Mostrando postagens com marcador Forbos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Forbos. Mostrar todas as postagens

8 de agosto de 2012

Fobos: se a lua de Marte pairasse sobre nós

(Revoada/Natasha Romanzoti)

Fobos é uma das duas luas de Marte – a maior e mais próxima. Descoberta em 18 de agosto de 1877, Fobos é, em todo o sistema solar, o satélite que orbita mais próximo do planeta-mãe: menos de seis mil quilômetros acima da superfície marciana.


Porosa, Fobos orbita Marte tão perto que nasce e se põe no horizonte duas vezes por dia. Provavelmente também contém uma enorme quantidade de gelo no interior dos seus poros, e foi formada a partir de pedaços de muitos materiais ejetados para o espaço por impactos na superfície de Marte.

Por conta da característica de sua órbita, ela desce a um ritmo de 1,8 metros por século. Assim, dentro de 50 milhões de anos, pode ocorrer uma de duas coisas: Fobos despencará sobre Marte ou, o que é mais provável, as forças gravitacionais destruirão o satélite criando um anel à volta de Marte.

Quando olhamos fotos espaciais de objetos estelares como Fobos, nós não conseguimos imaginar exatamente como eles são, já que a comparação é muito difícil. Ou era, até agora.

A foto abaixo é uma comparação em escala de Fobos com uma cidade europeia de tamanho médio, Grenoble, na França. A manipulação foi feita pelo artista francês Ludovic Celle.


O que você achou? Que a lua parece inesperadamente pequena para uma lua de Marte, ou, como seu nome sugere (significa “medo”), ela é terrivelmente grande e arrogante?

Como você percebeu, Fobos tem uma forma altamente irregular: cerca de 26,8 por 18,4 quilômetros, em formato de “batata”, mas ainda é 7,2 vezes mais massiva que Deimos, a outra lua de Marte.


A cidade de Grenoble não parece exatamente menor que Fobos na foto, mas ela cabe inteiramente somente dentro da maior cratera de Fobos, a cratera Stickney, um testemunho de impactos horripilantes que o satélite sofreu no passado.

Se a imagem impressionante de Fobos “pairando” sobre Grenoble fez você imaginar o que aconteceria se a lua caísse sobre a Terra, saiba que destruiria completamente qualquer sinal de vida aqui (incluindo todos os organismos multicelulares em existência, não apenas a nossa civilização).