20 de outubro de 2011

Cinco mistérios contados no Paraná: você acredita neles?

Anderson Gonçalves, especial para a Gazeta do Povo - 19/10/2011

Objeto voador não identificado, bola de fogo e "corpo seco" são alguns dos mistérios da cultura paranaense. São histórias contadas em algumas cidades e tem quem garanta ser tudo verdade. Você acredita nelas? Veja a seguir cinco destes mistérios, retirados do livro “Lendas e Contos Populares do Paraná”:

O primeiro OVNI no Brasil
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Um objeto voador não identificado (OVNI) teria descido na Colônia Goio-Bang, atualmente comunidade de Campina do Amoral, município de Luiziana, mas que naquela época pertencia a Pitanga, no dia 23 de julho de 1947. Segundo os relatos, um objeto voador estranho teria descido próximo a uma estrada à luz do dia. O fato foi testemunhado por uma equipe de topógrafos, liderada por José C. Higgins que, ao contrário dos colegas que fugiram, permaneceu no local. Ele disse ter visto três seres estranhos com cerca de dois metros de altura, os quais manifestaram sinais, sons agudos e altos. Moradores da região contam que o assunto gerou muita discussão à época, atraindo pessoas de longe.

A bola de fogo
Contam muitos moradores que em Ivaté, na estrada que vai para Ivaí, uma bola de fogo ou de luz acompanha as pessoas a pé, de carro ou carroça. Isto acontece da meia-noite às três da madrugada, próximo à mata. Algumas vezes ela fica parada em cima de uma árvore, em outras é veloz, chegando à velocidade de um carro. Conta-se que a luz aparece porque no passado um policial foi assassinado no fundo da mata. Outra versão é de que a bola é a “mãe do ouro”. Antigamente as pessoas tinham o hábito de enterrar ouro e as almas daquelas que não contaram a ninguém ficaram penando pelo mundo.

O pinheiro que virou pedra
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Em uma comunidade do interior de Prudentópolis residia uma família, na qual a mãe e o filho eram cristãos praticantes e o pai ria de suas orações. No dia 25 de março, anunciação de Nossa Senhora e um dos dias santos mais importantes do ano, o pai aproveitou para cortar um pinheiro enquanto os outros foram à igreja. No dia seguinte, ao dar golpes de machado nos galhos do pinheiro, ele não conseguia cortá-los. As toras e galhos haviam sido transformados em pedra. Até hoje se encontram pedaços destruídos em vários acervos particulares.

Morte do padre – 100 anos de maldição
Entre as marcas deixadas pela revolução federalista na Lapa, a mais significativa foi a rivalidade entre pica-paus e maragatos. Estes últimos tinham no padre Francisco da Costa Pinto um defensor. Na noite de 19 de abril de 1900, quando retornava da visita à casa de um amigo, o padre foi cruelmente assassinado. O réu nunca foi condenado. A partir daí inicia-se a lenda de que quando um padre é assassinado, a cidade onde ocorreu o crime vive uma maldição de 100 anos. Muitas cidades progrediram e a Lapa teve um crescimento lento. Isto é atribuído à maldição pela morte do padre.

Corpo Seco
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Reza uma lenda que a pessoa que bate no pai ou na mãe quando morre vira corpo seco, ou seja, a carne não se decompõe, seca. No capão do cemitério da antiga fazenda Santa Rita, em Palmeira, diziam que havia um corpo seco. Certa vez um homem que vendia farinha amarrou sua mula em uma árvore. Uma mula mansa, que de repente começou a se agitar. Quando reparou bem, o homem viu que tinha amarrado-a num corpo seco, na altura do umbigo. Diziam que parava numa jabuticabeira grande no alto do capão e tinha uma barba bem grande. Depois tiraram o corpo seco e o levaram para o mato.

Fonte: “Lendas e Contos Populares do Paraná” – Cadernos Paraná da Gente nº 3, editado pelo governo do Paraná

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