"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
Clarice Lispector
Clarice Lispector não foi batizada com esse nome. Ucraniana, ela era a terceira filha de Pinkhas e de Mania Lispector. A família chegou ao Brasil quando Clarice, ou melhor, Haia, tinha apenas um ano. Em terras brasileiras foram recebidos por Zania – irmã de Mania – que morava em Maceió.
Zania sugeriu que os Lispector mudassem de prénome. Assim, Pinkhas virou Pedro; Mania, Marieta; Leia, Elisa; a pequena Haia, Clarice. A única que conservou o nome foi Tania.
Clarice se formou em direito e trabalhou como jornalista, tendo recebido seu primeiro registro profissional aos 22 anos quando trabalhava no jornal “A noite”. Em 1943 casa-se com o colega de faculdade: Maury Gurgel Valente, o qual ingressa na carreira diplomática.
Pouco tempo depois lançou o primeiro romance – Perto do coração selvagem – em 1944, época marcada pelo regionalismo. Ela inovou ao escrever um livro que ressaltava o existencialismo, característica que marcou todas as suas obras.
As viagens começaram logo, depois de ter se mudado (em 1943) para Belém do Pará, Clarice teve de ir à Nápoles, na Itália, acompanhar o marido. Ela se sentia dividida entre deixar os amigos e seguir o esposo. “Na verdade não sei escrever cartas sobre viagens, na verdade nem mesmo sei viajar.”
Clarice se mantinha adversa às constantes mudanças. Em 1948, quando nasceu o primeiro filho – Pedro – ela afirmou que uma das coisas que a salvara foi a vinda do primogênito, pois a vida em Berna (Suíça) era de uma miséria existencial. Cinco anos depois nasceu Paulo enquanto ela estava nos Estados Unidos. Em 1959, Clarice se separa do marido e regressa ao Brasil com os dois filhos.
Depois de diversas obras publicadas e a conquista de vários prêmios, corre-se o boato de que Clarice não daria mais entrevistas. O jornalista José Castello, que na época trabalhava para “O Globo” consegue conversar com a escritora, a qual mostra uma verdadeira paixão pela literatura em um minidiálogo. Ele a perguntou ela escrevia. “Vou lhe responder com outra pergunta: – Por que você bebe água?”. Castello responde “Por que bebo água? Porque tenho sede.” E é aí que vem a resposta de Clarice: “Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva.”
Clarice faleceu em 9 de dezembro (completaria 57 anos do dia seguinte) de 1977 devido ao câncer.)Fonte: Entrelinhas)
Zania sugeriu que os Lispector mudassem de prénome. Assim, Pinkhas virou Pedro; Mania, Marieta; Leia, Elisa; a pequena Haia, Clarice. A única que conservou o nome foi Tania.
Clarice se formou em direito e trabalhou como jornalista, tendo recebido seu primeiro registro profissional aos 22 anos quando trabalhava no jornal “A noite”. Em 1943 casa-se com o colega de faculdade: Maury Gurgel Valente, o qual ingressa na carreira diplomática.
Pouco tempo depois lançou o primeiro romance – Perto do coração selvagem – em 1944, época marcada pelo regionalismo. Ela inovou ao escrever um livro que ressaltava o existencialismo, característica que marcou todas as suas obras.
As viagens começaram logo, depois de ter se mudado (em 1943) para Belém do Pará, Clarice teve de ir à Nápoles, na Itália, acompanhar o marido. Ela se sentia dividida entre deixar os amigos e seguir o esposo. “Na verdade não sei escrever cartas sobre viagens, na verdade nem mesmo sei viajar.”
Clarice se mantinha adversa às constantes mudanças. Em 1948, quando nasceu o primeiro filho – Pedro – ela afirmou que uma das coisas que a salvara foi a vinda do primogênito, pois a vida em Berna (Suíça) era de uma miséria existencial. Cinco anos depois nasceu Paulo enquanto ela estava nos Estados Unidos. Em 1959, Clarice se separa do marido e regressa ao Brasil com os dois filhos.
Depois de diversas obras publicadas e a conquista de vários prêmios, corre-se o boato de que Clarice não daria mais entrevistas. O jornalista José Castello, que na época trabalhava para “O Globo” consegue conversar com a escritora, a qual mostra uma verdadeira paixão pela literatura em um minidiálogo. Ele a perguntou ela escrevia. “Vou lhe responder com outra pergunta: – Por que você bebe água?”. Castello responde “Por que bebo água? Porque tenho sede.” E é aí que vem a resposta de Clarice: “Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva.”
Clarice faleceu em 9 de dezembro (completaria 57 anos do dia seguinte) de 1977 devido ao câncer.)Fonte: Entrelinhas)