Paulo Gilmar Fuzeto |
Gilmar sabia como ninguém motivar seus atletas para as competições, fossem elas quais fossem.
Recordo muito bem da palestra que ele nos deu, momentos antes da decisão contra Londrina, nos Jap´s de Guarapuava, em 1988. Motivou-nos de uma forma que vencemos, sem deixar nenhuma dúvida sobre quem era o melhor, uma equipe que me parecia imbatível ao longo do evento. Foi o último ano que uma equipe mourãoense adulta conquistou um título da primeira divisão.
Lembro-me dele, recém formado em educação física, treinando a equipe do Beccari, formada na sua maioria por juvenis, afirmando que nossos experientes adversários, de um jogo decisivo, falavam que nós afinaríamos na hora do “vamos ver”. Não afinamos, nem no jogo e nem no quebra-pau que aconteceu durante a partida.
Na maioria das vezes, nos campeonatos da cidade, atuei contra ele e nunca soube de nenhum artifício ilegal que tenha usado para motivar suas equipes.
Com a Arcam, normalmente inferior tecnicamente à Fertimourão, ele sempre usou da psicologia para equilibrar as ações.
Numa delas, muito engraçada, para mim pelo menos, ele disse aos seus atletas que nós, da Fertimourão, tínhamos como superstição usar sempre o mesmo vestiário do Lar Paraná (ginásio de esportes Valterney de Oliveira).
Para nos “desequilibrar”, naquela noite eles chegaram cedinho e se apossaram do vestiário, que seria o nosso predileto. Venceram o jogo e muitos de seus atletas, até hoje, acreditam que foi por que nos abalaram psicologicamente.
Na verdade, nós nunca tivemos preferência por vestiário algum e perdemos, aquele e muitos outros jogos, por que além de boa equipe eles sempre foram muito bem dirigidos pelo professor Fuzeto.
Publicada originalmente no semanário mourãoense Entre Rios, em dezembro de 2005.
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