Ricardo "Bruca" - 2011 |
Ontem foi aniversário do Ricardo "Bruca" Alípio Costa -- e também do Getulinho Ferrari, Clermont D'Ávila Sobrinho e do doutor Rubens Sartori -- e com a ajuda dele conto uma conquista que juntos tivemos defendendo as cores do Colégio Estadual do Paraná, láááááááá em 1978.
Campeões dos Jogos Metropolitano Estudantis de Curitiba - 1978
Campeões dos Jogos Metropolitano Estudantis de Curitiba - 1978
1978. Ricardo Alípio Costa,
Dagoberto Lüdek, Neyzinho Kloster e eu fazíamos cursinho em Curitiba. Quando
soubemos da realização dos Jogos Metropolitanos Estudantis de Curitiba
procuramos nossos colégios para saber como participar na modalidade de handebol.
No Positivo, onde estudava junto com o Ney, fui preterido pelo treinador da
equipe e esnobado pelo melhor atleta do colégio, que por sinal estudava na
mesma sala do Terceirão comigo. No Dom
Bosco, Ricardo, o Bruca, e Dagoberto foram informados que o colégio não teria
equipe no handebol masculino.
Neyzinho Kloster - 1977 |
Fomos então convidados para
treinar com o Colégio Estadual do Paraná. O treino era
feito em quadra descoberta e piso de asfalto. O primeiro jogo-treino foi contra
o Colégio Barddal na quadra deles. Foi um passeio, fizemos gols até de
pensamento, resultando no convite para representarmos o Estadual na competição.
Como não
pertencíamos ao Colégio Estadual eles nos matricularam em cursos
noturnos. De sacanagem, fui inscrito no curso de Técnicas Culinárias, ou algo
assim. Sofri na mão dos amigos por causa do ‘curso escolhido’.
Dagoberto Lüdek - 1977 |
Na verdade o time era uma
verdadeira seleção, com os quatro mourãoenses ao lado de craques como Gabriel
Carazzai, Carlinhos, Armando, Mitsuashi. O goleiro Armando e o armador Gabriel
anos depois representaram Campo Mourão em competições de alto nível.
Os comentaristas esportivos da época diziam que era um torneio feito para duas equipes disputarem a final: Positivo x CEFET, este treinado pelo falecido professor Mauro Rodinski, então técnico da Seleção Brasileira. Estas duas equipes contavam com atletas de ponta e técnicos renomados e estudiosos, enquanto nossa equipe, reunida a poucas semanas da competição, era treinada por técnico muito apaixonado pela modalidade, porém modesto se comparado aos treinadores de Campo Mourão.
Na primeira
rodada jogamos contra o poderoso CEFET no Ginásio do
Tarumã em noite inspirada do nosso time. Nós, os quatro mourãoenses, não
sentimos o peso da partida nem da rivalidade entre os curitibanos do CEFET e do
nosso time. Jogamos como se estivéssemos treinando no Ginasinho JK. Para
irritação do professor Mauro Rodinski, vencemos com certa facilidade, estando à
frente do placar o jogo inteiro.
Na rodada
seguinte, também no Ginásio do Tarumã perdemos para o Colégio Positivo por um
escore apertado lançando a sorte das três equipes para o último jogo entre o
CEFET e o Positivo no Ginásio da Praça Oswaldo Cruz.
Ricardo 'Bruca' - 1979 |
O jogo teve
cobertura da TV Iguaçu e as torcidas das duas escolas rivais (CEFET e Positivo)
lotaram o ginásio. O CEFET deveria vencer o Positivo por uma diferença de seis gols
e ao Positivo bastava uma vitória simples para sagrar-se campeão. O CEFET
venceu, mas por uma diferença de quatro gols consagrando o Colégio Estadual do
Paraná como o grande vencedor do torneio. Nossa equipe foi assistir ao jogo
como se estivesse indo ao cinema, de calça jeans, camiseta e tênis.
No pódium
as três equipes perfiladas. Nós ao centro de calça jeans e camiseta (medalha de
ouro), ao lado de duas equipes que pareciam ter saído de uma guerra (detonadas),
medalha de prata para o CEFET e medalha de bronze para o Positivo.
Fomos
muito elogiados em uma mesa redonda promovida pela TV Iguaçú, especialmente
pelo Professor Rodinski que acreditava que
tínhamos nos preparado muitos meses antes da competição contemporizando os palpites
em sua equipe do CEFET.
Luizinho F. Lima - 1977 |
Eu me diverti muito, por mais de
uma semana, quando chegava de manhã no Positivo e praticamente esfregava a
medalha na cara do craque do colégio que me esnobou. Sentávamos na mesma fila,
ele na ponta e eu no meio, e como sempre cheguei atrasado ele era obrigado a
‘me engolir’. Mas ele tirava de letra, principalmente depois que nos
encontramos meses depois nos Jogos Abertos do Paraná, ele representando Nova
Esperança e eu e Ricardo as cores mourãoense, e demos um ‘chocolate’ no time
dele.