessoas foram levadas por esses rumores."

Esses boatos ainda aparecem no telefone de Maria - e provavelmente no de outros moradores da cidade -, mas ela não suporta mais vê-los ou mostrá-los a quem quer que seja.

No dia da missa, ela prometeu junto a Jazmin, viúva de Alberto, visitar o local do linchamento uma vez por semana e repor as velas que deixaram ao lado das cruzes.

"As cruzes devem permanecer lá para sempre", diz ela, "para que o povo de Acatlán possa ver e se lembrar do que fez".

16 de novembro de 2018

Teatro: Ney Piacentini pela primeira vez em Campo Mourão


Pela primeira vez, em quarenta anos de carreira, Ney Piacentini, ator mourãoense radicado em São Paulo, se apresenta neste sábado, dia 17, em Campo Mourão. 

A partir das 20h, na Casa da Cultura, o filho dos saudosos, Lurdes e Avelino entra em cena com os contos literários homônimos O Espelho, de Machado de Assis e Guimarães Rosa, trabalho que lhe rendeu a indicação ao Prêmio de Melhor Ator de 2106 pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

Na mesma noite, Ney autografará o seu novo livro O Ator Dialético: 20 anos de aprendizado na Companhia do Latão, e, no domingo, o ele ministrará uma oficina gratuita para os interessados.

Em 2014, aqui no Baú, relembrei de quando ele veio de Florianópolis, onde fazia faculdade, para contar aos pais que ia seguir carreira teatral. Confira abaixo:   

"Luizinho, vamos ali me dar uma força, quero contar pro meu pai que vou largar da engenharia (ou seria, arquitetura?) para fazer psicologia", me pediu o Ney Piacentini. Fui e vi o seu Avelino avalizar a escolha do meu amigo de escola, de esportes e bagunças (ainda vou contar aqui de uma 'viagem' de carona até Umuarama apenas para darmos um olá para uma namorada dele. Isso com apenas treze anos e numa época que era preciso ir primeiro até Maringá para chegarmos na vizinha cidade).   

Nos nossos tempos de futebol de salão
(da esq. para a direita): David Cardoso, Luizinho Ferreira Lima, Tauillo Tezelli, Marcelo Silveira e Ney Piacentini
Caramuru Futsal - Cancha Tagliari - Campo Mourão - 1975
Alguns meses depois, lá vem filho da Lurdes e pede para acompanha-lo para anunciar nova mudança na vida: ia largar a faculdade em Florianópolis e tentar a vida como ator em São Paulo. Claro que o abandonei, me acovardei... Também, pudera, numa família de engenheiros civis, com uma construtora dando seus primeiros passos, o meu amigão de infância dava uma guinada na sua caminhada que eu não entendia direito. Mas o pai, bondoso e compreensivo como ele só, abençoou a escolha do mano da vereadora Nelita. 

Dave Matthews e Warren Waynes - Cortez the Killer

Warren Wayne e Dave Matthews
David John Matthews (Joanesburgo, 09/01/1967) é um músico sul-africano.

Warren Haynes (06/04/1960) é um guitarrista americano de blues e rock, vocalista, compositor, há muito tempo integrante do The Allman Brothers Band. Ele é considerado pela revista Rolling Stones como o 23° na lista dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos. 


"Cortez the Killer" é uma canção de Neil Young do seu álbum de 1975, Zuma. Foi gravado com a banda Crazy Horse. Desde então, ficou em 39° lugar nos 100 maiores solos de guitarra do Guitar World e no número 329 na lista das 500 melhores canções de todos os tempos da Rolling Stone.

Coxa, Nilmar e a Segundona

Nilmar em recente viagem a Mendonza,
na Argentina
História que se repete! Abaixo um publicação minha, de novembro de 2005, na coluna que mantinha no semanário mourãoense Entre Rios

Nilmar Piacentini, como bom torcedor do furacão paranaense, não se cansa de encher minha caixa postal com gozações sobre o meu Coritiba. A última foi essa: 

   O cara vai para o motel com uma gata, que ele acaba de conhecer,  e pratica sexo freneticamente com ela até chegar ao ápice. 
   Ele senta na cama fuma um cigarro, e logo após a ultima tragada, vira-se 
para a gostosa e fala:
   - Vamos para a segunda?
   E ela responde:
   - Você também é Coxa Branca?

6 alimentos que limpam o fígado

O fígado é um órgão muito importante e que precisa ser cuidado



O fígado é o órgão responsável por sintetizar proteínas e lipídeos, processar hormônios e desintoxicar o organismo. Contudo, ele também precisa de uma limpeza de vez em quando, para garantir um sono de qualidade, energia e equilíbrio hormonal e queima adequada de gorduras. Como consumimos substâncias nocivas diariamente, o fígado fica sobrecarregado com o passar do tempo. Pessoas qua consomem álcool com frequência acabam sobrecarregando o órgão, que precisa fazer trabalho redobrado para quebrar a macromolécula em acetaldeído e ser eliminado pelo corpo. Alimentação desregulada, rica em alimentos processados, açúcar, gorduras e substâncias industrializadas também acabam sobrecarregando o órgão. Por isso, aposte nesses seis alimentos amigos do fígado, segundo a revista Casa & Jardim, que ajudarão a fazer uma limpeza completa:

1. Beterraba - Rica em betaína, esta planta ajuda na hidratação das células e na substituição de sais inorgânicos, conforme pesquisa realizada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) em 2015. Além disso, o aminoácido colabora para a eliminação de toxinas e no combate à inflamação.

2. Cúrcuma - pontente anti-inflamatório por conta da curcumina, a cúrcuma ajuda na limpeza de radicais livres e metaboliza colesterol e estrogênio, o hormônio feminino.

3. Cardo mariano - é uma planta medicinal muito usada em suplementos, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que eliminam compostos poluentes no corpo.

4. Comidas fermentadas e probióticos - comidas fermentadas, como picles, possuem bactérias que ajudam a trazer equilíbrio ao corpo. Probióticos como kefir e kombucha também possuem a mesma atuação.

5. Extrato de dente de leão - com gosto amargo, esta planta ajuda na eficiência da bile, que atua na digestão de gorduras e absorção de substâncias nutritivas ao passarem pelo intestino.

6. Abacate - a fruta adiciona na produção natural da glutationa, substância antioxidante.

[Vídeo] Cão espera quase três meses em estrada onde a dona morreu

As imagens se tornaram virais nas redes sociais
   

Um cão leal à sua companheira humana esperou que esta aparecesse durante mais de 80 dias numa estrada movimentada na Mongólia Interior, uma região autônoma da China.

As imagens do animal sentado à espera já foram vistas milhões de vezes e têm conquistado o coração dos utilizadores.

Segundo testemunhas, citadas pela BBC, o animal tem sido visto todos os dias no mesmo local desde o dia em que a dona morreu, a 21 de agosto. De acordo com um taxista, as pessoas tentam ajudá-lo, mas ele acaba sempre por fugir.

"Os condutores por vezes tentam lhe dar pequenas porções de comida de cão, mas quando saem do carro, ele foge", explicou, acrescentando que a "ligação entre a dona e o cão era muito profunda. Depois de ter morrido, o pequeno cão tem ficado de guarda à sua espera".

O vídeo foi feito no dia 10 de novembro e desde então tem corrido a internet. Este não é o primeiro caso do gênero que conquista a web. No início deste ano, um cão mais idoso esperava todos os dias pacientemente numa estação de comboio que o dono voltasse do trabalho.