3 de outubro de 2008

Música da Semana

Coldplay - Viva La Vida






Baú

Rádio Colméia - 50 Anos
A Rádio Colméia sempre esteve presente nos principais eventos esportivos. Pelos 850 Khz da Colméia passaram grandes comentaristas e narradores: Willie Bathke Jr., Anísio Morais, Sandro Santos, Antonio Miguel "Formigão", Ilivaldo Duarte, Levi de Oliveira, João Nereu, Prof. Idê, Gerson Maciel...
Mostro, nesta postagem, fotos do Gerson Maciel, atualmente na Rádio Rural AM, da inauguração do Centro de Futebol Zico, em 1997, quando Maciel teve a oportunidade de posar ao lado de seus ídolos do Mengão, e uma outra dos Jogos Abertos do Paraná, o último realizado em Campo Mourão, em 1996.
Zico ao lado do saudoso Bruno Faiani, na inauguração do centro de Futebol Zico.


Afifi Piacentini, Shirley Saavedra, Bernardinho, Gerson Maciel e Nestor "Gringo


Gerson Maciel e o "cracaço" Andrade


Gerson Maciel e o craque Adílio
Gerson Maciel, o campeão olímpico Paulão e Professor Idevalci "Idê"Maia.

Da Net

Pleonasmo

Vídeo-Dicas - Casablanca Vídeolocadora

Os Lançamentos da Semana
Horton e o Mundo dos Quem! (Horton Hears a Who!) ... Animação
Sinopse: Um elefante com muita imaginação ouve um pedido de socorro vindo de uma partícula de poeira que flutua no ar. Suspeitando haver vida naquele grãozinho de pó, e apesar de seus conhecidos acharem que ele enlouqueceu, Horton está decidido a ajudar. (Trailer abaixo)



Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal ... Aventura
Sinopse: A mais nova aventura de Indiana Jones tem início no ermo sudoeste dos EUA em 1957 – auge da Guerra Fria –, quando Indy e seu aliado Mac escapam por pouco de uma complicação com perversos agentes soviéticos em uma remota base aérea.
Com: Harrison Ford, Shia Labeouf, Cate Blanchet e John Hurt.

A Outra ... Drama
Sinopse: Na Inglaterra do século 16, duas irmãs, Mary (Scarlett Johansson) e Anne Boleyn (Natalie Portman), lutam ferozmente pelo posto de esposa do Rei Henrique VIII (Eric Bana).
Os Mais Locados
- O Homem de Ferro ... Ação
- O Efeito Dominó ... Suspense
- Quebrando a Banca ... Suspense
- Speed Racer ... Aventura

Memória

Cem anos sem Machado de Assis
No O Globo
Morte de Machado de Assis completa 100 anos. Escritor deixou uma visão irônica, pessimista e perspicaz da vida carioca. E criou Capitu, uma das personagens mais enigmáticas da literatura.
A mulher dos olhos de ressaca ou o morto que escreve as memórias da vida que passou – em comum eles trazem a origem. São personagens que nasceram da genialidade de um escritor de muita imaginação: Machado de Assis. Há exatos 100 anos, o mais elegante dos nossos autores morria no Rio de Janeiro.
Machado de Assis deixou uma visão irônica, pessimista e perspicaz da vida carioca no fim do Império e começo da República. O Rio era uma cidade pobre, mas enfeitada. Provinciana, mas pretensiosa.
Vista de cima, a cidade de Machado de Assis continua tão linda quanto era na época dele, no século 19. Mas naqueles tempos as ruas fediam. Havia assaltos à mão armada com navalha, os escravos eram maltratados por seus donos e mais de 84% da população eram analfabetos. O Rio de Janeiro que aparece nos romances, nos contos, nas crônicas e na poesia de Machado de Assis está longe de ser um Rio idealizado.
Capitu
“Era um Rio de Janeiro modesto, pobre, sujo, com belezas naturais extraordinárias, mas era uma cidade muito acanhada”, conta a escritora Nélida Piñon.
Um Rio de Janeiro de ruas por onde ele andava de bonde e passeava sob a luz de lampiões, elementos que inspiravam Machado de Assis a criar personagens que até hoje são a cara do Brasil. Quem não se lembra de Capitu?
“Capitu, de uma certa forma, somos todos nós que sobrevivemos”, afirma a atriz Fernanda Montenegro.
“Dificilmente a obra de Machado de Assis seria a mesma se não tivesse o Rio de Janeiro como cenário”, comenta a pesquisadora Martha de Senna.
“Ele, então, faz dessa cidade um feudo da criação”, comenta Nélida.
O Rio era a capital do Império brasileiro quando ele nasceu em 1839, no Morro do Livramento. Machado era filho de uma lavadeira e de um operário e neto de escravos.
Joaquim Maria Machado de Assis só freqüentou a escola primária, mas os pais de Machado de Assis sabiam ler, o que era raro na época tanto em famílias de pretos quanto de brancos.
Como um menino gago, epilético, pobre e mulato conseguiu superar todos esses limites e se tornar um dos maiores escritores de nossa língua?
“Pela capacidade de adquirir conhecimento que ele cresce”, afirma o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Cícero Sandroni.
Carreira
Machado aprendeu a ser tipógrafo e começou a escrever. Aos 15 anos, publicou o primeiro poema. Começou a escrever artigos para jornais. Aprendeu sozinho francês. Depois, inglês. Ele ainda contestava os poderosos da época.
“Se você pensar, Machado, com 20 anos, escreveu sobre economia, atacando o ministro da Fazenda da época, Torres Homem. Machado defendeu o crédito, como um direito fundamental do homem”, acrescenta o presidente da ABL, Cícero Sandroni.
Quando morreu, aos 69 anos, deixou obras primas como “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba”, “Memorial de Aires”, “Esaú e Jacó” e “Dom Casmurro”. Uma obra criada há mais de um século e, entretanto, moderna até hoje. Por quê?
‘Dom Casmurro’: muitas interpretações
O livro dele que provoca mais interpretações é “Dom Casmurro”. Nele está a personagem feminina mais enigmática da literatura brasileira: Capitu, a “morena de olhos de ressaca” que teria traído o marido, Bentinho, com o melhor amigo dele, Escobar.
Bentinho e Capitu viviam na Rua Mata-Cavalos, hoje Rua do Riachuelo. A Rua do Ouvidor, por onde circulavam as elegantes daquela época, hoje não tem espaço para qualquer um circular. Uma curiosidade: o bairro do Cosme Velho, onde Machado de Assis viveu o fim da vida, aparece pouquíssimo em sua obra. A casa dele foi demolida.
Viúvo e solitário, ele encontrava alívio e alegria na Academia Brasileira de Letras, do qual foi um fundadores. E na palavra escrita, na qual deixou registrada a sua paixão pelo cidade que lhe deu régua, compasso e glória.