Paulo César Pereira, o Cézinha |
Crema, como chamamos o Cremauri lá no Clube dos Trinta, ria mais do que contava que, alguns anos atrás, Cézinha experimentou uma cachaça curtida com Butiá e quis porque quis aprender como se fazia aquela delícia.
Todos palpitaram, mas a conclusão que ele chegou era que além de colocar o Butiá numa aguardente boa, era também preciso enterrar a garrafa por pelo menos três meses.
No dia seguinte, Cézinha cumpriu todo o ritual de preparação, colocou a pinga na garrafa mais linda que encontrou e, preocupado em esconder bem escondido, enterrou-a no terreno de casa.
Ansioso, os dias pareciam não passar nunca e ele não via a hora de experimentar e mostrar o seu preparado para os amigos.
Com apenas sete dias não aguentou e decidiu que noventa dias era muito tempo e que após o serviço ia desenterrar a garrafa e matar logo o desejo de apreciar a cachaça.
Chegou em casa, foi logo para o terreno, mas ficou em dúvida sobre o local onde enterrou a garrafa e resolveu ir cavando até encontrá-la... na primeira tentativa, nada... cavou novamente e não encontrou... quase “varou” a noite cavando e nem uma moeda encontrou... Dizem que ele deixou o terreno todo esburacado, mas até hoje não encontrou a pinga.
- Já pensou se ele morasse numa chácara ou se esperasse os noventa dias recomendados para abrir a garrafa? divertia-se o Cremauri...
Butiá: Palmeira nativa da América do Sul, também conhecida por MACUMÁ e que ocorre nas matas e campos das regiões altas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Butiá |
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