Mostrando postagens com marcador árvore. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador árvore. Mostrar todas as postagens

2 de dezembro de 2015

Gabiroba, a fruta do mato


Estava comentando, dia desses, que ia ali na região do aeroporto municipal, em Campo Mourão, 'pegar' Gabiroba no meio do mato que por ali tinha. Aliás, só tinha mato e o campo de aviação. A cidade 'terminava' onde atualmente é a Cantina di Colli. Dali para frente, uma casa aqui, outra acolá... tudo muito distante. Fui conhecer a Gabiroba de árvore de grande porte lá no Parque das Gabirobas, em Roncador, do amigo Mariano Machado. Antes eu só tinha conhecimento dessa que aqui existia, de pequeno porte, um arbusto bem baixinho. 

Me deu saudade e acabei encontrando essa matéria abaixo, do Colecionando Frutas, que conta tudo sobre a deliciosa gabiroba.

  
Nome indígena: Guabiroba vem do tupi guarani e significa “fruto da casca amarga” característica bem notória para qualquer pessoa que mastigar a casca desse fruto. Existe a variedade arbórea chamada popularmente de guabiroba amarela ou do mato; e a variedade rasteira chamada de Guabiroba rasteira ou da praia.

Origem: Ocorrem na floresta semidecídua (que perde as folhas no inverno) em toda a bacia do Rio Paraná e na Floresta Atlântica do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul, Brasil. Mais informações no AQUI

Características: Pode ser um arbusto de 50 cm de altura por até 1,5 m de ramagem lateral ou uma árvore de 5 cm a 20 metros de altura com tronco reto de 30 a 50 cm de diâmetro, com casca sulcada, suberosa (com espessura variável e áspera) e descamante. A guabiroba rasteira é facilmente reconhecida por suas folhas arredondadas de coloração verde clara com margens enrugadas e nervuras profundamente impressas na face superior. A folha é papirácea  (textura de papel) e medem 4,5 a 8 cm de comprimento por 2 a 4 cm de largura. A base é cuneada (tem forma de cunha), a margem é ondulada e o ápice é obtuso (arredondado). A guabiroba amarela tem folhas mais estreitas, medindo no máximo 1,2 a 2,2 cm de largura, com textura coriácea (rija como couro) e ápice acuminado (com ponta longa), diferindo da primeira pela coloração verde amarelada das folhas. As flores são simples, solitárias, axilares ou laterais e hermafroditas. Cada flor mede de 1,5 a 2,0 cm de comprimento, são actinomorfas (com vários planos passando num mesmo eixo), com longos pedicelos (haste que suporta a flor) e cálice (invólucro esterno) com 5 lobos ou recortes agudos; e corola (invólucro interno) com 4 a 6 pétalas brancas ovadas.

Dicas para cultivo: Árvore de crescimento rápido que resiste a geadas inferiores a zero grau, vegeta bem em qualquer altitude. O solo pode ser profundo, úmido, neutro, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) e até pedregoso, porém, deve ter boa fertilidade natural. A árvore inicia a frutificação a partir do 3 ano para a Guabiroba rasteira e a partir do 5 ano para a Guabiroba amarela.

Mudas: As sementes são de cor creme, arredondadas, semelhantes a uma ferradura e recalcitantes (perde o poder germinativo rapidamente). Germinam em 10 a 40 dias se o substrato for rico em matéria orgânica e haver irrigação diária. As mudas de guabiroba amarela atingem 30 cm com 4 meses e as mudas de guabiroba rasteira atingem 20 cm com 4 ou 5 meses.

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol como em bosques com árvores grandes bem espaçadas. Espaçamento 6 x 6 m para a Guabiroba amarela ou 3 x 3 m para Guabiroba rasteira. Faça covas com 40 cm de largura, altura e profundidade, misturando a terra solta 500g de calcário e 1 kg de cinzas e 8 kg de matéria orgânica bem curtida, deixando curtir por 2 meses. A melhor época de plantio é de setembro a outubro. Depois de plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada. A guabiroba rasteira pode ser plantada em vasos grandes com 40 cm de boca e 50 cm de altura substrato feito com 50% de terra vermelha, 30% de matéria orgânica e 20% de areia saibro de reboco.

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. Adubar com composto orgânico, pode ser 6 kg de matéria orgânica bem curtida + 30 g de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 4ª ano.

Usos: Frutifica de outubro a janeiro. Os frutos são consumidos in-natura, ou usados para fazer geleias, sorvetes e licores deliciosos. As árvores não devem faltar em reflorestamentos de preservação permanente, pois seus frutos alimentam diversas espécies de pássaros e outros animais e a madeira é de boa qualidade para obras internas.