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15 de janeiro de 2015

Carro se equilibra à beira de cratera aberta em rua. Não, não foi em Campo Mourão!

Parece que virou moda na China. Crateras abertas em ruas e avenidas do país continuam assustam motoristas. O caso mais recente ocorreu em Guangzhou, na província de Guangdong. Um carro de passeio ficou se equilibrando à beira do enorme buraco, de 25 metros quadrados, aberto na quarta-feira (14/1).

Foto: Reuters

Semana passada, uma cratera aberta em avenida de Guilin, na província autônoma de Guangxi Zhuang, engoliu um caminhão que passava pelo local. De acordo com a agência de notícias Reuters, ninguém ficou ferido no acidente.

Foto: Reuters
Em julho de 2013, outra cena impressionante, em Xi'an, onde um buraco engoliu um caminhão carregado com concreto.

Foto: Barcroft Media/Other Images
Em dezembro de 2012, em rua na província de Shaanxi:

Foto: Reuters
Novamente em Shaanxi, em maio de 2012:

Foto: Reuters
Em setembro de 2008, uma estrada cedeu em Guangdong:

Foto: Reuters
Em abril de 2007, incidente em Nanchang, na província de Jiangxi:

Foto: Reuters

Em Campo Mourão a coisa anda tão feia que moradores já fizeram de tudo para chamar a atenção da administração municipal. Veja dois exemplos abaixo:

Em Campo Mourão, na Rua Mamborê

Na Prefeito Devete de Paula Xavier
E já tem mourãoenses investindo em automóveis fabricados especialmente para eles. Veja abaixo (velhinha, mas engraçadinha!):


15 de setembro de 2014

Depois do trem-bala invisível, o governo inventa o navio que não navega

A matéria abaixo, publicada na Coluna de Ricardo Setti em março de 2012, apresenta mais um absurdo, descaso e falta de zelo do governo federal com o dinheiro dos brasileiros. Leiam e vejam como uma notícia antiga pode continuar nos machucando... Quantas escolas e postos de saúde poderiam ser construídos com R$ 336 milhões??? (os destaques no texto são meus)
  
Petroleiro "João Cândido", depois do trem-bala invisível, o governo inventou o navio que não navega (Foto: Divulgação)
Em 7 de maio de 2010, ao lado da sucessora que escolhera e do governador pernambucano Eduardo Campos, o presidente Lula estrelou no Porto de Suape um comício convocado para festejar muito mais que o lançamento de um navio: primeiro a ser construído no país em 14 anos, o petroleiro João Cândido fora promovido a símbolo da ressurreição da indústria naval brasileira.

Produzida pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), incorporada ao Programa de Modernização e Expansão de Frota da Transperto (Promef) e incluída no ranking das proezas históricas do PAC, a embarcação com 274 metros de comprimento e capacidade para carregar até um milhão de barris de petróleo havia consumido a bolada de R$ 336 milhões – o dobro do valor orçado no mercado internacional.

Destacavam-se na plateia operários enfeitados com adesivos que registravam sua participação no parto de mais uma façanha do Brasil Maravilha. Seria uma festa perfeita se o colosso batizado em homenagem ao marinheiro que liderou em 1910 a Revolta da Chibata não tivesse colidido com a pressa dos políticos e a incompetência dos técnicos. Assim que o comício terminou, o petroleiro foi recolhido ao estaleiro antes que afundasse ─ e nunca mais tentou flutuar na superfície do Atlântico.

O vistoso casco do João Cândido camuflava soldas defeituosas e tubulações que não se encaixavam, além de um rombo cujas dimensões prenunciavam o desastre iminente. Se permanecesse mais meia hora no mar, Lula seria transformado no primeiro presidente a inaugurar um naufrágio. E

Estacionado no litoral pernambucano desde o dia do nascimento, nem por isso o navio deixou de percorrer o país inteiro. Durante a campanha presidencial, transportado pela imaginação da candidata Dilma Rousseff, fez escala em todos os palanques e foi apresentado ao eleitorado como mais uma realização da supergerente que Lula inventou.

A assessoria de imprensa da Transpetro se limita a informar que não sabe quando o João Cândido vai navegar de verdade. O Estaleiro Atlântico Sul, criado com dinheiro dos pagadores de impostos, não tem nada a dizer. Nem sobre o petroleiro avariado nem sobre os outros 21 encomendados pelo governo. No fim de 2011, o EAS adiou pela terceira vez a entrega do navio. A Petrobras, que controla a Transpetro, alegou que os defeitos de fabricação só podem ser consertados no exterior.

Quando o presidente era Nilo Peçanha, João Cândido comandou uma rebelião que exigia a abolição dos castigos físicos impostos aos marinheiros. Passados 102 anos, Dilma e Lula resolveram castigá-lo moralmente com a associação de seu nome a outro espanto da Era da Mediocridade: depois do trem-bala invisível, o governo inventou o navio que não navega.