Altamiro Carrilho morreu nesta quarta-feira, 15
O corpo de Altamiro Carrilho, um dos maiores instrumentistas do Brasil, foi levado para Santo Antônio de Pádua, no interior do Rio, onde será sepultado. O músico morreu nesta quarta (15) aos 87 anos, vítima de um câncer no pulmão.
Ele nasceu numa família de músicos. Bisavô, avô e tios tocavam na banda da cidade, no interior do Rio.
Ainda menino, Altamiro fazia as próprias flautas em casa. Pegava um pedaço de bambu, fazia os furos com ferro quente e tocava. Um dia, o carteiro passou na rua e ouviu o menino tocando. O carteiro também era músico e se ofereceu pra dar aulas a Altamiro. Foi quando o menino de 7 anos conheceu a flauta transversa: amor a primeira vista.
“Todos pediam brinquedos de Papai Noel. Eu pedia sempre uma flautinha ao Papai Noel, e ele trazia sempre”, disse Altamiro Carrilho em entrevista ao Edney Silvestre.
Altamiro aprendeu como poucos cada detalhe, cada nuance do som do instrumento. Os dois eram como um só. Tocou com os principais nomes da música brasileira. Com Chico Buarque e com o rei Roberto Carlos. Os chorinhos eram os prediletos, compôs mais de 200.
“Eu já gravei 65 discos e ainda não consegui gravar todos os chorinhos bonitos que existem”, afirmou Altamiro Carrilho em entrevista.
Em entrevista ao programa Sarau, da Globo News, comentou sobre a longa carreira com a marca de sempre: o bom humor.
Chico Pinheiro: já tem quase 80 anos de flauta?
Altamiro: não, tenho mais. Estão ''flautando'' anos ainda.
