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20 de fevereiro de 2013

Fatos pouco conhecidos sobre fuso horário

As linhas invisíveis de longitude, o mundo seria um lugar muito diferente. O fuso horário dita para cada pessoa em cada país, entre outras coisas, quando acordamos, quando vamos para a cama, quando comemos e assistimos nosso programa de TV favorito. Mas fusos horários também contêm muitas inconsistências – que você está prestes a descobrir.

GMT x UTC
GMT significa Greenwich Mean Time, ou “Tempo Médio de Greenwich”, e é o ponto de partida padronizado para cada fuso horário no mundo. Ele é medido a partir da linha do Meridiano de Greenwich no Observatório Real em Greenwich, na Inglaterra, e mantém uma posição de Longitude 0,0,0 e Latitude 51, 28, 38N (Norte do Equador). O GMT corre do meio-dia ao meio-dia do dia seguinte.
Desde 1925, o nome GMT foi substituído por UTC (Coordinated Universal Time, ou “Tempo Universal Coordenado”) e o dia agora vai de meia-noite a meia-noite do dia seguinte. O UTC é baseado no tempo atômico e é muito mais preciso do que o GMT, que depende do tempo solar a partir de um determinado ponto na superfície da Terra. A crosta da Terra está se movendo e há variações nos polos, o que significa que o tempo precisa ser “ajustado”, por assim dizer, para manter-se correto. Segundos são adicionados ao UTC para mantê-lo dentro do tempo astronômico. Em casos mais raros, segundos podem ser removidos. O UTC tornou-se o padrão oficial para o tempo do mundo em 1 de janeiro de 1972, mas GMT é o termo mais comum ainda em uso.

Horário de verão
O horário de verão é o processo pelo qual um relógio é adiantado em uma hora para aproveitar ao máximo a mudança das estações e a quantidade de luz solar disponível. No entanto, existem exceções a esta regra. Lord Howe Island, na Austrália, só adianta seus relógios em 30 minutos, em vez da hora completa, tornando-os GMT / UTC +11 no verão e GMT / UTC +10:30 durante o inverno. Onde há menos variação na quantidade de luz do dia, não há necessidade percebida de seguir o horário de verão. Algumas cidades no Brasil às vezes resolvem ficar de fora (no último verão, Salvador não adotou o horário de verão, por exemplo). Havaí e muitas partes da África também não adiantam seus relógios. Em alguns lugares, como o estado americano de Arizona, mesmo que esteja no horário de verão, povos dentro da fronteira, como a Nação Navajo, não o adotam.

Linhas tortas
Em vez de linhas retas e padronizadas de longitude correndo ao redor do mundo, existem muitas irregularidades, com uma variedade de razões para tais desvios. Um exemplo é quando um fuso horário segue a fronteira de um país. Isso ocorre em torno das fronteiras da China e da Índia, sendo que ambos os países têm um único fuso horário para toda a nação (apesar de serem países grandes e isso fazer com que uns amanheçam muito mais cedo que outros, por exemplo).

Fusos horizontais
Fusos horários são baseados no eixo vertical de longitude, porque o nosso movimento em torno do sol significa que ele aparece de leste a oeste, e não de norte a sul. Nem todo mundo segue esse fenômeno natural, no entanto. A grande cidade australiana de Adelaide deveria estar uma hora atrás da capital Sydney, pelo fuso horário vertical estabelecido. Mas, por razões puramente comerciais, a cidade adotou uma diferença de apenas 30 minutos para Sydney, para se manter competitiva. Com isto, algumas áreas da Austrália não reconhecem as medidas de verão do país, dando origem a zonas de tempo vertical e horizontal dentro de sua fronteira.

Mundo sem fuso
Antes da padronização do GMT, o tempo era mantido, não surpreendentemente, pela observação do céu ou sombras no chão. Técnicas para estabelecer o tempo variavam muito. Onde relógios estavam disponíveis, o tempo era definido de acordo com o anoitecer e o amanhecer na região. Este não era um grande problema, porque as limitações de viagens entre grandes distâncias significavam que as diferenças de tempo tinham pouco significado entre os lugares. O advento de melhores comunicações e transportes trouxe também a necessidade para a normalização do tempo.

Sol está em seu ponto mais alto ao meio-dia
Essa afirmação é correta em quase todos os lugares, exceto na China. Há cerca de 240 quilômetros entre o leste da China e a fronteira oeste, mas eles adotaram apenas um fuso horário em todo o país. Em última análise, significa que o sol estará em seu ponto mais alto às 15h00 no extremo oeste do país, e às 11h00 no outro extremo.
Quem quis que fosse assim foi o Partido Comunista da China, que assumiu o poder após o fim da guerra civil chinesa, em 1949. Antes disso, o país tinha cinco fusos horários de fronteira a fronteira: Kunlun, Sinkiang-Tibet, Kansu-Szechuan, Chungyuan e Changpai. O fuso horário comum a todos foi visto como uma maneira de unificar o país e seu povo. Na prática, isso atrapalha as vidas diárias de alguns. Como forma de salvar seu dia, o povo de Xingjiang segue outro fuso horário e começa a trabalhar quatro horas mais tarde do que todos os outros. Afinal, por seguir o fuso horário único, alguns lugares só veem a cara do sol depois das 10h00.

Mais leste, mais tarde
Geralmente, quanto mais para leste você anda, mais para frente ajusta seu relógio. Cada fuso horário geralmente aumenta o seu relógio em uma hora para o próximo. Mas existem exceções. Por exemplo, o Japão está duas horas atrás de Vladivostock, que é para o oeste do Japão. Então, se você viajar da China para Vladivostok sentido leste, você colocará seu relógio para a frente, como o esperado. Se você viajar para o leste novamente a partir Vladisvostok para o Japão, você teria que voltar seu relógio. Qualquer outro caminho a leste significa que o relógio vai para a frente novamente.

Estação Espacial Internacional
Estamos em uma nave em órbita baixa na Terra a uma altitude aproximada de 350 km. Que fuso horário usamos ao pairar sobre o planeta? Infelizmente, nada emocionante, nada “Star Date” (sistema para medir o tempo fictício usado na série Star Trek). A Estação Espacial Internacional utiliza o UTC/GMT.

Conferência Internacional do Meridiano
Esta conferência realizada em Washington (EUA) em 1884 decidiu, através de 25 países votantes, que o GMT seria adotado como tempo padrão no mundo. A votação acabou sendo 22 a favor, 1 contra e 2 abstenções. A República Dominicana (então conhecida como San Domingo) votou contra. Os franceses e os brasileiros tinham preocupações e decidiram abster-se. A França adotou o meridiano de Paris e continuou a usá-lo até 1911 para cronometragem, e até 1914 para navegação. O Brasil argumentou que um meridiano neutro, que não cruzasse os EUA nem a Grã-Bretanha, era preferível – seus representantes acabaram sendo criticados e ouviram uma chuva de “Sempre tem um”.

Fuso horário mundial 
Não seria mais fácil ter apenas um fuso horário no mundo todo? Não seria melhor que o mundo moderno tornasse as coisas mais simples: uma moeda única, uma linguagem universal, um tempo só?
Racionalmente, é mais simples ter vários fusos horários. A Terra gira 15 graus a cada hora e, por essa razão, o mundo é dividido em 24 x 15 zonas compondo um globo de 360°. Cada zona define os seus relógios uma hora mais do que a zona anterior (há exceções). Isso equivale ao sol estar em seu ponto mais alto no céu, em quase todos os países, ao meio-dia. Sabemos que 9h00, em qualquer país, é susceptível de estar claro, e às 22h00, em qualquer país, é susceptível de estar escuro. Daria para ajustar seus relógios por isso. Notáveis exceções a esta regra são países escandinavos mais o norte, os quais possuem 6 meses de dia e 6 meses de noite. (via: Revoada/Natasha Romanzoti)