16 de abril de 2013

10 fatos menos conhecidos sobre famosos personagens de quadrinhos

Todos conhecem os famosos super-heróis das histórias em quadrinhos, mas muito deles não nasceram do jeito que o conhecemos hoje. Na verdade, eles tiveram que passar por muitas mudanças antes de se tornarem os personagens que amamos, tememos e veneramos através das décadas. Confira 10 fatos pouco conhecidos sobre famosos personagens de quadrinhos:

10. Homem-Aranha
O Homem-Aranha é sem dúvida um dos personagens mais famosos e populares da Marvel. Mas ele quase não saiu do papel. Martin Goodman, chefe da Marvel na época, disse ao criador do Homem-Aranha, Stan Lee, que ele era uma “ideia podre” para um herói de quadrinhos. Goodman sinceramente acreditava que o personagem não ia cair nas graças dos fãs da Marvel, pelo simples fato de que as pessoas tinham medo de aranhas – e, assim, supostamente teriam medo dele.

9. Super-Homem
Vamos listar os atributos visuais do Super-Homem: alto, bonito, sorriso encantador, ombros largos e uma cabeleira brilhante penteada para trás. Mas as coisas poderiam ter sido muito diferentes. Seus criadores, Jerry Siegel e Joe Shuster, originalmente conceberam o Super-Homem como um cientista telepático obcecado com a dominação do mundo. Pior: ele era careca. Com o tempo que levou para eles encontrarem um editor, um processo de seis anos, o personagem se modificou, tornando-se o herói arrojado que conhecemos e amamos hoje.

8. Capitão América
Uma das características mais populares do Capitão América é seu escudo, com o qual ele enfrenta vários vilões e faz justiça. Mas o escudo era originalmente muito diferente do versátil adorno em forma de disco de hoje. Joe Simon e Jack Kirby originalmente pensaram em um escudo heráldico. Mas a editora rival de quadrinhos, MLJ, já tinha um personagem patriótico chamado “The Shield” (O Escudo) que tinha um logotipo muito similar sobre o peito. Devido à pressão legal da MLJ, a Marvel (então “Timely”) mudou o design do Capitão América, que fez sua primeira aparição em março de 1941 com o novo escudo que todos já conhecem.

7. Demolidor
Os fãs de Demolidor são alguns dos mais fiéis fãs de quadrinhos (ao lado dos fãs do Flash, da DC). Mas o vingador acrobático das ruas quase caiu de seu pedestal alguns momentos depois de chegar às prateleiras. Stan Lee deixou claro para a equipe da Marvel: se houvesse mesmo a mais vaga ideia de que a revista estava ofendendo pessoas cegas, ele iria tirar a história de circulação imediatamente.

6. Hulk
Qual é a primeira coisa que você pensa quando imagina o Hulk? O fato de que ele é verde, certo? Bem, esse quase não foi o caso. Stan Lee sempre quis que o Hulk fosse cinza, e de fato ele foi na primeira edição da série O Incrível Hulk em 1962. Isso não durou por muito tempo, no entanto. Devido ao fato de que havia grandes problemas com a inconsistência da impressão na época, eles acabaram tendo que escolher uma cor para o personagem. Uma das cores mais consistentes no momento era verde, então eles optaram por ela. Quando o livro em quadrinhos foi levado pela primeira vez para a TV, o produtor executivo Kenneth Johnson pressionou para o Hulk ser vermelho, para simbolizar a raiva. E em uma reviravolta, conforme a impressão tornou-se mais eficiente, um Hulk cinza apareceu inúmeras vezes na era cômica moderna.

5. Coringa
O Coringa é, hoje, o maior vilão de quadrinhos de todos os tempos. Mas o criador de Batman, Bob Kane, estava pronto para matá-lo em sua primeira aparição. Como muitos dos primeiros vilões de Batman, o plano era que o Coringa morresse por algum acidente fatal. O editor de Batman Whitney Ellsworth viu potencial no personagem, no entanto, e forçou Kane a incluir um painel mostrando o Coringa de volta à vida.

4. Venom
David Michelinie criou um personagem com traje alienígena que dominava seu anfitrião, mas a ideia foi descartada pela revista do Homem-Aranha. O que fazer com ela, então? Eventualmente, o escritor decidiu tornar o personagem em uma mulher. Michelinie achou que ela precisava odiar o Homem-Aranha a ponto de querer matá-lo, então planejou uma história um tanto complicada: uma mulher grávida fazia uma corrida de táxi quando o Homem-Aranha distraiu o motorista, e o táxi bateu em seu marido. O marido morre na frente dos olhos da esposa, e ela perde o bebê devido ao choque. Ela acaba institucionalizada com doença mental, e promete a si mesma que vai vingar a morte de seu marido e seu bebê. Quando Michelinie mudou para O Incrível Homem-Aranha, ele lançou essa ideia a seu chefe, que disse que os leitores nunca veriam uma mulher como uma ameaça física real ao Homem-Aranha. Transformando a ideia ainda mais, Michelinie inventou o personagem Eddie Brock, que ficou conhecido pelo codinome Venom.

3. Homem de Ferro
Stan Lee e Don Heck criaram o Homem de Ferro no auge da Guerra Fria em 1963, quando os americanos estavam muito conscientes da guerra e de seu impacto sobre suas vidas. No papel, Tony Stark era um traficante de armas, um mulherengo e mais arrogante do que, possivelmente, qualquer outro personagem de quadrinhos. E esse era exatamente o ponto. Lee foi desafiado por seu editor Martin Goodman a criar um super-herói que também fosse um “capitalista rico aproveitador da guerra” – obviamente, para fazer o público apoiar mais os EUA. Lee aceitou o desafio, acreditando o tempo todo que Stark seria um sucesso – e estava certo. Talvez uma das razões para isso tenha sido o fato de que ele foi vagamente baseado na celebridade Howard Hughes, que incorporou muitas das características do super-herói na vida real. E quando Heck desenhou o personagem pela primeira vez, imaginou o popular ator Errol Flynn.

2. Mulher Maravilha 
Ao longo da Idade de Ouro (1930 e 40) e da Era de Prata (1950 e 60) dos quadrinhos, a indústria teve muitos críticos. Um desses críticos foi Fredric Wertham, um psiquiatra que acreditava que os quadrinhos estavam transformando jovens norte-americanos em pervertidos delinquentes. O Dr. William Moulton Marston, um psicólogo americano, acreditava no contrário: que histórias em quadrinhos podiam ter um efeito positivo sobre a ética das crianças. Para provar seu argumento, Marston criou a Mulher Maravilha em uma tentativa de educar os leitores da Marvel sobre os ideais feministas, já que era defensor da “liberação” das mulheres. Naturalmente, Wertham odiou e viu o pior neste novo personagem, desprezando o que ele chamou de “conotações lésbicas” da história. Devemos ter em mente, no entanto, o fato de que Marston era bastante liberal em sua vida pessoal, e vivia com duas mulheres, tendo tido filhos com ambas. Tanto a sua esposa Elizabeth quanto sua amante Olive foram influências enormes na criação da Mulher Maravilha. Aliás, Marston também foi responsável por inventar um dos primeiros polígrafos, razão pela qual qualquer um pego no laço da Mulher Maravilha é obrigado a dizer a verdade.

1. Wolverine 
Wolverine foi criado pelo escritor Len Wein, porque ele precisava de um personagem que pudesse lutar contra o Hulk. O Wolverine fez sua estreia em 1974, como um agente canadense em uma missão do governo para capturar Hulk. O Wolverine inicial exibiu muitos dos traços (garras, traje amarelo e azul, máscara com as orelhas pontudas) que ele manteria quando se tornou um membro dos X-Men. Mas as coisas poderiam ter sido muito, muito diferentes. O personagem de Wolverine foi concebido quando Wein decidiu que queria criar algo popular no Canadá. Ele sabia que os heróis baseados em animais eram um grande sucesso nos EUA, então pesquisou animais canadenses, eventualmente, limitando-o a dois: The Wolverine (baseado em lobo, ou “wolf”, em inglês) e The Badger (que significa “texugo”, em inglês). Felizmente, o editor de Wein sugeriu que a conotação com um lobo faria um melhor super-herói, e o Universo Marvel evitou uma desgraça (quem iria ao cinema assistir O Texugo?).


(Via: Revoada)

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