Em 1918, numa visita a Hokkaido, ilha localizada ao norte do Japão, Eikichi Suzuki, um adolescente de 17 anos, se deparou com uma linda boneca do estilo okappa – muito tradicional no Japão, com cabelo cortado na altura do queixo e uma curta franja – e decidiu comprar para sua irmãzinha Kikuko, de 3 anos. A menina se encantou com o presente e não largava sua okappa nem mesmo para dormir.
Um ano depois, a criança contraiu um forte resfriado e veio a falecer. No Japão é costume cremar o morto junto a seus objetos pessoais, mas a família esqueceu-se da boneca, a guardando posteriormente num santuário da casa para recordar a pequena Kikuko e rezar por ela. Foi quando a nomearam de Okiku.
Com o passar do tempo os familiares começaram a notar um lento e progressivo crescimento nos cabelos da boneca, que já não estavam mais na altura do queixo. Já na década de 30, o pai da garotinha entregou Okiku ao Templo Mannenji, aos cuidados dos sacerdotes, pois a família mudaria de cidade.
As diferentes fases de Okiku. |
Okiku continua no Templo, seus cabelos ainda crescem e já estão na altura dos joelhos. Dizem que um exame científico feito na boneca constatou que seus cabelos eram humanos, provavelmente de uma criança, o que alimentou ainda mais a lenda de que o espírito de Kikuko habita na boneca.
A boneca atualmente, no Templo Mannenji. |
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