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28 de janeiro de 2011

Trapalhadas na Copa Tibagi – Parte 2: Fertimourão

Com surpresa recebo, às 18 horas de uma terça-feira, o recado do técnico da Fertimourão, Futrika (foto), para apanhar mais dois jogadores e seguir para Paranavaí, onde enfrentaríamos, naquela noite, a equipe da casa pela semifinal da Copa Tibagi. Apanhei os dois e seguimos para um jogo que eu achava que seria em outro dia. Chegamos e encontramos o Ginásio de Esportes vazio e ninguém para nos receber. Depois de nos informarem que o jogo seria na quinta-feira, dois dias depois, portanto, voltamos para casa, querendo “matar” o “desinformado” que nos fizera viajar inutilmente.
Quinta-feira, a viagem da terça já era motivo de gozação, fomos para Paranavaí decididos a passar à final do único campeonato que nossa cidade nunca tinha conquistado.
Chegando lá noto a falta de nossos goleiros. A turma que seguiu na frente, numa Kombi, não encontrou o Silvio Cintra no local combinado em Engenheiro Beltrão, onde ele trabalhava, e seguiram, entendendo que o Futrika levaria em seguida o outro goleiro, Gerson Turazi, de Araruna. E o Gerson, por motivo de trabalho, não apareceu. Futrika então seguiu viagem com a certeza de que o Silvio já estava lá. Depois de muitas caras feias e reclamações decidiu-se que o Getulinho seria o goleiro. Antes, um outro problema: Renan Salvadori não tinha tênis para jogar, e ele calça número 44 bico largo. Achei que seria fácil resolver e fui pedir para o Pezão, atleta de Paranavaí, um tênis emprestado e ele, amigo de longa data, afirmou que era apelidado Pezão por causa da potência do chute e que calçava número 40. Nessa altura, portanto, já estávamos desfalcados de três atletas.
Jogo equilibrado. O Benê desequilibrando como sempre e o Getulinho defendendo como nunca. Até que na metade do segundo tempo o Getulinho se desentende com o juiz e foi eliminado (acreditem, ele mandou o juiz “tomar no fióte”). Vou para o gol e na primeira bola que o Pezão, para confirmar o que ele disse antes do jogo, chuta para gol e acerta em cheio no meu rosto. Fiquei tão anestesiado que dava para fazer tratamento de canal até três dias depois.
Perdemos o jogo por 4 a 3. Fiquei sem conversar com o meu querido e até hoje prezado amigo Futrika por alguns dias. Aquela foi a última edição da Copa Tibagi. O juiz do jogo, até hoje, ao lembrar do palavrão com que foi ofendido cai na gargalhada.
(publicada no Semanário "Entre Rios", em 27/08/2005)