30 de maio de 2011

Alemão. Só não aprende quem não quer

Vi esse texto, enviado pelo poliglota Dico Kremer, no site do Fábio Campana. Aprenda!

A língua alemã é relativamente fácil. Todos aqueles que conhecem as línguas derivadas do latim e estão habituados a conjugar alguns verbos podem aprendê-la rapidamente. Isso dizem os professores de alemão logo na primeira lição.
Primeiro, pegamos um livro em alemão, neste caso, um magnífico volume, com capa dura, publicado em Dortmund, e que trata dos usos e costumes dos índios australianos hotentotes (em alemão “Hottentotten”).

Conta o livro que os cangurus (Beutelratten) são capturados e colocados em jaulas (Kotter), cobertas com uma tela (Lattengitter) para protegê-las das intempéries. Estas jaulas, em alemão, chamam-se jaulas cobertas com tela (Lattengitterkotter) e quando possuem em seu interior um canguru, chamamos ao conjunto de “jaula coberta de tela com canguru” (Lattengitterkotterbeutelratten).

Um dia, os hotentotes prenderam um assassino (Attentäter), acusado de haver matado uma mãe (Mutter) hotentote (Hottentottermutter), mãe de um garoto surdo e mudo (Stottertrottel). Esta mulher, em alemão, chama-se Hottentottenstottertrottelmutter e a seu assassino chamamos, facilmente, Hottentottenstottertrottelmutterattentäter.

No livro, os índios o capturaram e, sem ter onde colocá-lo, puseram-no numa jaula de canguru (Beutelrattenlattengitterkotter). Mas, incidentalmente, o preso escapou. Após iniciarem uma busca, rapidamente vem um guerreiro hotentote gritando:

- Capturamos um assassino (Attentäter)
- Qual?? – pergunta o chefe indígena

- O Lattengitterkotterbeutelrattenattentäter – comenta o guerreiro.

- Como? O assassino que estava na jaula de cangurus coberta de tela? diz o chefe dos hotentotes:

- Sim – responde a duras penas o indígena – O Hottentottenstottertrottelmutteratentäter (assassino da mãe do garoto surdo e mudo).

- Ah, demônios – diz o chefe – você poderia ter dito desde o início que havia capturado o Hottentotterstottertrottelmutterlattengitterkotterbeutelrattenattentäter (assassino da mãe do garoto surdo e mudo que estava na jaula de cangurus coberta de tela).

Assim, através deste exemplo, podemos ver que o alemão é facílimo e simplifica muito as coisas. Basta um pouco de interesse.

Onde as crianças do mundo dormem

James Mollison viajou ao redor do mundo e decidiu criar uma série de fotografias mostrando os quartos infantis por onde passava. As fotografias foram depois compiladas em um livro intitulado Onde as criança dormem. Cada par de fotografias é acompanhada por uma legenda estendida que conta a história da criança. As diferenças entre um e outro espaço do sono é impressionante.
Mollison nasceu no Quênia em 1973 e cresceu na Inglaterra. Depois de estudar arte e design na Universidade de Oxford Brookes, e cinema e fotografia em Newport School of Art and Design, ele se mudou para a Itália para trabalhar no laboratório criativo da fábrica da Benetton.

Lamine, 12 anos, vive no Senegal. As camas são básicas, apoiadas por alguns tijolos. Aos seis anos, todas as manhãs, os meninos começam a trabalhar na fazenda-escola onde aprendem a escavação, a colheita do milho e lavrar os campos com burros. Na parte da tarde, eles estudam o Alcorão. Em seu tempo livre, Lamine gosta de jogar futebol com seus amigos.

Tzvika, nove anos, vive em um bloco de apartamentos em Beitar Illit, um assentamento israelense na Cisjordânia. É um condomínio fechado de 36.000 Haredi. Televisões e jornais são proibidos de assentamento. A família média tem nove filhos, mas Tzvika tem apenas uma irmã e dois irmãos, com quem divide seu quarto. Ele é levado de carro para a escola onde o esporte é banido do currículo. Tzvika vai à biblioteca todos os dias e gosta de ler as escrituras sagradas. Ele também gosta de brincar com jogos religiosos em seu computador. Ele quer se tornar um rabino, e sua comida favorita é bife e batatas fritas.


Indira, sete anos, vive com seus pais, irmão e irmã, perto de Kathmandu, no Nepal. Sua casa tem apenas um quarto, com uma cama e um colchão. Na hora de dormir, as crianças compartilham o colchão no chão. Indira trabalha na pedreira de granito local desde os três anos. A família é muito pobre para que todos tenham que trabalhar. Há 150 crianças que trabalham na pedreira. Indira trabalha seis horas por dia além de ajudar a mãe nos afazeres domésticos. Ela também frequenta a escola, a 30 minutos a pé. Sua comida preferida é macarrão. Ela gostaria de ser bailarina quando crescer.


Kaya, quatro anos, mora com os pais em um pequeno apartamento em Tóquio, Japão. Seu quarto é forrado do chão ao teto com roupas e bonecas. A mãe de Kaya faz todos os seus vestidos e gostos -Kaya tem 30 vestidos e casacos, 30 pares de sapatos, perucas e um sem contar de brinquedos. Quando vai à escola fica chateada por ter que usar uniforme escolar. Suas comidas favoritas são a carne, batata, morango e pêssego. Ela quer ser cartunista quando crescer.


Douha, 10, mora com os pais e 11 irmãos em um campo de refugiados palestinos em Hebron, na Cisjordânia. Ela divide um quarto com outras cinco irmãs. Douha frequenta uma escola, a 10 minutos a pé, e quer ser pediatra. Seu irmão, Mohammed, matou 23 civis em um ataque suicida contra os israelenses em 1996. Posteriormente, os militares israelenses destruíram a casa da família. Douha tem um cartaz de Maomé em sua parede.

A casa para este garoto e sua família é um colchão em um campo nos arredores de Roma, Itália. A família veio da Romênia de ônibus, depois de pedir dinheiro para pagar as passagens. Quando chegaram em Roma, acamparam em terras particulares, mas foram expulsos pela polícia. Eles não têm documentos de identidade, de forma que não conseguem um trabalho legal. Os pais do garoto limpam pára-brisas de carros nos semáforos. Ninguém de sua família foi um dia para a escola.



Thais, 11, mora com os pais e a irmã no terceiro andar de um bloco de apartamentos no Rio de Janeiro, Brasil. Ela divide um quarto com a irmã. Vivem nas vizinhanças da Cidade de Deus, que costumava ser conhecida por sua rivalidade de gangues e uso de drogas. Thais é fã de Felipe Dylon, um cantor pop, e tem pôsteres dele em sua parede. Ela gostaria de ser modelo.

Leia mais em Metamorfose Digital. (enviado pela 'minha' Elvira)

27 de maio de 2011

Avelino Piacentini - Uma história

Avelino e Lurdes Piacentini - 1984
Nesta sexta-feira acontece o lançamento do livro Avelino Piacentini - Uma História, escrito por Ester de Abreu Piacentini.
Ester conta que o livro foi idealizado pelo Nilmar Piacentini e foi escrito com o objetivo de perpetuar a memória do pioneiro mourãoense.
Filho de imigrantes italianos, seu Avelino chegou em Campo Mourão em 1951, incentivado pelos amigos Fioravante João Ferri e Ivo Mário Trombini, e inicia seu trabalho no ramo da gastronomia com a Churrascaria Marabá.
Ele atuou no ramo de madeiras (sendo sócio com a Família Ferrari, na Madeireira Cima), no ramo de entretenimento (na sociedade no Cine Plaza), na gastronomia (com o restaurante Plaza). Também foi delegado, na década de 60. Amante dos bastidores da política, incentivou os amigos e com eles trabalhou em pleitos eleitorais. Amante do esporte, foi fundador e presidente do União Futebol Clube. Também foi o idealizador do Hotel Piacentini e proprietário da Churrascaria Piacentini, seu último empreendimento. Ele faleceu em 1988. Clique nas imagens para ampliar.



(da esquerda para a direita): Wilson "Biju" Iurk, Getulio Ferrari (in memorian), seu Osvaldo, Avelino Piacentini (in memorian) e Nercy Angheben (in memorian) - 1961

Com a neta Ronise

KT Tunstall - "Lost"


KT Tunstall, também conhecida como Kate Tunstall (nascida Kate Victoria Tunstall, St Andrews, 23/06/1975) é uma cantora, compositora e multi-instrumentista britânica, nascida na Escócia. De gêneros como rock, pop-rock, folk, country, entre outros, é sempre vista por seu talento e carisma, implacando sucessos como "Suddenly I See", "Other Side Of The World", "Black Horse and the Cherry Tree", "Hold On" e mais recentemente, "(Still a) Weirdo". Lançou o álbum de estréia Eye to the Telescope, em 2004, ocupando o terceiro lugar no Reino Unido, seguido por KT Tunstall's Acoustic Extravaganza - Álbum acústico (2006), Drastic Fantastic (2007), e, mas recentemente, Tiger Suit, de 2010. É de ascendência chinesa e irlandesa.

Lançamentos da Casablanca



O Primeiro Amor (Flipped)





O caseiro do Piauí e a camareira da Guiné

Da Coluna do Augusto Nunes(enviado pelo Lincoln Rodrigues - Balneário Camboriu)



Nascido no Piauí, Francenildo Costa era caseiro em Brasília. Em 2006, depois de confirmar que Antonio Palocci frequentava regularmente a mansão que fingia nem conhecer, teve o sigilo bancário estuprado a mando do ministro da Fazenda.

Nascida na Guiné, Nafissatou Diallo mudou-se para Nova York em 1998 e é camareira do Sofitel há três anos. Domingo passado, enquanto arrumava o apartamento em que se hospedava Dominique Strauss-Kahn, sofreu um ataque violento do diretor do FMI e candidato à presidência da França, que tentou estuprá-la.

Consumado o crime em Brasília, a direção da Caixa Econômica Federal absolveu liminarmente o culpado e acusou a vítima de ter-se beneficiado de um estranho depósito no valor de R$ 30 mil. Francenildo explicou que o dinheiro fora enviado pelo pai. Por duvidar da palavra do caseiro, a Polícia Federal resolveu interrogá-lo até admitir, horas mais tarde, que o que disse desde sempre era verdade.

Consumado o crime em Nova York, a direção do hotel chamou a polícia, que ouviu o relato de Nafissatou. Confiantes na palavra da camareira, os agentes da lei descobriram o paradeiro do hóspede suspeito e conseguiram prendê-lo dois minutos antes da decolagem do avião que o levaria para Paris ─ e para a impunidade perpétua.

Até depor na CPI dos Bingos, Francenildo, hoje com 28 anos, não sabia quem era o homem que vira várias vezes chegando de carro à “República de Ribeirão Preto”. Informado de que se tratava do ministro da Fazenda, esperou sem medo a hora de confirmar na Justiça o que dissera no Congresso. Nunca foi chamado para detalhar o que testemunhou. Na sessão do Supremo Tribunal Federal que examinou o caso, ele se ofereceu para falar. Os juízes se dispensaram de ouvi-lo. Decidiram que Palocci não mentiu e que as contundentes provas do estupro eram insuficientes para a aceitação da denúncia.

Depois da captura de Strauss, a camareira foi levada à polícia para fazer o reconhecimento formal do agressor. Só então descobriu que o estuprador é uma celebridade internacional. A irmã que a acompanhava assustou-se. Nafissatou, muçulmana de 32 anos, disse que acreditava na Justiça americana. Sempre jurando que tudo não passara de sexo consensual, o acusado foi soterrado pela montanha de evidências e, depois de trocar o terno pelo uniforme de prisioneiro, recolhido a uma cela.

Nesta quinta-feira, Francenildo completou cinco anos sem emprego fixo. Até agora, ninguém se atreveu a garantir a estabilidade financeira do caseiro que ousou contar um caso como o caso foi. No mesmo dia, Palocci completou cinco dias de silêncio: perdeu a voz no domingo, quando o país soube do milagre da multiplicação do patrimônio. Pela terceira vez em oito anos, está de volta ao noticiário político-policial.

Enquanto se recupera do trauma, a camareira foi confortada por um comunicado da direção do hotel: “Estamos completamente satisfeitos com seu trabalho e seu comportamento”, diz um trecho. Estimuladas pelo exemplo da imigrante africana, outras mulheres confirmaram que a divindade do mundo financeiro é um reincidente impune. Nesta sexta-feira, depois de cinco noites num catre, Strauss pagou a fiança de 1 milhão de dólares para responder ao processo em prisão domiciliar. Até o julgamento, terá de usar uma tornozeleira eletrônica.

Livre de complicações judiciais, Palocci elegeu-se deputado, caiu nas graças de Dilma Rousseff e há quatro meses, na chefia da Casa Civil, faz e desfaz como primeiro-ministro. Atropelado pela descoberta de que andou ganhando pilhas de dinheiro como traficante de influência, tenta manter o emprego. Talvez consiga: desde 2003, não existe pecado do lado de baixo do equador. O Brasil dos delinquentes cinco estrelas é um convite à reincidência.

Enlaçado pelo braço da Justiça, Strauss renunciou à direção do FMI, sepultou o projeto presidencial e é forte candidato a uma longa temporada na gaiola. Descobriu tardiamente que, nos Estados Unidos, todos são iguais perante a lei. Não há diferenças entre o hóspede do apartamento de 3 mil dólares por dia e a imigrante africana incumbida de arrumá-lo.

Altos Companheiros do PT, esse viveiro de gigolôs da miséria, recitam de meia em meia hora que o Grande Satã ianque é o retrato acabado do triunfo dos poderosos sobre os oprimidos. Lugar de pobre que sonha com o paraíso é o Brasil que Lula inventou. Colocados lado a lado, o caseiro do Piauí e a camareira da Guiné gritam o contrário.

Se tentasse fazer lá o que faz aqui, Palocci não teria ido além do primeiro item do prontuário. Se escolhesse o País do Carnaval para fazer o que fez nos Estados Unidos, Strauss só se arriscaria a ser convidado para comandar o Banco Central. O azar de Francenildo foi não ter tentado a vida em Nova York. A sorte de Nassifatou foi ter escapado de viver num Brasil que absolve o criminoso reincidente e castiga quem comete o pecado da honestidade.

O Globo. Ano 2030 (via Kibe Loco)


(enviada pelo Jairinho Batista de Mello)

26 de maio de 2011

Oswaldo Wronski, cidadão mourãoense

Oswaldo B Wronski - 2011


Nesta quinta-feira (26), a Câmara de Vereadores entrega ao primeiro farmacêutico de Campo Mourão, seu Oswaldo B. Wronski, o Título de Cidadão Honorário Mourãoense.
A homenagem foi proposta pelo vereador e ex-prefeito José Pochapski

Seu Oswaldo chegou em Campo Mourão no ano de 1954, quando o Município tinha apenas sete anos. Recém diplomado pela Universidade Federal do Paraná, veio a convite de Roberto Brzezinski, que na época era secretário da Prefeitura.

Ele construiu o primeiro prédio em alvenaria de Campo Mourão, com dois pavimentos. Foi presidente da Liga de Futebol, diretor dos principais Clubes da cidade e muito mais. Agora vai desfrutar de merecida aposentadoria, após ter fechado, no mês passado, a tradicional Farmácia América. Clique nas imagens para ampliar.

Oswaldinho Wronski, Félix Santiago, Oswaldo Wronski e Wille Bathke Júnior - no Estádio RB - 1976

Tom Jobim e Frank Sinatra - "Garota de Ipanema"



Francis Albert Sinatra (Hoboken, 12/12/1915 — Los Angeles, 14/05/1998) foi um cantor e ator estadunidense, considerado uma das maiores vozes da década de 1950 e com mais de 50 anos de carreira. Saiba mais
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25/01/1927 — Nova Iorque, 8/12/1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro. Saiba mais

Frases. Mário Quintana

Dizem que sou modesto. Pelo contrário, 
sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi nada à minha altura.
(Mário Quintana)

Cooooooxaaaa!!!

Uma boa, uma ruim

Médico:
- Tenho duas notícias, uma boa e uma ruim. Qual você quer primeiro?
Paciente:
- A ruim.
Médico:
- Tivemos que amputar a tua perna.
Paciente:
- E a boa?
Médico:
- O enfermeiro gostou do teu sapato

(enviada pelo meu mano Dula)

25 de maio de 2011

Na Cancha Tagliari - 1975

Do álbum do Itamar Tagliari, foto de 1975 mostra premiados em campeonato de futsal realizado na recem inaugurada Cancha Tagliari.
Teodoro Sora e João Miguel, então funcionários da Cimauto, revenda Volkswagem em Campo Mourão, faleceram recentemente.
Junto com o Carlão e o João Miguel, participei da campanha do bicampeonato estadual da Associação Tagliari em 1980, em Guarapuava, e da ótima participação (6º lugar) na Taça Brasil de Clube Campeões de 1981, em Cuiabá (MT).
Nessa época, Zezé se destaca como ótimo goleiro da Retificadora Mourão, onde ele trabalhava e que pertencia ao falecido Mário Kwistchal.
Com ajuda da leitora Eliane, nos comentários, identifiquei o Eduardo Dalbelo Júnior, que nessa época era funcionário da Cimauto. Clique na imagem para ampliar.


1- Rubens Bathke, 2- Carlão Tagliari, 3- Mário Lima, 4- João Miguel Baitala (in memorian), 5- Eduardo Dalbello Junior, 6- Teodoro Sora, 7- Epaminondas, 8- Zezé e 9- ....

Vinícius de Moraes e Toquinho - "Na Tonga da Mironga do Cabuletê"


Para o pessoal da antiga, que conhece a música, e para o pessoal mais novo conhecer um pouco de história... (enviado pelo Jayminho Bernardelli)


1970. Vinícius e Toquinho voltam da Itália onde tinham acabado de inaugurar a parceria com o disco “A Arca de Noé”, fruto de um velho livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino.
Encontram o Brasil em pleno “milagre econômico” da ditadura militar. A censura em alta, a Bossa em baixa.
Opositores ao regime pagando com a liberdade e a vida o preço de seus ideais.
O poeta é visto como comunista pela cegueira militar, e ultrapassado pela intelectualidade militante que, pejorativa e injustamente, classifica sua música de "easy music". No teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria.
Vinícius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida, que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do Gantois.
Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles “tonga da mironga do cabuletê”, que significa “o pêlo do cu da mãe”.
O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde-oliva inspiram o poeta.
Com Toquinho, Vinícius compõe a canção para apresentá-la num show no Teatro Castro Alves. Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa. E o poeta ainda se divertia com tudo isso: “Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô”. (Fonte: Vinícius de Moraes: o Poeta da Paixão; uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994)

Tonga da Mironga do Cabuletê:

Eu caio de bossa, eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa, xingando em nagô
Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala,
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do cabuletê!
A tonga da mironga do cabuletê!
A tonga da mironga do cabuletê!

Você que lê e não sabe,
Você que reza e não crê,
Você que entra e não cabe,
Você vai ter que viver...

Na tonga da mironga do cabuletê!
Na tonga da mironga do cabuletê!
Na tonga da mironga do cabuletê!

Você que fuma e não traga,
E que não paga pra ver,
Vou lhe rogar uma praga,
Eu vou é mandar você...

Pra tonga da mironga do cabuletê!
Pra tonga da mironga do cabuletê!
Pra tonga da mironga do cabuletê!


Resumo da vida

(enviada pela Hosana Tezelli)

Pancho, na Gazeta do Povo