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7 de maio de 2012

10 raças de cães subestimadas

Todo mundo conhece as raças de cães consideradas perigosas, como rottweilers e pit bulls – “cães de combate” cuja origem remete a um animal que foi especialmente criado para brigar – que são sempre tema de proibições, banimentos, sacrifícios.

No Brasil, muitas leis estaduais estudam e discriminam raças consideradas perigosas (no mundo inteiro, as duas infames raças acima são as mais alvejadas), inclusive, há pouco tempo, a “lei da focinheira” para cães agressivos deu o que falar.

O governo português também possui leis que visam limitar a importação, reprodução e mesmo a criação de cães de raças consideradas perigosas, dentre elas, o dogue argentino, o staffordshire terrier americano, o staffordshire bull terrier, o tosa inu e o fila brasileiro, que nem sequer aparecem frequentemente nas listas de cães mais perigosos do mundo – que geralmente contam com huskys, dogues canários, dobermanns.

O que muitos não sabem, entretanto, é que todas essas raças nem sempre são as mais agressivas.

Cães de grande porte muitas vezes ganham uma fama injusta. Muitos cães pequenos mordem muito mais do que os grandes, só que suas mordidas não são tão graves e raramente requerem atenção médica, o que certamente distorce as estatísticas. Mas nós pretendemos igualar o jogo. Então conheça 10 raças de cães que, mesmo que não sejam consideradas perigosas, podem exigir mais cuidado do que um boxer ou um pastor alemão.


10 – Dachshund
Ah, o ridicularizado “cão salsichinha”. Meu bem, de Salsicha esse cão não tem nada. O oposto da covardia, o “cão texugo” (significado do seu nome em alemão) foi criado para lidar com um dos animais mais ferozes do planeta, o texugo. E, para tanto, teria que ser feroz também. Intencional e mordaz, esse cão é mais propenso a violência contra pessoas e animais do que muitos rottweilers e pit bulls, sendo um dos cães mais agressivos existentes.
9 – Chow Chow
Pesando até 30 quilos, o Chow foi criado para proteger e caçar na sua nativa China, tendo, portanto, uma natureza agressiva e imprevisível. O fato de eles serem muitas vezes comidos lá também pode ser responsável pelo comportamento.
Sua anatomia (seus olhos profundos com visão limitada) também ajudam no que diz respeito ao cão se assustar e reagir a qualquer coisa. É um animal muito leal ao seu dono e desconfiado para com estranhos – bom cão de guarda. E não se deixe enganar pela sua aparência fofa, mas sim leve mais a sério sua semelhança com um leão ou urso.
8 – Jack Russell Terrier
“Terrier” já diz tudo, já que é um grupo de cães produzidos inicialmente para caça e matança. Mesmo pequenos, estes cães são corajosos e resistentes. Jack Russell fofinho? Não. Mais para cão robusto criado para caçar raposas e perseguir vermes subterrâneos. Sua socialização em grande número é recente, por isso os Russells são um pouco antissociais e podem ser muito perigosos. Com um temperamento tenaz e maxilares pequenos, mas poderosos, eles nunca recuam de uma luta, independentemente do adversário.
7 – Dálmata
O filme infantil “101 dálmatas” contribuiu muito para a popularização dessa raça, mas ela com certeza não é a melhor escolha de animal para se ter numa casa com crianças. Cão que pode chegar a 30 quilos, o dálmata da Iugoslávia foi criado para acompanhar e vigiar carruagens. Muitas vezes escoltavam bombeiros, e possui afinidade com cavalos. É um cão de proteção com resposta intuitiva que, se não for exercitado eficientemente, pode se tornar destrutivo.
6 – Cocker Spaniels
Ah, não! Até o cão fofo da Disney? Sim. É difícil imaginar um cão menos intimidador que um Cocker Spaniel, mas, infelizmente, quem tem um sabe que essa é uma raça extremamente sensível, totalmente neurótica. Eles até são sociais, mas nenhum dono ou treinamento pode livrá-los da síndrome genética da raiva pela qual são conhecidos. Spaniels com síndrome de raiva atacam ferozmente, sem qualquer provocação. Momentos depois, eles voltam ao normal, parecendo não ter nenhuma lembrança do ataque. Não há “cura” para a síndrome da raiva, embora medicamentos antiepilépticos possam ser eficazes.
5 – Bull Terrier
Essa foto faz as pessoas quererem chorar de tão incrivelmente fofíssimo que o cachorro é. Mas um cão com “touro” (bull, no termo em inglês) e terrier no nome não pode ser coisa boa, né? Na realidade, esse coitado tem a mesma história triste do pit bull, pois foi um cão criado para combate e lutas sangrentas. Eles eram particularmente usados em jogos nos quais eram lançados em um buraco cheio de roedores.
Hoje, é um cão muito mais gentil, mas mantém alguns de seus genes gladiadores. Se não for devidamente treinado por um proprietário dominante, o Bull Terrier pode tornar-se mandão e agressivo contra outros cães. Eles também são propensos a certas condições, incluindo surdez e transtorno obsessivo-compulsivo.
4 – Shar Pei
Goze o quanto quiser da aparência de toalha enrugada do Shar Pei, mas ela é na verdade sua arma mais secreta. Sua pele permite que ele se torça e morda outro cão numa briga, mesmo que esteja sendo agarrado (faz sentido, não?).
Esse chinês de 2 mil anos pode possuir um ancestral em comum com o Chow Chow, pois ambos possuem a distintiva língua roxa, e são antiquados e desconfiados. Sua popularidade como cão de combate diminuiu conforme a raça ficou mais rara e raças Bull se espalharam, mas ele mantém um mau temperamento e instinto de guarda.
3 – Pequinês
É o fim do mundo! Sim, o ridículo pequinês, com pedigree real, é uma criatura extremamente antissocial e desconfiada. Raça muito antiga antes exclusiva de imperiais chineses, eles não foram levados para fora do seu país natal até 1860, quando tropas britânicas e francesas invadiram a China durante a Segunda Guerra do Ópio e levaram alguns para casa.
São pequenos, de fato, mas leve mais a sério a sua semelhança com os gremlins. Com temperamento mimado, eles não gostam de estranhos ou crianças, e apesar de ser relativamente indefesos, são perfeitamente capazes de entrar numa briga.
2 – Beagle
Até tu, Snoopy? Esse cão de pequeno e médio porte é desobediente. Como muitos dos outros cães nesta lista, sua criação pode o tornar muitas vezes incontrolável. Este temperamento excitável e impetuoso torna o beagle muito difícil treinar e ele pode agir muitas vezes de forma inadequada, incluindo morder. Se um cheiro o atrai, o beagle torna-se completamente indiferente ao seu mestre. Com uma criação adequada, eles são conhecidos por serem animais de estimação maravilhosos, mas sofrem muito com qualquer indulgência.
1 – Chihuahuas
O número um da nossa lista tem toda a razão de ser. Você pode argumentar: como um dos menores cães do mundo é o mais agressivo? Meu bem, quem conhece ou tem um Chihuahua sabe que eles têm uma necessidade constante de compensar pelo seu tamanho, e adoram morder.
Essas pequenas bolas são especialmente inadequadas para casas com crianças. Eles se apegam demais aos seus donos, ao ponto da obsessão, atacando violentamente qualquer outra pessoa que se aproxima, incluindo cães maiores.
Mais do que isso: Chihuahuas são vítimas de seus donos, que permitem e até incentivam comportamentos que nunca seriam tolerados em um cão maior. Chamado de “síndrome do cão pequeno”, a atitude só pode ser superada se o proprietário estiver disposto a exigir respeito.
Chihuahuas sofrem de uma série de problemas de saúde, provavelmente devido a uma certa quantidade de endogamia no início de sua história, necessária para atingir seu tamanho minúsculo


(Por Natasha Romanzoti/Revoada)