Mostrando postagens com marcador Revista Época. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Revista Época. Mostrar todas as postagens

17 de novembro de 2014

A crueldade com os nordestinos

Ricardo Widerski me enviou a matéria abaixo, publicada na Revista Época no último dia 04, e a compartilho com vocês para meditarmos sobre quem verdadeiramente é preconceituoso com os irmãos nordestinos  


Após doze anos de esquerda no Poder, os filhos do Nordeste ainda estudam em escolas de taipa

Um absurdo a fúria que emergiu nas redes sociais contra o povo nordestino, por ter votado em massa em Dilma Rousseff. É preconceito de uma minoria ruidosa de brasileiros sem noção. Algo escandaliza ainda mais que isso: a crueldade com crianças pobres em escolas do Maranhão e Alagoas, obrigadas a sair do colégio uma hora mais cedo por falta de merenda, ou forçadas a se arranhar em cercas de arame farpado para fazer suas necessidades no mato, por falta de banheiro no colégio.

É um crime dos governos condenar crianças do Nordeste a essa calamidade na educação, enquanto, nas favelas do Sudeste, bibliotecas-parque sofisticadas, ao estilo da Colômbia, são construídas e servem de vitrines para o governo petista.

Por que essa discriminação com o povo nordestino? Não faz sentido que, depois de 12 anos de governo de “esquerda”, os filhos do Nordeste continuem a estudar em escolas improvisadas de taipa e terra batida, descalços, sem kit escolar, sem ao menos o arroz, pedido modestamente por uma menininha maranhense.

Será que, entre as novas ideias do novo governo, está o respeito aos direitos humanos da infância nordestina? Esses direitos constitucionais englobam educação, saúde, saneamento básico e o fim da tuberculose, que mata mais que o ebola no mundo subdesenvolvido. Incluem ainda oportunidades de ascensão de jovens sem dependência financeira do Estado e o direito a uma vida digna, que reduza drasticamente a gravidez precoce e a prostituição infantil e juvenil. Esperamos que o novo governo encampe ideias velhas e deixemos de ver uma realidade de cortar o coração.

Aluno tem de passar por arame farpado pra chegar à escola,
no Maranhão (Foto: Reprodução/TV Globo)
Essas imagens foram exibidas na sexta-feira pelo programa Bom Dia Brasil, da TV Globo. Reportagens em campo mostram o país real, não aquele da propaganda eleitoral ou aquele protagonizado por discussões partidárias inócuas. Quanto besteirol de todos os lados na semana passada. O plebiscito anunciado por Dilma, que deveria criar conselhos populares para fazer a reforma política, era natimorto. Conscientes de que Câmara e Senado vetariam novamente, Dilma e o PT só queriam uma cortina de fumaça pós-eleição, para desviar a opinião pública dos desafios concretos.

Os “conselhos populares” – que não garantem participação real do povo nos rumos do Brasil – abriram rusgas entre um Congresso corporativista e a mãe dos pobres. Com um detalhe: a maior oposição ao novo governo vem da base aliada, do PMDB e dos PTs regionais. Renan Calheiros, o presidente do Senado, diz que “conversa não arranca pedaço”. Verdade. Só arranca um dinheirinho aqui, um cargo ali, uma promessa lá. O índice de rejeição mais complicado hoje para Dilma está no Congresso, entre os “muy amigos”. A palavra mais usada é “rebelião”.

Aluno dorme em sala de aula no Maranhão (Foto: Reprodução/TV Globo)

Enquanto engravatados se digladiam por interesses e ministérios – antes das férias regiamente pagas de verão –, sugiro que Lula e Dilma continuem com as excursões ao Brasil profundo ou acompanhem e leiam reportagens que denunciam a crueldade com o nordestino, do parto à morte. Já existe um muro da vergonha que separa Sudeste, Centro-Oeste e Sul de Nordeste e Norte. Esse muro não foi derrubado por um governo que, em mais de uma década, cumpriu muito menos que prometeu, a ponto de encarar 51 milhões de votos contra a permanência do PT no Poder.

Não há, no Brasil, 51 milhões de ricos, direitistas da elite ou remediados. Essa massa está insatisfeita e não tem tempo ou interesse de se reunir em “conselhos” e ajudar o governo ou ONGs a tomar as decisões necessárias para colocar o país nos eixos. Dilma e Lula sabem muito bem do que o Brasil precisa. Especialmente Norte e Nordeste, que continuam com indicadores sociais africanos, enquanto obras superfaturadas – como a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e tantas outras – consomem e desviam bilhões de verba pública. Até a mandioca é fonte de propina, não de proteína. Obras de interesse público são interrompidas por irregularidades e ineficiência.

Lá em cima do Brasil, o buraco é muito mais embaixo. Especialmente nos dois lanternas dos indicadores sociais: Maranhão e Alagoas. Quase 40% das crianças maranhenses entre 8 e 9 anos não sabem ler nem escrever. Segundo o IBGE, o Maranhão tem o segundo maior índice de mortalidade infantil do Brasil, inferior apenas ao de Alagoas. De cada 1.000 nascidos no Maranhão, 29 não sobrevivem ao primeiro ano de vida. Em Alagoas, o IDH é igual ao do Gabão.

Esse é o preconceito que mata os nordestinos. Deve ser considerado crime.

2 de novembro de 2011

Álbum com músicas inéditas de Amy Winehouse será lançado em dezembro

CD reúne gravações feitas em estúdio pela cantora ao longo da carreira, como uma versão em inglês de Garota de Ipanema, clássico da música brasileira

Um novo álbum da cantora britânica Amy Winehouse, morta em julho deste ano, será lançando em dezembro.O anúnciou foi feito pela gravadora Island Record  nesta segunda-feira (31). Reunindo músicas esquecidas e inéditas gravadas por Amy ao longo de sua breve carreira, o CD, segundo reportagem do jornal The Sun, terá parte da renda revertida para a fundação que leva o nome da cantora.

Intitulado Amy Winehouse Lioness: Hidden Treasures, o disco inclui uma canção gravada em 2009, quando a cantora estava em uma fase intensa de uso de drogas, e outra que aborda a complicada relação com seu ex-marido, Blake Fielder-Civil. O clássico brasileiro “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, também estará no disco na versão em inglês, gravada por Amy quando ela tinha apenas 18 anos.

Entre as músicas do novo álbum também consta "Body and Soul", a recente gravação que Amy fez com o cantor americano Tony Bennett para o álbum Duets II, lançado em setembro.

Os produtores Salaam Remi e Mark Ronson, que já trabalharam com a cantora em seus discos anteriores, serão os dois responsáveis pelo lançamento deste novo trabalho.

Segundo o jornal The Sun, após semanas de negociações, a família e os produtores concordaram que lançar o novo disco "seria um bom legado musical". O disco Amy Winehouse Lioness: Hidden Treasures será o terceiro da cantora, que se transformou na diva do soul após o lançamento de "Frank" (2003) e "Back to Black" (2006).

Na última semana, uma investigação sobre a morte da cantora revelou que Amy morreu em consequência da ingestão de uma grande quantidade de álcool. Vencedora de cinco prêmios Grammy, a cantora teve uma curta carreira, marcada por seus recorrentes problemas envolvendo drogas e álcool. (via: Revista Época)