7 de abril de 2021

Irineu Ferreira Lima e Waldemor Vigilato no Clube dos Trinta, anos 1980

Foto do início dos anos 1980 mostra dois grandes amigos e parceiros de futebol em Campo Mourão: meu pai, Irineu Ferreira Lima, o Caxinha, e seu Waldemor Vigilato. Infelizmente, ambos já falecidos.


O pai do Waldemorzinho, do César e do Jorge faleceu alguns anos antes que o meu pai. Seu Waldemor foi gerente do Banco Unibanco, nos primeiros anos do banco em nossa cidade. Sempre muito gentil, ele era ótima e divertida companhia. Nas peladas de futebol atuava sempre na lateral esquerda e ''mandava'' muito bem dentro de campo. 

Seu Irineu, popular Caxinha, que também jogava muito bem faleceu em março de 2019 e está sempre na memória. 

Escrevi que ele jogava bem - e jogava mesmo!- e lembrei de uma passagem que ele sempre contava sobre o Santos Futebol Clube da época do Pelé. Nas palavras dele: "Meus amigos diziam que eu jogava bem e eu também pensava da mesma forma, até que vi o Pelé e seus companheiros jogando em Presidente Prudente. Fiquei mais de um mês sem entrar em campo depois de ver a apresentação da equipe santista".

Encontrei matéria do Globo Esporte que conta o que acho que foi a partida que meu pai assistiu em Prudente. 

O dia em que o Rei Pelé parou Prudente 

Zito, Pepe e Pelé com a taça da Prudentina

Em 1962, time dos sonhos do Santos esteve na cidade para enfrentar a Prudentina e entregar o troféu de campeão da segunda divisão ao time

Um dos momentos mais importantes do futebol de Presidente Prudente foi em 1962. E teve como personagem central nada menos do que Pelé, o Rei do Futebol. No dia 5 de agosto daquele ano, a presença do então bicampeão do mundo na cidade mexeu com a rotina da população. Especialmente com os torcedores da Prudentina.

A equipe, que acabara de ser campeã da segunda divisão paulista em 1961, receberia do elenco santista, aquele que dava shows por onde passava na década de 60, a taça conquistada no anterior. Tudo porque o Peixe era o atual campeão da primeira divisão. À época, Zito, Pepe e Pelé fizeram as honras e premiaram o elenco time de Prudente.

- A presença do Pelé na cidade foi incrível. Mexeu como todos. Era o melhor jogador do mundo passeando pelas ruas, dando autógrafos. Ele chegou a parar em uma praça para atender as pessoas. Aquele time do Santos era muito bom – relembrou o jornalista Sérgio Jorge Alves, historiador do futebol de Presidente Prudente.

O resultado do jogo pouco importou à época. A derrota por 2 a 0 ficou de lado na festa que foi feita pela presença do Santos e da entrega da taça. Os momentos de glória da Prudentina, no entanto, pararam por aí, na conquista da segunda divisão em 1961. O time ainda se manteve na elite até 1968, mas não resistiu. Caiu novamente.

Diante desse cenário, então, a direção do clube, tradicional também no basquete, decidiu encerrar as suas atividades no futebol. Sobrava então apenas o Corinthians de Presidente Prudente, o Corinthinha, nascido em 1945. Mais tarde, em 2000, também fechou por problemas financeiros. 

Zito, Pepe e Pelé com a taça da Prudentina


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