Especialista explica por que isso ocorre e quais hábitos de vidas desse grupo podem influenciar na diminuição do risco à saúde do coração
Não é de hoje que as pesquisas têm ressaltado a importante influência de uma mente saudável para garantir um corpo saudável e vice-versa. Mas, para que se tenha uma noção do quanto as questões psicológicas e emocionais afetam o organismo com um todo, um novo estudo publicado recentemente no periódico JAMA Network Open, revelou que pessoas otimistas têm cerca de 35% a menos de chances de sofrer um infarto ou AVC.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas compilaram o resultado de 15 pesquisas anteriores, realizadas ao longo de quase 14 anos, reunindo mais de 200 mil voluntários participantes. O estudo mostrou que aqueles que levavam a vida de forma mais leve, esperando por “coisas boas”, tinham uma expectativa de vida maior, além de correrem menos risco de sofrerem de doenças cardiovasculares.
De acordo com o cirurgião cardiovascular, Dr. Marcelo Sobral isso se dá porque esse perfil de pessoas mais positivas e de bem com a vida costumam também ser adeptos de algumas práticas que favorecem a saúde do coração. “Eles tendem a praticar atividade física, comer coisas mais saudáveis, não fumar ou beber em excesso, além de serem menos estressados, o que ajuda muito a manter o coração em ordem”, afirma o especialista.
Sobral também reforça que outras pesquisas já comprovaram a relação entre pessoas com sobrecarga emocional, depressão, altos níveis de estresse e pensamentos negativos e o maior risco de desenvolvimento de pressão alta, distúrbios metabólicos e eventos cardíacos. “Nessas situações, os níveis hormonais estão sempre descontrolados e a liberação de substâncias no organismo como o cortisol, por exemplo, pode influenciar não apenas o seu estado emocional como também físico”, explica.
Para concluir o cirurgião cardiovascular ainda dá algumas dicas para manter mente e corpo em sintonia. “Não existe uma fórmula secreta para um coração saudável, mas quatro passos básicos podem ajudar muito: o controle dos principais fatores de risco cardiovascular, a prática de atividades físicas, uma alimentação equilibrada e o cuidado com a saúde da sua mente. A busca pela espiritualidade e autoconhecimento também podem ser fortes aliados”.
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