Defendendo as cores do futsal mourãoense apenas em uma oportunidade sofremos uma derrota por azar. Na decisão dos Jogos Abertos do Paraná (JAP´s), em 1987, aqui mesmo em Campo Mourão, quando perdemos por um a zero para Palotina.
Todas as outras derrotas, por mais que tentássemos achar uma desculpa, aconteceram por mérito dos adversários e algumas vezes por incompetência nossa.
Nos JAP´s de Paranaguá, em 1986, depois de classificarmos na primeira fase com certa facilidade, começamos a segunda com derrota para Palotina e enfrentaríamos a seguir a equipe de Londrina que já havia vencido os palotinenses. Para classificarmos para as semifinais seria preciso que ganhássemos com dois gols de diferença.
Entre nós, os atletas, como motivação, a conversa era sempre que Londrina era muito forte, mas a diferença de gols não era difícil de conseguir. E não era mesmo! Mas o jogo começou e quem abriu uma diferença de dois gols foram os londrinenses, deixando-nos com uma missão, daí sim, praticamente impossível de alcançar.
Perdemos o jogo (exatamente pela diferença que deveríamos fazer) e acabamos proporcionando um momento muito engraçado para o público que lotava o ginásio de esportes: falta contra nós, estou ao lado do árbitro orientando a armação de nossa barreira quando ouço o barulho de algo quebrando... era nosso banco de reservas que, não suportando o peso dos nossos suplentes, quebrou deixando todos de pernas para o ar, com exceção do Itamar Tagliari que foi rápido e se levantou antes que o Ticão e companheiros se estatelassem no chão.
Só não fiquei com mais vergonha porque já tinha sido obrigado a acompanhar o Tostão (Flávio, de Araruna), na sua primeira visita ao mar, estreando seu conjunto de bermuda preta com coqueirinhos brancos e camiseta regata branca com coqueiros pretos. É Mole?
Publicado originalmente no semanário mourãoense Entre Rios, em outubro de 2005
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