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20 de fevereiro de 2015

Bolas foras do handebol mourãoense

Sebastião Mauro, Walcir Ferreira Lima e Marcelo Silveira - 1983
Esta semana recebi e-mail do professor Idê querendo ajuda para contar a história do handebol de nossa cidade e, por isso, nesta edição, rememoro algumas passagens pelo esporte, que hoje é o mais praticado nas escolas brasileiras.

Faço parte dos primeiros praticantes da modalidade em nossa cidade, juntamente com os irmãos Arnaud e Marcelo Silveira, Sebastião Mauro, Jair Grasso, João Silvio Persegona, Marcão Alcântara, Ricardo Grabowski, Fernando Duglosz, Marquinhos Pelizzer, João Barbosa, David Miguel Cardoso...

Muitas foram as nossas conquistas, tanto no masculino como no feminino. Mas, não sei por que, o que me vem mais na memória, nesse momento, foram “bolas foras” que proporcionamos justamente na época em que nosso handebol era um dos mais fortes do Paraná.

Equipe que representou a cidade na primeira vez que Campo Mourão sediou um Jogos Abertos, em 1976. Recheada de atletas importados, terminou com a medalha de prata. 
Em 1976, na primeira vez que Campo Mourão sediava um Jogos Abertos (Jap´s), nossos dirigentes optaram por importar atletas de fora em detrimento de muitos atletas locais (prática comum até hoje, infelizmente) e conquistaram a medalha de prata.

Equipe mourãoense que ficou em segundo lugar nos Jogos Abertos do Paraná de 1977, em Arapongas
No ano seguinte, em Arapongas, contando apenas com atletas radicados em nossa cidade conquistamos a mesma posição do ano anterior. A bola fora aqui foi proporcionada principalmente por nós atletas que, no jogo final, contra uma equipe de basqueteiros, isso mesmo basqueteiros de Cornélio Procópio, perdemos um sem número de pênaltis (no handebol, sete metros) e acabamos derrotados por apenas um gol. Isso sem falar  de um passeio debaixo de chuva, na manhã da decisão, por um clube de campo, que nos obrigou a cair da cama bem cedinho depois de uma semifinal barra pesada na noite anterior.

O maringaense Zé Luiz depois defendeu as cores mourãoenses.
Na foto, ele ao lado do meu mano Walmir
Em 1978, nos Jap´s em Maringá, éramos disparados os melhores, e depois de passar por vários adversários, na semifinal enfrentaríamos a equipe da casa, no jogo mais esperado do evento. Tudo bem, tudo bom, se alguém não se queixasse de dor muscular e, então, resolveram que nós, com idade média de 18 anos, deveríamos tomar alguma coisa para tirar as dores. Numa farmácia, sem nenhuma orientação médica, aplicaram um relaxante muscular que tirou todo nosso reflexo e fez com que perdêssemos de maneira ridícula um jogo que não era garantido que ganharíamos - Maringá sempre foi muito forte nessa modalidade -, mas que poderia ser muito mais disputado, isso poderia. Lembro sempre do Zé Luiz, o Zé Cuié, ala direita maringaense, passando por mim e eu só reagindo quando ele já voltava comemorando o gol. Acabamos decidindo e ganhando o terceiro lugar e os maringaenses levaram o caneco. 


Publicada originalmente no semanário Entre Rios, em novembro de 2005. 

23 de outubro de 2014

Handebol mourãoense terá noite de gala para comemorar 40 anos da modalidade na cidade

Do CRN1, em 22/10/2014 

Um café da manhã com a presença de alguns dos principais nomes da imprensa mourãoense foi realizada nesta terça-feira, dia 21, na Padaria Fiorella, para o lançamento oficial de um evento que será realizado em maio de 2015: a Noite de Gala do Handebol de Campo Mourão – 40 anos.

foto: Ilivaldo Duarte
Os idealizadores do evento contaram que a iniciativa buscas resgatar a história da modalidade em nossa cidade, principalmente os primeiros anos da chegada do esporte nas quadras esportivas mourãoenses, no início dos anos 1970. 

Segundo Idevalci Maia, o professor Idê, um dos organizadores, o handebol já era praticado nas escolas de Campo Mourão desde 1973, mas foi apenas em 1975 que a modalidade começou a ter a mesma atenção que o futsal tinha dos dirigentes e torcedores mourãoenses. Desde então, com a chegada do próprio Idevalci, oriundo de Terra Boa, de Nelsinho Rodrigues, de Nova Esperança, e Erivaldo “Negão” de Oliveira, de Moreira Sales, todos eles professores de educação física e atletas, o handebol passou a ser disputado como esporte de alto rendimento, colhendo ótimos resultados estaduais, nacionais e até internacionais.

arte: Elvira Schen
“Nosso objetivo é reunir dirigentes e atletas e seus familiares para uma noite de gala, que será realizada no dia 2 de maio do ano que vem no Clube 10 de Outubro, para rememorar os primeiros passos do handebol e, com isso, começar a formar um acervo com um pouco da história esportiva mourãoense”, afirmou o professor Paulo Gilmar Fuzeto, outro idealizador do encontro. 

Marcelo de Oliveira Lima, presidente da Associação de Handebol de Campo Mourão (Ahandecam), afirmou que a história da modalidade é riquíssima, com muitas competições e conquistas, e como queremos torna-lo anual, nesse primeiro encontro trataremos apenas da história da implantação do handebol de alto rendimento, em 1975, até a disputa da equipe masculina nos Jogos Abertos do Paraná de 1977, quando Campo Mourão terminou a competição em segundo lugar e até 1979 com a conquista da nossa equipe feminina do título de campeã da mesma competição, que naquele ano foi disputado em Toledo. 

Presente no evento, o Secretário do Esporte do Município de Campo Mourão, Ricardo Arty Echelmeier, valorizou a iniciativa e fez questão de ressaltar sobre a importância da modalidade para o Município. “É notável a importância que o handebol tem hoje para a nossa cidade, buscamos trabalhar todas as modalidades com toda a dedicação possível, para que tudo aconteça da melhor forma e que os talentos sejam revelados em nossa cidade. E quanto temos parceiros fortes, como a própria Ahandecam e estes abnegados que respondem pela modalidade, as ações são compartilhadas e tudo se torna cada vez melhor. E, evidentemente, um resgate histórico de tudo o que já aconteceu no passado é de fundamental importância para despertar o interesse dos mais novos pela modalidade”, disse Ricardo.

Divulgação
“Um grupo no Facebook foi criado para divulgar nosso encontro. Ali, na rede social, pretendemos reunir fotos, vídeos e depoimentos dos pioneiros do handebol mourãoense e com a participação dos amigos montar toda a programação audiovisual que será apresentada no dia do evento, afirmou Luizinho Ferreira Lima, outro integrante da organização”. 

O Programa Ricardo Borges acompanhou o encontro e fez a reportagem abaixo: